Cap.2
Cap.2
O sol brilhava forte naquele dia, o céu do lado de fora daquela janela estava quase sem nuvens e o vento passava tão leve que como um sopro. E com esse sopro, Rose acordou, bem devagar ela abriu os olhos, respirou fundo e olhou para o lado e para a sua surpresa a mulher...ou melhor sua mãe não estava lá e sim um homem de cabelos ruivos vivos, olhos azuis que brilhavam talvez até mais que o sol lá fora.Tinha sardas bem leves próximas ao nariz, seu rosto mudava de uma expressão de medo para animação, alegria para preocupação enquanto olhava a pequena ruiva que o analisava tranquilamente e curiosamente na sua frente.
-E-U S-O-U S-E-U P-A-I, M-E-U N-O-M-E é R-O-N-Y. –ele disse bem alto e pausadamente , fazendo gestos como se ela fosse surda e cega.
“Porque ele está falando assim, desse jeito, será que eu digo que eu consigo entender tudo que ele diz, ou deixo ele continuar falando assim, afinal isso é muito engraçado.”
- Rony meu bem, nossa filha perdeu a memória e não a capacidade de ver ou de ouvir. Não precisa tudo isso. – disse a Hermione com ar de deboche e repreensão. – Você está bem? Dormiu bem Rose?
- Hum...Sim, dormi bem sim, obrigada!- um pouco tímida ela olhou em direção ao Rony e disse com um pouco de receio.- Olá!
Essas três letrinhas foram o suficiente para encher Rony de alegria e num impulso de emoção ele envolveu a menina em um forte e caloroso abraço de urso que a fez respirar com uma certa dificuldade por estar sendo espremida.
“ O abraço desse homem, é um abraço tão forte, eu sinto a preocupação dele comigo, o carinho dele e a cada vez que ele aperta mais eu sinto o medo que ele tem em me perder ou que algo aconteça comigo e eu acho isso...lindo.”
Rose para o espanto de Rony, apesar de estar quase sufocada retribuiu o abraço com a mesma força ou quase a mesma força do pai, sem conseguir se conter ele deixou escapar uma lagrima de alegria que não foi passada despercebida nem por Rose, nem por Hermione. Hermione ficou olhando a cena de longe e assim como o marido não consegui conter as varias lagrimas do seu rosto, ela queria abraçar os dois, mas se conteve e ficou só assistindo, esse era um momento de pai e filha. Rose ao ver seu pai chorar pela primeira vez, já que ela não se lembrava de nada, secou as lagrimas do pai com o dedo e sorriu discretamente. Quando Rony a soltou, ela olhou para ele, depois para a mãe e disse para eles em uma voz confusa, mas determinada:
-Eu sei que não me lembro de vocês e sinto que isso os entristece, por mais que eu tente com força eu não consigo me lembrar de nada, mas eu sinto um algo muito forte por vocês. Eu queria, mas ainda não consigo, não vou desistir de tentar, sei que o Dr. Malfoy também vai tentar, ele disse que ia e eu acredito nele. – Hermione e Rony não disseram nada, apenas abraçaram juntos a filha.
- Agradeço a sua confiança em mim Sta. Weasley! Vou fazer alguns testes em você, para ver se as poções de ontem ajudaram em algo na sua memória e se você permitir eu gostaria de tentar um feitiço para tentar ver até onde vai o bloqueio da sua mente, depois , creio que seus intermináveis parentes desejam te ver.- A família escutou atenta cada palavra dita delo ex-sonserino, Rony olhava com uma fúria no olhar, Hermione olhava de Draco para Rony com atenção ao primeiro e repreensão ao marido quando percebeu o olhar dele, e Rose estava super atenta a cada palavra, mas completamente alheia aos olhares da mãe e do pai.
- Certo! O que eu tenho que fazer? – ela olhou para o medico com muita determinação.
Draco tinha trago diversas imagens, poções que exalavam cheiros diferentes, coisas bobas como bonecas, livros, caldeirões e uma varinha. Ela se esforçou muito em cada etapa do teste, e suas reações não trouxeram muitas alegrias pra o medico, mas em uma etapa do teste ela pareceu reagir bem, quando ela viu o livro nas mãos do loiro se lembrou imediatamente da cena do corredor.
- Eu me lembro disso- apontou para o livro pensando. -Não me lembro o nome, mas me lembro dele. -A lembrança lhe veio à mente e seu rosto imediatamente se tornou da cor de seu cabelo.
