Cap.4



Cap 4


  Scorpius cuidadosamente colocou a menina desacordada em sua cama, enquanto no hospital todos voltavam lentamente para suas funções originais. Draco e Astoria seguiram o filho para dentro do quarto.


 - O que houve com ela Draco?


 - Eu não sei. Suponho que ela tenha tido uma forte recordação, o corpo dela ainda não está pronto para essas lembranças.Eu tinha medo que isso pudesse acontecer quando ela visse o Scorpius.


 -Eu? Porque eu? Eu não tenho nada haver com essa garota.


- Essa garota, só se lembra de você. Você foi a primeira pessoa que ela se lembrou e todas as lembranças dela estão relacionadas a você. Eu estava esperando um momento certo para te perguntar, o que você tem com essa menina?


- Nada, quero dizer a gente se odeia, ela vive implicando comigo, ela é insuportável, desde o primeiro ano que agente não fica um minuto sem brigar. Mas, é só isso, só isso.


- Se é só isso porque você foi correndo para impedir a queda dela.Se vocês se odeiam você não se importaria se ela machucasse.- o menino tentou se manter sério esconder o constrangimento que aquele questionário estava lhe causando.


 - Eu posso odiar ela, mas não sou um sem coração. A menina claramente iria se machucar, eu não viveria tranquilamente sabendo que poderia ajudar e não ajudei.- apesar de olhar o filho de forma muito desconfiada,seguiu em direção a menina para fazer uma serie de análises.


  Astoria ficou em um canto do quarto abraçada com o filho, vendo calmamente Draco trabalhar.


  Ele olhava a pulsação, a respiração, os batimentos, estava tudo normal, ela não parecia estar em risco, parecia estar apenas dormindo.


 - Ela vai ficar bem? – Astoria perguntou um pouco preocupada com a menina.


- Vai sim, ela está apenas dormindo. Acho que já podemos voltar para casa, como você queria.


 Astoria respirou aliviada, sentia-se um pouco egoísta por querer Draco com ela quando tantas pessoas precisam dele, mas amava aquele homem, amava demais. A porta se abriu rapidamente, Lucy apareceu ofegante.


 - Dr. Malfoy, o Sr Maltine teve uma parada cardíaca, não estamos conseguindo revive-lo.- Draco e a enfermeira saíram correndo porta a fora.


- Não adianta, seu pai é um curandeiro, vai sempre se preocupar com os outros, eu escolhi e amei ele sabendo que ele era um curandeiro.Vou descer e pegar um chá enquanto espero, você vem?


- Vou esperar ele aqui em cima mesmo.- Astoria o olhou com um olhar risonho como se entendesse tudo e saiu rindo da sala.


 Scorpius e Rose, sozinhos mais uma vez em um mesmo lugar, apesar dela estar dormindo e ele em pé bem distante da cama dela, era como se ele temesse o que fosse acontecer caso ele se aproximasse.Meio retulante, com muito cuidado ele foi se aproximando da cama dela, ela parecia calma em paz.


 - Eu queria tanto saber até quando você se lembra. Se você se lembra...não, é melhor mesmo que você não se lembre. Só assim não passa pelo que eu estou passando. É engraçado, você se lembrar de mim, isso está enlouquecendo meu pai e deve estar enlouquecendo os seus também,eles devem estar loucos para descobrir o porque, e pra falar a verdade eu também quero.-ele deu um longo suspiro e abaixou o olhar.- Sinto sua falta, das nossas brigas, das nossas disputas, de te ver todos os dias, de saber que bem ou mal, com raiva ao feliz você estava ali, viva e acordada. Quando você...eu me senti tão mal, com tanto medo de você nunca mais acordar.-ele colocou as mãos sobre as mãos dela e apertou fortemente com medo que ela sumisse.


Ela estava linda, dormia profundamente, parecia feliz,uma de suas mãos estava sobre a dele e a outra mão descansava sobre a cama, enquanto dormia ela se remexeu um pouco e repousou a sua mão que estava na cama sobre a dele que segurava a dela.


-S-scorpius...- ela sussurrou o nome dele baixinho, ele olhou para o rosto dela tranqüilo e feliz.


-Estou aqui Rose.- passou levemente seus dedos sobre a pele macia do rosto dela que pareceu por um momento se acomodar com o toque dele.- Estou aqui, com você ruivinha.


 Ele ficou um tempinho acariciando o rosto dela, até que ouviu muitos passos vindo no corredor, automaticamente ele se afastou dela e foi calmamente para o corredor do lado de fora do quarto.


 - Senhor Scorpius? Sou Lucy, enfermeira do hospital, seu pai mandou que eu lhe avisasse que vai demorar um pouco mais por aqui. Se você e sua mãe quiserem esperar, tem uma sala onde só podem entrar os médicos, mas vocês podem descansar lá enquanto esperam. A sua mãe onde está?


