As Garotas Doadoras



Capítulo 13



As Garotas Doadoras



Chego ao 3 Vassouras em torno das oito horas. Diferente do domingo passado, nesta noite não tinha um DJ em uma jaula e ninguém estava fazendo a dança do pé-atolado-na-lama, nem havia músicas que induziam ao suicídio. Não, esta noite, o clube tinha se transformado em um café e um bar de vinhos, com os clientes divididos em várias mesas de café, olhando tendenciosamente como eles absorvem seus cappuccinos espumantes e as taças de vinho.



Verifico alguns deles, tentando decidir quais são vampiros e quais são os seres humanos que amam isto. Dado que todos têm rostos pálidos, lábios vermelhos, e vestem-se uniformemente de preto, é surpreendentemente difícil saber entre as criaturas da noite os que ainda estão entre os vivos.



Vejo Draco no fundo da sala, sentado em uma mesa pequena, acompanhado de duas garotas bonitas. Ele captura meus olhos e gesticula para mim. Eu percebo que estou estranhamente animada por vê-lo, o que é muito incômodo, pois este não é o tipo de poder que eu quero que ele tenha sobre mim.



Provavelmente é apenas a expectativa de me transformar novamente em um ser humano que faz com que meu coração bata mais rápido e minha respiração fique presa na garganta, lembro para mim mesma. Não é como se Draco me deixasse animada, de qualquer maneira, modo algum ou forma, isso eu tenho certeza. Especialmente, eu observo, quando chego mais perto, não com essa roupa. Quero dizer, quem iria ficar animada quando ele usa uma camiseta preta perfeitamente moldada em seu peito bem esculpido e um par de apertadas calças pretas de couro que mostra...



Okay. Bem. Eu admito, estou atraída. Muito atraída. Na verdade, eu estou disposta a apostar que eu estou mais atraída por este sexy vampiro do que eu estaria por Brad Pitt, Jude Law e Orlando Bloom juntos. Então me processe!



Em poucas palavras, a atração não é o mesmo do que querer continuar sendo a companheira de sangue de alguém por toda a eternidade. Ponto. Fim da história.



Quando eu chego na mesa, as duas garotas, com piercings e tatuagens ao máximo, levantam a cabeça e ficam olhando para mim hostilmente com olhos negros de rímel. Oh, deixe-me adivinhar, mais discípulas ciumentas de Draco, que irão me odiar por que eu sou a companheira de sangue do cara. Como se eu tivesse me inscrito para esse show estúpido.



- Oi - eu digo, olhando diretamente para Draco e ignorando as suas groupies. O cara deve ser considerado uma estrela do rock, como o vampiro Lestat, do livro Queen of the Damned da Anne Rice. Ele provavelmente iria se dar muito bem no departamento dos gritos de fãs adolescentes.



- Ei - Draco me cumprimenta de volta, olhando para as meninas com um sorriso convencido, parecendo oh-estou-tão-orgulhoso de mim mesmo. Franzo o cenho. Será que ele espera que eu esteja ciumenta de seu fã-clube ou algo assim? Por favor.



- Hmm... - Eu arrasto os pés. Devo sentar? Não há nenhuma cadeira extra.



- Sente - Draco me instrui repentinamente, quase como se ele tivesse lido a minha mente. OMG, ele não pode fazer isso, pode? Isso seria realmente uma droga. Especialmente por que eu estava pensando como ele estava sexy com essa roupa.



Tentando proteger a minha mente e não pensar em Draco, penso em coisas aleatórias como sapatos Marc Jacobs e a raiz quadrada de PI, apenas no caso de ele ter alguma habilidade com leituras de mente, pego uma cadeira em uma mesa próxima e sento no meu lugar.


- Hm, oi, sou Mione - digo para a garota na minha esquerda. - É um prazer conhecer vocês - eu acrescento, esticando a minha mão para a garota da direita. - Vocês vêm sempre aqui?



