Cap. 9
Cap 9
O sol nem tinha nascido ainda e Rose já estava sentada em sua cama completamente acordada. Ela mal tinha dormido. Tudo que ela conseguia pensar era no que tinha acontecido no dia anterior. Jay a tinha levado para conhecer o lugar onde de acordo com Scorpius seria o lugar onde eles iriam estudar sempre que ela precisa-se de aulas de reforço.
“O lugar era super agradável, tinha um sofá em um canto da sala, em volta dele tinham varias estantes cheia dos mais variados livros. Em frente ao sofá tinha uma mesinha, onde se encontravam vários pergaminhos espalhados e algumas penas. No outro canto da sala tinha uma cama pequena, coberta por um edredom verde com a serpente da sonserina bem no centro, uma pequena mesinha que lembrou a rose uma penteadeira como a que ela tinha no seu quarto, mas essa parecia diferente a mesa era maior e o espelho menor e mais masculino. Tinha também uma quadro com algumas fotos de dois garotos, os dois garotos a sua frente, fazendo caretas, outras fotos deles sérios e também de algumas pessoas que Rose não conhecia. Uma chamou mais a atenção de Rose, ela estava riscada completamente,seja lá quem estivesse naquela foto provavelmente tinha feito algo muito ruim para um dos dois.Então ela viu uma foto que a surpreendeu completamente... era ela. Na foto ela usava o uniforme da escola e estava com os cabelos soltos,ela conversava animadamente com o Alvo,tanto que provavelmente nem notou que estava sendo fotografada.
-Essa sou eu não sou? – perguntou a garota para o Scorpius.
-Sim é você! – respondeu o garoto constrangido. – Agora, que você já olhou bem a nossa sala de estudos vamos fazer o que nós viemos aqui para fazer?
-Certo! – respondeu ela com um sorriso tímido nos lábios. “ Uma foto minha? Isso parece que não é recente...por que ele tem essa foto minha? Eu não consigo me lembrar desse dia. Talvez se eu pudesse me lembrar poderia então desvendar os motivos que levaram ele a tirar essa foto.”
-Calma Scorpius, a garota perdeu a memória recentemente então não se lembra o que é a sala precisa, por isso não é capaz de perceber o quão grande isso é. Vamos, quer dizer montar esse lugar foi um dos nossos maiores feitos. Ela é a primeira pessoa alem de nós dois a vir aqui. Me deixe contar como conseguimos isso, por favor? –ele fez sua melhor cara de gatinho abandonado, que não comoveu Scorpius nem um pouco.
- Jay, tá fazer isso aqui foi super complicado e é bem verdade que ninguém conhece, mas a Rose não está aqui para ouvir você contar historias, ela está aqui para estudar. – ele olhou para o amigo com uma cara seria.
- Quem disse que eu não quero ouvir? – respondeu a garota com as mãos na cintura e um olhar irritado.
-Pronto resolvido ela quer ouvir e eu sei que você também está doido para que alguém fique sabendo do tamanho da nossa genialidade. – disse Jay olhando para o amigo e fazendo Scorpius abrir um pequeno sorriso de orgulho.
- Certo! – ele sorriu vencido. –Com uma condição, que você revele só esse segredo.
-Fechado. – Jay olhou para Rose e fez um sinal para que ela se senta-se no sofá. – Quando eu conheci esse garoto, ele era bem...massacrado, triste, abandonado, sozinho e precisava urgentemente de ajuda.
-Jared, eu achei que você iria contar a historia desse lugar e não a historia miserável que é minha vida. – disse Scorpius lançando um olhar fulminante para o amigo.
-Como você espera que eu conte a historia desse lugar sem contar sobre nossa amizade, toda historia precisa de um contexto. – ele olhou para Scorpius indignado.
-OK! Eu contextualizo para você, bom os sonserinos me odeiam, pois os comensais acreditam que meus avós e meus pai traíram Voldemort e o resto desse escola me odeia porque meus no passado os Malfoy fizeram muitas coisas ruins em nome das trevas. Então eles não me tratam como tratam você, resumindo todo mundo me odiava e eu não tinha amigos. Até que essa anta, que você denomina Jared, apareceu.
-Sabe você tira toda a graça da coisa. – ele fez biquinho olhando para o Scorpius. – No segundo ano essas coisas todas com o Scorpius não pararam e sobrou um pouco pra mim também...não que eu esteja reclamando nem nada. – ele completou depois de ver o olhar de Scorpius. – Na verdade, eu até curti, era muito divertido arrumar formas de fugir desse povo. Então, Scorpius se lembrou de que no passado nessa escola tinha uma sala que se transformava naquilo que você desejava, nós riamos imaginando em como seria divertido ter uma sala de fuga que mudasse conforme nossos desejos. Foi assim que nasceu a idéia.
-Nós achamos que seria loucura, quer dizer nós estávamos só no segundo ano. Não sabíamos quase nada de magia, mas sabíamos muito sobre fugir e das formas mais silenciosas de se mover. Um dia achamos essa sala sem querer, era uma sala normal, como todas as outras, mas ficava em um lugar mais vazio, onde poucas pessoas passavam. Nós passamos dias procurando feitiços que pudesse realizar aquilo que nós pensávamos. Foi assim que nós começamos a transformar o sonho em realidade. – disse Scorpius olhando para o amigo.
-Foi difícil! Tinha dias que nós nem dormíamos direito, o Scorpius buscava nós livros e eu ia misturando alguns feitiços, criando algumas coisas que pudessem fazer o lugar ler a nossa mente. Demorou um ano, um ano longo, mas muito proveitoso. Então conseguimos fazer a primeira sala. Até hoje nós conseguimos fazer só 3 salas diferentes. Esta que é o nosso lugar ideal para descansar e estudar, tem uma outra que é um lugar pra gente curtir, se divertir e o ultimo lugar é o nosso lugar pra fugir.
-Muitas das coisas que estão nessas salas nós compramos, pois a magia faz muita coisa, mas não tudo.
- Vocês nunca pensaram que alguém algum dia poderia achar esse lugar? – perguntou Rose com um brilho de admiração dos olhos ao admirar todo o trabalho que eles tiveram.
-É lógico que pensamos. Essa foi a segunda coisa que mais preocupava, afinal o objetivo desse lugar era que nós dois pudéssemos fugir e não ser achado. Pra que ninguém a visse foi fácil, usamos alguns feitiços de proteção e de desilusão, então quem passasse por aqui, veria apenas uma parede. – Jay concluiu com um sorriso no rosto.
-Eu me lembro muito pouco do passado, mas me contaram varias historias enquanto eu estava no hospital sobre as aventuras da minha mãe,do meu pai e do meu tio Harry no castelo e nessas historias, tinha um mapa que vê onde todas as pessoas estão e que mostra tudo nesse castelo. A pessoa que tivesse esse mapa em mãos poderia ver vocês, investigar e então chegaria nesse lugar.
- Minha pequena flor, você acha que nós grandes gênios não pensamos nisso também. – disse Jay com um sorriso genial.
-Na verdade nós fomos forçados a pensar já que uma vez você e seu querido primo, quase nos pegaram aqui. Nós ouvimos vocês conversando sobre me verem no mapa, mas onde o mapa estava indicando que eu deveria estar na verdade não tinha nada. E tomamos uma providencia, não vou dizer qual e NEM O JARED. – ele lançou um olhar mortal para o amigo.
- Tá eu não digo, só digo o seguinte. Vocês podem ver agente, mas nós vemos vocês primeiro. – Scorpius laçou novamente um olhar mortífero ao amigo, que nem ligou, Jay estava orgulhoso demais. –Agora foguinho, vai estudar!
-Ei, quem você pensa que é? Meu pai? – disse Rose com as mãos na cintura e uma falsa cara de zangada.
-Eu sou o seu mais belo, galante, heróico, inteligente, forte, talentoso...
-Cala a boca Jared. – Scorpius já estava sentado em frente a mesinha e fez sinal para que Rose se senta-se também. Rose obedeceu, sentando tranquilamente ao lado de Scorpius e pegando um pergaminho e uma pena.
-Muito bonito, dona Rose! – disse Jared cruzando os braços, depois colocando eles na cintura fazendo uma imitação quase perfeita de Rose quando está irritada. – Quando o loirão ai manda você vai na hora e agora quando sou eu você nem liga. Pois bem pequena flor, você vai ver amanha vou pintar meu cabelo de loiro ai eu quero ver se você vai me obedecer.
Rose olhou para ele e começou a rir, era quase impossível se segurar diante das caras que ele fazia.
-Por favor, não faça isso. Se você pintar seu cabelo de loiro, eu pinto o meu de castanho. – disse Scorpius entrando na brincadeira.