 - Olá, prazer! Minha mãe desceu para pegar um chá. Como está o senhor Maltine? Ele está melhor?


A enfermeira se espantou com a preocupação daquele menino por um completo desconhecido. Poucos garotos da idade dele se importariam. Ele era diferente do Draco, ela agora entendia um pouco o porquê da Rose se lembrar dele. Esse era um garoto fora do normal.


 -Nós achamos que ele não vai sobreviver, mas seu pai não quer desistir. De qualquer forma vou daqui a pouco avisar a família dele, falar das reais chances dele e rezar por um milagre.


- Meu pai nunca desiste.


- Eu já nem sei mais se isso é um defeito ou uma qualidade dele.- Astoria apareceu rindo, com dois copos de chá e caminhando tranquilamente na direção dos dois.- Acho que é uma coisa boa, ele mudou muito, é um guerreiro, louco, as vezes idiota, mas um bom homem.


- Sim, o Dr. Malfoy é um ótimo curandeiro. Sinto muito deixá-los aqui, mas alguém tem que convocar a família. Eu odeio essa parte.- um pouco cansada ela foi saindo até que se lembrou de algo e virou.- A sala secreta dos médicos fica atrás daquele quadro com uma fonte de águas vermelhas escorrendo, a senha de hoje é dor de amor. Até mais!


- Será que eu posso ir com você? Me sinto meio inútil aqui sem fazer nada enquanto meu marido fica lá salvando vidas. Eu posso dar um apoio a família sou boa nisso. - a enfermeira olhou para aquela mulher, ela parecia tão animada com a idéia de ajudar.


 - Claro que pode. Venha comigo então.


- E eu mãe?- ela riu e lhe entregou os dois copos.


- Faça o que quiser e me encontre na sala dos médicos daqui à uma hora, talvez duas. Mas por favor, cuidado.- o olhar dela parecia muito preocupado, ela sabia muito bem aquilo que nem mesmo o filho dela entendia e isso a preocupava muito.


- Pode deixar! Até logo!- ela foi saindo e ele ficou ali parado pensando se o que ele queria era o que ele devia fazer.


Desde que Scorpius havia saído do quarto, Rose estava tendo um sonho muito inquietante.


“ – Scorpius voa a toda velocidade, ele pega a goles, será mesmo que ele vai marcar mais um gol? E ele marca minha gente! Podem falar o que for,mas  esse menino tem estilo, encima de uma vassoura ele é único!


 O campo estava lotado, afinal era um clássico daqueles para ninguém botar defeito. O jogo estava super disputado, os pobres goleiros estavam quase mortos de cansaço, os atacantes muito velozes. Pelo ritmo do jogo a Grifinória corria o risco de perder se não pegasse o pomo.


 - Ai meu Deus, eu odeio Quadribol, eu odeio isso, eu odeio Scorpius e no momento estou quase odiando o Alvo se ele não pegar a droga desse pomo rápido. É serio Lilly, eu não sei o que deu em mim, eu não devia ter vindo.


- Ei, Rôh, calma tá legal! Meu irmão deve saber o que tá fazendo, e outra o jogo tá quase ganho, bem se o James tacar o balaço na cabeça do Scorpius, ele para de fazer gol e o jogo tá ganho.


- Jogo assassino esse, vou te falar Lilly...


- Scorpius de novo com a goles, meu Deus ninguém toma a goles desse homem não. GRIFINORIA AGE!- a professora olhou para ele com um olhar mortífero de não demonstre preferências.- A senhora que manda.O Potter parece que viu alguma coisa. Corre Potter Os dois apanhadores estão juntos correndo atrás do pomo e...Sonserina marca mais uma.  Potter primeiro tenta tacar um balaço e ajudar o irmão, mas ele ERRA, isso mesmo acho que pela primeira vez ele errou um balaço.Mais um ponto da Sonserina. Meu Deus que jogo! Todas as atenções estão nos apanhadores, eles correm. O Scorpius marca mais uma vez, é minha gente o goleiro da Grifinória não pode com ele. Scorpius avança de novo, mas espere...Potter primeiro lança a goles no apanhador da Sonserina, mas ela acaba acertando o pobre heroi sonserino.Essa foi feia! Os batedores da Sonserina tentam chegar a tempo, mas não dá o herói sonserino está caindo.