As garotas ficaram olhando a minha mão, mas não a pegaram. Ela também não respondeu a minha pergunta.



Qual o seu problema? Ela é muda ou algo assim? Ou incrivelmente rude? (A julgar pelos que eu já conheci na comunidade vampira, eu aposto na última)



- Está tudo bem, Rachel. Você pode falar com ela - diz Draco, oh-sou-tão-grandioso dando a sua permissão. Nossa. Isto realmente é coisa de um vampiro-todo-poderoso, não é?



Então, novamente, as pessoas o deixam sair com as suas. Como essa garota Rachel, por exemplo. Quero dizer, Draco comandou e as duas meninas repentinamente acenderam como aqueles personagens animados da Disney World. O que é isso? Elas estão presas sob algum tipo de controle mental de Draco ou algo assim? Ou são apenas típicas góticas obsessivas, como a minha irmã, dispostas a fazer tudo que o grande vampiro mal mandar?



- Saudações, é uma honra. Eu sou Rachel - diz a menina na minha esquerda com um tom dramático, e de forma muito reverencial. - E a minha acompanhante é, Charity.



- Oláá, Mione - diz Charity, com uma surpreendente voz sibilante de menina. Uau. Eu não esperava que esse tom saísse de sua boca com lábios cor de sangue. - Nós já ouvimos muito sobre você.



Elas ouviram? Elas já ouviram falar de mim? Isso significa que Draco fala de mim. Inclusive fala de mim para as suas amigas. O que é interessante, claro, mas certamente não é uma razão para que o meu coração comece a bater como um louco.



Tentando recuperar o controle do meu corpo, que mais uma vez me traí, eu estudo as meninas mais de perto. Ambas têm um longo e impossivelmente cabelo preto liso, olhos azuis suaves, e pele de boneca de porcelana. Hmm... Eu pergunto-me...



- Essas garotas são...? - eu trilho por fora, não tendo muita certeza da terminologia do PC. Será que um vampiro seria considerado mortalmente desafiado? - Vocês são...?



- Vampiras? - Rachel finaliza.



Meu rosto esquenta.



- Uh, sim. - Ok, acho que eles são legais com a palavra V aqui.



- Não - Rachel diz, balançando a cabeça. - Ao contrário de você, estamos lamentavelmente presas a mortalidade.



- Nós queremos, no entanto - Charity diz, no mesmo momento. - Isso seria totalmente incrível se fossêmos.



- Realmente - sua amiga concorda, solenemente. - Se fôssemos uma criatura da noite, como minha querida amiga coloca tão eloqüentemente, seria totalmente incrível.



O-kay, então elas não são vampiras. Mas sabem sobre vampiros. Elas são como aspirantes a vampiro. Talvez elas façam parte do programa de treinamento que a Rayne fazia?



- Atualmente, nós somos Garotas Doadoras - Charity me informa.



- Doa...? - franzo minhas sobrancelhas. Então sinto como se um caminhão de dez toneladas batesse em mim. - Vocês são as doadoras de sangue de Draco?


Uau. Draco havia me dito que os vampiros contratavam seres humanos dispostos a fornecer o seu sangue, mas eu não pensei no fato de que esses doadores de sangue eram jovens mulheres atraentes. O jantar para o Garoto Drak deve ser um verdadeiro tratamento gourmet.



- Sim. - Rachel acena com entusiasmo. - Nós estamos comprometidas a servir o Senhor Draco - diz ela, carregando no sorriso para o vampiro em questão, parecendo mais orgulhosa do que um pavão. - Oferecemos o nosso sacrifício de sangue para que ele possa sustentar a sua vida imortal.



Reviro os olhos. Como uma rainha do drama.



- Então o que você está dizendo é que você, voluntariamente, deixa ele chupar o seu sangue? Por que diabos você se inscreveria para uma coisa dessas?- Estou tentando não ser crítica aqui, mais seriamente!