-Acho melhor nenhum de vocês pintarem o cabelo. Só pintem se for de ruivo, imagina que bonitinho. – disse Rose rindo dos dois.
-Não pequena foguinho. Melhor cada um continuar com a sua beleza natural! Vou ali para a cama tirar um cochilo. Bom estudo!
Rose e Scorpius ficaram lá estudando. Não foi uma tarefa difícil, Scorpius só precisava explicar uma vez e Rose já entendia. Eles ficaram nesse ritmo de estudo durante algumas horas e nesse tempo, Rose conseguiu muitas informações que a ajudariam com certeza nas próximas aulas. No ritmo que eles estavam caminhando, em menos de uma semana, Rose já não precisaria de mais nenhuma aula particular.
Assim que terminaram acordaram Jared, que ainda meio sonolento levou Rose até a o corredor que a levaria para a torre da grifinoria. Estava tarde, não tinha mais ninguém no salão, Rose foi até o seu quarto tomando muito cuidado ao caminhar , deitou em sua cama e dormiu.”
Rose estava tão concentrada em suas lembranças que nem percebeu que suas amigas já tinham acordado e estavam se aprontando para o café.
-Kate, será que agente chama a Roh? A cortina dela ainda está fechada...- disse Beca meio sonolenta e preocupada.
- Não precisa me acordar! Estou de pé faz tempo. – disse Rose com um sorriso animado no rosto abrindo a cortina.
-E não levantou da cama por que? – perguntou Kate desconfiado.
-Estava perdida... - ela respondeu suspirando. -Perdida em meus pensamentos. Agora, me esperem dois minutinhos é só o que eu preciso para me arrumar.
- Meu Merlin, você viu passarinho verde foi? – disse Lilly que estava no quarto e ouviu tudo.
-Se ela viu passarinho verde eu não sei, mas que deve ter sonhado com um certo loiro. – disse Kate lançando a Rose um olhar brincalhão.
-Cala a boca vocês duas! Anda...eu tenho que me trocar. – disse Rose sem tirar o sorriso do rosto.
As meninas desceram rindo. Rose se arrumou em poucos minutos, arrumou os cabelos com cuidado e sorriu ao se admirar no espelho. Ela acabou se distraindo, por causa disso desceu correndo. Todos a esperavam no salão, alguns com mais pressa do que outros.
-Vamos irmãzinha, esse povo não me deixou descer sem você, se você demorar mais um pouco vai acontecer uma carnificina nesse lugar. – disse Hugo irritado.
-Ei, eu nem demorei nada. –respondeu Rose revirando os olhos. –Vamos, eu não quero que ninguém morra por minha causa.
Os meninos foram na frente falando sobre o jogo que aconteceria logo. As meninas ficaram um pouco mais atrás, conversando sobre outras coisas.
-Rose, eu preciso comentar. Quem te deu essa presilha em forma de estrela que está iluminando seu cabelo. – perguntou Beca.
- É Rose faz muito tempo que eu não te vejo usando ela. Por que você voltou a usar? – questionou Kate com uma cara curiosa.
-Bem...
-Aposto que ela vai dar a mesma resposta que ela deu quando nós notamos essa presilha pela primeira vez. – Lilly olhou para prima com uma cara risonha, pronta para imitar a prima. – Eu comprei a muito tempo...vocês é que nunca notaram.
- Se é isso que eu disse antes então é isso que é! Agora vamos, vocês tem mais o que fazer do que ficar admirando o que eu ponho e o que eu não ponho no cabelo.
-Gente a menina tá voltando a ficar tirada! – disse Beca com falsa indignação.
Elas logo que chegaram ao salão fizeram como faziam todos os dias se juntar ao resto do pessoal, mas Lilly apenas olhou para onde o primo estava sentado, pediu desculpas as amigas e se sentou na ponta da mesa, bem distante do pessoal.
-Qual é, vocês ainda estão brigados? – perguntou Beca entediada.
-Olha se ela não tá afim de olhar na minha cara, o problema não é meu. A Lilly tá grandinha de mais pra saber o que faz da vida e quais são as conseqüências dos atos dela.
-Isso responde a sua pergunta. –disse Alvo olhando irritado para o primo e para irmã.- Só vou te dizer uma coisa, um dia quando vocês analisarem bem a situação, vão perceber o quanto vocês foram idiotas.
Hugo não disse nada, continuou comendo como se ninguém tivesse sequer falado com ele. Rose olhou varias vezes para a prima preocupada.
-Não se preocupe Rose, eles brigam sempre e a Lilly é orgulhosa, mas tem uma força sobrenatural. –disse Beca notando a preocupação da amiga.
Rose olhou para a prima mais uma vez, era meio triste vê-la tão distante, tão sozinha...Ela tentou ao maximo afastar esse pensamento da cabeça. Quando todos estavam distraídos ela abriu a sua sacola e retirou de lá o pergaminho e a pena.
Boa noite Rose. Durma bem!(S)
Ontem ela nem tinha chegado a abrir o pergaminho de novo e ao abri-lo e observado bem dentro dele, Rose sentiu um nó na garganta.
Desculpe, ontem eu estava tão cansada que nem abri o pergaminho. Dormi quase que imediatamente. Alias estou admirada até agora com aquele lugar, com o talento de vocês e com a ousadia também.AH...já ia esquecendo, Bom dia! (R)
Bom dia Rose! Nem tinha notado que você tinha trago a sacola para o café. (S)
Ei Rosinhaaaa...Bom dia! Como está o dia ai do lado vermelho do salão? (J)
Eu comentei né?! Esse anta também pode escrever.(S)
Anta é a sua vó! Ah...obrigada por elogiar nossa segunda obra prima, eu sou o maximo! O Scorpius ajudou um pouquinho! (J)
Um pouquinho, sei... ¬¬ (S)
Rose lia e ria animadamente. Algumas pessoas da mesa a olharam, mas logo voltaram aos seus afazeres, só os seus amigos que ficaram olhando para ela como se ela fosse louca, mas ela nem notou os olhares.
Vocês são ótimos sabia? Hehehe... respondendo a você J. aqui do lado vermelho está tudo meio louco as pessoas não param de especular sobre o que vai ser a tal tarefa, sobre o tal premio e principalmente o jogo de sábado que ainda é o assunto preferido.(R)
Lógico que eu sabia =D Não te disse cara, esse trem ta dando o que falar. (J)
O pessoal da sonserina está furioso com isso, eles acham que a culpa é minha e que essa é a idéia mais idiota que a diretora já teve. Eles só não me xingam mais, por causa desse jogo, que alias para nós é questão de ganhar ou ganhar. (S)
Relaxa, nós vamos ganhar. Temos o melhor batedor e um capitão que não é tão ruim assim.(J)
Jay, eu não me canso de dizer isso. Cala boca!(S)
Eu não acho que vai ser fácil assim não, a grifinoria tem treinado muito e o Alvo tem se esforçado pra caramba. Eu acredito na grifinoria! E eu adorei a idéia da tarefa, dessa forma eu posso ficar perto de vocês sem ser linchada ou causar grandes confusões. (R)
Quando você diz vocês...eu sei que você não tem muita vontade de me incluir. Por isso, para que vocês saibam que eu sou o melhor amigo que uma pessoa pode ter e que eu sou extremamente adorável. Vou deixar vocês conversarem sozinhos e não vou nem espiar. Cambio desligo! (J)
Ele é meu amigo, mais é burrinho coitado. Nós não temos muito tempo, o café já está acabando e seus amigos parecem seriamente querer roubar o pergaminho de você. Er...como você passou a noite? (S)
Rose deu uma leve espiada nos seus amigos e viu que todos eles olhavam para o pergaminho das mãos de Rose com uma enorme curiosidade. Beca se contorcia para tentar ver o que tinha nele e Kate fingia que não se importava mais o seu prato parecia curiosamente cada vez mais perto de Rose, Alvo só olhava e Hugo estava em posição de arrancar o objeto das mãos da irmã. Isso fez Rose rir com vontade.
Dormi melhor do nunca! Ontem a noite foi espetacular, sinto que conheci um pouco mais sobre você, coisas que eu acho que antes do acidente eu nem mesmo desconfiava.(R)
Isso é verdade! Eu nunca te levei para aquela sala antes, mas sobre o meu passado triste você sempre soube, pois você foi a primeira pessoa a me oferecer ajuda. (S)
Eu me lembro desse dia...Sinto muito, as coisas que você sofreu não devem ter sido fáceis.Eu gostaria de ter feito mais por você, de ter impedido que você sofre-se tanto. =/ (R)
Você não faz idéia do quanto me ajudou, do quanto aliviou minhas mais profundas dores.Se não fosse por você...eu nunca teria saído do inferno.(S)
-Rose tudo bem que você prefere ficar entretida nesse pedaço de papel e tudo bem que esse pedaço de papel é mais interessante que os seus amigos, mas será que esse pedaço de papel é mais importante que aula? Por que se for tudo bem, ficamos todos aqui e chegamos atrasados. –disse meio frustrada Beca depois de muito cutucar a amiga e depois de muito tentar, mas sem conseguir ver nada.
