Garotos que mordem



Capítulo 28



Garotos que mordem



Eu pulo para longe, minha mão indo para o meu pescoço como um déjà vu.


- Isso dói! - Eu choro. Na verdade, doe muito mais do que na primeira vez que ele fez isso, há uma semana no 3 Vassouras. A mordida no 3 Vassouras foi apenas uma dor no meu pescoço, por assim dizer. Isso parece como um veneno disparando em cada veia do meu corpo – da minha cabeça aos pés, até as pontas dos meus dedos.


- Mione, sente-se - Draco comanda. Atordoada e sentindo uma enorme dor, deixo que ele me arraste até o meio-fio. Luto para respirar.



- O que você fez comigo? - Eu choro. Sinto que estou morrendo. Não que eu saiba o que se sente ao morrer, mas eu tenho certeza que isso não pode estar longe na escala de dor. Minha cabeça dói. Meu corpo dói. Eu sinto meu estômago doente. É horrível.



Draco retira os dentes implantados e mostra-os para mim.



- Sinto muito, Mione - diz ele, solenemente. - Pensei que era o melhor.



- O que foi? - Soluço, implorando que a dor vá embora. Meu corpo inteiro está tendo convulsões quase como se eu tivesse tendo um ataque. - Você me envenenou?



Ele suspira e abre a outra mão. Eu fico olhando para ele, então ele me mostra.



O outro frasco do Graal.



E ele está vazio.



Eu somei dois mais dois.



- Sinto muito, Mione - diz Draco. - Eu sei que você disse que queria ser uma vampira, mas honestamente eu não acredito em você. Na verdade, eu estou disposto a apostar um litro de sangue que você só disse isso por que você quer ficar comigo.



Abaixo minha cabeça com vergonha. A dor física abrandou um pouco, mas a angústia mental está apenas começando. O que eu posso dizer? Claro, ele está certo. Mas não quero que ele pense que estou fazendo qualquer reflexão sobre meus sentimentos por ele.



- Então, eu acho que não era para ser - eu digo, com um suspiro. Ótimo. Agora estou feliz por estar voltando a ser humana, mas deprimida como um inferno por perder Draco.



- O que não era para ser? - Draco pergunta, gentilmente.



Eu olho para cima com surpresa.



- Você e eu juntos.



Ele sorri aquele sorriso doce que é a sua assinatura e pega as minhas mãos. Tremo quando ele acaricia as minhas palmas.



- Você esta brincando? -ele pergunta. - Vampira ou humana ou, inferno, se você decidir um dia se tornar uma lobisomem ou elfo, eu nunca vou deixar você ir.



Por um momento, me sinto tentada a perguntar se existem realmente lobisomens e duendes lá fora, assim como vampiros, mas então o impacto de suas palavras me golpeia.



- Sério? - Eu pergunto, sufocando as palavras por causa das minhas lágrimas de felicidade. - Você quer ficar comigo de qualquer maneira? Mesmo que eu não seja sua companheira de sangue?



Ele assente. Seus olhos estão cheios de amor.



- Mas vai ser difícil...



- Vamos fazer que funcione.



- E se te atribuírem...?”



- Você não precisa se preocupar.



- Mas e se os outros vampiros...



- Eu vou cuidar deles - Dracocoloca um dedo nos meus lábios. - A senhorita protesta muito¹ - ele cita.


Sorrio timidamente.



- Como me encontrou?



Ele ri e, em seguida, seu rosto fica sério.



- Mione, eu amo você. Não importa como. Nós vamos fazer com que as coisas funcionem. Tenho plena confiança no nosso relacionamento. - Ele faz uma pausa e acrescenta - Você pode não ser minha companheira de sangue, mas certamente você é minha alma gêmea.



Own. Na verdade, muito own. Eu o amo tanto.



Então, antes que eu posso pensar em algo tão agradável para responder, ele me beija. Muito. Eu te daria mais detalhes, mais eu acho que iria acabar sendo muita informação e realmente, quem quer isso? Além disso, uma menina tem que ter alguns segredos, certo?



Só basta dizer, que eu alegremente o beijei de volta.



Humana para vampiro. Vampiro para humana.



Ei, isso funciona para nós.


***


¹Aqui ele cita uma frase de Hamlet de Shakespeare.


Capitulos 27 e 28.


18 de Outubro de 2011.


Não fiquem preocupadas...


Ainda tem um epilogo!!!

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