Cap 6
“ O céu estava claro e azul praticamente sem nuvens, as arvores pareciam mais verdes, as aulas pareciam menos chatas, esse era um dia bem raro na movimentada Hogwarts. Rose acordou com um excelente humor, olhou para o céu lá fora, deixou a luz do sol iluminar a sua cama, foi até o banheiro tomou um banho longo, como ela ama fazer de manha cedinho, desceu para o café sem esperar seus primos ou suas amigas, porque bem ela não queria que nada estragasse um dia perfeito. Ela tinha decidido no minuto em que abriu os olhos de manha, que nada iria estragar seu dia e iria fazer de tudo para conseguir enfim um dia perfeito.
Ela desceu para o salão principal para tomar o seu perfeito café da manhã. Ela foi e se sentou na mesa da grifinória como sempre, a essa hora da manhã não tinha praticamente ninguém. Ela se sentou logo no começo da mesa e sorriu ainda mais quando viu que tinha as panquecas e tortinhas de abobora que ela tanto ama. Ela comeu tranquilamente, só parando ocasionalmente para cumprimentar as pessoas que vinham se juntando a ela na mesa. Terminou e resolveu sair para os jardins para dar uma volta, caminhar um pouco. Estava tudo muito perfeito, até que ao chegar nos jardins viu o garoto loiro, Scorpius Malfoy, caminhando enquanto lia um livro. Na hora que Rose o viu, deu meia volta, ela já ia voltar para onde ela estava quando parou e pensou. “Eu não foi deixar que a merda do Malfoy estrague meu dia perfeito, vou simplesmente continuar o meu caminho e ignorar ele.” Foi o que ela fez, seguiu o seu caminho, passou em frente a ele e ele não fez nada, nem sequer abaixou o livro, nem riu nem nada. Nenhum comentário irônico. Rose começou a se sentir irritada, ela parou de caminhar e ficou olhando para ele. “ Como ele ousa, me ignorar, ele fingiu que eu não existia, ele ignorou a minha existência.” A raiva começou a crescer dentro dela, ela começou a andar na direção dele. Ele parou de andar, se sentou na grama ainda lendo e comendo a maça que estava em suas mãos, ele estava com um sorriso brincalhão no rosto, mas ela não percebeu. Ela parou em frente a ele “Certo Rose, vamos faça alguma coisa, tome esse maldito livro dele. Ele nunca me ignorou antes, nunca passou sem fazer uma gracinha, sem me deixar irritada”,ela olhou para ele e enfim percebeu o sorriso brincalhão dele que estava cada vez maior e percebeu também um brilho diferente nos olhos dele, um brilho que só deixou ela mais nervosa. “ Ele está zombando de mim, eu não acredito que ele está rindo da minha cara. Eu vou matar ele, vou gritar com ele até ele ficar surdo, eu vou...”
- Vai ficar ai me olhando até quando Weasley?-disse ele lendo o seu livro sem encará-la
“ Certo Rose, mantenha a calma e de uma resposta pra ele.”
- Vou ficar aqui até quando eu quiser.-“ Péssima resposta, péssima resposta, e agora...”
- Tudo bem, sempre soube que você me achava incrivelmente lindo, mas nunca imaginei que fosse tanto.
-Você lindo? É triste ser eu a te mostrar a verdade, mas você é mais feio que a Lula Gigante!- o fato dele não encará-la a tirava do sério.- E o que você está lendo que é tão interessante assim?
Então, para total surpresa de Rose ele riu, riu de verdade, ele estava gargalhando.
- Eu não entendi a piada!- seu rosto queimava de raiva.
Ele olhou para ela e continuou a rir, mas não respondeu. Ele se levantou, ainda rindo pegou o seu livro e foi andando de volta para dentro do castelo, ainda sem olhar para trás quando ele estava bem distante dela ele disse em voz bastante alta.
- Se você não correr vai perder a aula!
A ultima coisa que ele ouviu antes de entrar, foi ela xingar bem alto.”
O olhar dele é tão profundo...
“(5ºano) Estavam todos esperando o jantar no Salão Principal, Alvo estava na frente de Rose, Hugo ao lado dele, Lilly ao lado de Hugo, Rebeca uma grande amiga de Rose, estava em frente a Hugo e Kate do outro lado de Rose.
- Eu não acredito que o Halloween está tão perto!- Rebeca disse toda alegre.
- Eu não acredito que o jantar está demorando tanto!- disse Hugo.
- Ei, calem a boca vocês dois, a diretora vai falar alguma coisa.- antes mesmo que eles pudessem brigar ou dizer alguma coisa, a voz da diretora foi ouvida por todo o salão, que se calou imediatamente.
- Queridos alunos, boa noite!- Todo salão se virou para ver a diretora.- Todos vocês sabem que o Halloween está próximo, então nós professores decidimos que esse ano, faremos um baile a fantasia.Para os alunos a partir do 3º ano.- ela fez uma pequena pausa, enquanto os alunos gritavam e conversavam entusiasmados e os mais novos ficavam visivelmente irritados.- Vejo que vocês aprovaram a idéia, por causa desse baile, eu decidi adiantar a vista a Hogsmeade, para que vocês possam se preparar melhor, lembrando é claro somente alunos a partir do 3º ano e autorizado pelos pais podem ir no passeio.Os mais novos, poderão fazer uma pequena comemoração dentro de suas salas comunais. Agora, bom apetite!-ela bateu palmas e a comida foi servida em todas as mesas.
-Cara isso está ótimo!- Hugo tinha acabado de encher o seu prato, enquanto comia, colocava mais.
- Um baile? Meu Merlin tem tanto pra pensar, com que roupa nós vamos.
- Ou com quem nós vamos.- Kate disse em voz baixa.
