A 1ª problemática prova



Capítulo 12 – A primeira problemática prova


 


(23 de Novembro)


 


POV’s Harry:


 


         Eu estava ocupado desde que “acordei” mais poderoso.


         Ninguém daqui de casa sabia o que eu ia fazer em relação ao Torneio Tribruxo, pois eu sempre dizia que ele vai acabar, mas davam de ombros, apesar de eu saber que olhavam bem, não ia ser a primeira vez que eu ia fazer ao ilgegal, suspeito ou perigoso.


         Eu sempre estava em meu quarto dando os últimos detalhes, ou em alguma sala de treinamento. Todo dia antes de eu começar a “trabalhar no Torneio”, eu mandava uma carta pela Edwiges para Gina. E toda vez que eu ia dormir tinha uma resposta dela na minha mesa de cabeceira. Que bom que Hogwarts não era tão longe, para Edwiges, pelo menos.


         Os quadros do Potter repararam que eu ia menos na sala deles, principalmente Salazar, pois este eu sempre zoava. Mas não tenho, em partes. Eles querem que eu salve o mundo de Voldemort ou não?...


         No dia 23 de novembro, antes de dormir, peguei a carta de Gina. Ela sempre mandava em um pergaminho com tinta vermelha, tanto quanto eu escrevia com verde-esmeralda. Apesar de que, talvez esteja louco, mas tinha o cheiro de rosas.


 


Harry,


 


         Amanhã é o dia da primeira prova do Torneio Tribruxo, mas imagino que você já saiba. Não estou torcendo por ninguém. Krum é um idiota, Fleuma, quer dizer, Fleur é uma vaca, e Cedrico é meio... Metido. Talvez seja isso.


         E você continua certo, ninguém do Ministério ou do Mundo Mágico te achou.


         Acho que somente eu sei de algo sobre você desde que apareceu na Copa Mundial de Quadribol, e isso foi a muito tempo. Você sabe.


         Espero sua resposta o mais rápido possível.


 


Abraços,


         G.W


 


Gina era boa. Conjurei um pergaminho e uma pena especial, que já tinha a minha tinta verde.


 


Gina,


 


         Amanhã você vai ter uma surpresa. É só isso que posso te contar.


 


         H.P


 


         O meu raio ao lado.


         Mas bom, não poderia dizer muita coisa mesmo, ela teria uma surpresa.


         Edwiges saiu planando pelos céus, com uma carta amarrada a perna.


 


         Devo dizer que acordei cedo. Queria tudo perfeito, ou pelo menos, nada errado.


         Peguei uma calça jeans e uma blusa bem confortável. Todas as minhas varinhas estavam em algum lugar.


         A varinha branca de Godric estava na mesma tornozeleira invisível. As varinhas de meus pais (vermelha de minha mãe e preta de meu pai) ficavam guardadas na meia de meu tênis, com um feitiço da invisibilidade nelas que só desativava quando era tirada. A varinha/espada de Merlin ficava no bolso de trás da minha jeans. A minha de azevinho e pena de fênix ficava no outro bolso. E a outra varinha, minha, que também era uma espada, ficava em outra tornozeleira invisível.


         Bom, posso dizer que varinha não ia faltar. O impressionante era que não incomodava, é, um estalar de dedinhos para me deixar confortável, mas tudo bem.


         Quando já estava preparado, saí do quarto. Mas, eu planejava levar Adie comigo.


         Parecia tão... Injusto não levá-la. Quero dizer, ela sempre aprontou comigo e eu com ela.


         Sabe, uma coisa que eu não tinha contado a ninguém, mas quando acordei com mais poderes, descobri que podia correr na velocidade da luz. Não, literalmente. Se eu quiser dar uma volta no mundo em cinco segundos, eu posso. Mas eu ainda não me acostumei muito, então...


         Testei, e estava ao lado da cama de Adie em menos deu um segundo depois. Olhei para a porta fechada. Quando eu tinha aberto ela? Bom, não importava.


         Estalei os dedos e o pijama de – há há – ursinhos de Adie, virou uma calça e uma blusa.


         Ela se mexeu inquieta no sono dela.


- Adie – chamei e cutuquei.


         Suspirei.


- ADIE! – gritei, claro, antes um feitiço impertubável nas paredes.


- Ãhn? Quié? – perguntou ela sonolenta, enquanto sentava-se na grande cama king size rosa dela. Chamativa, porque era rosa chiclete...


         Sorri divertido, isso era a cara dela.