- Você está brincando? -  Rachel franze o cenho, sua expressão me dizendo que eu fiz a pergunta mais estúpida que a humanidade já conheceu. - É uma honra proporcionar sustento para um ser tão poderoso - explica ela. - Ao fazer isso, nós também estamos participando indiretamente da vida imortal.



- Além disso, o pagamento é ótimo! - Charity interfere. Rachel lhe atira um olhar malvado, como se fosse rude apresentar o aspecto mais mercenário do acordo.



Mas Charity a ignora. - Quero dizer, para uma mãe jovem como eu, não há melhor maneira para ganhar alguns dólares extras. Definitivamente é melhor do que viver como garçonete. Agora eu posso cuidar do meu bebê, alugar um apartamento incrível, e ter dinheiro suficiente para ir para a faculdade. Tudo isso sem vale-refeição. Se trata de ganhar e ganhar, sabe? O Drak aqui consegue seu alimento sangrento - diz ela, franzindo as sobrancelhas para Draco. - e eu e meu bebê ganhamos uma gorda e grande conta bancária.



Ok, então. Aqui você tem. Quero dizer, o que eu posso dizer para responder corretamente a esse discurso?



- Bem, hum, estou feliz que tudo esteja dando certo para você - eu respondo. - Não seria a minha primeira escolha de carreira, mas, ei, não é astrofísica e muita gente faz isso para ganhar a vida e fazer um bem real.



- Garotas, vocês poderiam pegar uma bebida para a Mione? - Draco diz, falando pela primeira vez. - Ela deve estar com muita sede.



Sem sequer uma pausa para perguntar por que eu não posso me levantar e pegar minha própria maldita bebida, ou por que ambas tem que ir, as Garotas Doadoras levantam-se e dirigem-se para o bar.



- Elas são, hmm, bonitinhas - eu observo, assistindo-as cruzar a sala. Charity está rindo sobre alguma coisa e Rachel está revirando os olhos para ela.



Draco dá de ombros.



- Elas são o jantar - diz ele, simplesmente. Como se ele estivesse falando sobre uma costeleta de porco ou algo assim.



- Elas também são humanas - protesto, sem saber por que eu sinto uma necessidade de defendê-las. Afinal, certamente elas não são vítimas indispostas. Se são estúpidas o suficiente para pensarem que os vampiro degustam seu sangue como se fosse um vinho tinto legal, então quem sou eu para dizer que elas estão sendo exploradas e utilizadas? - Quero dizer, eu sabia que você tinha seus doadores, mas é completamente estranho conhecê-las pessoalmente.



- Eu posso imaginar - diz Draco, girando o copo de vinho em suas mãos. - Eu debati sobre trazê-las comigo. Eu geralmente não janto fora.



Jantar fora. Um forte har har.



- Isso supostamente foi uma tentativa lamentável de piada de vampiro?



Ele sorri.



- Eu tentei, sim. - Ele toma um gole de vinho. - Eu geralmente vou a suas casas no início da noite, e depois continuo com a minha noite.


- Ah. Eu chamo de motim sangrento. - Veja, eu posso fazer piadas sobre vampiros também. - Então não é permitido uma confraternização com o jantar?



- Não é contra as regras - diz Draco, com um encolher de ombros. - Estamos autorizados a nos associar com nossos doadores se quisermos. Na verdade, eu ouvi falar de muitos doadores de vampiros que desenvolveram relacionamentos durante anos. Mas os meus doadores particulares são, como eu posso dizer isso? - pergunta ele, olhando para as meninas rindo. - Um pouco opressoras às vezes.



- Vejo. - Bem, acho que isso significa que ele não está atraído por elas. Que alívio... ou não. Na verdade, não. De fato, para que conste, eu acho que seria totalmente bom que ele fosse atraído por elas. Se ele tivesse um relacionamento com elas, também. Por que, afinal, eu não me importaria se ele estivesse namorando.



