O novo fugitivo/liberto



Capítulo 5 – O novo fugitivo/liberto.


 


  Harry Potter não era um garoto comum. Com certeza não. Talvez garoto não fosse a palavra certa, bruxo seria mais adequado. Ele não era um bruxo comum.


  Para começar ele fora perseguido pelo maior bruxos das Trevas de todos os tempos, e conseguira sobreviver a Maldição da Morte do mesmo. Depois de ficar órfão, fora morar com seus tios, que foram mortos por Comensais da Morte, seguidores de Voldemort. Conseguira atordoar os Comensais e fugir, onde acabara caindo na Mansão de sua família.


  Desde então, morava lá, com os Elfos Reais que serviam a Família Potter, mas que também era a segunda família do moreno.


  Desde que chegara lá, lia livros sobre todos os assuntos possíveis na enorme biblioteca, conversa com os quadros de seus familiares, brincava com sua “irmã”, e tinha aulas com seus “pais”, Mercúrio e Naomi.


  Ele conseguira aprender os feitiços, sem varinha, muito bem. Aprendera Transfiguração, Feitiços, Defesa Contra as Artes das Trevas, Poções, Herbologia, Runas Antingas, mas essas matérias, as quais ele já poderia ter se formado em uma escola, ele só aprendera até seus seis anos de idade.


  Quando fizera sete, começou a aprender a Arte Elemental. De acordo com Mercúrio, Godric Griffindor desenvolvera estudos sobre isso, seu filho Merlin os finalizou, mas somente o filho do ultimo, Speker, que aprendera. Qualquer um poderia aprender, contanto que lesse o livro certo, que era único, e este só se encontrava na biblioteca dos Potter, já que quem escrevera fora um antepassado dos Potter.


  Harry ficara 6 meses aprendendo cada elemento, fogo, ar, água e terra, de forma que somente aos seus nove anos que dominara isso bem. Em algumas semanas, Mercúrio lhe ensinar a Arte de Duelar, algo que o garoto aprendera bem facilmente. Além de cura e aparatação de Elfos Reais, algo útil. Podia-se curar facilmente, e aparataçao, como era élfica, em qualquer lugar.


  Com certeza, ele não era comum. Aprender todas essas coisas em seis anos, sendo que fora de seus três anos de idade até os nove, não era normal.


  Numa tarde de Outubro, Harry estava sentado, com Adie ao lado, na sala dos quadros. Conversando com Rowena, Godric, Salazar e Helga.


  Adie estava bem diferente de quando Harry chegara na Mansão. Agora ela tinha 15 anos, e não nove. Os cabelos castanho-avermelhados estavam mais longos e um pouco cacheados. Os olhos eram azul com um pouco de castanho. Sua pele, já que era Elfa Real, continuava parecendo que pegara um pouco de sol, e suas orelhas ainda eram pontudas. Ela ficara mais alta, tendo uma altura em torno de 1,75.


  Harry também estava um pouco diferente. Continuava o mesmo garoto de cabelos pretos desgrenhados, marca de família, foram as palavras de Tiago, os olhos no verde esmeralda. Ele já não usava mais óculos, graças a um feitiço, mas se quisesse poderia. Aquela cicatriz de raio em sua testa. Ele ainda continuava um pouco baixo para sua idade, sendo nove com seus 1,40, mas não estava mais tão magrelo.


- Não, não. Beuxbatouns, é a segunda melhor escola – discordou Harry de Salazar.


- Ah, Durmstrang é muito melhor – falou o loiro.


- Ora, deixem isso para lá – falou Adie rindo e abraçando o irmão, que fizera, infantilmente, bico.


- Salazar, meu amigo, você devia saber que com um Potter não se discute – falou Godric sorrindo da moldura dele.


- Você sabe bem disso, é um próprio – falou Helga sorrindo.


- É, bem... – mas foi interrompido por um CRACKE!.


  Todos instintivamente olharam para um homem caído no canto da sala, perto do quadro de Tiago e Lílian.


  Ele usava vestes listradas em preto e branco, como as de prisão. Os cabelos negros compridos e mal-tratados. A pele meio pálida, com certeza estava meio doente.


  Antes de levantar Adie pensou: ‘Que isso, nessa sala chove gente, não é a primeira vez que alguém cai aqui’. 


  Harry e Adie correram até o homem, mas não reconheceram.


- Almofadinhas – falou Tiago meio sorrindo meio preocupado.


- Sirius? – perguntou Lilian incerta.


  Mas o homem só tossiu.


- Ah, meu padrinho – concluiu Harry rapidamente. Olhou de volta para o homem e deu uma sacudidela nele – Sirius? Sirius?


- Ai, Harry, por favor. Aprendeu cura para que? – brincou Adhara, antes de colocar a mão na testa de Sirius.


  Uma luz brilhou da mão dela e passou para a cabeça de Sirius, que instantaneamente, pareceu ficar melhor.


  Ele tossiu um pouco e sentou.


- Harry? – perguntou Sirius.


- Oi, Sirius – falou o moreno sorrindo.


- Meu Deus! Que bom que você ta bem! Nossa senhora, a ultima vez que te vi, você era mínimo! – falou Sirius abraçando forte o menino.


- Não entendo, Almofadinhas, por que não veio para cá antes? – perguntou Tiago sorrindo.


- Bem, eu estava... PONTAS! – gritou Sirius feliz e correu para frente do quadro do amigo – Ai, meu Deus!