 Tudo correu como se estivesse em câmera lenta, o batedor Jared voou a toda velocidade para tentar pegar o amigo antes que ele chegasse ao chão.Alvo conseguiu pegar o pomo, mas ninguém estava prestando atenção nisso. Alguns jogadores da Sonserina foram em direção aos jogadores da Grifinória. Parecia que uma guerra iria se formar. Scorpius estava a 8 metros do chão e ia toda velocidade, completamente desacordado. Rose da arquibancada não conseguia desviar os olhos do corpo do menino que ia de encontro ao chão. E como mágica em um segundo ou até menos ela fez um feitiço não verbal que fez com que o garoto levitasse, salvando o menino que estava a menos de um metro do chão. Todos pareciam surpresos, grifinórios e sonserinos pararam a briga para ver a cena, ninguém entendia de onde esse feitiço tinha vindo. Lentamente o menino foi sendo colocado no chão pelo feitiço. Todos foram em direção ao campo entender o que estava acontecendo. Os professores tinham certeza que o feitiço não tinha vindo deles e Rose tinha a certeza que ainda não tinha aprendido esse feitiço.


 - Eu só pensei, mas eu não... como?- uma coisa era certa, ela não sabia como nem o porquê, mas quem tinha feito o feitiço foi ela.


 Ela se remexeu um pouco, seu rosto antes calmo estava confuso.


“ Tudo estava mais uma vez escuro, Rose, não via, apenas ouvia. Vozes, vozes cada vez mais fortes.


- Seu imundo!


-Você não é ninguém!


 - Você acha que sua vida vai ser melhor, mas você vai pagar pelo erro da sua família.


- Nossas famílias sempre se odiaram.


-FAMÍLIA!


- Família!


 - Eu sou sozinho...sempre vou ser!


 NÃO, VOCÊ NÃO É SOZINHO!


- Preciso de você Rose!


 Eu estou aqui!  Cadê você? EU ESTOU AQUI, SCORPIUSSSSSSSS!


 Ela se remexia cada vez mais, estava suando frio,era como se ela quisesse acordar mais não conseguia.Ela precisava de ajuda, ela precisava de algo, ela precisava achá-lo. Saber que ele estava bem, saber que ele estava ao lado dela. Então ela chamou, com a voz meio rouca, em um tom não muito alto, ela chamou.


- Scorpius, SCORPIUS!- O menino estava parado do lado de fora tentando se decidir se entrava ou não, ouviu a voz dela, depois disso ele simplesmente não pensou mais. Entrou dentro do quarto correndo, ao ver a aflição dela, o medo e o desespero com que ela chamava seu nome criou nele uma força enorme. A cada passo que ele dava, ele foi percebendo que ela ia se acalmando. Ele chegou à beirada da cama, tocou as mãos dela e ficou acariciando seus os cabelos até que ela tenha se acalmado.


 Mais uma vez ao brilho da lua que começava a brilhar soberana no céu recentemente escurecido iluminou dois inimigos, dois rivais, dois adolescentes e uma forte ligação.


 Scorpius deu um profundo suspiro ao olhar de novo para ela. Ela sempre foi uma pessoa enigmática, que o irritava e fazia com que ele sentisse vontade de matá-la a cada segundo e ao mesmo tempo o encantava e admirava. E hoje ela estava lá, inquieta, precisando dele por perto apenas para acalmá-la. Ela estava tão linda e tão em paz que era inevitável olhar para ela e não pensar, são tantas lembranças, tantas recordações e em nenhuma delas ele pode dizer aquilo que lhe arde o peito a vida toda.


  - Rose...- o tempo parecia congelado para ele, ele havia dado apertado levemente as mãos dela, seus olhos estavam presos naquele toque, foi então que ela abriu os olhos. No mesmo instante em que seus olhos se abriram, uma voz que distante e muito conhecida foi ouvida no corredor e como mágica, Scorpius sumiu.


 Rose viu apenas o vulto do rapaz loiro sumindo pelo corredor, ela queria vê-lo, mas não pode. Apesar de não vê-lo, ela sabia que ele tinha estado ali, mas nada fazia sentido. Ela sabia que ele e ela se odiavam, deviam se odiar, quer dizer ela achava que se odiavam.Tudo indicava que eles se odiavam, mas porque então ela achava que aquilo que ela estava sentindo, aquele conforto, aquela paz, não era algo como ódio. Ela ainda não conhecia os sentimentos direito, nem as coisas, mas ódio é uma coisa que parece ser muito ruim.


 “ O inverno estava bem rigoroso naquele ano, todos em Hogwarts usavam grossos casacos, gorros, botas longas. Roupas bem quente, mas nem por isso feias, pelo contrario naquele inverno, os alunos combinavam com a linda paisagem,se alguém olhasse acharia que era uma obra prima de um renomado pintor.


 Os bons sentimentos reinavam e o amor estava presente em muitos casais. Estava tudo tão bonito, em meio a neve primeristas faziam guerra de neve, alguns lufa-lufanos faziam anjos de neve, e outros vários alunos faziam bonecos de neve e depois os enfeitiçavam e os faziam lutar entre si e riam como crianças quando os bonecos que perdiam explodiam jogando neve para todos os lados.