-Já? Mas nós mal chegamos...- perguntou Rose meio perdida.
-Rose, o café acabou de terminar e você perdeu um pequeno barraco, Kate foi atrás da Lilly, seu irmão gritou com ela e falou coisas horríveis, Alvo foi atrás dele e eu fiquei aqui pra te levar embora.
-Mas, o que aconteceu? – perguntou Rose preocupada se levantando quase imediatamente.
Scorpius, desculpe...tenho que ir! A aula vai começar e parece que meu irmão brigou com a Lilly, eu tava tão distraída que nem percebi a briga acontecendo. Mais tarde agente conversa de novo! (R)
Pode ir eu entendo, Jay acabou de me contar sobre a confusão. Até depois! Não se esqueça eu estou sempre aqui... (S)
-Bom eu não entendi muito bem, parece que um menino da sonserina foi conversar com a Lilly, eles estavam conversando sem problemas até animados. Seu irmão do nada se levantou e foi até ela xingar. Ele disse um tanto de besteira, disse que ela tava traindo a casa dela, que ela dava mole para todos os caras que apareciam, praticamente chamou ela de vagabunda. Seu irmão foi super cruel e o que é mais estranho é que a Lilly não reagiu nem um pouquinho. Ela ficou ali só ouvindo e olhando para ele, eu nunca tinha visto ela tão magoada.
-O que deu no Hugo? – perguntou Rose com as mãos no rosto, tentando se recuperar. –Eu preciso conversar com o meu irmão!
-Bom...vai ter que ser depois agora nós demos aula de defesa contra as artes das trevas e se agente não correr nem entrar dentro da sala entramos.
As duas correram, mas conseguiram chegar na sala antes mesmo do professor. Alvo e Kate estavam lá sentados esperando por elas cada um no seu canto,sem se olharem. E para total surpresa de Rose Scorpius e Jared também estavam lá, só que na mesa de trás, ao ver que ela tinha entrado, Jay deu um aceno e Scorpius lhe lançou um olhar alegre.
-Ei vocês, e então como foi? –perguntou Beca para os dois tentando cortar o clima ruim que estava entre eles, enquanto se sentava entre eles.
-Hugo perdeu a cabeça mesmo e o pior é que ele sabe disso. Ele não quis falar comigo, alias ele só me deu patada. – disse Alvo com um suspiro. – Se ele não fosse meu primo e um dos meus melhores jogadores eu dava um soco nele.
-Eu fiquei morrendo de dó de deixar a Lilly sozinha, ela ficou muito triste. Eu perguntei, mas ela nem desconfia porque ele agiu assim e no momento não esta com a menor vontade de saber. Ela nem queria ir na aula para não ter que encarar ele de novo.
-Sabe o que eu estava imaginando, se fosse o James aqui, o Hugo tava na enfermaria agora, ele e o sonserino que tava com a Lilly. – disse Beca tentando quebrar o clima.
- O James não está mais aqui... na falta dele eu cuido da minha irmã e da minha familia também! – respondeu Alvo irritado. –Agora vamos prestar atenção porque a aula vai começar. -Beca não disse mais nada.
O professor entrou na sala com uma cara irritada, mandou as pessoas se dividirem em trios e duelarem entre eles, simplesmente isso. Alvo olhava para o professor cada vez mais irritado.
-Eu odeio esse cara!Quem vai duelar comigo?
-Não me leve a mão não, mas nesse humor que você está, eu prefiro manter uma certa distancia. Sabe como é né?! –disse Beca meio se afastando.
Kate olhou para Alvo, a tristeza e a amargura eram visíveis. Então ela olhou para Beca como se com o olhar pudesse fazer a amiga compreender que ela não podia duelar com o Alvo. Rose olhava para Alvo e depois para Scorpius, por mais que ela quisesse o loiro, não podia largar o prima abandonado.
-Tá ninguém quer...eu duelo sozinho então.
-Ei valentão, calma ai! Eu duelo com você, que você acha sonserina versus grifinoria! –disse Jared indo na direção do garoto erguendo as mãos como forma de comprimento.
-A não... se o grandão vai duelar com você, então eu também entro nesse trio. Eu adoro vencer esse cara! – disse Beca voltando para junto dos meninos com um sorriso no rosto.
-Você sabe que dois contra um não é muito justo! Mas...eu vou amar de paixão te ver admitindo que perdeu pra mim!- disse Jay e depois se virando e dando uma piscadinha para o amigo.
Scorpius olhava para Rose com um pequeno brilho nos olhos e Rose olhava para ele com um sorriso nos lábios. Kate se sentiu meio intrusa e por um minuto desejou ter ficado do lado de lá.
-Vamos começar com magia básica de ataque e defesa. Não se preocupe eu vou pegar leve, vou fazer de tudo para que você não se machuque. –disse Scorpius.
-Não me subestime, eu sei muito tá?!Ah... Não se preocupe eu vou pegar leve! –disse Rose com um sorriso zombeteiro.
Kate olhava de um para o outro, as varinhas estavam erguidas. Os olhos estava fixos um no outro, o sorriso era o mesmo. Ela assistiu com muita atenção quando Scorpius lançou um feitiço simples de ataque e Rose se defendeu com uma cara entediada e lhe lançou um ataque mais forte e se surpreendeu quando recebeu o ataque de volta. Antes mesmo que o feitiço a atingisse seus olhos perderam o foco.
“ (3º ano)Era uma manha de terça feira, Rose estava super alegre, pois ela teria aula de defesa contra as artes das trevas. Ela e Alvo estavam treinando a semanas para essa aula. Eles iriam duelar um contra o outro. Tinham até feito uma aposta, o vencedor teria direito a um pedido e o perdedor era obrigado a cumprir. Ela tinha tantas coisas em mente, por isso não demorou muito foi uma das primeiras a chegar na aula. Ela estava com tudo pronto,a vitoria era certa, pois ela conhecia o primo tão bem que conseguia prever os movimentos dele.
O professor um homem muito bonito, tinha cabelos castanhos estilo galã de novela trouxa e lindos olhos cor de mel, tinha acabado de entrar. Apesar de ser um homem muito bonito e muito talentoso, tinha um humor muito variado. Tinha dias em que ele era insuportável e outros que ele era um anjo, apenas com Rose e com Victoria , prima de Rose, ele era sempre um anjo. Naquela manha ele estava particurlamente insuportável.
-Certo, vocês queriam duelo então é isso que terão. Eu não estou com humor para complôs por isso hoje eu escolhi as duplas de duelo, caso não fiquem contentes então duelem comigo, se vencerem eu deixo duelarem com quem quiserem. – pelo tom de voz dele, ninguém ousaria nem mesmo por um minuto reclamar que tinha sido injustiçado.
Ele foi chamando nome por nome, alguns saiam alegres outros nem tanto. Alvo ficou com Rick, ele estava desapontado por não duelar com a prima e ela muito mais desapontada. O que antes era um simples desapontamento virou odio puro no momento em que o professor disse em voz alta aquilo que ela jamais esperava ouvir.
-Rose Wesley você duela com Scorpius Malfoy! – Scorpius olhava para ela como se não acreditasse no que seus ouvidos tinham acabo de ouvir e Rose estava vermelha de ódio.
Eles ficaram se olhando, parecia que faíscas saiam dos olhos deles. Durante um longo tempo eles não deram um passo, só ficaram se olhando como se através dos olhos eles pudessem por fim aquele duelo. Por fim, Scorpius quebrou o contato visual e foi até ela. Ele tinha um sorriso divertido nos lábios.
-Vamos logo com isso! Esse duelo pode até ser interessante...
-Se você está com tanta pressa de ser derrotado então vamos nessa!
-Expelliarmus. –ela deviou e o feitiço acertou um garoto que duelava atrás dela.
-Estupefaça! –ele também não se deixou acertar.
-Impedimenta! –o feitiço acertou em cheio Rose que gritou em fúria.
-Petrificus Totalus! –apesar de estar meio zonza, ela conseguiu lançar o feitiço nele.
-Protego!
A luta entre os dois continuava a todo vapor, nenhum dos dois caia no chão, nem era desarmado, por isso os alunos que antes duelavam tinham parado para assistir. Alguns mais empolgados começaram a fazer apostas. Aquilo que era uma pequena aula tinha tomado proporções gigantescas, muitos alunos que já tinham terminado suas aulas tinham ido assistir, nem mesmo o professor tinha vontade de parar a luta. Os dois se olhavam, estavam ambos exaustos, mas nem um pouco prontos para entregar o duelo.