O constrangimento da menina não passou despercebido pelo medico, que teve uma idéia, porém apesar de poder ajudá-la ele podia acabar descobrindo uma coisa que não queria saber, que negava até a possibilidade de ser real.
- Eu poderia pedir a sua permissão para ver essa lembrança, mas ao invés disso gostaria de te fazer uma pergunta e poupar o embaraço de vasculhar a sua mente.-Ela assentiu com a cabeça dando permissão a ele perguntar e Rony e Hermione olharam pra ele confusos, desde a chegada do medico nenhum dos dois disse nada, só observaram.- Meu filho está nessa lembrança?
A menina não disse nada apenas assentiu com a cabeça. Draco desviou o olhar da menina e olho de forma muito seria e pensativa para o nada, como se analisa-se uma possibilidade muito confusa. Rony que não sabia da historia estava a ponto de explodir de raiva e duvidas, quando enfim ele ia falar algo Hermione foi mais rápida e o olhou com um olhar de “ Desculpe, te explico depois.”.
- Sta. Weasley você se lembra de algum feitiço ou da magia?- A menina balançou a cabeça de forma negativa.- Certo! Granger, você e o Weasley tentem ensinar algo de magia básica para ela, afinal daqui a alguns dia ela vai ter que voltar a escola. Ah, e se for possível tentem não encher esse hospital de pessoas ruivas, se ela receber muitas pessoas juntas pode fazer com que ela se force demais e isso pode chegar a fazer mal a ela.
-É Weasley e você sabe disso.- ela olhou para ele com um olhar severo e depois mudou o tom para um mais preocupado.-Ela vai ter alta em breve então, a memória dela está voltando?
- Sinto disser que não tão rápido, mas parece que ela se lembra de algumas coisas aos poucos, eu tenho uma teoria a respeito disso. Não vou ser precipitado, esse é o segundo dia após ela ter acordado, ainda está cedo para ter uma resposta concreta.-ela assentiu positivamente e segurou forte as mãos do marido.- Volto mais tarde, para te dar a ultima poção do dia, agora a Sta deveria comer alguma coisa.
Assim que ele saiu. Rony olhou para a porta super irritado, olhou bem fundo para a Hermione e disse sem se importar com a presença da filha.
- Porque o MALFOY ESTÁ CUIDANDO DA NOSSA FILHA? CADE O DR. WILL? E POR QUE VOCÊ NÃO ME FALOU DISSO ANTES?
- O Dr. Will não pode cuidar na nossa filha mais, ele foi transferido pra Alemanha e ele deixou o Draco encarregado na nossa filha, ela confia nele e ele parece ser competente. Eu não disse isso, porque sabia que você daria esse chilique. Eu sei o que ele foi no passado, mas é da nossa filha que estamos falando é da recuperação dela Rony. Eu também não gostei nada do Draco ter que ser medico da nossa pequena, mas eu aceitei e dei um voto de confiança nele, ele parece que leva o trabalho muito a serio.
-Mas Hermione, ele foi um comensal, ele foi o pesadelo da nossa vida em Hogwarts, ele quase matou Dumbledor, quase nos matou.- a ultima parte ele disse sussurrado, mas Hermione pode ouvi-lo muito bem.
-Eu sei amor, eu sei. Mas tente ser legal, ele parece que é um bom profissional, sabe do que está falando. Vamos!- ela deu um sorriso entusiasmado.- Você sabe que eu tenho razão! Faça um esforço, eu sei que você consegue. Pela Rose!
-Tudo bem, pela Rose! Mas se ele fizer alguma coisa errada, qualquer coisa, ele vai se ver comigo. Eu aceito, mas não me peça para ser legal com ele ok?!- Hermione sorriu orgulhosa e deu um beijo de leve nos lábios do marido que após se separar dela, fez uma cara seria de você e perguntou algo que o incomodava. - Mione, porque o Draco perguntou se a nossa filha se lembrou do filho dele?
Hermione suspirou fundo e olhou para o marido como se pedi-se calma.
-Parece que a única pessoa que ela tem lembranças, antes do acidente é do filho do Draco. - ele ia dizer algo, mas como se ela soube-se o que ele ia dizer respondeu antes. - Ele também pareceu confuso sobre os motivos da nossa filha se lembrar do filho dele, acho até que nem ela sabe o motivo.