 Era um dia de neve. Rose estava sentada debaixo de uma arvore , enquanto Alvo e Hugo brincavam de sei lá o que perto dela. Naquele dia, Rose e Steve estavam fazendo uma semana de namoro. Ela esperava que ele fosse se lembrar ou fazer uma surpresa, mas durante o dia inteiro ela não tinha visto nem sombra do namorado. Ela tinha se arrumado todo, seu cabelo longo e ruivo estava preso em uma trança perfeita, ela usava uma calça jeans escura, um casaco longo e branco que estava meio aberto e uma blusa simples e delicada verde escura. Dentro do bolso do casaco estava o presente perfeito de uma semana de namoro.


 - Será que o desgraçado não vai aparecer mesmo?


- Calma Rose, o dia nem chegou ao fim ainda. Você é muito estressada, sabia?!- disse Hugo calmamente antes de fazer mais um movimento no seu jogo.


 Ela estava começando a se chatear e estava louca pra descontar a sua raiva em alguém e Hugo estava provocando, se ele continuasse a vitima seria ele.


 - Sabe de uma coisa! Eu preciso socar alguém e vocês dois estão muito perto de mim nesse momento e simplesmente não conseguem parar de jogar ESSA MERDA AI.- os dois se entre olharam, sabiam que não era bom provocar a ruiva nessas horas.


 Hugo olhou para Alvo, com um olhar que indicava, “Vai lá, você é bom com essas coisas...”. Alvo olhou para o outro, suspirou e foi em direção a ruiva que já não estava mais sentada e agora andava de um lado para o outro impaciente.


 - Ei, Roh... você sabe que ele não iria esquecer o aniversario de namoro de vocês, ele gosta de você...- Mesmo sem estar complemente convencida disso, Rose se acalmou um pouco, respirou fundo e olhou para o céu branquinho, como se procurasse a mãe em meio aquelas nuvens. Hermione sim teria a solução de todos os problemas. – Que tal se você viesse aqui e jogasse um pouco de...


 - Ora, ora...se não é a ruivinha esquentadinha. Estava procurando por mim? – o loiro mais odiado, o menino mais ignorante de toda a escola estava ali na sua frente, quanto exatamente ela mais precisava de alguém com quem gritar.


- Nossa menino você virou vidente agora?- ele pareceu surpreso, mas não tirou o sorriso debochado do rosto e o tom de voz dela era completamente calmo, sério e um pouquinho divertido. - Eu estava esperando por você!


- Olha Scorpius, a Rosinha ali tá uma gata e tava esperando você. Se ela estivesse esperando por mim, eu não ficaria aqui do lado de um marmanjo que nem eu.Eu estaria ali pegando a mão dessa linda princesa do gelo e ia levar ela pra dar uma voltinha.- Rose olhava pro Jared, amigo do Scorpius, com uma vergonha visível, apesar das bochechas coradas seu olhar era de pura indignação, Scorpius não ficava para trás, esse estava completamente sem saber o que fazer e queria socar o amigo, mas então ele fez sua melhor cara de galanteador e resolveu entrar no jogo.


- O Meu Merlin, como pude ser tão grosseiro.- ele se inclinou e fez uma leve reverencia , mas antes de pegar a mão dela ele olhou de volta pra Jay e fez uma cara de completo espanto.- Princesa do gelo não Jay, essa princesa é feita de gelo mesmo e com um leve aceno da varinha fez uma coroa de gelo e colocou na cabeça de Rose, pouco antes de fazer mais um feitiço quase silencioso.Assim que a coroa entrou em contato com a menina coloriu os cabelos ruivos da mesma completamente e fez com que eles ficasse em um tom azul gelo. Sua roupa também adquiriu esse tom , a única coisa que não ficou azul gelo foi a pele da menina que continuou o mesmo tom branco e levemente sardento.


  A menina só percebeu que ele tinha acabo de aprontar uma quando Jay caiu na gargalhada, seu irmão não sabia se ria ou se socava o loiro e Alvo estava complemente pálido, ele previa que o furacão Rose estava chegando com força total. Scorpius mantinha sua cara de galante , o feitiço tinha sido perfeito, ele olhou para ela e riu divertido, ele sabia que ele deveria correr antes que ela matasse ele, mas ele não foi, ele queria muito ver como ela iria revidar essa.


 - GAROTO, O-QUE-VOCÊ- FEZ-COMIGO? – seu rosto foi tomando um tom avermelhado, seu olhar petrificante, mas ele continuou olhando com a mesma cara. Todos ao redor deles pararam de brincar para ver a mais nova briga dos dois, apesar deles estarem no 4º ano, ninguém se cansava das cenas.- EU ME ARRUMEI TODA E VOCÊ...