-Rictusempra! – por muito pouco o feitiço não acerta Scorpius.
- Vamos Wesley, desista você está cansada, tudo bem...não é vergonha nenhuma desistir. Tarantallegra!
-NEM EM SONHOS QUE EU PERCO PRA VOCÊ!- o feitiço a atingiu, ela fingiu que iria cair, mas voltou rápido.- Expelliarmus! -A varinha do garoto voou longe, antes que ele tivesse tempo de pega-la ela lançou olhou feitiço. –Estupefaça!
-O jogo ainda não acabou...- ele desviou do feitiço e conseguiu pegar a sua varinha. - Petrificus Totalus! – as pernas bombas dela não a permitiam fugir, então ela foi pega pelo feitiço e paralisada.
Ele sorria vitorioso. Com um sorriso presunçoso foi se aproximando cada vez mais dela. Quando estavam bem próximos ele ergueu sua varinha, apontou pra ela e disse:
-Agora o golpe final... Falling Roses! Agora sim...o jogo acabou. – o feitiço fez pétalas de rosas caírem em cima deles, ele olhou para ela e piscou de forma galante pouco antes de se virar e caminhar em direção a porta. Antes de sair ele se virou para ela novamente e disse. – E eu acho que no fim quem saiu vencedor fui eu.Ah...antes que eu esqueça, Finite Incantatem!
Ela voltou ao normal. Demorou um pequeno tempo para ela conseguir assimilar tudo que tinha acontecido. Seus olhos foram em direção das pétalas vermelhas que caiam sobre ela e que ao tocarem o chão mudavam de cor e sumiam. Isso era incrível, ele realmente se superou. Mas a raiva, o ódio de ter sido derrotada quando a vitoria era obviamente dela, eram mais fortes que a possível admiração. Tudo que ela pensava naquele momento era que ele não poderia sair dali assim. Ela sentia vontade de socá-lo, de fazê-lo sentir um pouco da raiva daquilo que estava ardendo no seu peito.
Antes que ele sumisse ela correu até a porta e gritou:
- EU TE ODEIO SCORPIUS MALFOY! –ele só virou para trás riu e mandou um beijo no ar para ela.”
Ela quase caiu no chão. Se não fosse por Scorpius que a pegou nos braços antes dela cair, isso provavelmente teria acontecido. Esse gesto delicado de atenção,foi tão rápido e impensado, que ao pega-la ele acabou sendo pego pelo próprio feitiço e sendo arremessado contra a parede.
Apesar do choque com a parede ele ainda aparentava estar bem. Seus olhos estavam abertos e fitavam Rose, depois de garantir que ela estava bem, ele se sentiu muito mais tranquilo.
Scorpius tinha levado todo o golpe e tinha durante todo o tempo segurado ela bem firme, mesmo que nem sequer notasse que tinha feito. Isso fez com que ela saisse do incidente sem nem sequer um arranhão.
-Você está bem? Sabe desmaiar no meio de um duelo não é uma boa coisa! –disse ele para ela em um sussurro bem fraco.
-Estou bem. Desculpe...péssima hora para ter recordações. – disse ela tentando sorrir.
Assim que ele ouviu isso, deu um fraco sorriso e perdeu a consciência. Rose só notou o que tinha acontecido quando viu que ele não a segurava mais, os braços dele ao redor dela tinha afrouxado, foi então que ela se levantou ainda meio fraca e viu que ele parecia estar desacordado e com varios arranhões pelo braço. Alvo segurou a mão da prima e a abraçou por trás e Jared correu para ajudar o amigo.
-Eu vou levar esse grandão para a enfermaria. – ele parecia serio, com um pouco de dificuldade ele conseguiu levantar Scorpius, colocou ele ainda desacordado nas costas. – Quando ele acordar, vou recomendar seriamente que ele faça uma dieta.
-Quer ajuda? – perguntou Alvo ainda segurando as mãos da prima, com um pouco de receio dela desmaiar novamente.
-Ai...não valeu! Faz só o seguinte, alguém pega no bolso da minha calça um frasco!De preferência uma mulher...- disse ele com um sorriso safado.
Muitas meninas quiseram, mas nenhuma parecia muito confortável em fazer. Então Kate foi e tirou o frasco do bolso de trás do garoto.
-O que é isso? – disse Alvo.
-Esse é o remedio da pequena Rose, isso vai ajudar ela a se recuperar. Ordens do dr.! – disse ele antes de começar praticamente a correr escadas abaixo.
Todos da sala pareciam estar olhando para Rose, alguns cochichavam com a pessoa do lado, outros apenas não sabiam o que pensar. Rose não conseguia entender o porque daquilo. Alvo virou todo o frasco na boca de Rose e a levou para fora da sala, para um ambiente longe daquele tumulto.
Depois de um tempo ele olhou para ela de forma mais seria que o normal.
-Roh, você está bem?
-Agora estou! –o olhar dela parecia perdido, distante.
-O Malfoy pensa muito rápido. – disse Kate impressionada.
Durante uns minutos os quatro ficaram em silencio apenas ouvindo a própria respiração, a mente de cada um deles estava em um lugar diferente, com uma preocupação diferente.
-Gente, eu sinto ter que acordar vocês dos seus preciosos pensamentos, mas nós temos aula agora e eu tenho certeza que vocês não querem se atrasar.- disse Beca trazendo os olhos dos outros para si. – Vamos?
-Eu...gostaria de ir a enfermaria! – disse Rose com a mente distante.
-Olha Roh...eu te levo lá depois da ultima aula, pois acredite em mim você vai se arrepender se matar aula.Você pode até disser que não, mas eu te conheço bem o suficiente pra saber que sim e outra... o Scorpius não iria gostar que você mata-se aula por causa dele. – disse Kate colocando as mãos no ombro de Rose.
-Além disso, o idiota do gigante, não sairia do lado do Scorpius de forma nenhuma, pelo menos não até garantir que ele estará muito bem. Ele é idiota, ridículo, metido, mas é um bom amigo. – disse Beca olhando para a amiga com um sorriso.
- Decidido então...agora vamos! –disse Alvo indo na frente, balançando de vez em quando a cabeça de forma preocupada.
As aulas passaram de forma muito lenta na opinião de Rose, periodicamente ela checava o pergaminho, mas nenhum sinal dele, nem dele nem de Jay. Isso estava deixando Rose louca, ela mal conseguiu prestar atenção nas aulas, suas mãos trabalhavam anotando tudo, mas ela não estava verdadeiramente lá. Ela estava tão distraída que nem sequer pensou em olhar a sacola de novo. Então quando a ultima aula chegou e Kate apareceu na porta da sala, Rose catou todas as suas coisas de forma rápida e correu em direção da amiga.
-Como eu te conheço e sei que você está com pressa...Vamos?! – o sorriso de Kate era o mais amigável possível, ela pegou nas mãos de Rose e foi correndo em direção a enfermaria.
Alvo e Beca esperavam por elas lá. A porta da enfermaria estava fechada. Rose olhava para ela com um nó na garganta, seu corpo hesitava em abrir as portas, mas ela tinha esperado ansiosa por esse momento o dia todo, ela precisava saber como ele estava, ela precisava vê-lo com os próprios olhos. Parecia bobagem ela se preocupar, afinal o feitiço nem era tão forte assim, mas...ela se preocupava. De repente ela se deu conta que aquela sensação, esses mesmos sentimentos, essa mesma cena...ela já tinha vivido isso antes. Ela ficou olhando fixamente para a porta, fechou seus olhos por um momento e deixou a mente vagar...
“( 4 ano) Depois do jogo, a grifinoria toda tinha ido comemorar a vitoria.Eles estavam um pouco confusos com tudo que tinha acontecido, mas uma coisa era certa a Grifinória nunca deixaria de comemorar uma vitoria.Afinal o que tinha acontecido naquele jogo foi algo inusitado, não é todo dia que se vê um jogador parando sozinho pouco antes de se chocar contra o chão durante uma queda assustadora. Alias até os professores ainda não entendiam o que tinha salvo o garoto da queda eminente, muitos acreditavam ter sido um milagre. Só Rose sabia da verdade...aquilo não tinha sido um milagre, tinha sido ela.
Os professores tinha levado o garoto para a enfermaria. Apesar de não ter sofrido a queda ele ainda estava desacordado, a goles parece que tinha acertado o garoto bem na cabeça, fazendo com que sangrasse muito. E era lá exatamente onde Rose estava agora.
