Cap.8



Cap 8


          Hogwarts amanheceu chuvosa, Rose se levantou antes das outras meninas, tomou um longo banho, se vestiu e desceu logo para o salão comunal para esperar o resto do pessoal. Quando chegou lá ela viu algo anormal. Alvo estava deitado e dormia profundamente no sofá, ele vestia as mesmas roupas do dia anterior, coisa que nunca acontecia. Ela arrumou o seu primo de forma que ele ficasse mais confortável possível e o cobriu com uma pequena mantinha que estava ao lado sofá.


          -O que foi Rose? Pulou da cama foi? – disse Lilly chegando de pijamas, mas aparentemente muito acordada.


           Rose olhou para Lilly repreendendo-a, fez sinal para que ela fala-se mais baixo e apontou para o sofá. Lilly foi se aproximando com uma expressão curiosa e quando viu quem era sua curiosidade virou espanto.


           -Roh...mas meu irmão? Ele deve ter chegado tarde da farra. – ela disse sussurrando de forma que não acorda-se o irmão. – Vou lá chamar as meninas, fica ai com ele, tenta evitar que acordem ele, eu não sei não...mas minha intuição de irmã diz que ele não está nada bem, talvez dormir seja a melhor forma de esquecer o que quer que esteja incomodando ele.


           A pequena ruiva foi em direção aos dormitórios, enquanto Rose continuava ali montando vigia. Varias pessoas davam bom dias sonolentos para ela e iam tomar o café, mas nada dos amigos descerem.
           Hugo desceu, olhou para Alvo e Rose, não disse nada apenas olhou para o garoto como se sentisse um pouco de pena, mandou um beijo no ar para a irmã e desceu.


           Depois dele Kate desceu, ela estava com uma cara de cansaço muito grande, tanto que nem notou imediatamente que tinha alguém dormindo no sofá. Olhou para Rose e a abraçou desejando um bom dia. Foi então que ela notou o garoto, seus olhos se encheram de lagrimas quando o viu, ela saiu correndo em direção ao dormitorio sem dizer mais nada.


          - O que deu nela? – perguntou Beca que tinha acabado de surgir com a Lilly ambas prontas para o café.


          - Não sei, viu o Alvo e começou a chorar. Não entendi nada! – disse Rose.


          - Vamos indo embora daqui a pouco agente perde o café. To morrendo de fome! – disse Lilly puxando a prima.


          - Mas e o Alvo?


          - Ele vai ficar bem. Vamos deixá-lo dormindo, se ele matar aula matou, ele tá até precisando matar umas aulas de vez em quando. – disse Lilly já começando a andar. – Anda Rose!


          Rose foi com elas, meio relutante, mas foi.


          As três logo chegaram ao salão, todos já estavam lá comendo.Elas foram e se juntaram ao grupo que comia animado.


          -Ah não Hugo, você comeu todas as panquecas? – Lilly olhou para o primo com as mãos na cintura furiosa.


          - Na verdade, todas ainda não falta essa. – depois de dizer isso ele enfiou tudo na boca, fazendo a garota ficar furiosa.


          - Se prepara Huginho, porque você me deixou verdadeiramente irritada, eu vou decidir a sua punição e acredite você não vai gostar. – ele nem olhou para ela,só fez uma cara de quem nem se importava, isso só fez ela ficar ainda mais furiosa. – Você pediu!


          Rose estava faminta, diversas vezes ela olhou na direção da mesa da sonserina a procura dele, mas novamente ele não estava lá.


          - As coisas estão complicadas, os professores estão querendo cancelar o jogo de quadribol depois que souberam do episodio de ontem. Eu ouvi falar que o Scorpius e o Alvo tem uma reunião marcada com a diretora para discutir uma solução pra esse problema. – comentou Rick, o amigo de Alvo.


         - Grifinorios e sonserinos nunca darão certo, isso é algo que já deveria estar mais do que claro na cabeça das pessoas. – disse Hugo irritado.


         - Concordo com o Hugo, desde a época de Salazar essa convivência era impossível, porque acreditar que agora tudo isso iria mudar? – disse um grifinorio que ouvia a conversa.


         - Eu não concordo.- disse Lilly surpreendendo a todos.- Eu acho que o que existe é um grande orgulho de ambos os lados para admitirem que podemos um dia chegar a ser amigo. Eu não estou dizendo para aceitarmos tudo que eles fazem ou falam, mas que nós nunca nos permitimos conhecer um sonserino de verdade isso é verdade.


          Aquela discussão durou o resto do café, Rose só acompanhou calada e foi só ai que ela se deu conta que a convivência entre grifinorios e sonserinos poderia até não ser impossível, mas era cercada de barreiras e preconceitos e ela entendeu um pouco melhor aquilo que os sonhos e as lembranças sempre tentaram lhe contar. Isso não a fez se sentir bem, ela só parou de pensar sobre isso quando se deu conta de uma coisa.


         - Espera ai, que hora vai acontecer essa reunião? Entre a diretora e os capitães das equipes de quadribol.


         - Hum...depois da segunda aula eu acho.


         - O Alvo está muito cansado, será que ele acorda a tempo?


         - Não se preocupe com isso Roh, se ele não levantar sozinho, eu ou você vamos lá chamar, faltar a essa reunião é que ele não pode. – disse Lilly.


         - Não pode mesmo!!!- comentou Hugo.


         Depois de comer todos se retiraram, foram cada um para sua aula, só Rebeca e Rose ficaram um pouco mais esperando para ver se Kate aparecia, mas nem sinal dela.


         - Cara, eu já estou ficando preocupada. Vamos lá Rose, vamos voltar ao dormitório ver se achamos ela por lá. Esse sumiço dela não está me cheirando a boa coisa.


         - Concordo com você, vamos procurá-la. – disse Rose.


          As duas em pouco tempo já estavam em frente à torre da grifinoria. Elas já iam entrar quando alguém chamou .


         -Rebeca, será que a gente pode conversar um pouco? – perguntou um garoto moreno, não muito bonito com o uniforme da grifinoria, ele parecia visivelmente constrangido. –É importante!


         - Rose, procure por ela e peça para ela te levar até a próxima aula, é feitiços. Eu encontro vocês lá.


         Beca foi na direção do menino e Rose fez o que ela mandou, entrou e procurou pela amiga.Não precisou muito esforço ou procura, Kate estava lá em frente ao sofá onde Alvo dormia, parecia que ela estava explicando algo para ele. Ela estava tão seria que Rose achou melhor nem se aproximar, subiu para o seu quarto pegou suas coisas e quando desceu novamente a amiga estava deitada sobre o Alvo. Lentamente Rose se aproximou e tocou a amiga pelo ombro.


         - Kate, precisamos ir para a aula.Você não comeu nada, estou realmente preocupada com você? O que está acontecendo? Por favor me conta, eu não me lembro das coisas, mas ainda sou eu, eu posso ajudar!


                -NÃO posso Roh, não posso mesmo...eu te amo e tudo mais, mas...ai, o Alvo...eu não.- e do nada ela abraçou a amiga e começou a chorar. –Vamos...a aula vai começar.


                Elas demoraram um pouco para se soltar, Rose secou com as mãos o rosto molhada de lagrimas da amiga e arrumou seu cabelo, como a mãe de Rose sempre fazia.


                -Vamos, pegue seu material, lave esse rosto e quando tiver mais calma e quiser ajuda, eu vou estar pronta para ouvir e correr para ajudar. –Kate não disse nada, apenas deu um fraco sorriso e saiu em direção ao dormitório. Assim que ela estava fora de vista Rose olhou para Alvo e disse. – Eu sei que você está acordado, bom...tudo que eu disse para ela vale para você e eu espero que você não esteja esquecendo, mas hoje você tem um encontro com a diretora. Nesse encontro não se esqueça de mim, por favor. –Antes dela sair ela deu beijo no rosto do primo e foi até a porta esperar a amiga.