- Tem tanto para pensar, tenho certeza que os professores vão dobrar os trabalhos.- disse Rose pensativa.
- Ela não se esquece a escola nunca?- perguntou Beca
- Parece que não.- respondeu Alvo
O jantar continuou e o único assunto aparente era essa festa.Ela prometia ser fenomenal. Aos poucos os alunos foram subindo para seus salões comunais. Rose foi uma das ultimas a subir, ela ainda tinha que checar com os monitores das outras casas quem faria as rondas hoje, então ficou em sua mesa lendo enquanto esperava.
- Vai ficar ai para sempre?- ela se virou distraída, para ver quem falava com ela.
- Ah, é você! O que você quer?- ela olhou para o garoto loiro parado atrás dela, meio irritada.
- Bom, nós temos checar os corredores do 1º andar e os jardins.- ele disse com uma voz entediado.
- Nós? Quer dizer EU E VOCÊ? Você só pode estar brincando! –ela se levantou irritada.
- Bem que eu queria. Você acha que eu to amando ter que passar a noite com você?- ele parecia ainda mais entediado, mas conformado.
- Vamos logo com isso, quanto mais cedo começamos, mais cedo terminamos.
Ela pegou o seu livro, fechou, se levantou e foi andando em passos apressados para fora do salão.
- Ei parceira, espera por mim!- ela parou e olhou para com os olhos em chamas.
- Eu não sua PARCEIRA!
- Pode até ser que não seja, mas esperou por mim.- então ele riu.
Ela diminuiu os passos, mas continuou andando em fúria, bufando de ódio.Eles foram andando lado a lado em profundo silencio.
- Aonde vamos primeiro Weasley?
- Primeiro andar!-ela respondeu sem parar ou sequer olhar para trás.
Eles continuaram a percorrer os corredores, só diminuíam pra checar armários e salas. Durante todo o trajeto acharam alguns casais foragidos, faltava olhar só uma sala. Rose ia abrir a porta, quando Scorpius puxou ela para trás dele e colocou sua mão na boca dela. Ela estava furiosa queria gritar,mas não podia.
- Shhh...Fica quieta. Volta para sua sala comunal, eu termino a ronda.- pela cara que ela fez, ele entendeu que ela não iria obedecê-lo, mas ela tinha se acalmado.- Bem, se você não vai voltar, então fique aqui, não se mova.
Ela obedeceu, se abaixou e ficou quieta, imóvel. Ele estava serio, mais serio do que ela jamais tinha visto. Ele entrou dentro da sala vazia sozinho. Por mais baixo que eles falavam lá dentro ela ainda conseguiu ouvir bem.
- Muito bem, Steve Dorkins e senhorita...?
- Mary Flinty – a voz saiu meio relutante.
- Voltem imediatamente para suas casas comunais e por estarem nos corredores fora do horário permitido, tenho que tirar 10 pontos da Lufa-Lufa e 10 pontos da Corvinal. Você deveria saber disso Dorkins.- a voz dele era seria, dura.
- Eu não acredito que VOCÊ está me repreendendo.- ele parecia nervoso, eles demoraram um longo tempo conversando algo que Rose não conseguiu entender.
Enfim eles saíram, Scorpius primeiro, ficando na frente de Rose e impedindo que ela visse o ex e que o ex visse ela. Steve ficou de frente para Scorpius ainda sem notar Rose.
- Se você contar para alguém,o que viu aqui nessa sala eu acabo com você.- ele se virou, pegou nas mãos da menina que estava mais vermelha que os cabelos de Rose.- Vamos Mary!
Quando enfim os dois sumiram de vista, Scorpius pareceu relaxar um pouco, colocou as mãos no cabelo de forma nervosa, respirou fundo, se virou e ergueu as mãos para que Rose pudesse se levantar. Ela aceitou as mãos dele e se levantou, ela não sabia o que pensar,o que dizer, ela ficou lá parada olhando para um Scorpius serio e preocupado.
- Você ouviu? Está bem?- ela olhou dentro dos olhos cinza dele, seu rosto estava indecifrável.
- Vamos- ela respirou fundo e deu um sorriso pequeno,sem muita alegria, talvez gratidão- Ainda temos que patrulhar os jardins!
Por um longo tempo ele ficou parado imóvel olhando enquanto ela caminhava a frente, quando ela já estava bastante longe, se virou e olhou para ele e disse:
-Vamos...parceiro!-e sorriu, ele sorriu de volta e alcançou ela.
-Agora somos parceiros?- ele deu um sorriso bem irônico, mas levemente alegre.
Ela ignorou a pergunta e o sorriso, os dois caminharam em silencio pelos jardins, por um longo tempo, até que ela parou e olhou para o céu estrelado. Aquela noite estava linda, o céu estava sem nuvens, as estrelas brilhavam mais forte do que nunca e a lua estava incrivelmente cheia. Ele viu que ela tinha parado e parou também.
-Ei, Scorpius Malfoy,posso te perguntar por que?
-Bom, meu pai escolheu, é por causa daquela constelação ali.- e apontou para um conjunto de estrelas no céu.
-Não é isso que eu quis dizer. Por que você não quis que eu entrasse naquela sala,ou visse quem saiu dela?- ela parou de olhar o céu e olhou para ele.
Os olhares de encontraram, nos olhos dela brilhava uma grande curiosidade e excitação, o olhar dele quando encarou o dela estava repleto de...medo, vergonha e algo maior que Rose não pode perceber, pois ele cortou logo o contato visual e passou as mãos no cabelo nervosamente.Ele abaixou seus olhos, o chão parecia realmente interessante pois ele não tirava os olhos de lá.
- Você não iria querer ver aquilo.