Os corredores estavam completamente vazios, pois já tinha dado o horário de recolher, se ela fosse pega estaria perdida. Por isso ela pegou a capa de invisibilidade que James tinha ganhado do tio Harry no dia que ele entrou na escola e tinha pego também apenas por precaução é claro, o mapa do maroto. Bom o ultimo nem foi tão complicado, Alvo sempre disse a ela que o mapa era dos dois por isso nem teria muito problema caso ele descobrisse, mas se James descobrisse... ela estava ferrada. Ela tinha aproveitado que os grifinorios estavam ocupados comemorando no salão comunal para sair de fininho. Agora olhando aquela enorme porta branca, Rose começava a se arrepender de ter vindo.
-Rose...deixa de ser burra. Pra que você veio até aqui. Só por causa da sua maldita curiosidade de saber como o garoto estava? Não bastava ter salvado a vida dele...Por Merlin, eu só posso ter enlouquecido, eu estou na porta da enfermaria pra ver a pessoa que eu mais odeio no mundo e como se só essa loucura não fosse o suficiente, eu ainda estou falando sozinha.
Ela andava de um lado para o outro sussurrando coisas como “Eu não vou abrir essa porta.” ou “ Vamos Rose é só olhar e ir embora.”. Por fim ela respirou fundo e abriu bem devagar para não acordar a enfermeira que dormia nos quartos do fundo e que era atenta a cada respiração irregular.
Seus olhos percorreram todo o lugar, todas as camas, então ela viu. Por um minuto ela nem sequer se mexeu, seus olhos estavam fixos na única cama ocupada da enfermaria, não precisava ser um gênio para deduzir que aquela cama era dele. Lentamente em passos mais leves que de uma bailarina ela foi se aproximando, sua respiração começou a se tornar mais pesada e ela começou a se sentir corar.
Lá estava ele! Olhando para ele assim, ele parecia um anjo. Uma pequena faixa cobria parte da cabeça, mas isso não impedia que seus longos fios loiros se espalhassem pelo travesseiro. Seu rosto parecia tranqüilo, como se ele estivesse tendo um sonho perfeito. Ela ficou um longo tempo parada olhando para ele, sua mente estava vazia, ela não estava pensando. Ela tirou a capa da invisibilidade que a cobria e colocou em um canto, arrumou o lençol que o cobria, retirou alguns fios de cabelo que caiam sobre o rosto dele e o acariciou levemente. O garoto parecia estar sonhando com alguma coisa realmente boa, pois ele estava sorrindo, um sorriso doce e lindo. Olhando para aquele sorriso, Rose sentiu seu coração bater ainda mais rápido.
-Você parece um anjo dormindo assim, tão frágil e tão inofensivo!- disse em um sussurro.
Então ela ouviu um barulho fraco, mas o suficiente para deixá-la alerta.Provavelmente se ela não tivesse escutado o barulho vindo do quarto da enfermeira, ela teria acabado passado a noite ali.Por um momento ela agradeceu o alerta, se ela acabasse pegando no sono ali e ele visse que ela tinha ido visitá-lo, provavelmente seria muito constrangedor. Ela pegou sua capa e se cobriu rapidamente, olhou para o mapa rapidamente, apenas para garantir um caminho seguro até a volta. Acariciou uma ultima vez o rosto dele e disse ainda em voz muito baixa:
- Eu não sei o que eu fiz, nem o porquê eu fiz...mas fique bom logo!- com essas palavras ela deixou a enfermaria.
Assim que ela saiu, ele abriu os olhos e colocou as mãos onde antes estavam os dedos dela. Com um olhar misterioso ele olhou para a porta e sorriu novamente.”
Alvo teve que segura-la para que ela não caísse no chão. Seus olhos estavam serrados, ela parecia verdadeiramente pálida, sua voz saiu como em um granido tão baixo que ninguém conseguiu ouvir.
- E eu achando que você tinha vindo aqui só pra visitar. – disse Alvo revirando os olhos e pegando a prima no colo.
As meninas abriram a porta e Alvo entrou com Rose não muito acordada nos braços. Scorpius que estava sentado na maca conversando com Jared, levou um susto quando viu quem tinha chegado. Ele ia em direção a ela, mas Jared olhou para ele impedindo. De forma bem casual ele olhou para Beca que parecia a mais tranqüila e perguntou:
- O que ouve com ela?
-Ela teve um quase desmaio ai em frente da enfermaria. – disse Beca pouco antes de Alvo colocar Rose na cama ao lado do Scorpius.
- Deixa eu adivinhar...recordação?
- Eu acho que deve ser, ela não conseguiu falar nada até agora.
- Já deram a poção pra ela? – perguntou Scorpius preocupado.
- Como se tivesse dado tempo. – respondeu Alvo mal-humorado.
Antes que eles começassem a discutir Rose, respirou fundo e tocou Alvo pedindo ajuda para se sentar. Meio contrariado ele fez o que ela pediu, mas não tirou as mãos dela.
-Bec chame a enfermeira! Rose precisa ser medicada. – pediu Kate a garota que fez que sim com a cabeça e partiu em direção ao quartinho da enfermeira.
-Scorp...- a voz dela saia com muita dificuldade.
- Não fale. Por favor, até que te mediquem descanse! Eu estou bem, o feitiço junto com o golpe me deixaram um pouco derrubado, mas eu tomei a medicação, as feridas já se curaram.
- Ele está mais fraco que o normal e mais chato também, só por causa da medicação que tem uns efeitos assim na pessoa. –explicou Jared.
A enfermeira veio correndo assim que Rebeca a chamou. A velha Madame Pomfrey era uma senhora gentil e era muito confiável, trabalhava a muitos anos na escola e ainda não tinha tido coragem de se aposentar.
-Sta Wesley, que bom vê-la novamente. – disse enquanto examinava a menina. – Fiquei muito feliz em saber de sua recuperação, mas fiquei profundamente ofendida pelo seu curandeiro não confiar a sua saúde a mim e sim querer colocar um outro enfermeiro nessa escola. Como se eu não prestasse para nada mais, como se os anos que eu dediquei a essa escola fossem nada, como se eu não tivesse cuidado das feridas daquele garoto insolente. –disse ela com um tom magoado.
- Madame Pomfrey, tenho certeza que meu pai em nenhum momento duvidou de sua capacidade, nem de seu enorme carinho para com todos nós. Muito pelo contrario ele me disse muitas vezes que foi na senhora que ele se inspirou para entrar na carreira. –disse Scorpius de forma educada e ligeiramente galanteadora.
Isso pareceu surtir efeito, pois os olhos da enfermeira pareciam brilhar de orgulho, seu rosto cansado corou ligeiramente e ela voltou ao se trabalho.
- A diretora já tinha me passado todas as recomendações necessárias e isso que você teve foi efeito da volta das memórias. Vou te dar um frasco para de ajudar a se recuperar do cansaço e fraqueza e outro para a dor, pois posso até estar errada, mas você parece estar sentindo fortes dores na cabeça. –a enfermeira não esperou respostas virou o primeiro frasco, cujo gosto Rose até já tinha se acostumado e lhe deu o outro, esse era tão horrível que ela queria muito cuspi-lo, mas apesar das caretas tomou sem reclamar. –Agora quanto a você Sr. Malfoy, se alimente bem, depois de comer eu voltarei e provavelmente você poderá ir embora. O RESTO VÁ EMBORA, os pacientes precisam de descanso.
A enfermeira fez aparecer o almoço dos dois em cima das camas e saiu lançando um olhar feio na direção dos garotos que estavam indo em direção a porta e que na opinião da enfermeira muito lentamente. Quando ela tinha sumido de vista eles voltaram.
-Ela já me expulsou daqui umas... dez vezes?- ele perguntou para Scorpius que confirmou.- Ela fica furiosa toda vez que me vê de volta. É até engraçado!
-Roh, como se sente? –perguntou Kate se sentando na beirada da cama da menina.
-Melhor agora! –ela disse enfim conseguindo pronunciar alguma frase.
-E a cabeça? – perguntou Scorpius preocupado.
-Continua no mesmo lugar, não tá vendo não. – disse Jared com o seu humor de sempre e recebendo um soco no ombro. –Ai...Eu não sei por que você ainda não recebeu alta, se é forte o suficiente para me socar, então é porque você tá novinho em folha.
-Incrivelmente está um pouco melhor, dói muito ainda, mas ...melhorou um pouco. –disse ela com os olhos cansados se fechando e abrindo de forma forçada.
- Ei, vamos deixar a Roh dormir! Essa poção parece que deixa ela cansada e também nós temos que almoçar. –disse Beca chamando os outros.
Alvo deu um beijo no rosto da prima, colocou a bandeja com comida ao lado dela, a cobriu e foi embora junto com Kate e Beca.
-Voltaremos depois do almoço!-disse Kate para a amiga adormecida. –Ei Jared, você vai ficar ai?
-Poder ir, eu não estou com fome! – Kate deu de ombros, sorriu e saiu.
-Cara, por que você não foi com eles? – perguntou Scorpius enquanto comia seu almoço.