                Kate não demorou muito, desceu logo e foi junto a Rose para mais um dia de aulas. As meninas não tiveram se quer um minuto para descansar, depois das aulas elas estavam cansadas e mortas de fome.


                -Vamos logo, vocês não tem idéia de como eu preciso de comer agora. É serio, eu vou enlouquecer. – disse Beca.


                -Você pelo menos tomou café-da-manhã eu não. – disse Kate fazendo careta.


                Elas desceram e se juntaram aos outros para o café, tudo parecia bem. Até que no meio do almoço, as portas do salão se abriram violentamente e a diretora, seguido de dois garotos Alvo e Scorpius entraram no salão. Todos ficaram mudos observando a entrar, tudo pareceu passar em câmera lenta. Ela foi a frente, os dois garotos a seguiram no mesmo silêncio e começou o discurso.


                -Primeiramente, bom dia! Sinto ter que atrapalhar o almoço de vocês, mas o que eu tenho que disser é grave e importante demais para ser adiado. O acontecimento de ontem me alertou seriamente para um fato que ocorre a anos nesse castelo e que já está passando de uma rivalidade normal e saudável para algo perigoso. Alias não está passando, passou a muitos anos.
    Vocês estão divididos em quatro maravilhosas casas comunais, Sonserina, Grifinoria, Corvinal e Lufa-Lufa. Eu acredito que cada casa possui suas habilidades e sim, são todas muito diferentes.
   Devido ao incidente de ontem, eu pensei seriamente em punir as equipes envolvidas, mas os capitães responsáveis pelos times envolvidos intercederam por vocês e me fizeram repensar a punição. Eu proponho não cancelar o jogo de sábado, mas sim organizar algo que me foi sugerido e que eu apreciei muito. Nós professores daremos a vocês um pequeno desafio, cada ano receberá um desafio que corresponda ao nível de vocês. Vocês deverão realizar o que vai ser proposto em grupos que obrigatoriamente devem conter um membro no mínimo de cada casa, fazendo com que dessa forma,todos participem juntos.O grupo que melhor realizar a tarefa,
 de forma unida e chegar ao fim dela, vencerá.
 O premio vai ser revelado quando apresentarmos as provas, devo dizer apenas que é um excelente premio. Vocês terão até amanha para montarem a sua equipe e anotá-la no pergaminho que ficará aqui no salão, a equipe que não tiver no mínimo um membro de cada casa comunal será automaticamente desclassificada. Os desafios que vocês deverão cumprir serão entregues até a sexta, durante o dia haverá aula normal, no período da tarde, vocês poderão se reunir para pensar no modo de realizar a tarefa e nesse periodo também ocorrerão as provas, por esse motivo não terá aula para ninguém.
 Devo afirmar que a participação é obrigatória, quem não participar além de perder pontos para sua casa comunal eliminará sua casa do torneio de quadribol. Tenham um bom almoço!


                Depois do surpreendente discurso da diretora todos começaram a conversar. Alguns batiam na mesa com fúria outros apenas faziam cara de desagrado, principalmente os alunos da sonserina que pareciam estar muito mais do que só chocados. A reação de todos somente piorou quando Alvo e Scorpius se dirigiram para suas respectivas mesas.


                -Você enlouqueceu? Nós juntos com a sonserina, trabalhando em equipe? Isso jamais daria certo. – disse Hugo revoltado.


                -Bom cara eu fiquei sem saída, a diretoria iria tirar permanentemente a sonserina e a grifinoria do torneio de quadribol, eu sou capitão do time, não podia permitir que todo nosso esforço e trabalho fosse jogado no lixo. Alem disso a união das casas nem é uma coisa assim tão ruim, tá a sonserina é um saco, mas pensem nisso é uma semana só e podemos tirar muitas coisas boas desse tempo junto com eles.


                -Papai ficaria orgulhoso, o filho dele dando a idéia que poderia unir as casas!Por mais que ele não goste muito da sonserina, ele sempre nos disse que a união das casas formaria uma equipe imbatível e que por mais insuportáveis que os sonserinos sejam ainda sim existe muita grandeza em vários deles. – disse Lilly sorrindo.


                -Para de defender esses caras Lilly! Até parece que você tá de caso com algum deles. – disse Hugo olhando para a prima mal-humorado.Ela apenas ignorou e olhou para o irmão, como se eles não tivessem sido interrompidos.


                -E...eu na verdade nem sugeri esse torneio.- disse ele meio envergonhado.- A idéia da união das casas foi minha, mas eu estava pensando em juntar nosso time e o deles para jogar quadribol, um jogo de trégua, mas o Scorpius achou que seria melhor um jogo tipo caça ao tesouro misturando as casas, porque assim cada casa podia usar suas habilidades. Eu acho que a diretora gostou mais do dele. Sei lá também..ela não disse nada, apenas agradeceu e disse que ela iria comunicar a todos. Não sei não, ela disse também que o jogo de sábado continua valendo e que ela vai ficar de olho, se tiver qualquer golpe sujo, ou briga ela disse que puniria as duas equipes, mesmo que só uma esteja errada. Ela não tá de brincadeira não...agora é montar a equipe e preparar para essa tarefa ai.


                -Bom...e agora vamos chamar quem? – perguntou Hugo para a Lilly.


                -Você eu não sei Huguinho, mas eu acho que já até tenho uma equipe pronta, acabando esse almoço vou atrás da galera, vai ser ultra divertido fazer essa tarefa. –disse Lilly animada, dando uma olhada vingativa na direção do primo.


                -A NÃO LILLY, você vai me excluir do seu grupo?- a garota nem olhou para ele. – Você quer guerra é? Então isso é o que você terá! –ele nem terminou de comer disse isso e saiu correndo do salão apenas parando para cutucar algumas pessoas pelo caminho, quem não conhece-se acharia que ele estava armando um exercito.


                -Bom e a nossa equipe? – perguntou Beca depois de dar um grande gole do seu suco. –Quer dizer somos nós quatro e bom...a Rose vai querer aqueles dois sonserinos lá.


                - Podemos chamar a Eli da lufa-lufa, ela é uma fofa e é muito intuitiva. –disse Kate.


                -Da corvinal a Clarisse é lógico, além de muito bonita ela é um gênio.- disse Alvo.


                -Ela não! – respondeu Kate furiosa.- O David é melhor, ele pensa rápido é muito habilidoso com coisas manuais, é inteligente, muito bom em traduzir coisas e é muito rápido também.


                -Certo! Nosso time está montado.- Rose estava animada com isso, ela poderia estar com o Scorpius sem incomodar ninguém, além disso ela não conseguia evitar sentir emoção de uma boa competição. – Mal posso esperar para esse negocio começar!


                O almoço terminou bem diferente de como começou, as casas estavam se misturando, procurando alguém que quisesse entrar no seu time, alguns já começavam a escrever o seu time pronto, outros pareciam perdidos. Mas o que era mais engraçado e ao mesmo tempo mais assustador era o visível constrangimento de grifinorios de se aproximarem dos sonserinos.


              Beca foi chamar a menina da lufa-lufa e Alvo foi chamar o cara da corvinal meio a contra gosto mais foi, antes ele do que Kate. Rose ficou quietinha lá como prometeu, mas não conseguia evitar olhar para o loiro do outro lado do salão, era como se seus olhos estivessem presos a ele e ela as vezes também notava o olhar dele fixo nela, quando ambos olhares se encontravam ele sorria e mexia no cabelo de modo envergonhado. Rose sentia seu coração doer dentro do peito, mas não era uma dor forte que incomodava, era uma dor espetacular uma dor que fazia com que ela se sentisse cada vez mais viva. Como apenas a presença de uma pessoa seria capaz de tanto? Como apenas um toque poderia curar uma dor?