 Em meio a multidão Rose viu um rosto familiar, se aproximando para ver o que estava acontecendo, um rosto incrivelmente perfeito,os cabelos castanhos claro rebeldes e macios, os olhos azuis como do céu em primavera e um corpo...um corpo que fazia qualquer uma enlouquecer, mas essa perfeição toda era dela. Ela olhava para ele feliz, irritada, triste, decepcionada, mas o conversa com o namorado iria ficar para depois, Scorpius era sua vitima agora.


- DESFAZ ISSO AGORA!- ela olhou para o loiro e mandou, ele apenas riu.


- Não, acho que a princesa de gelo, está perfeita agora.


- SCORPIUS, EU VOU TE MATAR! EU TE ODEIO MENINO, ODEIO SABE O QUE É ISSO!


- Na verdade...- ele pareceu pensar um pouco- não, não sei não.


 Ela em um acesso de fúria lançou um feitiço fazendo com que bolas de neve que estavam jogadas no chão pelos meninos que antes estavam brincando e fez com que eles atacassem o menino loiro, que apesar de surpreso não gritou apenas riu se divertindo com a situação e a cada riso dele ela lançava mais e mais bolas.


 - VOCÊ QUER GELO...ENTÃO TOMA GELO! E PARA DE RIR SEU DESGRAÇADO...- ela só parou os ataques quando Steve chegou mais perto dela e abaixou a mão dela bem devagar. Ela se acalmou, olhou para o namorado um pouco envergonhada e lhe deu um beijo caloroso. Vendo que o a briga tinha acabado, que o casal iria começar uma melação todos foram indo embora , inclusive Scorpius,que antes de voltar ao castelo com seu amigo olhou para traz, agora não mais sorrindo.”


A porta do quarto se abriu mais uma vez e de lá saiu um rosto conhecido, um só não, dois, três, quatro...e entre outras pessoas complemente desconhecidas para Rose, mas que se pareciam muito, então Rose deduziu que só poderia ser a sua família. Depois da lembrança que ela tinha acabado de ter seu corpo estava muito fraco,sua cabeça a mil, mas seu coração estava tranqüilo ela sabia que ele não a tinha deixado só, mesmo sem entender o motivo, ela se sentisse mais capaz e mais forte.


                Primeiro Hermione chegou mais perto da cama, e deu um leve beijo no rosto da filha, depois Rony se aproximou e lhe deu um abraço carinhoso. Hugo chegou logo depois, seguido de Lilly, James e Alvo que lhe acenaram sorrindo. Mais atrás estava um homem muito parecido com Alvo, mas era mais velho possuía fundas olheiras, uma cicatriz em forma de raio na resta ao seu lado estava uma mulher com cabelos ruivos lisos como os de Lilly, um rosto que tentava aparentar diversão, tranqüilidade e esperança, mas no fundo mostrava um enorme cansaço espiritual.  Mais perto da porta estava um casal muito lindo, a mulher possuía cabelos quase todos os fios brancos, mas ainda se via um leve tom de ruivo, seu rosto apesar das visíveis rugas que mostravam os longos anos que aquela mulher tinha vivido ,suas olheiras, o sorriso e a expressão doce, protetora, severa de um jeito acolhedor. De mãos dadas a mulher estava um velhinho, apesar da cara demonstrar a real idade, a expressão que ele tinha no rosto era de uma criança que a cada dia parece descobrir uma coisa nova que o intrigava, mas ao mesmo tempo era um homem, serio, determinado e protetor.Ele estava apoiado em uma bengala clássica e elegante, bem devagar eles foram se aproximando da cama e todos iam abrindo passagem enquanto eles se aproximavam, Rony deu a mão para sua mãe para que  ela pudesse chegar mais perto da cama. Ela olhou nos olhos da pequena Rose, deu um abraço daqueles que ninguém era capaz de achar que naquela idade ela ainda era capaz de dar.


                Foi um abraço tão acolhedor e reconfortante que Rose, se deixou relaxar nos braços cansados daquela mulher tão imponente como uma rainha. Alias aquele casal era na opinião de Rose, definitivamente membros da realeza. Ao se separar dos dois e olhar no fundo dos olhos deles, ela sentiu a expectativa do reconhecimento, mas sua mente não reconhecia aqueles rostos.


                -Filha, esses são seus avós, Molly e Arthur.- Hermione disse a filha enquanto Molly acariciava os cabelos da neta.- Esperaram por muito tempo para poderem vir aqui ver você.


 Os olhos de Rose procuraram os olhos de seus avós que olharam de volta como se confirmassem aquilo que Hermione dizia.