- Vamos logo, temos de ir.


- Aonde? – agora ela parecia bem acordada.


         Expliquei rapidamente a situação.


- Vamos para Hogwarts, então?! – quase gritou ela quando terminei.


- É por aí – disse divertido. – Dá a mão?


- Pra quêêêêêê – mas a voz dela sumiu quando o flash de luz nos envolveu quando comecei a correr, mas foi tudo rápido.


         Em um segundo cheguei nos portões de Hogwarts, em outro desativei e reativei os feitiços de proteção, em outro eu estava na orla da floresta proibida, longe o suficiente dos olhares dos alunos que caminhavam ali.


- Legal, nunca vim aqui – sussurrou Adhara ao meu lado.


         Eu também não, mas lá vem aquela minha lição “ler é uma coisa, ver é outra”, mas talvez isso deva ser esquecido, por hora.


         Não pude me impedir de sorrir ao ver Gina passando nos terrenos, com uma garota loira bem esquisitinha. Usava um colar de rolha e brincos de rabanete.


         Ela conversava animada, e ria quando a loira, se não me engano Luna Lovegood, filha do editor do Pasquim, falava algo.


- Que foi? – indagou Adie se perguntando para que eu estava sorrindo.


- Nada, vem comigo – falei e comecei a me movimentar silenciosamente pelas árvores, ela me seguindo atrás. Estava tremendo, ou era impressão minha?


         Sorri divertido ao pensar na ideia de Adie com medo de algum bicho pular e pegar ela. Como se fosse possível. Rá, a ideia me divertia mesmo.


         Caminhando um pouco, cheguei a uma arena. Ok, não um pouco. Caminhei bastante e me embrenhei bastante entre as arvores, com Adhara xiando atrás de mim.


         A arena era grande, e tinha arquibancadas e um banco de juízes. Mas era só isso que eu conseguia ver, estando do lado de fora. Adhara tossiu ao meu lado, pois engasgara-se com o ar, estava incrédula.


- Uau – ela sussurrou animada – É bem grande, né?


- Sim – respondi simplista.


         Tinha de ser, iriam colocar dragões ali, afinal.


- Adie, você... Ãhn... Pode ficar aqui? Enquanto eu resolvo... Ãhn... Uma coisa? – eu quase gaguejei.


         Ela ergueu as sobrancelhas e parecia confusa, mas assentiu. E eu silenciosamente fiz a aparatação élfica, que podia ser feita até mesmo em Hogwarts.


         Quando abri os olhos novamente, estava em um corredor vazio da escola. Me apressei em fazer um movimento de mão e colocar um feitiço de desilusão e da invisibilidade em mim, bem a tempo, pois vi duas pessoas passarem. As reconheci rapidamente, Rony e Hermione.


- O que será que vão fazer? Estou ansioso – Rony disse, parecia animado.


         Vi Hermione claramente revirar os olhos. Ela devia ter uma mente limitada...


         Eles passaram conversando animados. Neville Longbottom passou atrás, correndo para alcançá-los, que pararam para esperar e depois continuaram o caminho.


         Bom, agora, só tinha que descobrir onde Gina estava...


         E não foi difícil, ela passou, logo ali, na minha frente. Estava sozinha e aparentemente se escondia de alguém, seus olhos estavam ansiosos. Será por causa de minha carta?


- Weasley, Weasley – disse uma voz sibilante. Malfoy, eu já o tinha visto na Copa Mundial de Quadribol.


         Ele só parecia mais arrogante do que sempre fora, e olha que eu só o vi uma vez, tirando essa e ao vivo! Idiota.


         Segurava o pulso de Gina e esta fazia uma cara de aterrorizada, eu teria de ensinar umas azarações para ela...


- Se não morasse no lixo, você seria bonitinha – disse o loiro aguado, com desdém.


         Bufei, mas não pareceram ouvir. Caminhei até Malfoy e o empurrando para longe de Gina, chutei... Ãhn... Suas partes.


         Ele berrou e ficou se contorcendo no chão enquanto eu puxava uma risonha Gina para um corredor vazio.    


         Puxei-a  pela mão e ela sorriu.


- Harry? – sussurrou.


- Como sabe? – perguntei, depois de desfazer os feitiços de desilusão e invisibilidade.


         Ela parecia envergonhada, só corou e não respondeu. O que me fez erguer uma sobrancelha, mas tudo bem.


- Era essa a surpresa de que você estava falando? – ela perguntou, o rosto voltando a cor normal.