-Você estava me protegendo?- ele ia dizer algo, mas ela interrompeu.- Não tente negar, eu sei que estava. A questão aqui é por que?
- Eu não...ele já te machucou uma vez, você não merecia ver aquela cena.
-Por que você se importa?- ela olhou para ele, seu cabelo parecia mais claro a luz do luar, a gravata estava quase solta, era chato admitir isso, mas ele estava lindo.
-Não sei, eu não...- ele balançou a cabeça e olhou para o horizonte, então ele viu algo uns garotos idiotas se preparavam para pular no lago.Ele andou calmamente na direção deles, quando estava perto o suficiente, disse em uma voz bastante alta que assustou e muito os três garotinhos.- Muito bonito, além de estarem andando por ai depois do horário permitido ainda estão indo nadar no lago. Vocês tem idéia do qual perigoso isso é?
Os meninos ficaram calados e de cabeça baixa, apenas um deles parecia estar realmente satisfeito com a aventura.
- Pelo visto eles não têm! Estão no 2º ano?- eles assentiram com a cabeça- Pelo uniforme são da Grifinória. Sinto muito, mas vou ter que tirar 10 pontos de cada um por estarem fora da sala comunal depois do horário permitido e detenção de uma semana por estarem prestes a nadar no lago a essa hora, alias se eu e o Malfoy não tivéssemos visto a tempo vocês poderiam nunca mais voltar dessa aventura.
Ela e o Scorpius estavam muito sérios, os meninos deram o nome deles para Rose e voltaram correndo para dentro apavorados. Rose podia apostar que nenhum deles entraria no lago de novo. Assim que eles sumiram de vista ela começou a rir.
-Certo, isso foi muito divertido- ele não se segurou e riu também.
- Você assustou mesmo eles. Alias, estamos vendo algo novo por aqui, Rose Weasley ameaçando criancinhas e nem gritando comigo.
- Ei, eles pediram por isso e não foi uma ameaça, foi...um aviso.
- É claro que foi.- eles se encararam e riram mais um pouco.- Vamos! Já deu a nossa hora também.
- Vamos.- Rose de repente sentiu muito frio- Está frio, é melhor irmos rápido, lá dentro deve estar mais quente.
Antes que ela desse sequer um passo ele tirou o seu casaco e colocou sobre os ombros dela.Ela olhou na direção dele, apertou o casaco contra sim e sorriu.
-Sabe,- ela disse quando eles estavam dentro do castelo.- Você não é tão chato!
- Fico feliz em ouvir isso, mas você ainda é um pé-no-saco.- ela já ia bater nele, quando ele completou com um sorriso.- Mas não é tão ruim assim. Boa noite ruivinha!
- Boa noite!-ele tinha se virado e ido em direção as masmorras quando ouviu ela chamar seu nome mais uma vez e se virou.- O - Obrigada! Por você ter tentado me poupar...aquilo realmente...-ela corou fortemente, balançou a cabeça como se afasta-se algum pensamento e algumas mechas ruivas caíram sob o seu olho.- Só... Obrigada!
Então sem se virar para trás, ela saiu correndo em direção a torre da Grifinória.”
Eu não consigo respirar...
“(3º ano) Os alunos iam correndo apresados em direção a suas aulas e com Rose e Alvo isso não era diferente.Os dois saíram apresados em direção as masmorras, eles corriam tão depressa e que a qualquer momento podiam escorregar ou trombar em alguém.
-Merda Alvo, você me deixou atrasar. EU NÃO ACREDITO NISSO!
-Ei, eu? Não era eu que tava agarrado com alguém na torre de astronomia.- Rose ficou toda vermelha como um pimentão e não disse mais nada até eles chegarem na porta da sala de poções.
-Bate Alvo!- mas antes mesmo que Alvo colocasse as mãos na porta, um homem velho, gordo e careca. O professor Slughorn, ele adorava Rose, era sua aluna preferida e gostava bastante de Alvo, por ser filho de Harry Potter e neto de Lilian Evans sua aluna mais querida.
-Ora, se não são Srta Weasley e Sr Potter! Estão atrasados.- ele sorriu para eles.- Sentem-se!
Alvo e Rose se sentaram nos lugares que sobraram no fundo da sala, para total irritação de Rose.
-Pense pelo lado bom!-disse Alvo em voz sussurrada. - Estamos sentando juntos!- ela olhou para ele com um olhar fulminante.
-Bom, como eu ia dizendo. Alguém sabe me dizer quais são os ingredientes e a função da poção redutora?- imediatamente duas mãos se ergueram no ar.
-Muito bem, adoro essa competiçãozinha.- Scorpius você poderia dizer os ingredientes e Rose a função!- Scorpius olhou para ela com um olhar vitorioso e ela fingiu não ver.
- A poção redutora leva, raízes de margarida, lagarta, baço de rato e sumo de sanguessuga. Se não for preparada da forma correta, pode...
- Agora creio que é a minha vez Malfoy, a função dessa poção como o próprio nome já diz é reduzir o tamanho de quem a toma. Se não for preparada de forma correta pode ter conseqüências terríveis chegando até á graves deformações.
-Muito bom! 15 pontos para Grifinória e também para Sonserina.- os dois sorriram orgulhos ainda sem se encarar, afinal eles só definiriam quem era melhor quando a poção estivesse pronta.- Agora, podem começar a preparar, a melhor poção ganhará 5 pontos para sua casa comunal.
Rose picava cuidadosamente cada ingrediente, tudo segundo o livro, ela nem piscava enquanto realizava a tarefa porque ela sabia que um mínimo escorregão e a poção estaria perdida. Alvo às vezes parava e ria da seriedade da prima, a poção dele sempre saia aceitável, mas nunca perfeita. O tempo estava correndo e às vezes Rose parava um segundo para olhar na direção da poção do Scorpius e ele fazia a mesma coisa.