Não, realmente.



- Então, por que você as trouxe aqui essa noite? - pergunto.



Ele sorri.



- Para você. Eu pensei que você gostaria de algo para comer.



- Há, há. Muito engraçado.



- Eu não estou fazendo uma piada dessa vez.



Faço uma careta.



- Ew! Eu não bebo sangue. - Então eu ruborizo, quando me lembro do acidente com a carne crua nesta manhã. Eu realmente espero que ele não consiga ler a minha mente, por que isso seria algo embaraçoso.



- Você tem que beber sangue. Você é uma vampira.



- Não. Eu não tenho e eu não vou. Eu vou pedir um hambúrguer se eu ficar com fome.



- Um hambúrguer não é...



- Um enorme hambúrguer com muito sangue.



Draco balança a cabeça.



- Um hambúrguer são calorias vazias - diz ele. - Você precisa se alimentar com sangue humano.



- Eu não vou beber sangue humano. Fim da história.



- Você deve apenas tentar. Provavelmente você vai gostar.



- Eu não vou gostar. Eu sei que não vou.



- Você provavelmente pensou que não gostaria de couve de bruxelas na primeira vez que você teve que provar - ele argumenta.



- Eu ainda não gosto de couve de bruxelas, sem dúvidas. E eu certamente nunca, nunca, em um milhão de anos vou gostar do sangue humano.



Antes que Draco pudesse responder com algum outro motivo idiota, para que eu deva participar deste comportamento canibal, as Garotas Doadoras retornam, carregando uma taça de vinho tinto.



Salva pelas Góticas.



- Aqui está o seu - diz Charity, empurrando a bebida para mim. - Seu merlot.



Eu dou uma fungada. Tem um cheiro delicioso. Não que eu seja alguma bêbada, mas esta marca em particular tem um caloroso e picante cheiro. Eu não deveria estar bebendo vinho. Especialmente em uma noite de escola. Mamãe iria absolutamente me matar se descobrisse. Mas, novamente, eu já estou morta, não é? (Veja, eu sou boa com essa coisa de humor vampiro!)



Tomo um gole.



Mmmm. Espesso e forte, esta deve ser uma safra muito boa.



Eu tomo mais um gole. Isto é muito bom. Realmente satisfatório. Aquece meu estômago quase de imediato, lavando para fora todo o estresse e frustrações do dia.



Em meu terceiro gole, olho ao redor da sala. Engraçado, eu teria imaginado que este café totalmente improvisado só servisse material barato. Como blush em uma caixa ou algo assim.



Hm, na verdade, agora que eu estou pensando nisso, por que é que um café serviria vinho, afinal? Será que eles ainda têm uma licença de bebidas alcoólicas?



Então eu percebo.



OH.



MEU.



DEUS!



Eu cuspo a minha boca cheia do “vinho” de volta para o vidro, meu estômago exigente em desgosto. Eu sinto como se fosse ficar doente. Olho para Draco, que está sorrindo presunçosamente do outro lado da mesa. É preciso cada grama da minha força de vontade para eu não bater nele.



- Você me enganou! - eu grito. - Isso é sangue, não vinho, não é?



- Eu sabia que você ia gostar - diz ele, simplesmente.



- Você me disse que era um merlot - eu acuso Charity.



Ela sorri.



- O Senhor Draco pediu para que eu chamasse assim. Soava mais... civilizado - diz ela com uma risadinha. - E, como estamos em público, você não pode falar que está bebendo a palavra com S, por que as pessoas te segurariam e te jogariam para fora.



Eu me sinto jogada para fora neste momento. Eu não posso acreditar que eu acabo de beber o sangue de uma garota gótica.



E eu não posso acreditar que gostei.



Eu não posso acreditar que eu estou olhando para o vidro, querendo tomar outro gole.



- Ugh. O que está acontecendo comigo? - eu lamento.