         “Esse era um dia de aula como outro qualquer todos prestavam atenção na aula de feitiços, pois o fim do ano estava chegando e as provas finais também estavam proximas. Scorpius estava dando mais uma das suas demonstrações de sabedoria infinita que tanto faziam raiva na Rose. Dessa vez Rose olhava para ele, mas não com raiva ou uma pontada de inveja, dessa vez ela realmente estava olhando para ele, ela realmente estava vendo ele.


           Por varios anos ele foi um pé no saco, ele fazia de tudo para tira-la do serio,para implicar com ela, para irritar. Só que diferente do que ela sempre acreditou as coisas foram mudando. Quer dizer ele sempre a irritou, mas depois do rompimento do namoro dela, depois daquela noite ele parecia estar diferente. Mais delicado , mais sensível, mais legal. Apesar disso ele ainda era filho de Draco Malfoy, ele ainda era um sonserino, ele ainda era Scorpius Malfoy, ele ainda era a pessoa que ela mais deveria odiar e ela ainda odiava...certo?


             Antes ela responderia essa pergunta rapidamente, sem nem refletir muito a respeito. É obvio que ela odiava, mas agora essa pergunta ficava presa na garganta. A resposta ficava perdida todas as vezes que ela olhava para ele.

             Olhando para ele para seu cabelo loiro quase branco, seus olhos cinza tão misteriosos e seu corpo... “Não Rose, você não deve pensar nele dessa forma, você não deve pensar nada dele, você prometeu não se esqueça disso jamais...o pior de tudo é que o cretino é gato e odeio admitir isso, mas ele também é inteligente.”


           - Rose, você gostaria de prestigiar a turma com a seus pensamentos, conhecendo você tenho certeza que é algo muito interessante. – disse o professor fazendo ela corar furiosamente.


            -Er...desculpe, eu me distrai. Não acontecerá novamente. – ela abaixou a cabeça constrangida e isso piorou quando ela notou que ele a olhava fixamente de forma debochada. – Professor eu acho que o Malfoy tem algo muito impressionante para compartilhar com a turma.


            -Eu já compartilhei muito por hoje, mas estava curioso para saber a sua opinião sobre o assunto. – o olhar dele era de puro deboche, depois mudou um pouco teve um brilho diferente.- O que você estava pensando Rose Wesley? O que estava na sua cabeça?


             - Eu...- ela sentia uma leve dupla interpretação na fala dele e isso a fez se sentir muito envergonhada.


            Para a sua sorte a aula acabou, ela pegou todas as suas coisas e saiu o mais rápido que conseguiu da sala. Seus amigos tiveram que correr para alcançá-la, antes que eles perguntassem alguma coisa, ela fez sinal para que eles se calassem. Quando ela virou para trás,viu que ele a olhava com um olhar interrogativo, ao notar o olhar dela sorriu e mandou um beijo no ar na direção dela que corou e virou a cara irritada.


          -Ele pode até ter mudado um pouco,mas ainda é um grande cretino. – ela disse em voz baixa quase imperceptível.


          -Você disse alguma coisa Roh?


          - Não...nada não!”


         -Ei  Rose, sonha menos e anda mais.Chamamos todos falta só bem,Scorpius e seu amigo louco. Você quer ir até lá ou quer que o Alvo vá? – pergunto Beca meio que empurrando a amiga para a porta.


          -Ei, porque eu? Por que não você Beca? – ele olhou para ela como se soubesse de alguma coisa, olhar esse que deixou a garota com uma cara irritada.


           - Eu acho melhor a Rose não ir. Vamos fazer assim Beca, você vai com o Alvo pronto problema resolvido. – respondeu Kate com um sorriso vitorioso no rosto.


           - Ei, quem disse que é você que manda por aqui? – disse Beca com uma cara de criança magoada, mesmo dizendo isso ela arrastou Alvo e foram os dois.


           Rose e Kate ficaram lá apenas olhando. Rose estava admirada com o quanto o humor da amiga havia melhorado, parecia que esse novo desafio estava fazendo bem para ela. Alvo parecia um pouco triste, mas seja lá qual tivesse sido o problema, montar essa tarefa iria deixá-lo muito ocupado.
            Como sempre depois de uma recordação Rose ficava fraca e cansada, na maior parte das vezes mal tinha forças para permanecer em pé, dessa vez ela não se sentia tão fraca. Cansada talvez, com muita dor na cabeça com certeza e também com uma ligeira dorzinha do coração, uma dor que incomodava muito.


           Alvo e Beca ficaram um bom tempo conversando com Jared, o amigo do Scorpius. Eles conversavam e riam. Scorpius falava alguma coisa, mas muito raramente, na maior parte das vezes ele ficava apenas ouvindo e olhando de forma rápida e muito discreta para Rose. Ele tinha uma cara muito preocupada e muito seria. Quando Alvo e Beca iam voltar para se juntar as meninas, Scorpius colocou as mãos no ombro do Alvo fazendo-o parar, sussurrou algo no ouvido dele e lhe passou uma pequena sacola. Alvo assentiu afirmativamente com uma cara seria e voltou para se juntar as meninas.


         - Então eles disseram sim? – perguntou Rose curiosa.


         - É obvio né?!- disse Beca com um sorriso travesso. – Bom, pelo menos uma vez eu e o gigante lá concordamos em alguma coisa...Nosso time vai arrasar!


          O pequeno grupo riu e se divertiu fazendo planos, quando as meninas estavam distraídas Alvo chamou Rose em um canto mais isolado e lhe entregou a sacola.


          - Scorpius disse que você está sentindo dores e que não está contando para mim. – ele disse isso com cara de serio. –Ele vai escrever para o pai dele, contando tudo que você está sentindo, por isso ele me pediu para te passar isso, aqui dentro tem um frasco para você tomar agora e...outras coisas que ele não quis me contar. Ele apenas disse, entregue a ela, faça-a tomar tudo e peça que ela abra a sacola, lá tem coisas muito importantes e também muito uteis.


          Rose pegou a sacola, parecia bastante vazia, mas quando colocou as mãos lá dentro viu que tinham varias coisas, com muito cuidado ela pegou o frasco que ela tanto conhecia e bebeu o vidro todo, ele fez o cansaço diminuir, mas as dores essas não passavam assim tão facilmente. Ela colocou novamente a mão lá dentro e de lá saiu um pequeno pergaminho, aparentemente vazio, ela passou a mão por dentro da sacola e achou uma pequena pena. Quando ela pensava sobre afinal por que ele tinha dado isso a ele e o que deveria escrever no papel uma letra bastante conhecida foi surgindo e cobrindo o papel.


            Rose, olá! Fiquei com medo que você não pega-se o pergaminho primeiro. Desculpe, devo ter te assustado, eu queria poder falar com você sem restrição, sem medo, mas ainda não dá. Então achei que o pergaminho seria uma boa forma de comunicação. Eu te explico como funciona, escreva no papel e o que você escreveu aparecerá para mim na mesma hora. Tem um detalhe, se outra pessoa pegar no pergaminho ele vai se desintegrar nas mãos dela e reaparecerá intacto nas suas mãos, eu tenho um e o Jay tem outro os três são idênticos. (S)


          Rose olhou para aquele pedaço de papel, pegou a pena e com um pouco de receio começou a escrever, conforme ela ia escrevendo ela pode notar que as coisas que ele tinha escrito iam sumindo aos poucos, como se estivessem entrando no papel.