Alguns minutos sofridos passaram até que enfim a poção estivesse na cor ideal. Rose deu um suspiro e sorriu de satisfação. “Engole essa Scorpius eu-sou-foda Malfoy”. O professor passou de carteira em carteira,parou na da Rose e disse com um sorriso.
-Muito bom!- ele continuou olhando Rose observava cada passo, muito ansiosa, até que ele chegou na carteira do Scorpius o sorriso dele cresceu.- Excelente poção.
Após percorrer toda a sala ele foi até lá na frente e disse:
- 5 pontos para...Sonserina!- Scorpius olhava para Rose com um sorriso vitorioso e ao mesmo tempo maldoso. – Sua poção foi perfeita, Rose querida, a sua foi brilhante, por isso eu dou 3 pontos para a Grifinória. Parabéns a todos que tentaram até a próxima aula!
Rose ficou ali parada imóvel, olhando para a poção que tinha preparado. “ O que ele fez que eu não fiz? Por que a dele foi melhor? Eu não entendo!” Sem perceber Scorpius se aproximava dela, ele colocou seu pequeno caldeirão ao lado do dela.
-Mais sorte da próxima vez foguinho!- ela olhou para a poção dele e para a dela e realmente havia uma certa diferença na tonalidade. “ O que ele colocou aqui?”, os olhos dela ardiam em ódio.Ele foi em direção ao amigo, mas disse antes de sumir de vista.- Você colocou muito sumo de sanguessugas.
Eu não consigo me manter em pé...
“ (3° ano) Todos os alunos se preparavam para mais um passeio a Hogsmeade, estavam todos ansiosos, principalmente Rose. Esse passeio era especial, ela iria com um garoto, um garoto especial, ela estava completamente apaixonada por ele, já tinha algumas semanas que eles estavam saindo. Ela estava completamente ansiosa para esse encontro, tinha trocado de roupa umas 100 vezes, até que sua prima e as suas amigas desistiram dela.
-Certo! Acho...-ela mordeu levemente os lábios foi em direção a seus amigos.- Que to pronta!
Rose estava linda, vestia uma blusa branca de alcinha, bastante simples e uma saia da altura dos joelhos preta, o cabelo estava preso por uma pequena presilha em forma de coração, mas ainda alguns fios ficavam levemente soltos . Todos fizeram uma cara de desaprovação, Rose arregalou os olhos e já ia voltar para se trocar de novo, quando todos eles sorriram.
-Ficou perfeito Roh!
- Você está realmente linda!- o sorriso da garota se alargou com o comentário da prima.
-Bom, acho que posso confiar em vocês!
-Vamos descendo?- perguntou Alvo.
- Vamos!- responderam Rose e Kate,mas Beca parou e olhou para eles com um olhar safado.
-Vamos na frente, você vai depois!-ela piscou para amiga que ficou vermelha dos pés a cabeça. Alvo deu um sorriso divertido e completou.
- Nos vemos quando você voltar. Vê se comporta direitinho viu Rose.- e rindo os três saíram deixando uma Rose apavorada para trás.
Ela esperou alguns minutos sentada, mas estava muito inquieta para ficar parada. Ela se sentou no sofá, se levantou, foi até o quarto e nada das horas passaram. “ A mas que se dane. Eu vou descer.” Ela saiu da sala comunal da Grifinória, e foi correndo em direção ao salão principal onde se encontraria com o Steve, mas ela estava tão distraída que acabou trombando e derrubando alguém no chão.
-Você não olha por onde anda não?- então ele viu quem o tinha derrubado.- Tinha que ser a furacão–Weasley. Me responde você é cega?!
- E eu ainda ia me dar ao trabalho de pedir desculpas!- ela se levantou e arrumou qualquer amassado que estivesse em sua roupa. – Eu estou toda descabelada por sua culpa.
-Não a culpa foi sua que trombou comigo.- ele se levantou, passou rapidamente as mãos pelo cabelo. – Por sua culpa eu vou me atrasar pro meu encontro!
- Coitada da idiota que resolver sair com você Malfoy. De os meus pêsames para a criatura!-ele não fez nada, apenas deu um olhar irritado, depois um sorriso irônico e saiu.Ela conjurou um espelho, arrumou o que deu e saiu apresada.
Quando ela chegou no salão encontrou dois caras parados, mas só um era quem fazia o seu coração acelerar, seu nome era Steve Dorkins, ele era realmente lindo e muito inteligente. Com ele Rose se sentia alegre. Quando ela chegou, ele sorriu de forma bastante galanteadora, ergueu a mão e disse:
-Você está perfeita! Sou o homem mais sortudo de Hogwarts.- ela sorriu corando furiosamente.
Ela pegou a mão erguida dele, quando ela fez isso ele a puxou para mais perto,colocou a outra mão na cintura dela e deu um beijo profundo. Quando eles se separaram, foram juntos para uma carruagem vazia. Durante todo o passeio falavam sobre escola e livros de magia. Para alguns esses eram assuntos triviais, mas para aquele casal era o melhor assunto de todos.
Assim que chegaram lá, deram algumas voltas sempre de mãos dadas, cumprimentavam todos que vinham falar com eles, riam e contavam algumas piadas um para o outro para discontrair ou então estavam dando profundos e longos beijos no meio da calçada. Entre um desses beijos eles pararam para respirar, ele olhou no fundo dos olhos castanhos dela e disse:
-Que tal agente comer alguma coisa na Casa de Chá da Madame Puddifoot?
-Eu acho maravilhoso!- ela sorriu contente. “Aquele lugar pode ser meio enjoado, mas com ele eu vou em qualquer lugar.”