- Olha, Mione - diz Draco, inclinando-se sobre a mesa e encontrando meus olhos com sua própria profundidade, sem alma. - Você vai achar as coisas mais fáceis se você abraçar seu interior vampiro.



- Mas eu não quero ser uma vampira!



Ele suspira.


- Você já deixou isso muitíssimo claro, acredite em mim. Entretanto, até conseguirmos parar a sua transformação, você deve ter em conta que está se transformando em uma vampira. Portanto, você deve fazer as coisas que os vampiros fazem. E se você não beber sangue, você irá simplesmente definhar e morrer antes que você tenha a oportunidade de mudar novamente.



Okay, eu acho que ele tem um ponto. Eu olho em torno do café, certificando-me de que ninguém está observando, então tento tomar um gole de sangue do meu copo de vinho. Logo, estou bebendo com um abandono selvagem. Rude, eu sei. Mas eu não consigo evitar. Isto tem um gosto tão delicioso.



- Muito bom - diz Draco, como se elogiasse uma criança de um ano de idade que está comendo seus primeiros Count Chocula.



 - Sim, sim - eu balbucio, entre goles. - Tudo o que tenho que fazer. - Eu não consigo admitir como é delicioso esta bebida e como eu estou morrendo por um segundo copo.



- Obrigado, senhoritas - Draco diz, virando para as Garotas Doadoras. Ele tira uma carteira de seu bolso de trás e coloca nas mãos de cada uma um maço de dinheiro. Acho que é o pagamento por dar sangue para o vampiro. - Vocês podem ir.



Elas pegam o dinheiro e sorriem mais uma vez enquanto dão um beijo em cada bochecha de Draco.



- Obrigado, Drak - diz Charity. - Você é o melhor.



- Eu te vejo amanhã à noite - Rachel acrescenta. - Até a próxima vez, meu divino imortal.



Oh, por favor. Esta garota faz Emma parecer normal.



Sem mais delongas, as garotas dizem adeus para mim e saem do café. Draco as vê sair, então se vira para mim.



- Como eu estava dizendo...



- ...um pouco opressora - eu termino, balançando a cabeça. - Eu entendo totalmente seu ponto de vista.



- Então - Draco diz, limpando a garganta. - Eu fiz algumas pesquisas.



Eu me inclino para frente em minha cadeira, animada.



- E?



Ele faz uma pausa.



- Você quer primeiro a notícia boa ou a notícia ruim?



Por que as pessoas sempre perguntam isso? É só para prolongar o suspense, você não acha? E realmente, que diferença faz o que ele diga primeiro?



- A boa notícia, eu acho. - Afinal, se eu sei as boas notícias, então eu vou estar com um ânimo melhor para enfrentar a má notícia.



- A boa notícia é, que de acordo com textos antigos que eu pesquisei, existe um caminho para que o processo de transformação em vampiro seja revertido. Existe uma maneira para que você possa voltar a ser humana.



- Woow. - Eu grito, levantando o punho no ar em triunfo. É uma boa notícia! - Eu sabia que existia uma maneira!


Entusiasmada, eu não consigo resistir ao desejo de me apoiar na mesa e surpreender o vampiro com um beijo em sua bochecha.


- Você é incrível, Draco! Muito obrigada! Eu sabia que você ia conseguir fazer isso.



Ele afasta a minha tentativa de abraçá-lo.



- Eu não disse as más notícias ainda - ele lembra para mim.



- Então, diga. Nenhum tipo de notícia ruim pode destruir o meu dia agora.



- Segundo a minha pesquisa, a única maneira de transformá-la de volta em uma humana é purificar o seu sangue. E a única substância que eu saiba que pode fazer isso é uma gota de sangue do Santo Graal.



O Santo Graal? Droga santa!

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Comentários (1)

  • Déia Santos

    nossa... beber do Santo Graal?! Não podia ser mais dificil? kkkkkkkkkkkkkkk

    2011-09-27
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