-E deixar você aqui sozinho, abandonado? Jamais!- disse ele com um sorriso brincalhão.
-Você não quer deixar eu sozinho ou você não quer ficar lá sozinho?- ele olhou para o amigo, mas mudou de tom quando viu a expressão triste do amigo.-É serio... você precisa comer. E nem olha por que esse é meu.
- Egoísta!
-Ei...será que ela fez isso de propósito?- disse ele se tornando serio de repente.
-É claro que não, parece estranho, mas ela não escolha a hora de lembrar das coisas. Além disso, cara ela estava vindo te visitar ver como você estava.
-Eu sei...loucura minha né?!
-Você é louco, não é como se isso fosse uma grande novidade. – disse Jay com um sorriso debochado. – Ei...seu pai já te mandou a resposta? –seu tom ficou serio novamente.
-Eu recebi hoje cedo, mas não foi do meu pai, foi da minha mãe. O que eu já imaginava.
-Seu pai ainda está irritado com você?
-Pelo que a minha mãe diz, sim...muito.Eu esperava por isso é claro! Minha mãe você conhece, não se põe nem a favor nem contra, mas odeia clima de briga. Ela tem tentado colocar na cabeça do meu pai que eu só estou ajudando alguém e que não vai acontecer nada além de uma relação enfermeiro paciente. Isso tem feito meu pai melhor um pouco a raiva, agora pelo menos ele não se incomoda em ouvir o meu nome.
- Cara eu não quero nem ver o que vai acontecer quando vocês começarem a namorar! – o olhar de Scorpius adquiriu uma tristeza grande e o amigo tentou consolar. –Se eles te expulsarem de casa, nós podemos alugar um apartamento, pode deixar que eu pago, com a minha herança agente consegue viver sem trabalho, por uns cinco anos.Já que provavelmente eles não vão te dar nada.
-Valeu pelo apoio moral! Mas...eu não me preocupo só comigo, quer dizer ela também vai sofrer rejeição da família, e eu não sei se ela suportaria. É por isso que as vezes eu tenho medo dela se lembrar, as vezes eu queria que ela não se lembrasse de mim.
-Ela poderia não se lembrar...mas não deixaria de sentir. Eu posso não ter convivido muito com ela antes, mas eu sei...ela estava pronta pra desistir de tudo se fosse preciso.- ele deu um soco na cabeça do amigo e completou.- Agora...deixe ser idiota e viva!
Scorpius não respondeu nada, apenas ficou olhando em direção da garota que comia. Ele olhou para a própria bandeja que estava vazia e pediu que ela se enchesse novamente.
-Toma, eu sei que você está faminto! – Scorpius empurrou a bandeja na direção do amigo, que aceitou e comeu com grande velocidade. –E...valeu.
-Eu não fiz nada de mais, pelo menos nada perto do que você fez por mim! –disse com a boca cheia.
Assim que a Madame Pomfrey apareceu novamente, Jared se despediu de Scorpius e disse que esperaria ele lá fora depois de receber um olhar quase assassino da enfermeira. Ela analisou bem os dois pacientes, enquanto olhava concentrada fazia varias diferentes caras, Scorpius quase não conseguiu controlar sua vontade de rir.
-Sr. Malfoy, o senhor está liberado para assistir as próximas aulas. Vou fazer apenas uma recomendação, eu sei que o senhor tem que cuidar dela, mas cuide de você também. E diga ao seu amigo que eu sei que ele não voltou para as aulas e que ele pode ficar seriamente encrencado futuramente.- disse a enfermeira sem olhar para ele. –Ah...mande lembranças ao seu pai.
-Pode deixar, mandarei com certeza!E...obrigada! –disse ele timidamente.
-Vejo que você é mais diferente do seu pai do que aparenta. Agora vá! Ela vai dormir por provavelmente uma aula ou duas, assim que acordar eu darei alta para ela. Por isso é necessário que alguém pegue a matéria para ela, pois se eu conheço bem essa jovenzinha ela enfartaria só com a idéia de ter perdido uma aula.
Scorpius ficou ainda mais um pouco olhando a menina que dormia, arrumou seus lençóis e seu travesseiro de forma que ela ficasse o mais confortável possível. Sem que a enfermeira notasse ele acariciou o rosto dela, segurou sua mão, quando ela se virou novamente para olhar a menina, ele já estava saindo e uma pequena flor tinha sido deixada no lugar onde antes estava as mãos dele.
Varias horas tinham passado até que Rose finalmente acordou. A enfermaria estava completamente vazia, na mesinha ao lado da cama tinha vários pergaminhos com anotações das aulas e em suas mãos tinha uma linda rosa vermelha. Ela não se lembrava te ter pego uma rosa, com uma cara de espanto e curiosidade, acariciou suas pétalas e a trouxe para mais próximo de si. Olhando para aquela flor, ela tinha certeza que não estava só. Enquanto a enfermeira não voltava, ela olhou todos os pergaminhos que tinham sido deixados para ela, tinham vários contendo anotações com letras diferentes sobre uma mesma matéria. Olhando para eles, ela sentiu tão querida, seus olhos se encherem de lagrimas e ela sorriu. Alem das anotações tinha também um carta com a letra da mãe de Rose, uma outra carta com uma letra desconhecida e um pequeno bilhete colado uma caixa de sapos de chocolate. O bilhete dizia o seguinte: “Alvo me contou sobre o que aconteceu com você, fui te ver, mas você estava dormindo. Ele me disse também que você não estava nada feliz comigo por causa da Lilly, que ninguém estava feliz comigo por causa disso. Eu espero que você como minha irmã fique do meu lado, se você quiser conversar ótimo eu escuto...mas se for me dar sermão nem venha. Espero que melhore...T.A! Do seu irmão, Hugo.”
“Meu irmão as vezes é um doce, mas as vezes é realmente louco e infantil.”
Ela olhou a carta de sua mãe enquanto dava uma longa mordida no seu sapo de chocolate.
*Rose,
Eu e seu pai estamos muito felizes de saber que você está bem e que como era esperado está se recuperando bem! Que bom que o filho do Draco está te tratando bem. Me lembro como se fosse ontem das suas inúmeras cartas para mim, dizendo o quanto ele era odioso e o quanto você se orgulhava quando se saia melhor que ele na escola.
Espero que seu irmão não esteja aprontando muito por ai. Nevile disse que ele está mais temperamental por esses dias. Só espero que eu não tenha que mandar um berrador para ele, só Deus sabe o quanto eu odeio esse tipo de coisa.
Fiquei sabendo que a briga grifinória x sonserina está causando tumultos por ai. Seu pai acha a idéia de misturar da diretora um absurdo, eu só acho um pouco arriscado. Tenho medo por você e pelo seu irmão, mas confio em Hogwarts e na diretora.
Como seus primos estão? Espero que calmos...
Ah...seu pai manda lembranças e disse que mal pode esperar para te ver novamente. Seus avós também estão mortos de saudades.
Nós todos te amamos!
Ah...antes que eu me esqueça. A Luna madrinha da Lilly, disse que te mandaria uma carta e um presente que iria ser útil.Ela é louca, mas é boa pessoa.
Beijos, da sua mãe que te ama!*
Quando ela terminou de ler a carta da mãe, sentiu uma certa saudade dos pais e do carinho dos avós. Ela voltou novamente na penúltima frase que a mãe escreveu, apesar de não se lembrar de quem a mãe falava, resolveu abrir a outra carta, talvez dessa forma consiga descobrir. Assim que ela abriu a carta uma pequena caixinha branca caiu de lá, mas isso não foi a única coisa que chamou a atenção de Rose. Essa era completamente diferente das cartas normais, a tinta era amarela bem viva e no canto do pergaminho tinha um desenho que Rose achou muito engraçado.
**Olá Rose,
Provavelmente você não se lembra de mim. E eu tenho algumas teorias sobre o motivo de sua perda de memórias, alias compartilhei minhas idéias com seus pais, que acharam absurdas. Eu acho que eles não compreendem muito bem as coisas. Seu tio Harry sim, ele não me chamou de lunática quando apresentei minhas teorias, na verdade ele disse que eram boas idéia. Ele é um bom homem e um bom... uma boa pessoa.
Eu estudei casos de perdas de memórias repentinas quando visitei o Egito, parece que um pequeno bichinho chamado Fardois causa esse efeito nas pessoas, mas ele só é encontrado lá, seria muito misterioso se fosse ele a grande causa da sua perda de memória. Mas não foi por isso que eu te escrevi, na verdade eu descobri algo curioso quando passeei com meu falecido marido pelas florestas da America do Sul, os índios acreditam que nossas memórias jamais se apagam ou são esquecidas, apenas descansam esperando a hora que mais precisamos delas, ai então elas voltam.