Ao chegarem lá Rose viu algo que a fez sentir algo que nunca tinha sentido antes, seu estomago estava embrulhando e seu coração estava estranho e o mais estranho é o que a fez sentir dessa forma. Tudo isso por causa de um casal. A garota parecia com uma dessas bonecas de porcelana que a avó de Rose deu a ela quando ela era pequena, tinha cabelos loiros radiante, cheio de cachos definidos, seus olhos, Rose só conseguiu ver depois que eles se soltaram, eram azul da cor do céu, ela era muito bonita. O garoto era um velho conhecido de Rose, seu cabelo era um loiro tão claro que chegava a ser quase branco, tinha olhos cinza super misteriosos, seu corpo estava começando a se tornar definido , ele era incrivelmente odiavel, na opinião de Rose.
Rose e Steve cruzaram com o outro casal. Steve acenou para o par de Scorpius e a cumprimentou de forma educada a menina fez o mesmo. Então naqueles segundos que se passaram, Rose e Scorpius se olharam, o olhar dele era misterioso, mas o sorriso era definitivamente irônico e ele pode ver através dos olhos dela uma fúria enorme, essa troca de olhares não durou muito, Steve puxou Rose para dentro , fazendo a desviar o olhar.
-Eu ainda nem acredito que a Sophia aceitou sair com alguém! Quer dizer, toda corvinal pede para ela e ela sempre recusa. –ele ria como se algo muito empolgante tivesse acontecido.- O Malfoy é um cara de sorte, ela é uma das meninas mais inteligente e bonitas da corvinal. Ele realmente a encantou!- a cara de Rose não foi à das melhores , mas ela logo mudou a expressão.
Lá era o lugar ideal para um casal ir em um encontro romântico, o lugar era pequeno, cheio de mesinhas com rendinhas e um pequeno buque em cima, o aroma era o mais doce possível, não era o lugar ideal de Rose, mas era agradável. Eles se sentaram em uma mesa próxima a janela, ele muito educadamente puxou a cadeira para ela se sentar. Até que uma velha senhora, muito gentil por sinal apareceu, cheia de sorrisos.
-O que o casal deseja?
-Um chá de morangos pra mim e alguns desses biscoitinhos doces e você minha Rosinha?
- Um chá quente com leite está bom pra mim!- ela disse para a mulher corando com o elogio do garoto.- a senhora saiu e deixou o casal sozinho.
- Sabe no dia que você aceitou ficar comigo, foi o dia mais feliz da minha vida.- ela sorriu ainda mais.
-No dia que você me pediu, eu achei que não poderia me sentir mais feliz.- ele pegou as mãos dela que repousavam sobre a mesa.
-As vezes eu acho que não mereço ter você. A menina mais linda, inteligente e simpática de toda escola. – Rose nada disse apenas olhou dentro dos olhos do garoto, com um sorriso. –Eu pensei em esperar, mas eu não consigo mais, eu quero que você seja só minha Rose. Eu...- ele mecheu em algo dentro do bolso, ergueu uma rosa grande e vermelha que exalava um perfume único.- Namora comigo?
Rose não poderia ficar mais encantada, seus olhos brilhavam, ela sorria sem parar, parecia um sonho, ela estava super feliz, mas ainda não se sentia completa. Nesse momento, esse pequeno detalhe nem era notado. Ela pegou a rosa em suas mãos e sentiu o cheiro que vinham dela, era o perfume dele, quando ela aproximou mais a rosa, para acariciar suas petulas. Surgiu uma borboleta de dentro da flor, a borboleta era pequena, a cada batida de asas ela crescia e ficava mais iluminada.A borboleta voou e pousou na mão de Rose que estava sobre a mesa, no momento em que ela pousou se tornou um pequeno e delicado colar. Rose estava admirada, mal conseguia dizer alguma coisa. Ela olhou nos olhos dele, com um enorme sorriso e disse:
-Sim, eu aceito!”
Tudo aconteceu muito rápido, Rose não conseguia mais se manter em pé. Draco e o enfermeiro haviam acabado de notar o estado em que ela se encontrava e estavam prestes a fazer algo que pudesse ajudá-la, quando Scorpius surgiu e a pegou no colo no momento em que ela quase caia no chão. Draco estava surpreso e quem o conhecia bem sabia que ele estava furioso por dentro, mas manteve-se com uma aparência calma. No momento em que ele a segurou em seus braços, a cor de seu rosto foi voltando ao tom normal, cada pedaço do corpo dele que entrava em contato com o corpo dela transmitia uma corrente elétrica muito forte, essa corrente foi acordando e fortalecendo aos poucos cada parte do corpo dela que estava enfraquecido.
- Scorpius? O que...?
- Doutor, olhe. - os dois se viraram e viram o rosto da menina, antes pálido voltar a ter a cor natural. –Ela está se recuperando sem os remédios!
-Isso não é possível!- a fúria nos olhos cinza de Draco eram agora visíveis.- Você pode explicar isso?
-Eu não...- Scorpius não sabia o que disser e nem precisou dizer nada, pois um segundo depois Rose abriu os seus olhos.
Rose estava confusa, mas de uma forma bem estranha, ela estava calma. Seus olhos recém abertos olhavam diretamente nos olhos acinzentados tão conhecidos de suas recordações, o olhar dele parecia de certa forma sorrir e lhe dizer que tudo estava enfim bem, era realmente um grande conforto. Sua expressão era seria, severa, preocupada. Ela demorou um longo tempo para notar que estava sendo segurada no colo e um tempo maior ainda para notar que o enfermeiro e Draco a olhavam com um olhar medonho, preocupados, completamente surpresos.