            Meu Merlin, isso é tão...legal! (R)


            Gostou? Bom agora vamos ao que eu realmente queria falar com você. Me conta em detalhes por favor o que você está sentindo...e ah acho que ficar em pé assim deve estar sendo meio desconfortável, se você quiser falta um tempinho antes da próxima aula começar, vá para os jardins ou para a biblioteca, ou sei lá.(S)


            Certo...(R)


          Rose pegou seu pergaminho e sua sacola, deu uma desculpa qualquer e foi até os jardins, descansar perto do lago. Alvo, Beca e Kate a seguiram, mas acharam que seria melhor manter uma certa distancia. Ela queria um momento sozinha, então eles não iriam atrapalhar, apenas ficariam ali só por segurança.


         O céu estava maravilhosamente azul, cheio de nuvens brancas como a neve. O ar estava maravilhoso, ela se sentia verdadeiramente no paraíso, ela ficou assim só sentindo o aroma, só sentindo a paz. Pegou calmamente o papel e a pena novamente.


           Meu Deus! Como isso aqui é ...bom! (R)


           Imaginei que você se sentiria melhor assim... Sabe ver você assim me lembra...(S)


           Lembra o que? (R)


           Nada não. Vamos as suas dores por favor. (S)


           Bom, em resumo de tudo, cansaço, fraqueza, tontura, dor de cabeça muito forte, muito forte mesmo e recentemente eu tenho sentido...a não deve ter nada a ver, mas sei lá...meu erh... coração tem doido um pouco. (R)


            No coração como assim? (S)


            Não sei como explicar dói quando eu...isso é meio constrangedor...doi quando eu te vejo ou quando eu me lembro de algumas coisas. A dor não é forte...é suportável.(R)


          Durante algum tempo não veio resposta no papel, Rose pensou que talvez ele não estivesse mais lendo. Ou talvez ele tenha lido, mas o que ela disse de alguma forma foi algo ruim. Seus olhos percorreram o jardim, a procura dele, em algum lugar do jardim ele deveria estar. Então ela o viu, não muito distante dela, o pergaminho estava no seu colo e ele estava sorrindo como se estivesse ganhado um presente, de repente seu sorriso virou tristeza. Mesmo estando distante, Rose conseguia perceber a dor dele, ela percebia que aquele sentimento o estava destruindo.E ela começou a sentir aquela dor como se fosse dela.


            Scorpius, o que foi?Por que está tristeza toda? Eu fiz alguma coisa? Disse algo errado? Se foi isso por favor me perdoe.Só...sorria. (R)


            Não foi nada...não se preocupe, eu só me lembrei de algo, tive um pouco de esperança, mas me lembrei que isso é impossível. Esquece...eu ficarei bem. Agora o assunto não sou eu...é você. Quais desses sintomas passam com a poção? (S)


           Eu ouvi quando eu estava no hospital uma frase que ficou bem gravada na minha mente, “O impossível é só questão de opinião”, eu acho que nada é impossível. E se eu puder ajudar a realizar isso que você quer tanto, mas acredita ser impossível, então não tenha duvidas que eu farei. Quanto a poção ela não altera muito nenhuma das dores, só diminuí a fraqueza e o cansaço. (R)


            Você não sabe o quanto você pode ajudar e ao mesmo tempo o quanto você não deveria. Bom...ai por Merlin isso é constrangedor. Quando eu te...er...toco tem o mesmo efeito da poção?(S)


            NÃO, é muito diferente. Quando você me...toca, eu sinto...como uma descarga elétrica percorrendo desde o lugar do toque até o lugar que dói. O cansaço, a tontura e a fraqueza se curam praticamente na hora, as dores são amenizadas, principalmente a da cabeça...a do coração bem essa eu já falei...(R)


          Rose se sentiu corar completamente, parece mais fácil falar no papel, mas na verdade não é. A cabeça dela estava tão cheia de coisas que ela não conseguia entender, mas queria falar. Ela olhou para ele e viu que ele estava concentrado naquele papel, ele realmente estava tentando ajudá-la e ela sentia-se muito agradecida por causa disso. A única coisa que ela podia fazer para retribuir isso era se lembrar, algo que parecia tão fácil, mas na realidade era muito difícil. Mesmo estando concentrado, serio, ele parecia feliz. Uma alegria diferente do que ela estava acostumada a ver.


            Vou escrever para o meu pai relatando isso que você me contou.(S)


            Você e seu pai estão bem? Já estão se falando de novo? (R)


            Você percebeu né?! Bom...não continuamos na mesma, a coisa é um pouco complicada, nossas famílias são um pouco...rivais e bem... eu aceitei cuidar de você, isso meio que ultrapassa o aceitável para o meu pai . Isso deve ir melhorando com o tempo...pelo menos eu espero. Eu vou escrever para ele, mas eu não espero que ele me mande uma resposta. Ainda mais agora, depois que eu participei do projeto de interação entre as casas comunais. (S)


            Isso foi ótimo. Se isso der certo, uma grande barreira entre as casas vai ser rompida! (R)


            Eu acho que não chegará a tanto, na realidade eu acho que nada vai mudar muito. Se ninguém sair morto nem muito ferido acho que o objetivo vai ser alcançado (S)


             Então você acha que sonserinos e grifinorios nunca se darão bem? =( (R)


             Eu acho que sonserinos e grifinorios nunca admitiriam que pudessem se dar bem, viver em paz. Eles são muito orgulhosos para isso. Agora que nossas casas podem se dar bem, bom...basta olhar para esse papel, basta olhar para nós. Ninguém seria capaz de imaginar paz entre nós dois, mas aqui estamos. Alias tem muitas coisas que as pessoas não seriam sequer capaz de imaginar... (S)


           Rose estava tão distraída conversando com Scorpius que nem ouviu seus amigos chamando. Alvo depois de muito chamar e não obter resposta resolveu buscar a prima.


           -Rose, vamos a aula de agora já vai começar, isso se já não começou. Estamos atrasados pra burro!


           Ela olhou para o papel, olhou para o Scorpius que sorria como se entendesse, pegou a pena e antes de se levantar e seguir os seus amigos para o interior do castelo escreveu:


              Por favor, não desapareça!(R)


              Eu não irei, eu te prometo. E sempre que precisar de mim, a qualquer hora do dia ou da noite, pode me escrever e eu responderei na mesma hora. Tenha uma boa aula! (S)


              Você também. Até logo! (R)


            Rose foi correndo para sua aula de runas antigas. Alvo a levou até a porta e foi para sua outra aula. Ela ficou durante algum tempo olhando para a porta aberta, a sala era uma sala normal e no quadro tinham diversas imagens estranhas. Nessa aula Rose estaria sozinha, nenhum de seus amigos estava lá, dessa vez era só ela. Então o medo começou a tomar conta dela, ela começou a sentir a urgência de se lembrar. Ela entrou na sala e se sentou em uma das cadeiras da frente, ela fazia força para tentar se recordar dessa aula, dessa matéria, ela precisava de alguma coisa podia ser qualquer coisa. A professora entrou e começou a dar a aula, Rose se esforçava para entender, ela anotava tudo, cada fala, cada linha. Aos poucos bem lentamente ela ia se lembrando, daquilo que um dia ela já soube a respeito da matéria.


             O medo foi embora e depois de pouco tempo a aula também. Ela sentia vontade de contar a alguém, ela tinha conseguido enfrentar uma aula sozinha. Mas depois ela pensou que todos a achariam idiota, por se vangloriar de assistir uma aula. Ela pegou a sacola que o Scorpius tinha lhe dado e chegou o pergaminho, só por curiosidade e lá estava algo que a surpreendeu.