Essa não é a única coisa que eles acreditam. Eles acreditam também em uma historia louca que Tupã, um deus deles, criou os homens e as mulheres unidos como um só. Um dia um espírito raivoso, o Ódio, separou esse ser em duas metades idênticas e jogou as metades bem distantes uma das outras, mas essas almas separadas nunca deixam de se procurar para um dia voltarem a ser completas plenamente e então voltar aos braços de Tupã.Na verdade eu não faço idéia do porque eu me lembrei disso e do porque eu escrevi isso aqui...Vai ver eu seja louca como seus pais dizem, ou vai ver loucos sejam esse povo que acredita nisso.
Confie nas suas memórias!Ah...cuidado nessa escola existem seres que podem enlouquecer uma pessoa. Eu recomendo usar colares de semente de esperança, se você quiser eu te mando uns...ah já ia esquecendo. Te mandei uma pulseira ela é para trazer saúde, nunca tire do braço, eu dei uma para Lilly, mas a dela é para trazer boa sorte, só que eu sinto que ela não está usando o presente que eu dei.
Você é uma boa garota Rose!
Luna**
Rose concordou com a mãe, aquela mulher era um pouco louca, mas ela tinha se importado, caso contrario ela não teria sequer mandado um bilhete e por isso era digna de atenção. Rose releu a carta mais uma vez antes de abrir a caixinha. As historias eram loucas, mas eram muito bonitas, apesar de não fazerem sentido algum, quer dizer um homem e uma mulher passarem a vida toda buscando um ao outro para serem completos, isso era irreal.
A caixinha era normal e muito bonita, Rose a abriu e pegou a pulseira em suas mãos. Era uma pulseira cheia de continhas coloridas, que mudavam de cor a toda hora e tinha um pequeno pingente, ele tinha a forma de um cajado com assas e na ponta tinha um olho grego e rodando ele tinham duas serpentes uma prateada e outra dourada, que abraçavam o cajado, mas nunca se tocavam. Não era um presente feio, ou desagradável, por isso Rose não hesitou em colocar. “Se bem não fizer, mal também não deve fazer.Certo?!”
-Mocinha...-chamou a enfermeira fazendo Rose olhá-la. – Você não precisa ficar mais, está muito melhor agora. Seus amigos devem vir buscá-la, mas eu sinto ter que pedir que não fique por aqui por muito tempo.
- Eu entendo...obrigada por cuidar de mim! –disse Rose com um sorriso.- Acho que vou indo...o pior que pode acontecer é eu me perder. Mas...alguém com certeza me acharia.
A enfermeira apesar do olhar preocupado, não disse mais nada, apenas foi arrumar a cama que Rose tinha acabado de desocupar. Rose juntou todas as suas coisas e as colocou cuidadosamente dentro da sacola, antes de sair da enfermaria olhou o pergaminho apenas para avisar para Scorpius que ela estava saindo da enfermaria, mas o que ela pegou não foi o pergaminho que eles usavam para conversar, era outro...uma carta. Ao abri-lo ela foi se lembrando, do dia que ela escreveu aquela carta.
“ (5º ano) Rose tinha acabado de ajudar sua mãe a lavar a louça e arrumar a cozinha. Hugo para variar estava na casa de um dos vizinhos trouxa jogando vídeo game, ele amava essas coisas e lamentava não poder contar a ninguém que era bruxo, nem levar o vídeo game para o mundo dos bruxos. Por isso durante as férias ele ia todos os dias para a casa dos vizinhos para poder brincar um pouco.
Ela pediu licença à mãe e se trancou no quarto. O lugar era bem simples, as cortinas eram brancas, a cama parecia de uma princesa era grande e tinha uma grande quantidade de travesseiros brancos e um longo e macio edredom rosa bebe. Parecia o quarto de uma criança,isso se não fosse pelas enormes estantes, revistas jogadas em cima de um pufe e pela mesa repleta de pergaminhos, fotos que se mexiam e outras que não, bilhetinhos, CDs e um computador pequeno.
Ela se sentou em sua mesa e começou a escrever, tarefa essa que não foi fácil. Toda hora ela amassava e queimava um pergaminho perfeito.
Ei,
Eu sei que você me pediu para não te escrever durante as férias, mas sabe de uma coisa. Ninguém vai pegar, por isso não temos que ficar apavorados com isso...é só uma simples e inofensiva carta que eu escrevo para um colega.
Como vai você?Como vão as férias? Ansioso para enfim ir para o 6º ano? Para voltar para escola? E o seu amigo...?
Eu li no jornal que hoje fazem 10 anos da morte da mãe dele e que semana que vem fazem 5 anos da morte do pai dele. Ele deve estar bem triste...eu não sei o que é perder um pai ou uma mãe, mas eu imagino como deve ser duro.
Eu soube pelo meu pai que seu avô não gostou muito da sua família não ter sido convidada para a festa do ministério. Imagino que as coisas por ai na sua casa não estejam muito boas por causa disso.
Bom, não queria incomodar...só queria dizer que ... estou com saudades!
E estou me arrependendo de ter dito isso...
É isso...Beijos
Rose!
Ela amarrou cuidadosamente a carta, nos pés da coruja de uma de suas vizinhas que também era bruxa e despachou a carta. Ela ficou vendo a coruja sumir de vista levando aquela carta. Apesar dela não saber um certo loiro estava naquele mesmo instante olhando para o céu claro de forma distraída a muito longo dali, desejando saber noticias da ruiva.”
Rose por pouco não perdeu o equilíbrio. Novamente se sentiu fraca, seu rosto ficou pálido e suas mãos vagavam pelo vazio a procura de um lugar para poder se apoiar. Sem conseguir ver muito bem ela apertou forte as mãos que acharam a dela e a levaram em direção a um lugar onde ela pudesse se sentar. Ela respirou fundo com os olhos ainda fechados e foi se recuperando aos poucos, sem soltar as mãos da pessoa que lhe deu apoio.
-Obrigada! –as palavras saiam fracas. Aos poucos ela foi abrindo os olhos e recuperando a cor natural do rosto.
-Eu não posso ficar um minuto longe, que você quase desmaia. –a voz era bem conhecida de Rose, isso fez ela sorrir, um sorriso fraco, mas cheio de alegria. –Você está melhor? Duvido que comeu alguma coisa...é melhor você ir comer, eu te levo no salão o jantar ainda não acabou.
-Jantar? – “Eu dormi tanto assim? Meu Deus quantas aulas eu perdi?”
-É jantar! Você dormiu a tarde toda. Acabei de voltar do treino...- a voz dele parecia cansada e até um pouco triste. –Hoje eu não vou te dar aula nenhuma, eu seria louco se fizesse isso. Seus primos eu acho...foram visitar o meio-gigante lá. Eles iriam passar aqui na volta se você não tivesse acordado.
Ele pegou as duas mãos dela e a puxou de forma que ela se levantasse e ficasse de frente a ele. Rose sentiu seu rosto corar, seu coração batia loucamente, sua respiração estava acelerada, seus olhos foram em direção aos olhos cinza dele e ali ficaram. De repente ele pareceu receber um forte choque, soltou as mãos dela imediatamente e desviou o olhar. Rose não conseguia compreender o porque dele agir assim.
-Vamos... o jantar vai acabar! – ele nem sequer a olhava mais. Ele foi andando e ela foi atrás um pouco confusa até que ela não agüentou mais.
-Espera. – ele parou. – O que foi aquilo? –a resposta demorou um longo tempo até vir.
-Não posso. – ele se virou novamente para ela, cinza no azul.-O que eu quero é diferente do que eu posso.Não é fácil pra mim Rose! Eu olho nos seus olhos e vejo...eu vejo tantas coisas... e eu me perco. Você não entende, eu nem sei se eu quero que você entenda, porque você vai sofrer assim como eu.
Ela não disse nem uma palavra,seu rosto falava por ela. Seus olhos se encherem de lagrimas, mas ela se recusou a deixar elas saírem. Em vez disso ela continuou olhando para ele, pegou suas mãos e apertou forte, sem tirar seus olhos dos dele. Ele entendeu a mensagem, abaixou a cabeça e continuou a andar sem soltar as mãos que seguravam as suas.
Chegando na porta do salão ele sorriu para ela e de forma delicada soltou as mãos que os uniam e foi em direção ao seu amigo, olhando para trás varias vezes apenas para certificar que ela estava bem. Ela se juntou as amigas, mas sempre olhava para ele apenas para certificar que ele estava ali.
Rose comeu muito bem, por causa da enorme fome que ela estava sentindo. Suas amigas estavam felizes por ela estar de volta e bem.