Os dois pararam por um momento como se pensassem juntos em uma solução e por alguns minutos acabaram se esquecendo da filha. Até que a enfermeira Lucy, apareceu com uma bandeja cheia de comidas.
- Sta. Weasley seu almoço: salada de batatas, alface e batatas – ela ia apontando para cada coisa como da primeira vez e Rose olhava para ela assimilando o que eram as coisas e depois os seus gostos.- rocambole de carne, arroz temperado e suco de uva.
- Obrigada, mas se quiser pode me chamar de Rose, eu acho que esse é o meu nome.-olhou para Hermione que confirmou e a menina olhou de volta para enfermeira e sorriu.
-Bem Rose, serei a sua companhia até o horário de visitas, tenho que garantir que você coma de tudo e beba a poção direitinho. Já que eu posso te chamar de Rose, pode me chamar de Lucy.- ela olhou para Rose e lançou um sorriso tão puro e feliz, que fez com que Rose se senti-se segura.
- Eu sempre quis saber de uma coisa mais tive um pouco de medo de perguntar, ah quanto tempo eu estou aqui? E o que aconteceu comigo? Porque eu vim parar aqui?
Rony e Hermione ficaram olhando, enquanto a enfermeira procurava as palavras certas pra dizer algo que nem ela tinha os detalhes. O olhar angustiante da menina fez com que depois de um tempo alguém resolvesse dizer alguma coisa.
- Eu vou até a Toca avisar que você pode receber vistas, você acha que eu deixo eles decidirem quem vem primeiro?- Rony olhou para Hermione, que entendeu, o marido não era muito bom com coisas tão delicadas como essas.
- Certo, diga para todos pra tentar vir no máximo 4 pessoas, traga o Hugo, eu sei que ele está louco para ver a Roh.- Rony acenou para todos, deu um beijo na filha e sumiu.A enfermeira olhou para Hermione, respirou fundo e começou a contar.
- Você chegou nesse hospital no dia 22 de Novembro, está aqui há um mês e alguns dias, você chegou completamente desacordada e seu estado de saúde era critico. O Dr. Will tentou de tudo, mas você não acordava, então nós resolvemos deixar que você desperta-se sozinha e foi o que aconteceu ontem.
- A Diretora Minerva McGonagall, me ligou assim que você chegou desacordada na escola, pelo que ela me disse, você foi atingida por um feitiço mal-feito, esse feitiço foi muito forte, ninguém sabe quem lançou , mas parece que foi uns primeiristas que resolveram brincar de testar feitiços. Quando te acharam você estava em um lugar perto da casa dos gritos, em um lugar muito deserto, um colega seu viu você sair para repreender uns primeiristas que não deviam estar em Hogsmeade, quando aparentemente um deles atingiu você com um feitiço.
- O feitiço foi até simples e bobo como o Obliviate, só que feito de forma errada, um contra-feitiço te curaria rapidamente, mas parece que foi mais complicado do que o esperado, algo está bloqueando sua memória. O Dr. Malfoy tem uma teoria, mas ele ainda não informou nada para ninguém.
- E-eu estou tanto tempo assim...dormindo?
- Sim, mas não pense nisso agora meu bem, você acordou. É isso que importa agora!
As horas foram passando, Rose após comer, bebeu a poção de forma muito obediente, e ficaram as três conversando, rindo, o clima estava tão animado que elas nem notaram quatro pessoas que tinham acabado de aparecer na porta.
- Primaaaaa- James gritou chamando atenção das meninas.- Seu príncipe veio te acordar!Ah, espere, você já acordou.- ele fez uma cara de cachorro abandonado, fazendo todos rirem menos a garota que ainda estava complemente confusa.- Cheguei tarde!
- Acho melhor você tentar outra princesa James, essa daí já acordou do seu sono profundo!- disse Hugo entre gargalhadas.
- Tudo bem, tudo bem, eu me recupero!- ele se virou em direção a Lucy e fez sua melhor cara de galante.- Olá, senhorita, gostaria de me dar o prazer de ser a minha princesa!
- Creio que o senhor deverá continuar procurando a sua princesa, eu não fico com sapos!- ela respondeu com uma cara que dava medo em qualquer um, o tom dela até fez James recuar um pouco e Rose rir alegremente pela reação da nova amiga.
- Se você beijar o sapo aqui, ele pode virar um belo príncipe!- ela deu uma ultima olhada para ele antes de retrucar e ir embora.
- Esse sapo, jamais será um príncipe!