              Ei Rose, não me esqueci que agora a sua aula é de runas antigas, você deve estar com medo, afinal é a primeira vez depois do incidente que você vai a uma aula sozinha. Você pode se sentir sozinha, mas não está. Você pode se sentir com medo, mas acredite em você, você é inteligente e sabe mais do que pode ser capaz de imaginar. E se mesmo assim você achar que é muito pra você, eu posso pedir permissão para a diretora para entrar nessa matéria, é só você pedir.Boa sorte! ;D (S)


            Ela se sentiu renovada e alegre, seu coração batia rápido, por um segundo ela desejou ter lido esse pergaminho antes. A professora tinha liberado os alunos um pouco antes, então nem sinal de seus amigos. Ela colou a mão de novo na sacola só por curiosidade e tirou de lá uma coisa pequena era um prendedor de cabelo em formato de uma estrela, na mesma hora que ela viu sua mente se tornou clara.


          “ Parte do castelo estava em festa, pois esse era o dia que todos os casais esperavam e que todos os solteiros odiavam. Esse era o dia de São Valentin, normalmente os casais iam a Hogsmeade e aproveitavam o dia para declararem o seu amor, mas nesse dia o céu estava tão escuro e chovia tanto que a diretora tinha decretado que ninguém podia sair do castelo,por causa disso alguns alunos resolveram fazer um baile as escondidas, todas as casas estavam convidadas.


            Seria algo bem simples e que tinha trago um pouco de esperança aos solteiros e um pouco de alegria aos namorados. Somente Rose sentia que esse dia dos namorados, era um grande desastre. Esse era o primeiro dia dos namorados que ela passava depois que ela e o Steve tinham terminado.


             Ela sabia que ele já estava com outra, alias outras, pois cada mês ele aparecia com uma diferente. Todos que ela conheciam tinham alguém com ir nesse maldito baile, até o irmão dela já tinha par, o que não era muito uma novidade já que o Hugo sempre aproveitou as glorias de ter pais famosos, mas nem por isso era menos triste.


          - Rose, ei amiga se anime. Olha se você quiser eu posso pedir ao Bob que arranje alguém para ir ao baile com você. Eu tenho certeza que ele não se incomodaria. – disse Beca tentando animar a amiga.


           -Não muito obrigada, eu não quero ir nesse maldito baile com um par arranjado isso seria ridículo. Eu prefiro ficar aqui nesse maldito dormitório, nessa maldita cama por mais um dia.


           - A noite é uma criança Roh, alguém pode te convidar até o final da noite. Não desista de ir, por que eu vou precisar de você lá. Esse baile vai ser um perfeito desastre pra mim ele não vai deixar que ninguém se aproxime de mim.


         - Kate, por que você ainda deixa que esse demônio te domine dessa forma? Ele fez essas coisas horríveis com você no primeiro ano e até hoje você deixa ele fazer. – questionou Rose.


         -Eu não tenho outra escolha. Ele é capaz de machucar muito qualquer que me tocar,até mesmo vocês. Isso eu jamais irei permitir. Vamos esquecer ele ok?! Essa noite, mesmo que você não for você tem que dar uma forcinha pra nós duas.


          - Vamos ir fabulosas nesse baile! – disse Beca contagiando um pouco as outras duas.


          Rose ajudou suas amigas a se arrumarem e em pouco tempo elas estavam prontas, na brincadeira Rose acabou que se arrumou também, mas ela não iria sair, não sem um par. As duas estavam magníficas, Beca estava com um vestido rosa claro longo e um pouco rodado, no cabelo Rose fez um trabalho incrível ela deixou o cabelo levemente ondulado, ela prendeu um pedaço com a presilha em forma de batedor que ela tinha ganhado do seu par e nesse pedaço o cabelo estava mais cacheado. Já a Kate estava com uma trança curta cheia de pequenos brilhos e com a presilha em forma de serpente que ela ganhou Rose prendeu a franja, o vestido era vermelho meio curto com um decote em v e cheio de pontas.


            Quando as meninas desceram a escada e Alvo,mais alguns grifinorios as viram e ficaram de queixo caído. Rose abriu um pequeno sorriso de orgulho, ela tinha feito um perfeito trabalho, suas amigas estavam lindas.Rose também não estava muito ruim, apesar não estar vestida para sair e estar sem nenhuma maquiagem,tinha preso seus cabelos em uma trança longa e usava um vestido azul longo que tem um tecido tão confortavel que ela usava varias vezes como camisola. Lá de baixo das escadas Alvo olhou para ela com uma cara de preocupado.


           -Rose, se você quiser eu cancelo com o meu encontro e te levo no baile ou melhor ainda, levo você e ela. Tenho certeza que ela não se importaria.


           -Não precisa, vá e se divirta. Você merece, alias todos vocês merecem!


           - Então vamos, porque o meu par não espera! – disse Lilly surgindo atrás da Rose.


            Ela estava esplendida, Hugo parou até esqueceu do que estava fazendo e olhou para ela. Seu vestido era longo tinha também um decote em v e tinha um corte que deixava uma perna inteira quase completamente a mostra. Seu cabelo liso estava solto e meio bagunçado, uma parte dele estava presa com uma presilha em forma de anjo. Ela estava adorando a atenção, então desceu, piscou para o primo e foi embora sem dizer nada com ninguém.


            - Vamos Alvo temos que ficar de olho na sua irmã! – disse Hugo empurrando o primo porta a fora e quase se esquecendo do seu próprio par.


           - Ei, calma ai! Minha irmã já é grandinha Hugo, você é mais ciumento que o James credo! – disse Alvo, parando um pouco o primo e sumindo porta a fora.


           Todos foram para o baile,aquele salão comunal estava super vazio. Tão vazio que Rose olhou para o lado e se sentiu sozinha. O tempo foi passando, ela tão tinha nada pra fazer, estavam todos lá fora se divertindo e ela presa nesse maldito lugar, então ela decidiu que ficar ali trancada não era uma boa solução, ela pegou um casaco e foi para o lugar do castelo onde ela se sentia mais segura. Na verdade o segundo lugar, porque se ela fosse para o primeiro com certeza levaria uma detenção daquelas.


           Ela caminhou a passos silenciosos até o jardim, a chuva tinha parado, a grama estava muito molhada, o céu estava completamente nublado e estava fazendo muito frio. Durante alguns minutos ela caminhou olhando sempre ao redor com medo de ser pega, então ela se sentiu relaxar. Ninguém a estava seguindo, ela estava sozinha...sozinha, então novamente esse fato voltou a incomodá-la. Todos se divertiam na festa menos ela, até o Malfoy e seu amigo tinham pares.


          Ela ficou parada olhando para a floresta proibida durante um tempo, ela nem notou quando alguém surgiu atrás dela.


          - O que você faz sozinha no meio do jardim Wesley? – ela estava tão concentrada que quase caiu para trás quando ouviu ele.


          - Nossa Malfoy, que susto! – ela se virou para ele com o coração na mão. –Eu é que te pergunto, o que você faz aqui e não na festa com o seu par?


          - Eu perguntei primeiro.


          -Eu...ninguém me chamou para essa porcaria desse baile, então eu resolvi também que não tava afim de ir. – ela disse com uma cara irritada e com um olhar um pouco magoado. – Bom...eu respondi a sua, agora é a sua vez, o que você faz aqui?


          - O baile estava muito chato, não tinha nada que me agradasse. Então eu resolvi sair e tomar um ar. Sabe...isso de ninguém ter te convidado não pode ser verdade.


          - Não pode, mas é. E o seu par? Você largou a menina sozinha?


          -Eu nunca quis ir com ela mesmo. Ela nem se importou muito quando eu disse que sentia muito, mas não queria continuar lá.


          - Isso é maldade Malfoy! – o tom dela não era de repreensão, era mais de diversão.