- Sta Weasley? Você está bem? Sente alguma coisa?- ela olhou para o curandeiro ainda meio confusa.
-Sim, estou bem...eu acho.- ela então olhou de novo para o rapaz que a segurava nos braços, ele parecia tão preocupado e ao mesmo tempo tão seguro.
-Então vamos temos uma reunião com a diretora.- sua voz estava dura, diferente do que Rose estava acostumada.- Scorpius solte a garota.Temos muito o que fazer.
-Pai...
-Depois agente conversa. - Draco disse sem olhá-lo nos olhos.
Scorpius abaixou a cabeça e foi colocando Rose no chão de forma bem delicada. Ela não conseguia tirar os olhos dele, seus pés foram aos poucos tocando o chão. De forma bem rápida ele olhou para ela, seu olhar estava triste. Ele então soltou as mãos que serviam de apoio a ela e a deixou sozinha com o pai e o enfermeiro. E seguiu em direção a seu amigo que não estava muito distante e que tinha visto a cena toda.
-Cara, se tá legal? – Scorpius assentiu, mas continuou andando sem olhar para trás.
Draco, o enfermeiro e Rose seguiram em total silencio até a sala da diretora. Rose adimirava cada pedaço do castelo enquanto passava, alguns ela reconhecia de suas lembranças, outro eram completamente novos para ela. Algumas pessoas que passavam olhavam assombradas, outras mesmo surpresa cumprimentavam alegres, outras pessoas olharam para Rose com um olhar meio falso de certa forma até cruel. Depois de muito andar eles enfim chegaram ao sétimo andar, em frente a uma gárgula.
-Água de Gilly. –disse Draco bem serio.
Apesar de não entender bem o porquê a gárgula se afastou deixando eles passarem por ela, atrás dela tinha uma parede que se dividia em duas partes e revelava uma escala em espiral de degraus de pedra que se moviam e conduziram os três até o escritório da diretora.A porta do escritório estava aberta,o lugar era lindo, estava rodeado com imagens de pessoas velhas que falavam e se mexiam e tinha também uma grande mesa.Sentada atrás dela estava a diretora, ela tinha um rosto sereno, mas serio. Rose ficou admirada com o lugar, seus olhos brilhavam ao ver cada detalhe, um velho de olhos meia lua, com um sorriso sereno e um olhar tão poderoso, que fez Rose ter vontade de reverenciá-lo, acenou para ela do quadro onde ele se encontrava, atrás da escrivaninha.
-Seja bem vinda de volta Rose Granger Weasley! Fizeram uma boa viajem? –Draco se sentou em uma das poltronas em frente a mesa e os outros fizeram o mesmo.
-Sim,foi bastante tranqüila. –disse educadamente o enfermeiro.
-Que bom! Então vamos ao que interessa. Draco você me disse que achava melhor que a Rose voltasse à escola, para que ela pudesse dessa forma se lembrar melhor da sua vida e ir aos poucos recuperando totalmente sua memória. Estou certa? –o médico assentiu afirmativamente. –Até o momento em que vocês chegaram aqui na escola, teve algum progresso?
-Bom, isso é o que ela deveria nos dizer. –ele olhou de forma meio acusadora. –Houve?
-Hoje eu tive varias recordações, muito mais do que eu já tinha tido antes.
-Isso é bom! Mas, você não tinha me dito que essas lembranças consumiam muita força dela? Ela parece bem. Ela tomou algum medicamento?
-Ela estava tomando uma poção de fortalecimento, quando se sentia muito fraca, mas agora a pouco ela não precisou deles, aparentemente se recuperou sozinha. –ele continuou de forma sarcástica.
-Como assim? –perguntou a diretora.
-Acho melhor ela nos explicar. Porque para ser honesto, eu também não entendi. –o olhar dele era acusador, Rose olhava da diretora para o curandeiro envergonhada e confusa.
-B-bom, eu cheguei aqui e eu vi...-ela olhou nos olhos da diretora como vergonha, não conseguiu sustentar o olhar por muito tempo, na verdade não conseguia olhar para lado nenhum. Ela não entendia o porque sentia tanta vergonha disso.
-Vamos Rose continue. –a diretora disse a encorajando.
-Eu vi dentro dos olhos dele, então as lembranças vinham se tornando claras, eu não consegui me manter em pé por muito tempo. Depois disso eu senti, uma coisa me deixando mais forte, mais tranqüila, então eu abri os meus olhos e me senti segura. –ela disse ainda sem olhar na direção de ninguém.
Se ela pudesse olhar, ela veria a surpresa e fúria crescendo no rosto do Draco, a confusão nos olhos do enfermeiro e uma surpresa bem grande nos olhos da diretora. Atrás da diretora, o velho de óculos meia lua, sorria triunfante.
-Ele é? –a diretora perguntou só para confirmar o que já imaginava.
-Meu filho. –respondeu Draco irritado.
Depois de muito refletir e de alguns minutos de silencio, a diretora olhou para o enfermeiro e perguntou com uma certa curiosidade.
-Ele é o enfermeiro que você disse que mandaria?
-Sim, ele é. O nome dele é Gustavo é um excelente profissional e vai ajudar com as fraquezas decorrentes das lembranças.
-Sem querer ofender, mas não vejo mais o porquê da presença dele. Ao que me parece sua filha tem um excelente enfermeiro aqui dentro mesmo. Ela parece estar muito bem.
-Diretora, o meu filho? VOCÊ SÓ PODE TER FICADO LOUCA! –ele se levantou de repente, com a raiva crescendo em seus olhos.