- Toma essa James.- Alvo olhou para cara do irmão e riu como nunca.- Rose, como você está? Seu pai disse que sua memória não está boa, então não se force demais.- ele sorriu passando para ela uma confiança muito grande.- Vou fazer as apresentações se não você vai achar que agente pirou geral, já chega fazendo zona, eu sou o Alvo, seu primo...
- Ele é seu melhor amigo também.- disse Lilly antes do irmão fazendo com que ele faça cara feia.- continua Al.
- Então, como eu ia dizendo, tenho a sua idade, agente foi criado juntos, assim como essa intrometida aqui.- apontou para a Lilly.- A anta da minha irmãzinha mais nova, ela tem...
- Muita beleza, a inteligência, o carisma, personalidade e a melhor apanhadora de Hogwarts da atualidade.
- MUITO MODESTA também, será que eu posso continuar?- Lilly fez uma cara de santa e Alvo continuou.- ela tem a idade do Hugo, esse ruivo grandão, seu irmão mais novo e esse aparecido aqui do meu lado é o James, o mais feio da família.
- O mais lindo você quer dizer, todos me amam e querem ser como eu! – retrucou James.
Antes que eles começassem mais uma discussão,Hermione interviu, dizendo que deixaria eles sozinhos, aproveitando para matarem as saudades e colocarem a fofoca em dia e que voltaria ao anoitecer.
-R-rose? É verdade que você não se lembra de nada?- Lilly perguntou meio com medo da resposta.
-Sim...quer quiser me lembro de alguém...
- Quem?- todos menos Alvo perguntaram com os olhos brilhando de curiosidade.
- Um menino, chamado...
- Gente, deixa as perguntas pra Ro, depois. Rose você perdeu muita matéria, todos lá na escola estão loucos querendo saber de você.- interrompeu Alvo, já imaginando a resposta.
-É mesmo, a escola tá um silencio estranho, não se escuta mais seus berros com o Malfoy, acho que até ele tá com saudades.- sem querer Hugo disse algo que fez Rose pensar.
“ Será que esse menino é o Scorpius? Afinal de contas naquela lembrança...nós estávamos ...brigando. Eu sinto que não foi a primeira vez, eu preciso descobrir porque...”
- Em Roh, você quer comer alguma coisa em especial? Nós vamos sair um pouquinho porque esse tonto ai, tá louco pra conversar umas coisas com você.- Lilly disse olhando pro irmão que agradeceu com o olhar.
- Eu quero ficar?- Hugo fez uma cara de carente, firmou os pés no chão e olhou para a irmã como se mandasse ele ficar também.
-Você vem comigo Huguinho, agora!- a posse, as mãos na cintura e o olhar desafiador fizeram todos menos Rose se lembrarem de Gina, mas apesar de tudo Hugo olhou para ela com o mesmo olhar dela e a desafiou.
- Se você quer mesmo, me tira daqui.- vendo o olhar que ela lançou a James pedindo ajuda ele acrescentou.- Mas tem que ser sozinha.
Respirando fundo, ela pareceu pensar um segundo, olhou para ele e lhe deu o seu melhor sorriso maroto, foi se aproximando do ruivo que estava perto da cama da irmã, ninguém no quarto se atreveu a dizer nada, ela ficou na ponta dos pés para chegar mais perto do rosto do garoto que recuou um pouco. Hugo parecia estar morrendo de medo, ela se aproximou dele de uma forma bem perigosa, e ficou de nariz colado ao dele , pegou nas mãos dele e sussurrou algo no ouvido dele. De repente pareceu que ele tinha tomado um choque, olhou para ela e por uns instantes os olhos dele brilharam fortemente.
- Certo, nós voltamos logo. Podem fofocar à vontade.- Hugo disse fazendo todos até mesmo Rose rir com vontade.
- Rosinha, não deixe o meu irmão abusar de você enquanto eu estiver fora. – James gritou saindo do quarto antes que Alvo batesse nele.
Após ter certeza que todos já tinham saído, Alvo olhou para Rose e lhe deu um abraço bastante caloroso e nesse abraço Rose sentiu uma proteção tão boa e tão forte quanto a que sentiu quando abraçou o seu pai, ela de alguma forma sabia que ele era a pessoa na qual ela mais poderia confiar.