                - Pequena Rose, você está tão magra. Não tem comido direito eu tenho certeza. Te trouxe uns biscoitos minha especialidade. – Molly analisava, abraçava e ergueu um grande pote onde dentro tinham biscoitos, que pela visão de Rose tinham uma cara deliciosa.


                - Molly, deixa nossa pequena respirar. Ela deve estar confusa com tudo isso.- Rose olhou para Hermione que olhou de forma doce e reconfortante para a filha.


 - Viemos rápido hoje, infelizmente nem eu nem seu pai podemos ficar aqui muito tempo, amanha recomeçam as aulas na sua escola.Então, seus avós se ofereceram para dormir por aqui essa noite.


- Obrigada senhora! E obrigado senhor!  Mãe...- Hermione a olhou sorrindo, incentivando a continuar a falar.- Esses são meus avós, mas e aqueles dois? São parentes do Alvo e da Lilly?


 - São sim.- o sorriso de Hermione aumentou e ela continuou.- Eles são seu tio Harry e sua tia Gina, pai do Alvo e da Lilly.- antes que Hermione pudesse continuar com as explicações uma voz de indignação e falsa magoa interrompeu.


- Meus pais também, MEUS PAIS primeiro.- ele fez uma cara de profundamente triste e continuou seu discurso.- Eu sou filho primogênito e sou esquecido, é assim que me tratam nessa família, um renegado. Pobre de mim!- ele colocou a mão na testa e fez sua melhor pose teatral.- Renegado pela própria família.


 - Já é para bater palmas? O show já terminou?- Gina se pronunciou depois que ele acabou de falar.


- Poxa mãe, assim eu magôo. Fiz um espetáculo tão lindo.- de repente ele pareceu se lembrar de algo, olhou para Rose e perguntou- Em falar de espetáculo, cadê aquela enfermeira sua?


-Não sei, não a vejo desde que eu acordei. Ela me trouxe o almoço e não apareceu mais.- de repente Rose, se pos a pensar. “ Ela não apareceu mais, será que aconteceu algo no hospital?”


                Enquanto dentro do quarto a família reunida ria, brincava, contava casos, matava a saudade do lado de fora o hospital estava  um clima mórbido.


- Draco? Como foi lá? Correu tudo bem? – Astoria olhou um pouco desesperado para o marido, não por ela, mas desesperada por causa da família do homem que esperava com a certeza da morte em mente.


                - Eu...não consegui.- para quem não conhece-se Draco acharia que ele parecia frio, para quem o conhecia percebia o desapontamento e tristeza na voz dele.


                - Mas o senhor fez o melhor que pode senhor Malfoy. Se aquele homem tinha alguma chance de continuar vivo o senhor faria com que ele estivesse.- Lucy apresou em confortar o curandeiro.- Agora, Dr. Malfoy, posso ir lá informar a família? Ou o senhor deseja ir?


                - Vá Lucy, pode ir, vou fazer uma ultima visita aos meus pacientes e vou encerrar o dia.- ela pediu licença e se retirou, imediatamente Astoria abraçou marido e ficou assim até que se lembrou do filho.


                - Draco, vou achar Scorpius para irmos para casa.- ele ascentiu com a cabeça, deu um leve beijo na esposa e pouco antes de ir embora se virou para ele e perguntou.- E aquela menina? Nos encontramos no quarto dela?


                - Me encontre no saguão lá de baixo, é melhor Scorpius e essa menina não se encontrarem de novo. Vou ir vê-la daqui a pouco e ver como ela está.


                O médico seguiu o seu caminho indo de quarto em quarto, checando se todos os pacientes estavam bem, dando as ultimas poções do dia, dando os últimos avisos, faltava apenas um quarto para olhar. Ele ouviu vozes vindo de lá, respirou fundo e entrou. Por um minuto o quarto inteiro se calou, fazia tempo que alguns não viam assim tão próximo um Malfoy, Harry foi o primeiro a se pronunciar, ao lado de Gina sorriram e cumprimentaram o médico.


- Draco, como vão as coisas? Faz muito tempo não é?- Harry ergueu a mão de forma simpática.


- Sim é verdade Potter,vão indo bem. Mas e com você, como vão as coisas? Como vai à fama e a família? –Draco apertou a mão do outro e da mulher dele, seu rosto era duro indecifrável.


                - O tempo passa, mas não se esquecem de quem eu sou isso é um saco, mas já me acostumei. Minha família vai bem também.- Harry parecia que cumprimentavam um velho amigo e não seu ex-inimigo.


                - Draco,ela apresentou melhoras?- Hermione foi até o médico o cumprimentou com um leve aceno de cabeça.


                - Boa noite a todos!- todos cumprimentaram com um leve aceno de cabeça, alguns muito a contra gosto.- Ela apresentou melhoras hoje no começo do dia, porém hoje a tarde ela desmaiou quando foi até a porta do quarto.- Todos olharam para Rose que apenas ouvia calada e quando percebeu os olhares corou levemente.