-Olhe o tom de voz Sr Malfoy! Eu jamais recomendaria algo assim se fosse há algum tempo atrás, mas ela parece de forma surpreendente estar bem com ele. Alem disso temos uma excelente enfermeira aqui na escola, qualquer coisa ela cuidara da sua paciente. –ele ia dizer mais alguma coisa porém a diretora o interrompeu. –Pode deixar que eu mando sempre que algo acontecer, uma correspondência te atualizando de tudo.
-Diretora, meu filho tem mais o que fazer do que ser babá.
-Eu sei e é por isso que eu vou perguntá-lo primeiro sobre o que ele pensa a respeito disso. Se ele aceitar, então ele cuidaria da garota nos tempos vagos, quando ele não puder creio que ela tem amigos e família que podem cuidar muito bem dela. Será um bom teste para ele, já que ele queria ser curandeiro, é um bom meio de começar. Não acha? -Draco ia dizer algumas coisas, mas se sentou em silencio. –Vou mandar chamá-lo aqui.
Ela disse alguma coisa para um dos quadros que saiu quase que imediatamente resmungando alguma coisa sobre ele não ser coruja. A diretora olhou pra Rose e com uma voz bem doce lhe perguntou:
-O que você se lembra sobre as coisas que você aprendeu?
-Hum... quase nada, mas eu estou me esforçando, lendo os livros que minha mãe disse serem essenciais. –a diretora fez uma cara bastante pensativa por alguns minutos.
-Certo, acho que vamos ter que arrumar um tutor para você. –Draco se remexia contrariado na cadeira, seus olhos faiscando e sua expressão furiosa. –Algum problema Sr Malfoy?
Ele continuou em silencio com a mesma expressão frustrada. Rose ia fazer uma pergunta, quando a porta do escritório se abriu um garoto extremamente chateado e envergonhado entrou. Rose olhou para ele, sua mente novamente se abriu, ela começou a sentir como se o sofrimento dele fosse um dela.
“ (1º ano)Era uma tarde bastante chuvosa em Hogwarts, os alunos estavam todos entediados a maioria em suas casas comunais. Rose e Alvo estavam alegremente jogando xadrez de bruxo, Alvo nem tão alegre, já que Rose vencia todas as vezes. Depois de fazer mais um movimento e ver o seu rei ser despedaçado, ele fez uma careta engraçada que fez Rose rir alegre e disse:
-Cansei Roh! Vamos fazer alguma outra coisa?
- Bom, já que você sugeriu eu estava querendo muito ir na biblioteca, tem um livro que eu quero muito ler. Vem comigo? –a careta dele só aumentou.
-Não. Prefiro ficar aqui, vou ver se eu acho o James. –ela riu debochada.
-Tudo bem! Se ainda quiser, sabe onde me encontrar. –ela então deixou o salão comunal .
Os corredores estavam todos vazios, é sinistro o que um dia de chuva não faz com as pessoas. Até mesmo os quadros estavam sonolentos. Rose andou por todo o caminho até a biblioteca meio apressada, todo esse silêncio, esses raios e trovões estavam começando a assustá-la. Até que ela ouviu algo que a assustou bastante, era um grito alto de pânico.Ela puxou a varinha e foi em direção a origem do som, era uma sala vazia. Bem, ela não estava tão vazia, tinha um garoto loiro,o Scorpius, e pelo que Rose pode contar 4 caras mais velhos.Eles não faziam nenhum som, mas a varinha deles soltava algo que quando atingia o garoto criava enormes cortes em varias partes do corpo dele. Ela assistiu aquilo em pânico, se ela fosse defender o garoto, podia ser atacada, mas se ela não fosse, o garoto poderia sofrer coisas muito piores. Ela pensou um pouco e se aproximou.
-Ei, deixem esse garoto em paz! –os quatros ao mesmo tempo se viraram para ver quem era,os olhos deles faiscavam puro ódio, por um instante Rose pensou em correr, mas continuou parada com a varinha em punho.
Nenhum deles fazia sequer um barulho, nem mesmo o garoto, Rose deu uma olhada rápida e viu o chão ao redor dele cheio de sangue e o menino completamente apagado. Então ela começou a ficar com medo, muito medo. Os quatros rapazes se olharam e olharam para ela, sem disser nada, eles lançaram um feitiço que petrificou completamente Rose. Eles com um outro feitiço acordaram o garoto desmaiado.
-Acho que por hoje já deu pirralho, mas como você já sabe.O sofrimento ainda não acabou.- eles lançaram juntos mais um feitiço que colocou o garoto de cabeça para baixo, depois outro que o soltou e fez com que ele caísse fortemente no chão. O menino tinha pânico no olhar, mas a cara era de pura coragem e raiva. Antes de se virar e sair, eles cuspiram no menino e despetrificaram Rose.
Ela ficou alguns minutos tentando entender o que tinha acontecido. Depois de “acordar” ela correu em direção ao menino ferido.
-Ai meu Merlin você está muito ferido. Consegue andar? –ele não disse nada. –Não pode abrir a boca para falar não? –ela disse se irritando.Ele fez sinal negativo com a cabeça.- Certo, devem ter colocado algum feitiço em você.Vou buscar um adulto.- ele puxou a ponta da saia dela com o pouco de força que tinha.- Tudo bem, eu não vou. Mas como eu te tiro daqui? Já sei se apóia em mim. –ele fez que não com a cabeça. –Então fica aqui e sangra até a morte.
Ele não se mexeu, olhou para ela e pelo seu olhar ela meio que entendeu que ele preferia ficar e morrer. Ela sentiu por um momento a dor dele. Ela não ia deixá-lo ficar ali e morrer sofrendo, ela iria procurar ajuda. Ela olhou para ele, com uma expressão seria e decidida.
-Fique ai, eu já volto com ajuda. Não se preocupe, eu não vou deixar você ficar aqui e morrer sangrando nessa sala vazia, mesmo que você me odeie pelo resto da vida por isso.- então ela saiu.