         Ele sorriu: - Em partes.


- Como assim? – seu rosto era confuso.


- Assim.


         Eu realmente não sei de onde tirei essa inspiração, nem coragem para fazer isso, dado que nunca fiz.


         Mas eu a beijei. Não, de verdade. Um beijo de verdade! Ai, credo... Pareço garota falando.


         Bom, a puxei pra mim, enquanto passava os braços em volta de sua cintura. Gina deve ter gostado, porque passou os braços pelo meu pescoço e segurou a parte de trás do meu cabelo.


         Não sei quanto tempo ficamos ali, nos beijando. Mas pareceu uma eternidade. Não tinha ninguém no corredor, então, não havia motivos para pararmos, mas em determinado precisamos pegar ar.


         Quando nos separamos, acho que eu tinha uma cara de abobado, mas Gina não parecia ligar. Encostou na parede e escorregou até o chão com um cara sonhadora.


- Gina? – perguntei, como se dissesse “tudo bem?”.


- Foi... – ela corou um pouco. Nem quero saber o que pensou! – Incrível.


         Ok, eu quero saber o que ela estava pensando.


- Você beija muito bem – ela brincou.


         Sorri para ela, enquanto olhava no meu relógio de pulso.


- Ih, já está na hora da prova e Adie provavelmente está preocupada – disse.


- Sua quase-irmã, certo? – ela riu.


- Sim, agora, segure em meu braço – estendi o mesmo.


         Ela não perguntou por que, só segurou, e, no instante seguinte, tínhamos aparatado perto do “estádio” que seria a prova, longe o suficiente para ninguém nos ver.


- Te vejo depois, espero – ela sorriu travessa, antes de me dar um beijo na bochecha e acompanhar a multidão.


         Eu sorri, acho que meio corado pela ousadia dela e pelo meu agrado, enquanto corria na velocidade da luz para o lado de Adie, que ainda estava no meio das árvores, do outro lado.


- Oi – disse.


         Ela praticamente bateu a cabeça num galho, de tão alto que pulou no susto, tive de tapar sua boca para conter seu grito.


         Bom, Adhara devia saber que na velocidade da luz é bem de repente.


- Tente ser silenciosa – brinquei e a puxei pela mão.


         Andamos, sob um feitiço de desilusão, junto ao final das pessoas que entravam. Tomamos cuidado em não esbarrar nelas, e sentamos bem no cantinho, perto da divisória dos convidados e professores, e dos alunos.


         Vi Dumbledore, Madame Maxime, Karkaroff, Ludo Bagman e Bartô Crounch na mesa dos jurados. Os tratadores de dragões, entre eles Carlinhos Weasley, sentado no lugar do convidados e professores. Além de, é claro, todos os professores.


         O lugar dos alunos estava lotado, e todos falavam altos e excitados.


         Vi Carlinhos cochichar algo com o homem ao lado dele, que, agora, com minha audição sensível, ouvi como se estivesse ao meu lado:


- Se as coisas saírem do controle, agimos.


         O homem moreno respondeu: - Sim, certo.


         Carlinhos agora tinha a pele tão cheia de sardas que parecia praticamente um bronzeado, os cabelos eram muito ruivos, numa cor de fogo. Ele estava bem mais alto e parecia muito musculoso, com algumas queimaduras fracas nos braços.


         Ri mentalmente, me lembrando na minha primeira visita ao Beco, onde eu e Adie conhecemos os Weasleys. Como Carlinhos estava animado em ver a sessões de dragões,


         Quando eu não tinha que me preocupar se Voldemort estava agindo no Torneio Tribruxo. Parecia outra vida.


         Ludo Bagman levantou, sorrindo animado, com a varinha apontada para a garganta e murmurou “Sonorus”, antes de começar a falar alto, pensei em tampar os ouvidos de tão sensível que era.


- Olá, olá! Aqui iremos começar a primeira prova do Torneio Tribruxo! O objetivo é que os campeões peguem o ovo dourado, passando pelo dragão. E vamos ao primeiro campeão, ou melhor, campeã – alguns risos da multidão – Fleur Delacour!


         Fleur entrou na arena. Ela era com certeza meio Veela, dava para ver. Os cabelos eram num loiro quase prateado, e ela tinha um certo brilho. Os olhos eram num azul intenso, e as curvas do corpo perfeitas.


         Não me atraía como parecia fazer com muitos.


         Um dragão Verde-Galês saiu de um buraco enorme ao lado da arena, sendo arrastado por uma corrente por vários domadores de dragões.