          A noite parecia silenciosa, estava tudo calmo, os dois ficaram durante um tempo rindo e conversando sobre as coisas que estavam acontecendo no baile.


          - Ei, você deve estar faminta. Eu tenho, alguns bolinhos do amor aqui comigo e eu posso conjurar duas garrafas de cerveja amanteigada, ou será que você prefere o uísque de fogo?


          Ela realmente estava faminta, por causa do baile suas amigas não tinham ido jantar e acabou que nem ela foi, para ajudar as amigas. Então ela não comia nada desde a hora do almoço. Antes que ela respondesse sua barriga deu um ronco baixo, mas que ele ouviu. Ele riu um pouco e ela ficou toda constrangida, mas logo ele se recompôs, conjurou cadeiras, uma mesa e um par de velas para iluminar o ambiente, colocou os bolinhos sobre a mesa e a cerveja.


          - Nossa, se você fez isso tudo de improviso, eu só imagino o que você faria se estivesse planejado. – ele deu um sorriso sem graça.


          -Não é nada de mais.- dessa vez foi a vez dela sorrir.


          Eles se sentaram e comeram durante algum tempo em silencio. Rose olhava para ele, como se buscasse respostas e ele olhava para ela com um olhar que só poderia ser descrito como iluminado. Ele estava realmente bonito, seus cabelos loiros pareciam mais iluminados e macios, ele usava uma blusa social branca com um pequeno botão de rosa vermelha no bolso e uma calça jeans escura.


          - Sabe, é difícil de imaginar, mas eu não te odeio mais. –ela disse como se estivesse diante de uma descoberta interessante, ao ouvir isso ele sorriu.


          - Eu não acho tão difícil de imaginar assim. Quer dizer... tá, ninguém imaginaria essa cena que está acontecendo agora por exemplo.


         - É verdade,quem diria que nós dois estamos passando o dia dos namorados juntos. Isso sim, é algo que causaria espanto. Imagina a cara das pessoas.


         Eles riram muito imaginando como seria a reação das pessoas se os vissem ali. Rose riu loucamente, até que ela foi se acalmando, sua cara risonha ficou seria. Seu olhar se encontrou com o dele. Durante um longo tempo eles ficaram se olhando.


         - Aceita dançar comigo? – ele perguntou com um sorriso brincalhão, se levantando, se ajoelhando e pegando as mãos dela.


          -Não tem musica idiota. – ela olhou para ele rindo.


          - Não tem, ou você não está se permitindo ouvir? – com esse argumento ela se deixou levar.


          Eles começaram em um ritmo animado,riam e se divertiam de sua propria loucura, o ritmo dos passos foi mudando, eles se aproximaram mais, seguiram um ritmo lento.Foi como se os dois estivessem escutando a mesma musica, no mesmo ritmo, uma musica que ninguem mais conseguia ouvir, um ritmo que ninguem mais seria capaz de sentir. Eles se olharam e sentiram algo. Estavam tão proximo, lentamente Scorpius colocou a sua mão na cintura dela, o olhar dele estava diferente, ele ia tocar o rosto dela. Estava tudo perfeito até que Rose ouviu alguém chamá-la.


         Ela e Alvo tinham um pequeno broche comunicador,que eles usavam quando um precisava do outro. Quando algum deles precisava acionava o broche, então o outro saberia que tinha que correr. Foi mais ou menos isso que aconteceu. Rose olhou para o broche e por um momento sentiu um pouco de raiva, tristeza.


         -Desculpe, Scorpius tenho que ir. – ela com um aceno da varinha ajudou ele a se livrar das mesas e cadeiras. –A noite foi ótima, você realmente me animou.


          -Espere er... Toma. - ele olhou para o céu, ergueu as mão e deu a ela uma pequena presilha em forma de estrela, essa presilha tinha um brilho que superava o de todas as estrelas de verdade. – Todos os meninos deveriam dar um presente aos seus pares, bom essa noite você foi o meu par. Feliz dia dos namorados!


          Ela pegou o presilha em suas mãos,era realmente linda, colocou no cabelo de forma bem delicada, sorriu para ele. Ela estava muito envergonhada, não tinha tempo de ficar e agradecer melhor,só sorriu e se foi.”


            Rose sentiu seu coração doer muito, sua mente lutava para buscar maiores respostas e isso fazia com que sua cabeça doesse de uma forma louca. Ela sentia que estava chegando muito perto de descobrir alguma coisa, mas sua própria mente a impedia de ir mais longe. Ela própria estava se bloqueando. Ela não se sentia tão fraca, mas estava muito tonta. Ela via tudo rodando, ela tentava manter o equilíbrio, ela deu um passo e então por muito pouco não foi ao chão.


                Dessa vez seu salvador não tinha olhos cinzas, nem cabelos loiros. Seu cabelo era castanho, seus olhos eram verdes e ele tinham um sorriso divertido no rosto.


                - Rose você tá legal? Eu sei que eu não sou loiro, nem todo geniozinho, mas eu também posso ser herói de vez em quando. – ele piscou para ela, nos seus olhos tinha muito mais preocupação do que diversão.


                Como ela não deu nenhuma resposta, apenas colocou as duas mãos na cabeça como se dessa forma pudesse parar a dor e repousou a cabeça sobre o peito dele. Ele respirou fundo e a abraçou.


         -Calma Rosinha! Vai tudo ficar bem, ainda bem que o Scorp me deu esse frasco da sua poção, ele disse “Jay, fique com isso, nunca se sabe, talvez quando ela precise eu não esteja por perto”.- ele tentou fazer uma imitação do Scorpius, que provavelmente se Rose não tivesse lutando contra a dor teria rido.- Eu vou avisar ao Scorpius que você precisa dele!


         Ele pegou o frasquinho, ainda abraçando a garota, virou a poção toda na boca dela bem devagar para ela não engasgar. Depois de ver que ela se contorcia um pouco menos de dor, pegou algo como um pergaminho velho e escreveu nele e depois ficou olhando como se espera-se alguma coisa.


          - Ele está em uma sala no segundo andar. Você tem forças para andar? – ela tentou responder, mas a dor era tão forte que nem em pé ela conseguia se manter por muito tempo.Ele tomou o silencio dela como um não, então ele de forma bem delicada a pegou no colo e sorriu para ela de forma reconfortante. – Vamos até o dr. Scorpius! Escuta o que o Jay diz, você vai ficar ótima, tenta relaxar nesses braços fortes que deus me deu.


            Ele caminhou em passos rápidos, sempre olhando para a garota nos seus braços, ela estava tão frágil que nem parecia a mulher forte que sabia de tudo e brigava por tudo. Tão pouco tempo se passou, um dia ela sorria e brigava, no outro ela estava sobre uma cama de hospital e ninguém sabia se um dia chegaria a acordar. Faz pouco tempo que ele realmente a conheceu e enfim entendeu porque o seu melhor amigo se preocupava tanto. O mínimo que ele podia fazer pelo seu amigo e até mesmo por essa nova e frágil amiga era garantir que nada acontecesse a ela, enquanto ele estava por perto.


         Em pouco tempo ele chegou em uma sala completamente isolada,ela parecia vazia, mas alguém estava no canto escuro da sala. E se uma palavra pudesse descrever o garoto naquele canto seria pavor. Seus olhos cinza estavam cheio de medo, ele se aproximou do amigo que colocou a garota sentada sobre a mesa, ela ainda estava com as mãos sobre a cabeça. Calmamente ele tirou as mãos dela, colocando as dele no lugar. Demorou um longo tempo para que ela tivesse se acalmado completamente e pudesse enfim dizer alguma coisa.


         -S-scorpius?