                - Por que você se esforçou tanto meu bem?- Rony olhou para filha e perguntou.


                - Eu ouvi ...a...uma voz conhecida e simplesmente tinha que ir ver.-Alvo, olhou para Rose entendendo tudo, Rony trocou um olhar desconfiado com Harry e Hermione olhou para Gina preocupada.


                - Filha, a voz conhecida era do...- a voz e o olhar de Hermione eram super preocupados.


                - Sim, era o meu filho. Ele e minha esposa vieram hoje ou hospital para irmos juntos para casa.


                -Você viu o Scorpius?- o olhar dela era esperançoso e temeroso.


                - Não, não cheguei a ver realmente.- ela baixou o olhar e encarou suas próprias mãos envergonhada.


                - Senhorita Weasley, gostaria de te perguntar o que te fez desmaiar, foi mais uma recordação ou o esforço de caminhar até a porta ?


                - Eu fui andando até a porta, me senti fraca, tive uma lembrança e me senti mais fraca ainda, depois tive outra lembrança então não suportei, não vi mais nada.


                O curandeiro foi até a cama dela, analisou algumas coisas olhou para ela com um pouco de duvidas.


                - Você parece muito melhor agora, acordou faz pouco tempo?


                - Não, eu acordei pouco antes da minha...família chegar. Isso foi a...


                - Mais ou menos 3 horas atrás por ai. – respondeu Rony


                -Estranho, hoje você parece muito mais forte. Aconteceu alguma coisa?


                - Deve ser a presença da sua avó e do seu avô não é?!- a menina sabia que não era, mas fez que sim com a cabeça e baixou os olhos.


                - Senhorita Weasley, vou deixar algumas poções com as enfermeiras, amanha virei apenas de noite e apenas para checar se tudo está bem. Certo, boa noite a todos.  – ele fez algumas anotações e saiu do quarto.


                - Bom, o Draco é um bom profissional. A pequena Rose, muito em breve deve estar de volta a rotina dela.- disse Harry se manifestando depois do silencio que se abateu na sala com a saída do curandeiro


                - É verdade, mas eu ainda não gosto nada de um Malfoy estar cuidando na minha neta. Eu não sei, apenas sinto um incomodo quanto a essa historia toda. Não sei o que é mais algo nessa história me deixa intrigado. - e senhor Weasley falou com a voz seria de um homem que se preocupa com a sua família.


- Ora Arthur, vamos esquecer essas coisas sem importância, nossa pequena tem um mundo de informações a conquistar agora. Todos nós devíamos estar ensinado para ela, cuidando dela e é o que nós vamos fazer. – a voz autoritária de Molly soou como um ordem e todos voltaram seus olhares para Rose.


 - Roh, te trouxe um livro pra você se distrair aqui, enquanto não volta pra escola.- Alvo ergueu um embrulho vermelho muito bonito e entregou a Rose.


- Nossa, obrigada Al. – ela pegou o embrulho, sorriu para o amigo, tirou o papel e pegou o livro.


 A capa do livro era toda azul, as letras estavam escritas em prata com os dizeres “ As crônicas de Griney” e tiram a imagem de um animal que mais tarde Rose descobriu se tratar de uma fênix branca. Era um livro lindo, Rose ao vê-lo sentiu uma necessidade de descobrir sobre o que se tratava esse livro, ela ia abri-lo. De repente se virou e observou toda a sua família, todo o seu quarto e parou os olhos na mesinha ao lado da cama e viu um livro lá, ela não tinha percebido ele antes, ninguém tinha. Sua capa era simples preta de couro, não tinha imagens na capa, apenas letras grandes e prateadas muito bonitas onde estava escrito “ Romeu e Julieta”.


- Você trouxe esse livro pra mim também Alvo?


-Não Roh, não trouxe não. Nem sei que livro é esse. Foi você tia Hermione?


- Não, eu não trouxe esse livro. Esse é um dos clássicos da literatura trouxa que eu sempre quis, mas nunca comprei não. – todos então olharam para o livro curiosos, afinal ninguém tinha trago ele. Então como ele tinha parado ali?


- Rose, me deixa olhar esse livro.- Harry pegou o livro e o analisou a procura de algum vestígio de magia negra, mas não encontrou.


- Harry, deixa eu vê-lo.- Hermione olhou e não encontrou nenhum feitiço embutido, parecia que era apenas um livro trouxa comum. – É um livro comum.


Todos respiraram um pouco mais aliviados, afinal o livro então não poderia fazer mal algum a ela. Mas Rose estava intrigada, aquele livro estava mexendo com ela, de alguma forma muito curiosa era como se ela precisasse muito ler aquilo que estava escrito no livro. E o quanto mais rápido melhor.