         Eles o prenderam num argola firme de ferro, enquanto o dragão soltava baforadas de fumaça pelo nariz.


- Que comece a prova!


         Em sua realidade, os três campeões foram bem. Krum teve que pegar os ovos passando por um Meteóro-Chinês Vermelho, foi muito inteligente em lançar o feitiço Conjutivictus, mas o estrago de uma parte da ninhada descontou alguns pontos.


         Cedrico também foi razoavelmente bem com seu Focinho-Curto Sueco cinza, apesar das coisas estranhas que ele fez transfigurando aquela pedra em cachorro.


         E Fleur, apesar de ter queimado a bainha da saia e feito coisas tão estranhas quanto os outros dois campeões, se saiu bem também.


         A multidão urrava e delirava em ânimo enquanto as provas aconteciam, e Ludo Bagman narrava tudo com imensa satisfação e alegria, como se fosse dar a vida para ver esses momentos.


- Muito bem, muito bem! – disse ao final da prova. Já tinham anunciado as notas – Krum em primeiro, Fleur logo depois, e Cedrico por último – e todos os dragões já estavam fora de arena.


- Imagino que tenham gostado, até a próxima prova – falou Ludo, enquanto ele e os outros juízes também levantavam.


Sussurrei para Adie( nós ainda estávamos sob desilusão): - Nem teve tanta graça.


         Ela riu e concordou com um breve “Sim”.


         Mas, no instante seguinte, a arena estava um caos. Os estudantes de se escondiam entre eles mesmos, nos bancos ou se batiam tentando sair, mas as portas que levavam para fora das arquibancadas ainda estavam trancadas.


         Os domadores de dragões tentavam agir, mas em vão. E os professores tentavam ajudar no que podiam.


         O motivo? Tinha um Rabo-Córneo Húngaro no meio da arena. Parecia furioso e expelia fogo para todo lado, fazendo com que os estudantes se abaixassem na hora.


- Já volto – sussurrei quietamente para Adie.


         Antes de tirar o feitiço de desilusão, fiz minha nova-verdadeira aparência aparecer com minha metamorfomagia.


         Olhando minha pele vi que ela estava pálida como se estivesse prestes a morrer, então logo soube que meus olhos estavam transparentes e meus cabelos muito mais revoltos e negros.


         Apareci de repente, no meio da arena, aparatação Élfica, é claro.


         As pessoas se mostraram surpresas ao ver um garoto de quatorze anos ali, mas estavam a tanta beira do desespero para tirar Rabo-Córneo dali, que nem reparararam que era eu, Harry Potter, - um quase morto, há, há.


         Fiz água dançar em volta do dragão, com fogo entrelaçado na água azul, como uma corda. Giravam fortes e grossos, água e fogo, em volta do dragão, em espirais verticais e horizontais.


         Agora sim as pessoas pararam para ver quem era.


         O Rabo-Córneo Húganro parecia se encolher diante do fluxo grande água e do calor do fogo, que parecia quente demais até para um dragão.


         Fazendo assim, estalei os dedos, fazendo o fogo e a água pararem por uns segundos, e fiz um jaula de vidro inquebrável com ferros em volta.


         E, no momento em que as pessoas vinham me ver, desapareci, correndo na velocidade da luz.


         Foi tão rápido que não repararam que joguei um bilhete no colo de Gina Weasley, nem que parei na arquibancada, junto comigo.


         Corremos para casa, mas, no segundo que paravamos no meu quarto, vi meus pais ali.


         Aparentemente, preocupados em saber onde nós dois, eu e Adie, estávamos, depois de, provavelmente, terem nos procurado em toda a Mansão.


- Ãhn... Oi pai, mãe – cumprimentei num tom de quem quer acalmar um animal.


         Minha mãe bufou, antes de ficar da cor dos cabelos pela raiva.


- HARRY TIAGO POTTER, ONDE VOCÊ ESTAVA? SABIA QUE MORRI DE PREOCUPAÇÃO?! – mas, subitamente, parecia aquelas mães preocupadas com os filhos – Está bem, não é? Se machucou? Posso fazer algo por você?


         Meu pai sorriu e disse divertido: - O menino está bem, Lílian, querida.


- É bom que esteja, Tiago, é bom que esteja. Senão, ele vai ver só – ela falou ameaçadoramente, enquanto saía tempestuosamente no quarto.


         Engoli seco, enquanto encarava os sorrisos divertidos de meu pai e Adie.


          

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