Ela achou um professor, que ajudou o Scorpius e o levou para a enfermaria em segurança. Ele olhou para ela, com muita vergonha, mas um grande e discreto agradecimento.”
-Com licença diretora. Me disseram que a senhora queria me ver? –ele entrou encarando apenas a diretora por um momento, ele tentou manter seu olhar neutro quando olhava para ela, mas era possível ver a hesitação dele ao encarar o resto das pessoas da sala. Por alguns momentos ele não conseguiu se controlar e olhou de forma rápida para a Rose. Foi ai que ele notou que ela estava pálida e parecia extremamente fraca. De forma bem discreta ele se aproximou dela e colocou a sua mão esquerda no ombro dela. A cabeça dela que se encontrava abaixada, se levantou depois do toque dele, ela não estava mais pálida, parecia mais forte, seus olhos encontraram o dele rapidamente e ela se sentiu a dor no coração se aliviando um pouco. O momento não durou muito, mas não passou despercebido pela diretora.
-Sente-se Scorpius. Estávamos só esperando você. – ela conjurou uma cadeira do lado de Draco e de Rose. Scorpius de forma obediente se sentou, não conseguia encarar nem o pai, nem a garota, apenas olhava fixamente para a diretora, tentando ignorar a presença do resto. –Você já deve ter o conhecimento das coisas que aconteceram à senhorita Weasley. Pois bem, ela perdeu a memória e tem tido grandes dificuldades para recuperá-la, ela tem tido poucas lembranças do seu passado e essas lembranças tem tomado bastante a força dela. Por causa disso, ela tem necessitado de muitos cuidados que o seu pai tem dedicado a ela durante muito tempo e que nós pretendemos continuar com a mesma competência que o seu pai tem feito. Rose perdeu junto com a memória dela, tudo aquilo que ela aprendeu sobre magia durante toda sua vida, é claro que com as lembranças ela vai recuperando aos poucos o que ela já sabia,mas isso além de desgastá-la, faz com que ela esteja mais atrasada em relação ao resto da turma. Ela vai precisar de reaprender tudo de novo. –a diretora fez uma breve pausa, todos na sala estavam em silencio. –Bem Scorpius, você deve estar se perguntando o porquê de ter sido chamado aqui e o motivo deu estar falando isso tudo para você. Ainda mais sabendo do seu passado conturbado com a senhorita Weasley e das suas clássicas brigas pelos corredores.
Depois que ela disse isso, Scorpius se lembrou desse tempo de brigas com uma certa saudade,então mesmo sem perceber ele sorria, um sorriso divertido, nostálgico, travesso. Rose que acompanhava tudo com o olhar percebeu que ele sorria, mesmo sem entender a razão, “Brigas são divertidas? Pois pelo que eu me lembro eu realmente odiava aquilo.”, ao ver aquele sorriso ela se sentiu bem, muito bem.
-Hoje, eu notei algo que realmente me surpreendeu, talvez nem mesmo você entenda, na verdade eu duvido que alguém nessa sala realmente entenda, mas você e a Rose tem uma ligação. Eu vi, quando você com apenas um toque conseguiu fazer com que ela se recupera-se do que eu acredito ter sido, um recordação que lhe tomou um pouco das forças. Você pode negar, mas a sua presença visivelmente faz bem a ela. Você, Scorpius Malfoy apesar do seu gênio difícil, é um garoto inteligente, é na verdade um dos melhores alunos que essa escola já teve. –Draco apesar da raiva sentiu um pouco de orgulho do filho, mas não deixou transparecer. –Vamos direto ao ponto, você é inteligente e a Rose precisa de ajuda. Eu quero te pedir para no seu tempo livre, acompanhe a Rose, cuide dela e uma vez por dia quero que você a ajude nos estudos, em troca as detenções que você tem acumulado, vão ser canceladas e a sua ficha escolar limpa. O que me diz? Aceita?
Scorpius olhou para o pai por um longo tempo, seu pai estava furioso, extremamente irritado. Ele sabia que se aceita-se o seu pai o odiaria por um bom tempo, talvez para sempre. Olhou então para a diretora, implorando com o olhar, mas no olhar da diretora só encontrou firmeza. Ele tentava fazê-la entender com o olhar que ele tinha que negar, não podia desapontar seu pai dessa forma. Então ele olhou para Rose que olhava para ele de forma um pouco preocupada, ele se sentiu seguro, mas seu coração ainda doía, ele não podia desapontar o pai dessa forma. Nesse momento algo que ele notou algo que ele ainda não tinha reparado, o livro que estava nas mãos dela. Seus olhos ficaram fixos naquele livro. Ele então olhou para a diretora,com um olhar decidido.
-Tudo bem. Eu aceito! –Draco ao seu lado se levantou rapidamente da cadeira,ele olhou para o pai e pode ver o ódio que ele sentia naquele momento, Scorpius sentiu seu coração doer por causa daquele olhar.Ele abaixou os olhos, não conseguia mais encarar seu pai e de forma bem baixa, quase como um sussurro disse:
–Desculpa pai!
N.A Como eu estou trabalhando e estudando no cursinho, atrazos como esses desse cap vão ser mais do que frequentes.
Só queria agradecer mesmo por lerem e pedir qualquer coisa que tenha saido errado, pode me falar que eu olho, como meu tempo está corrido eu posso realmente ter deixado um erro passar despercebido.
Amortentia: Desculpa você o atrazo do cap.
Obrigada por ler, você é uma fofa.
Esses dois tem um pequeno misterio.
Comentários (1)
Ahhhh nossa cada capitulo me apaixono mais pela fic *-* A ligação deles é realmente forte *--------------*
2012-01-23