         -Sou eu Rose, você está melhor agora, não se preocupe eu estou aqui.


         - Cara, eu realmente fiquei preocupado com você garotinha. – disse Jared com um pouquinho de alivio na voz.


         -Você se sente melhor agora?


         - Sim, eu estou. Obrigada, Jay, de coração e...obrigada Scorpius!


         - Você acha que dá para andar?


         A garota parecia tão ter escutado a pergunta, ela estava distraída e pensativa. Coisas vinham a memória dela, peças começavam a se encaixar, duvidas começavam a surgir.


         -Scorpius...eu preciso saber, nós...er... fomos namorados?


          O garoto ficou paralisado pela súbita pergunta.Depois de recuperado, ele suspirou e disse:


          -Não! Nós nunca namoramos.


           Ela olhou para ele, se eles não namoravam então por que nas ultimas lembranças que ela teve parecia haver uma coisa entre eles? O que tinha entre eles afinal? Tinham mais coisas que pareciam não fazer nenhum sentido para ela.


           - E-eu tive uma lembrança depois que toquei nessa presilha.- Mesmo depois da recordação e de tudo mais, a presilha ainda estava segura nas mãos dela, ele olhou para aquele pequeno objeto e ficou alguns segundos admirando como se estivesse também vivendo aquela recordação. –Nessa lembrança, você deu ela para mim. Então por que ela estava na sacola que você me deu agora? Por que ela não estava comigo,nas minhas coisas como deveria ser?


           - Você me deu ela de volta. Pediu que ficasse comigo...olha, é complicado, você não tem todas as memórias ainda, então jamais conseguirá entender. Foi um grande erro eu ter te dado essa sacola, eu achei que ...alias eu achei errado. Me devolva, assim vamos evitar que coisas como a que aconteceram hoje aconteçam novamente.


           Ele ergueu as mãos esperando que ela lhe entrega-se a sacola, mas ela não parecia que daria nada a ele. Ela estava seria e parecia muito zangada com o que ele tinha acabado de dizer.


           -Eu não vou te devolver nada. Você ME deu, se dentro dessa sacola tem coisas que podem me trazer recordações, então eu vou ficar com ela. Tem muita coisa que eu preciso entender Scorpius, muitas coisas, eu esperava que você me desse respostas que fizessem algum sentindo, que me ajuda-se a ligar as peças do quebra cabeça. MAS VOCÊ NÃO ME DÁ NADA! Eu sinto que você é a pessoa que mais sabe sobre mim. Tem coisas sobre mim que por um motivo que eu não faço idéia qual é eu escondi de todo mundo, mas eu sei que você sabe. Se você não quer me ajudar, tudo bem. Eu descubro sozinha.


            Ela estava verdadeiramente furiosa, tanto que chegou até mesmo a lembrar a Rose de antes. Sem que os dois notassem Jared começou a rir no seu canto, mas os dois nem notaram de tão concentrado que eles estavam.


            - Ei, ei...calma! Não é como se eu não quisesse te contar. É tudo que eu mais quero, mas eu acho que eu não devo, você deve descobrir sozinha, ou melhor as vezes eu acho que você nem deveria saber. Isso só complicaria a sua vida!


             - A vida é minha certo? Sou eu que deveria decidir se eu quero que ela se complique.


             - Você diz isso agora Rose.


             - Me responde só uma coisa, no passado, antes do incidente eu aceitei as complicações da minha vida? Eu estava pronta para correr os riscos? Eu estava enfrentando essas dificuldades eu estava fugindo delas como uma covarde?


             -Você...- um brilho de lembrança passou pelos olhos dele, ele mexeu no cabelo constrangido e abaixou a cabeça se dando por vencido. – Você estava aceitando as complicações e estava quase pronta para enfrentar...a dificuldade.


              Ela sorriu vitoriosa e ele suspirou se dando por vencido. Ela ia disser alguma coisa, mas ele a interrompeu.


               - A sacola fica com você! Vamos deixar você ir descobrindo aos poucos, eu responderei as perguntas que você tiver, mas eu não vou te contar as coisas que eu sei sobre você, nem sobre a sua vida, eu quero que você veja a sua própria vida pelos seus próprios olhos. Essa é a minha condição, para deixar isso com você.


              - Estamos combinados então! – ela sorriu animada.


              - Essas lembranças devem te fazer gastar muita energia. Por isso seja muito cautelosa! Quando eu tiver respostas do meu pai sobre o que fazer eu te avisarei. Agora vá, você tem aula e já está atrasada.


               - Princesa Rosinha, eu Jay o cara mais sexy, gostoso, gentil, talentoso e cavalheiro dessa escola me ponho a sua disposição para ser o seu cavaleiro e protetor. – ele sorriu divertido, se curvando como se estivesse diante de uma princesa.


               - Jared! – Scorpius lançou a ele um olhar severo que fez com que ele mudasse a expresão para uma cara de criança-que-acaba-de-ouvir- sermão-da-mãe.


               - Ei, não me olha com essa cara não. Eu vou ajudar também, quando precisar e o Scorpius não estiver por perto, pode ter certeza que eu vou estar. Vamos princesa eu te levo para sua próxima aula é perto da minha mesmo.


                Ele foi empurrando ela lentamente em direção a porta. Ela já estava bem melhor e andava também com mais segurança. Antes deles saírem porta a fora, Jared virou na direção do amigo e fez um sinal de ok, com as mãos.


               - Se acontecer alguma coisa...!


               -Eu te aviso na hora! Não esquenta brother, eu sou meio louco, mas sou cuidadoso.


               - Obrigada... – Scorpius falava baixo, quase um sussurro, mas Jared conseguia ouvir. – Por ter cuidado dela!


              Jared apenas piscou para o amigo e se foi.


             Rose assistiu ao resto das aulas do dia, sentiu apenas um pouco de fraqueza, mas tomou um gole da poção e logo estava como nova. Se lembrava de coisas pequenas como algumas aulas, essas lembranças pequenas e insignificantes foram ajudando ela a entender melhor a matéria toda. Ela sentia essa enorme vontade de aprender e não pararia até conseguir.


              - Ei Roh, como está? –perguntou Alvo vindo ao encontro da amiga para leva-la ao salão.


              - Bem melhor agora, nossa hoje me aconteceram tantas coisa! Eu estou me sentindo estranhamente bem.


              - Ótimo, vamos. Agora a sonserina vai usar a quadra, daqui a pouco é o nosso treino , então eu ainda tenho um tempinho, alias se você quiser assistir pode vim. Agora me conta o que aconteceu?


             Alvo tinha no olhar um brilho de curiosidade, ela riu e ele a puxou até os jardins em um canto bem isolado, onde ninguém costumava ir, pois achava muito sombrio. Nesse lugar tinham diversos galhos pontiagudos espalhados pelo chão, no meio tinham duas arvores, seus troncos eram meio curvados, apesar de aparentar ser feio e macabro esse era o lugar preferido de Rose e Alvo. Sempre que um tinha um grande problema eles iam para lá. No tronco de uma das arvores tinha gravado o desenho de uma fênix  e na outra uma águia.


             Alvo se sentou na arvore da fênix, Rose demorou um pouco para ter coragem de se sentar também. Ela encarava aquele lugar, sentia que o reconhecia, mas memória nenhuma veio. Depois de admirar um pouco, ela se sentou meio retulante na arvore da águia, ela era estranhamente confortável como se fosse feita especialmente para ela. Alvo olhava para a prima esperando, então Rose respirou fundo e contou tudo, ou melhor quase tudo a conversa que ela teve com Scorpius, ela achou melhor não contar ainda. Alvo ouviu tudo atentamente, esboçando mínimas reações. Depois que ela terminou a narrativa, ele olhou bem fundo para ela.