- Bom, está ficando tarde e vocês.- ela apontou pra Alvo, Lilly e Hugo.- Tem muito o que arrumar para amanha. Meu bem.- ela passou a mão no cabelo da filha e deu um leve beijo no rosto nela.- Volto com certeza amanha, durma bem, não se esforce muito. Te amo muito, não se esqueça disso!


Todos foram saindo, dando um beijo, ou abraço em Rose e indo embora, ficou só Molly, Arthur e James que não se contentava em ir embora sem encher a enfermeira. Até que para alegria dele pouco antes dele ir embora ela apareceu.


- Tchau Roh.- ele foi saindo meio desanimado quando viu Lucy na porta do quarto distraída entrando no quarto, sem vê-lo, então ele voltou fez sua melhor cara e esperou que ela entrasse.


- Rose, Dr. Malfoy deixou algumas poções...


- Lucy, meu bem. Quase tive um infarto, achei que não viria minha princesa hoje.- ela o ignorou e continuou seus afazeres.


- Ele pediu que eu lhes desse todos os medicamentos e deixasse que você repousasse um pouco. Afinal o seu dia hoje foi muito longo.- ela deu um sorriso animador e olhou pra os avós da menina.-  Quem são esses senhores Rose?


- São meus avós . Eles ajudaram para que eu existisse e me criaram para que eu fosse essa perfeição que você está vendo.


- Eu estava perguntando para a menina Rose e não para o trasgo.- apesar de não olhá-lo, ele sabia que ela estava ficando irritada com a presença dele.


- Eu acho que são meus avós, Molly e Arthur.- a enfermeira foi até o casal e lhes estendeu a mão.


- Prazer em conhecê-los.- eles apertaram as mãos sorrindo.


- E eu sou James.- o menino ergueu a mão e se curvou e ela passou por ele fingindo não vê-lo.


 - Vou dar uma sequência diferente de medicamentos para você dessa vez.- Ela deu todos os remédios com muita paciência para a menina que foi tomando sem reclamar até que depois de tomar o ultimo ela adormeceu imediatamente agarrada ao livro de capa negra. – Com licença senhores, vou indo olhar os outros quartos, foi um prazer enorme conhecê-los.


 Ela apertou a mão deles novamente deu um sorriso calmo, mas assim que ela saiu do quarto seu sorriso se desfez, ela ficou super irritada, mas tentou se controlar. Sem que ela percebe-se após a saída dela James se despediu dos avós e foi atraz da enfermeira.


- Lucy, não adianta me ignorar. Eu sei que eu mexo com você.- ela continuou ignorando.- Por favor, você não quer que eu de um escândalo aqui no hospital inteiro só pra que você olhe para mim. Quer?- ela não aguentou mais ignorar parou e se virou, ele fez o mesmo, entrou em um quarto vazio, ele a seguiu, disposto a não desistir.


- O que eu faço para você me deixar em paz?- ela se virou seus olhos negros se fosse isso possível estavam cada vez mais negros.


- Não resista ao meu charme, fique comigo.- ele disse como se isso fosse a coisa mais obvia do mundo.


- Por que você quer isso? Por que simplesmente não se contenta com o fato de que eu não gosto de você e me deixa em paz.


- Por que você não fica comigo de uma vez?


-Porque eu não suporto você. –ela disse isso com muita raiva, mas isso não abalou ele.


- Você não suporta a idéia de gostar de mim.


- Seu ego é tão grande assim? Por Merlin, cresce garoto. Aceita um não como resposta e desiste.


- Se desistir de algo que eu quero é crescer então eu não vou crescer jamais amor.


- Não, crescer é aceitar que você não pode ter tudo na vida.


- Você nem me conhece direito, vamos sair. Se você me conhecer com certeza mudaria de opinião ao meu respeito.


- Não, eu não mudaria. Agora se você não se incomoda tenho que trabalhar.- ela saiu do quarto e largou o menino a olhando decidido.


-Ninguém diz não para James Sirius Weasley Potter.


N.A Eii, resolvi postar mais um cap bem rapidinho porque eu não sabia se eu teria tempo nesse final de semana.
 Esse cap tem uma lembrança que eu adoro e umas cenas que eu adorei escrever.
 Essa semana estreia HP ^^

 Bom agradeço por vcs estarem lendo! E agradeço mais ainda por gostarem.

 Amortentia- Ele eh muito fofo mesmo e muito lindo.

Larissa- Obrigada por comentar. Ele é muito fofo mesmo e o Draco , ele tah mesmo super disconfiado coitado.

 Bye
=*

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    KKKKKKKK James não desisti mesmo O.O ameii o capitulo flr *-----------------------*

    2012-01-23
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