- Ah, Rose, senti tanto alivio quando eu te vi acordada.- ele sorriu- Bom, mas não foi só pra dizer isso que eu quis ficar um tempo a mais com você aqui. Lá na Toca ouvi meu pai conversar com o seu a respeito de você se lembrar do Scorpius- vendo que ela ia dizer algo ele emendou- Não diz nada agora, mas isso é verdade não é? Algo aconteceu na escola e depois que eu ouvi o que seu pai disse, eu penso: eu não entendo nada. O amigo do Malfoy, aquele que você vivia dizendo que não batia bem da cabeça, mas que você achava até bonitinho e eu fazia uma careta toda vez que você dizia isso.-ele fez uma cara engraçada na visão de Rose e bateu a mão na testa.-Eu sei que você não lembra dele.Você não lembra de ninguém, exceto do Scorpius, bom, continuando o que eu ia dizendo, ele me procurou pelo menos umas três vezes para perguntar de você e todas as vezes que ele me perguntou eu vi o Malfoy olhando de longe, como se esperasse a resposta, mas sempre que eu olhava ele fingia que fazia algo, lia, conversava com outras pessoas, até fingir que dormia ele fingiu enquanto esperava o amigo dele dizer que eu tinha dito. Que era: você não tinha melhorado em nada. Eu senti algo no ar todo esse tempo que você esteve dormindo, o Malfoy mudou, ele parece mais...triste e irritado.E...
- Você nem me deixa falar.- ela fez uma cara de raiva que fez Alvo rir, “ Ela não mudou nadinha.”- Eu me lembro dele sim. O que você está me dizendo é que esse menino se importa comigo? E o meu...er...irmão, disse que ele sente a minha falta. Ele é meu amigo? Meu parente?
- Não, você não se lembra? Vocês são inimigos mortais, vocês brigam pelo menos duas vezes por dia,o grito de vocês é ouvido até do alto da torre de astronomia, se não brigam nos corredores fazem uma disputa impressionante de conhecimento na sala de aula, que deixa todo mundo de boca aberta.Vocês dois são gênios! Todas as vezes que vocês se vêm sai até fumacinha. – ele riu abertamente das diversas lembranças que lhe viam a mente.
- Nós nos odiamos? Mas...eu não entendo, porque a lembrança dele...
- Eu não entendo muito bem, mas uma semana antes do acidente você mudou um pouco e me escondia alguma coisa. Você nunca tinha me escondido nada antes Roh, mas se você não quis contar eu não quis insistir. - ele parecia um pouco embaraçado- Quando o amigo do Scorpius perguntar, o que eu digo?
- Diz...que eu acordei.Diz, a verdade e diz que eu agradeço a preocupação de todos.
- Você tem alguma idéia do dia que você volta pra escola?
- O Dr. Malfoy disse que em breve. Ele acha que a magia da escola pode ajudar a trazer algumas memórias de volta. Foi o que a Lucy disse pelo menos.
-Talvez se eu fizer algum feitiço te ajude a lembrar, certo?! – ele ergueu a sua varinha e disse em voz alta apesar de saber fazer excelentes feitiços silenciosos- Accio copo!
O copo vazio foi parar nas mãos de Alvo e Rose olhou encantada, ela olhou para Alvo e depois para a mesinha, nesse hora ela percebeu que ao invocar o copo, o mesmo bateu na vela a fazendo cair no chão e começar a queimar um pedacinho do banquinho ao lado dela. Ao ver aquele fogo, antes que Alvo fizesse alguma coisa ela ergueu a varinha que estava na mesinha e disse:
- Aguamenti! – uma jato enorme de água saiu da varinha da menina apagando o fogo complemente sem que o banquinho se quer estivesse saído com muitos danos. Alvo olhou para ela e riu orgulhoso.
- Então a foguinho também sabe fazer feitiços!
“ Essa frase..., eu já ouvi antes, eu já...”
Flashback
Rose estava em seu primeiro ano e caminhava feliz e completamente nervosa para a sua primeira aula. O primo ao lado dela estava quase perdendo a paciência de tantas vezes que a viu checar se todo o material estava lá.
- Rose, quer se acalmar, por favor. Credo! Até parece que você está indo para a guerra.
- Alvo, você não entende... é a nossa primeira aula. Temos que passar uma boa impressão, é a primeira impressão que fica. E se os professores não gostarem de mim? E se eu não estiver preparada? E se eu não for tão boa aluna como a minha mãe?