             - Eu não se me sinto ofendido por você nunca ter me contado sobre esse episodio do dia dos namorados ou se fico preocupado.- ele suspirou fundo e bagunçou o cabelo, isso era um sinal claro de que ele estava confuso. –Eu queria poder te ajudar, mas parece que você me escondeu mais coisas do que eu esperava. Quer dizer você estava namorando o Scorpius e não contou pra mim, seu primo e melhor amigo.


             - Não, parece que nós nunca namoramos, pelo menos foi o que o Scorpius disse quando eu perguntei e ele não estava mentindo, eu sei que é estranho, mas eu sei que ele estava falando a verdade.


             - Se vocês não estavam namorando, então você claramente deve ter se...Ai meu Merlin! – agora ele bagunçava os cabelos sem parar. – ROSE o que você sente pelo Scorpius, por favor, não minta pra mim.


            - Eu não sei, eu não consigo explicar. É diferente do que eu sinto por você, eu me sinto bem perto dele, meu coração bate forte,minhas dores diminuem,eu sinto que tudo vai ficar bem, que eu estou segura, eu me sinto muito alegre e ...completa. É muito estranho não é?


            -Rose, isso não é estranho,é normal. – ele olhou para a prima e bagunçou os cabelos pensativo.-Cara, você não tem idéia da encrenca que isso vai dar! Vamos viva um dia de cada vez e quando a bomba explodir, não esquenta apesar de não concordar nem um pouco, achar que isso é uma loucura e pensar seriamente em te sacudir, você sabe...eu vou estar lá com você e te ajudo a apagar o fogo, pois acredite em mim, você vai precisar.


             Depois desse momento de tensão, Alvo contou algumas coisas que aconteceram na aula e ele e Rose riram para valer.


            -Acho que devo escrever para a mamãe, contando como andam as coisa,mas tenho medo de dizer alguma coisa que possa preocupá-la e preocupar o papai. Será que você me ajuda?


            - É lógico né?! Alias se eu não ajudar é capaz de você escrever algumas coisa que fariam tio Rony enfartar na mesma hora.


             Juntos eles escreveram a carta, nela não tinha informações demais nem de menos. Rose contou de suas dores, mas escreveu também de como era bom rever amigos, aprender coisas novas, passar um tempo com seus primos e de como o castelo era encantador. Falou apenas brevemente sobre o Scorpius, apenas disse que ele estava sendo gentil ajudando ela e a medicando sempre que ela precisava, Alvo achou que encher a carta com coisas sobre o Scorpius não seria boa idéia. Depois que terminaram sorriram satisfeitos.


            - Vamos, eu te levo ao curujal para você despachar essa carta e depois vou ao meu treino. – ele se levantou e foi andando, mas percebeu que Rose não estava indo com ele. – O que foi?


            - Nós contamos tudo um para o outro certo? – ele fez que sim com a cabeça. – Acho então que eu deveria saber o que se passa com você e com a Kate.- ele abaixou a cabeça, deixando seus olhos completamente tampados.- Se não estiver pronto para falar tudo bem, mas eu acho que essa dor é pesada demais para você carregar sozinho. E queria dizer novamente o que eu disse mais cedo, quando quiser falar estou aqui pra escutar.


               Ele não respondeu nada, apenas colocou a cabeça no ombro dela e chorou. Ela acariciou os cabelos dele e deixou que ele ficasse ali, até se sentir vontade. Quando enfim ele ergueu o rosto, com os olhos ainda meio inchados de tanto chorar, olhou bem para a prima e deu um abraço forte, quase sufocante. Ela retribuiu com a mesma intensidade e com o mesmo carinho.


             -Eu amo muito você Roh! Obrigada!


             - Também amo você Alvo!


             Ele deu um sorriso fraco, que ela retribuiu com um sorriso enorme. Sem dizer mais nada eles foram até o curujal, onde ela pôde despachar a sua carta. Depois que Alvo colocou a carta na coruja, Rose ficou vendo a pequena ave branca do primo, voar até sumir no horizonte. Rose imaginou se algum dia seria capaz de voar, esse pensamento fez o estomago dela embrulhar e um pequeno pânico crescer dentro dela. “Certamente, nunca voaria!”


            Alvo deixou Rose a caminho da biblioteca e foi correndo para o treino, ele dizia para ela todo o tempo. “Quando você é capitão, tem que ser sempre o primeiro a chegar e o ultimo a sair.” Ele levava o quadribol muito a serio,  Scorpius, Jared, Hugo, Beca e até mesmo a Lilly também tinham uma pequena obsessão com esse esporte.


            - Ei pequena rosa, o capitão mandou te levar para a sua aula. – Jared surgiu atrás dela, assim quase do nada e lhe ofereceu o braço.


            Rose tinha acabado de se despedir de Alvo e estava indo para a biblioteca estudar. Quando foi surpreendida. Alias Jay a estava surpreendendo muito esses dias.


            - Certo, será que eu posso saber onde é? –ela aceitou o braço dele e sorriu.


             - Isso é segredo!- disse ele piscando um olho para ela. – Vem comigo!


              Ele andou com ela um bocado, Rose desconfiou que ele estava brincando com ela, pois varias vezes teve a sensação que eles tinham acabado de passar delo mesmo lugar. De repente ele parou em frente a uma porta, como todas as outras portas por onde eles tinham visto no caminho, essa não tinha nem mesmo uma lasquinha que a diferenciava das outras, ele sorriu triunfante. Parou respirou bem fundo e então abriu.


             - Seja bem vinda a nossa Sala Precisa by J e S!




N.A/ Olá esse mês a coisa foi super hiper tensa, eu fui pra Santa Catarina e antes disso passei por uma serie de dias negros, por isso eu não conclui a fic mais cedo como eu prometi. Decidi então não prometer prazos, só garantir que a fic vai sair.
 A todos que leem minha fic, um muito obrigada, não desistam de ler, por favor.
 Ah esse cap. foi um presente a todos que queriam um pouco mais de romance.
 Bjuss Adoro vocês!!!!

paty_chantilly: Ei esse povo é um bando de gente chata e cheia de preconceito,mas Rose e Scorpius dão seu jeitinho.
Ele é fofo mesmo, ele faz tanta coisa linda por ela, é um verdadeiro anjo e é gato ehehehheheh
aiaiai...
 Essas fics que você indicou eu amei, eu já tinha lido antes. Alias Meu querido escorpião foi a minha primeira e a minha paixão até hoje. Vou proucurar as autoras que você indicou, algumas eu ainda não tinha lido, fic delas.
 Que nada...você nem fala tanto assim!
Obrigada pelo carinho com a fic ^^
Espero que goste desse cap.
 bjusss
=*


Hilary Juno Lestrange: O Scorpius é um fofo,eu sou suspeita pra falar, porque eu acho ele tudo de bom. Ele é gentil, protetor e super romantico.
As pessoas são chatas mesmo, sonserinos e grifinorios são orgulhosos e as vezes muito irritantes ¬¬
Você gostou do Jared? Eu também adoro ele ^^
 Parei não, demoro um cadinho mas posto!
Muito obrigada e muito obrigada pelo carinho com a fic!
 bjusss
=*
 Amortentia: Ah escrever por obrigação, faz uma coisa tão divertida, ficar um verdadeiro tedio. Eu adoro escrever, então isso ajuda ^^
O grande segredo,que todo mundo desconfia,mas ninguem tem certeza... vai demorar um pouquinho, mas embreve todo mundo vai saber.
 Continue acompanhando!! ;D
 bjuss
=*

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

  • Lana Silva

    Ameiii o capitulo nossa tem bastantes segredos que precisam ser revelados *-* amandoooooooooo *-*

    2012-01-24
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.