-Hugo não foi visitar o Hagrid com o resto da família. Ele disse que não estava passando bem, mas é obvio que ele não quis ir. A Lilly estava louca para ir ver o grande amigo, ela adora as visitas de sexta-feira. Fala disso a semana toda. Por isso eu acho que o seu irmão foi até fofo em ficar. –disse Kate com a calma característica.
-Ele está lá em cima? –perguntou Rose.
-Está sim...hoje ele disse que estava sem fome. O que é anormal, mas nem tento tendo em vista que o jogo mais importante da grifinoria é amanha e que bom...ele está brigado com parte das pessoas que mais se importam com ele. –disse Beca com um humor difente. –Alias...eu não estou com fome também, nem sono...MEU DEUS NÓS VAMOS PERDER!
-Cala a boca Beca, você vai apavorar todo mundo. Nós VAMOS vencer temos no nosso time os melhores jogadores do século. Você é capaz! Agora relaxa...dorme, porque se você não dorme não me deixa dormir, e come porque você fica muito mal-humorada quando está com fome.
Apesar de olhar para Kate com um olhar mal-humorado Beca não conseguiu resistir e comeu como se não tivesse problema nenhum. O que fez Kate revirar os olhos e rir, enquanto Rose só pensava em comer logo para ter uma pequena conversa com o seu irmão.
Assim que elas terminaram de comer subiram para o salão comunal. Beca assim que chegou lá, deu boa noite para as meninas e foi direto para a cama. Kate pegou alguns livros e foi fazer as tarefas e trabalhos que os professores passaram. Rose assim que chegou lá, viu seu irmão sentado olhando fixamente para a lareira, como se esperasse que do fogo saíssem as respostas que ele procura.
-Posso interromper seus pensamentos? –perguntou Rose se sentando ao lado dele.
-Pode...- respondeu ele sem tirar os olhos do fogo.
-Eu posso perguntar duas coisas? –ele fez que sim com a cabeça.- O que te aflige?
- Tudo! Amanha a grifinoria tem o jogo mais importante da temporada, Alvo treinou agente como um general treina soldados,estávamos perfeitos. Mas no treino de hoje que era o mais importante...ele nem olhou pra mim, Lilly nem olhou pra mim, o pessoal do time parecia me odiar. Eu fiquei inseguro e errei tudo. Agora todo mundo me odeia como nunca. EU FERREI COM TUDO!
-Hugo, o jogo ainda não aconteceu. Você é o melhor goleiro que eu conheço ninguém nessa escola duvida disso. Agora, eu concordo que o pessoal do time está chateado com você, mas é por causa do que você fez com a Lilly. Eu não vou te xingar nem nada, até porque você sabe que deu mancada e ai entra a minha segunda pergunta...O que te levou a fazer isso?
-Eu...- ele respirou fundo e deitou a cabeça no colo da irmã, mas não encarou ela.-Não sei tá legal!- a voz dele parecia fraca, baixa e confusa. –Eu não sei o que deu em mim...eu simplesmente agi...nem pensei. Quando eu me dei conta tudo aquilo tinha saído da minha boca, eu não podia mais voltar atrás! Eu vi ela com aquele cara, eles estavam tão próximos, tão felizes...isso me incomodou. Eu não sei o porquê, mais machucou. Agora ela não vai mais olhar na minha cara, provavelmente nunca mais.
-Vai sim...- disse Rose fazendo carinho dos cabelos ruivos do irmão. –É só você dizer para ela isso que está te incomodando, fala para ela tudo isso que você me disse agora. Eu tenho certeza que ela vai te perdoar!
-E como você tem tanta certeza?
-Porque ela te ama!-disse Rose como se estivesse dizendo a coisa mais obvia do mundo. - E quanto ao time, eles te adoram também. Assim que você voltar as boas com ela, todos voltaram a te tratar bem novamente. –Hugo se levantou do colo da irmã e deu um beijo no rosto dela.
-É por isso que eu te amo! Você sempre me diz as coisas certas e faz eu me sentir muito melhor quando eu me sinto um lixo. É muito bom ter você de volta! – disse ele sorrindo e dando um longo abraço na irmã. –Agora...eu acho que eu devo desculpas a alguém!
Assim que ele disse isso deu um beijo na irmã e saiu correndo para fora do salão. Rose ficou assistindo seu irmão sumir com um sorriso no rosto e uma pontinha de orgulho no peito. Depois ela se juntou a Kate nos estudos, até sentir seus olhos praticamente fecharem de sono.
-Vamos Rose, eles devem demorar para voltar. E você está morrendo de sono...assim como eu.
As duas subiram juntas até o quarto. Trocaram de roupa e foram se deitar. Rose fez um pouco de hora, quando viu que Kate já tinha se virado e dormido ela pegou cuidadosamente sua sacola, abriu e pegou o pergaminho. Lá tinham diversos recados dela mesma perguntando sobre ele e um dele perguntando por ela. Mas tinha um que ela não tinha visto e que parecia ter surgido recentemente.
Durma bem! Desculpa se eu te disse alguma coisa que te deixou confusa, acredite não era minha intenção. Amanha no jogo, não precisa torcer por mim se não quiser ou puder. Vou fazer de tudo para ser um jogo limpo e conseguir marcar uma serie de gols. Tome cuidado! Não se esqueça estou sempre aqui e não vou sumir. Ah...minha mãe me mandou a resposta do meu pai, ele vira te ver em breve, se ele não puder ele mandará todos os medicamentos que você precisa. (S)
Amanha torcerei para que todos saiam bem e que dêem o seu melhor. Seu pai ainda não fala com você né?! Sinto muito por isso...sei que a culpa é minha.Queria saber como ajudar =/ Se ele não vier pessoalmente eu mando uma carta agradecendo pelo cuidado. Marque gols, mas não muito se não meu irmão vai ficar arrasado.Diga para o Jared para dar o seu melhor também. Estarei assistindo provavelmente aflita, mas estarei lá...por favor eu só peço...TOME MUITO CUIDADO!Eu estou sempre aqui! (R)
Ela fechou o pergaminho e adormeceu olhando para a pulseirinha brilhosa no seu pulso.
N.A Resolvi postar esse cap. logo, uma surpresinha para quem esperava algo só no mês que vem. Não está perfeito, nem fofinho que nem o ultimo =/
Eu fiz isso porque meu tempo vai ser reduzido um pouquinho, já que como eu não passei no vestibular, tenho que começar cursinho e estudar bastante.
Agradeço a todos que me acompanham há algum tempo, mas nunca se pronunciaram... Obrigada por lerem! Agradeço também aos novos leitores que me deixam muito feliz só por aparecerem \o/
Eu não resisti... e coloquei um pouquinho de Luna, uma graça que eu fiz pra mim mesma.
Agora, agradecimento as meninas ^^:
mirian black : Olá meu bem ^^
Que bom que você está gostando da fic!
Ela está se lembrando aos poucos...as coisas estão começando a ficar claras pra ela.
Eu adoro o Jay também, ele é lindo, fofo, engraçado e muito gentil! A historia da vida dele é bem triste...
Cap postado espero que goste e olha eu nem demorei!
bjusss
=*
amortentia: Ei linda!
Como vai?
Eu fui... seu estado eh muito lindo *_* amei
Agora estou melhor!
Cap novinho em folha!
bjuss
=*
Paty chantilly: Ahhhhhh vc eh fan de Gleee tb ! *saltita*
adorOOOOO
tenho uma musica q a Rachel canta com o Punk pra fazer ciúmes no Fin,no episodio antes desse eu jah tinha escutado ela antes, mas dessa vez eu pensei muito no Scorp e na Rose. Nossa pensei d+
Eles viveram muitas coisas e ainda vivem um pouquinho, o sentimento eh muito forte... em breve tudo vira a tona.
Aquele pergaminho é uma forma fofa de comunicação heheh
Cap. novinho em folha!Não deixe de acompanhar...não me abandone =D
bjuss
=*
Comentários (2)
Ahhh oi sou leitora nova aqui e estou amando a fic *-* nossa ela é demais e estou super viciada kkk não parei de ler ela esses dias, menina você arrasa. E esses misterios da memoria de Rose estão me deixando mais curiosa a cada dia espero que ela recupere logo a memoria que a Kate e o Alvo se livrem do Bob e que a Beca e o Jay fiquem juntos...Ahh Lily e Hugo se resolvam *-* Torcendo e Amando a fic bjoos flr *-*
2012-01-24Ameii!Você precisa continuar,simplesmente perfeita essa fic *-* Nossa o Scorpius tá muito fofo,mais misterioso do jeito q eu gosto^^ E a Rose está se recuperando aos poucos das lembranças,não vejo a hora dela se lembrar de tudo. Em relação ao Jared,eu simplesmente ADORO ele,personagens engraçados são os que mais simpatizam nas fics*o* Esperando ansiosamente o próximo capítulo flor. Beijos#
2011-12-18