- Rose, se acalma. Respira tá legal?! Primeiro, os professores vão gostar de você, você é a pessoa mais dedicada que eu conheço; segundo, você leu todos os livros, aprendeu quase toda a matéria do primeiro ano antes de todo mundo, sabe todos os livros de cor e terceiro, NUNCA se compare a ninguém, você é a Rose e não a Hermione. Sua mãe jamais deixaria de se sentir orgulhosa de você, mesmo que você fosse a pior aluna da escola. - lagrimas de emoção começaram a brotar nos olhos da menina
- AL, você é o melhor sabia?! Obrigada!- ela abraçou o primo e sorriu feliz- Vem, se não agente vai se atrasar pro nosso primeiro dia.
Quem visse ao longe acharia que eram dois irmão correndo para ir ao melhor lugar do mundo, eles riam e brincavam super animados. Quando sem perceber, ela acabou trombando com alguém, quase na porta da sala de feitiços.
- Desculpa, eu não vi...- os dois disseram juntos- Você de novo!
Quem visse a cena acharia hilário.
- Menina já é a segunda vez que você tromba comigo!
- Eu trombo com você? É você que tromba em mim!
- Eu? Como se eu quisesse trombar com você.
- OLHA AQUI GAROTO...-ela apontou o dedo na cara dele e seu olhar era de matar qualquer um.
- Certo crianças, controlem-se ou terei que tirar pontos das suas casas. Vamos entrando a aula vai começar!- o professor “miniatura” Flitwick chegou antes que uma briga começa-se; os alunos entraram ,mas antes que Rose e Scorpius entrassem ele os chamou.- Vocês dois, sei que suas famílias tiveram problemas na escola, mas eu espero que a cena que eu interrompi aqui não se torne constante ou suas casa perderão pontos e vocês estarão em detenção. Creio que nenhum dos dois quer isso certo?!- eles concordaram silenciosamente e entraram na sala sem sequer se olhar.
A aula toda correu muito tranqüila, o professor Flitwick os ensinou o feitiço convocatório Accio, tanto Scorpius quanto Rose deram excelentes explicações a respeito do feitiço, como fazê-lo e pra que ele serve e ganharam 10 pontos paras suas casas, trazendo grande orgulho para o professor.
Eles se dividiram em duplas para estarem suas habilidades, Scorpius se sentou próximo da Rose sozinho, pois nenhum colega de classe quis fazer dupla com ele. Ele executou o feitiço com perfeição, recebendo mais 10 pontos pelo bom trabalho. Alvo a dupla de Rose lançou o feitiço, mas não consegui trazer a pena para perto dele.
- Não adianta Roh, essa pena de uma figa não me obedece.- ela olhou para ele e riu discretamente.
- Al, você está fazendo os movimentos errados observe os meus e tente fazer igual.- ela fez os movimentos com a varinha e o primo a imitou.- Agora, diga: Accio copo!
O copo foi parar nas mãos da menina de uma forma muito delicada,o feitiço tinha sido tão perfeito quanto do Scorpius.O garoto loiro olhou para ela que tinha acabado de receber 10 pontos pela perfeição, riu e disse de forma que ela escutasse, como quem estivesse surpreso.
- Então a foguinho também sabe fazer feitiços!- uma raiva enorme começou a cresceu na menina que olhou para o menino que sorria de forma provocativa.
“ Que menino irritante, que sorriso irritante...”
Fim do flashback
“ Aquele sorriso....aquele garoto de novo. Eu me lembrei desse garoto de cabelo arrepiado, eu tive uma lembrança com ele.Eu conheço ele, lembro um pouco dele, na lembrança parecíamos tão...amigos.”
- EU ME LEMBREI DE VOCÊ?Tive uma lembrança com você. – ela sorria e ele a abraçou agradecido, aliviado, contente, eram tantos sentimentos juntos, ele não sabia explicar.
Os dois se abraçaram contentes. Na porta três garotos que tinham voltado do passeio antes de ouvir que a Rose havia se lembrado de alguém da família, pelo menos uma vez, isso era um grande progresso.
- Solta minha prima seu cachorro!- Alvo olhou para o irmão, ao invés de bater gritar ou retrucar apenas riu, como todos naquele quarto. Eles riram, brincaram, conversaram sobre coisas bobas, sobre o nada, depois de um bom tempo eles olharam para a janela se calaram e ficaram juntos vendo o sol se por e a escuridão tomar conta do céu, bem calmamente.
Comentários (1)
Awwww *-----------* Ameiii o capitulo a Rose e o Scorpius sei não kkkk *-*
2012-01-22