  Os quadros dos Potter reviraram os olhos. Tiago já tinha convidado Sirius a entrar na casa, de forma que Sirius podia aparatar aqui, e ele já fora na sala dos quadros uma vez.


- Sabe, quando descobri que Pedro era o traidor, fui direto para a casa de vocês falar antes que fosse tarde demais, mas quando cheguei a casa já estava explodida, Voldinho morto, vocês mortos e Harry com aquela cicatriz sendo tirado da casa por Hagrid. Tentei, é claro, pegar Harry. Mas Hagrid disse que iria levá-lo para casa dos tios, por ordem do Tio Dumby.


- E depois? – perguntou Lílian.


- Depois fui atrás de Rabicho é claro. Mas ele armou para cima de mim, gritou para uma rua inteira que eu os traí, explodiu a rua, matou 12 trouxas, arrancou um dedinho e fugiu como rato. O Ministério chegou e me levou para Azkaban.


- Pelo amor de Merlin, Sirius! Você estava em Azkaban? – perguntou Tiago arregalando os olhos.


- Sim. Fugi de lá faz dois dias – disse sorrindo fraco.


- Fugiu? Não dá para fugir de Azkaban – falou Harry franzindo a testa.


- Já ouviu falar de Azkaban? Mas é claro, que idiotice a minha. Você vive numa casa onde tem bruxos – falou dando um tapa na testa.


- Não, não. Eu li sobre isso – falou rindo.


- Ih... Pegou o jeito da Lilian de ficar lendo. Já que vou ficar aqui, posso te ensinar a parar com esse péssimo hábito – disse piscando um olho.


- COMO É QUE É, SIRIUS BLACK?! – berrou Lilian nervosa.


- Brincadeira – disse rapidamente. Lilian resmungou algo que parecia um ‘bom mesmo’.


- Mas então, como fugiu de Azkaban? – perguntou Harry curioso.


- Ah, descobri que quando me transformava em animago, os dementadores não notavam minha presença e não sugavam minha felicidade. Depois de um tempo, fiquei tão magro, que pude passar pelas barras como cachorro. Nadei da ilha até a costa e aparatei aqui, e cá estou – falou sorrindo.


- Legal! – disse o moreno animado.


- Concordo – disse Tiago – Você também não merecia ficar em Azkaban.


- Mas, sabe, provavelmente, amanhã já vão falar no Profeta Diário que você é um fugitivo... – murmurou Harry.


- Bem... Pois é – falou desanimado.


- Você precisa de um julgamento – falou Adie, que estava quieta até agora.


- Mas quem vai querer ser meu advogado de defesa? Não tenho nenhuma prova – falou Sirius desanimado.


- Bem... O que acha disso? – falou Harry mudando suas feições.


  Seus cabelos pretos, ficaram loiros, sua pele ficara mais queimada de sol, os olhos azuis, e ele crescera muitos centímetros. Parecia ter agora em torno de 25 anos e não nove.


- Wow! – disse Sirius surpreso.


- Ai, que lindo que você ficou! – exclamou Adie rindo.


- Sou metamorfomago e animago múltiplo. Posso ficar do jeito que eu quiser – disse de maneira simples enquanto voltava a suas feições normais.


- Bom, pode ser útil, mas e as provas? Quer dizer, ninguém sabia que Pedro era o Fiel, os que sabiam do paradeiro de Tiago e Lílian, achava que eu era o Fiel.


- Eu tenho meus métodos – falou sorrindo – mas, fique parado um instante.


- Por quê? – perguntou, mas Harry parecia concentrado.


  Os olhos de Harry tornaram-se desfocados por alguns segundos, ficando com as íris brancas, mas depois voltaram para verde ao mesmo tempo que ficavam focados.


- O que foi isso? – perguntou Sirius confuso.


- É que Harry é um exímio legilimente, mas ele aprimorou a habilidade de Legilimencia, porque achava a outra muito fraca. Agora, com a habilidade aprimorada, nem Oclumencia bloqueia, e ele pode literalmente ler sua mente, mas ele ainda não ficou excelente nessa nova Legilimencia, então... – explicou Adie.


  Harry suspirou.


- Nossa, que lembrança... Horrível – falou Harry. Mas, inesperadamente, sorriu – Mas, gostei de outras lembranças suas, Sirius.


- Tipo quais? – perguntou interessado.


- Ah, tipo, do dia em que nasci foi interessante. Ou quando você pediu minha madrinha em namoro, foi bizarro – falou rindo.


- Conseguiu descobrir que você tem madrinha só nesse tempinho em minha mente? Assustador – falou sorrindo.


- Bem, irei ao Ministério marcar um julgamento. Naomi! – chamou Harry e a Elfa instantaneamente apareceu.


- Sim, querido? – perguntou sorridente.


  Rapidamente Harry explicou a situação para Náh, e aparatou no Ministério da Magia para marcar um julgamento para Sirius Black, claro que, com outras feições, não poderia aparecer lá como Harry Potter.


  O Ministro muito a contragosto concordou, mas dizendo que seria perda de tempo.


  Harry volta a Mansão, avisando que no dia seguinte, seria o julgamento de Sirius.


 


Harry acordara cedo naquela manhã. Tomou um banho rápido e se olhou no espelho do banheiro.


  Deixou seus cabelos pretos e bagunçados, ficarem castanhos e mais compridos, além de mais alinhados. Deixara seus olhos verdes, afinal, mesmo que isso pudesse dar uma pista de quem era, gostava de ter pelo menos uma parte verdadeira de si mesmo. Crescera mais centímetros, ficando em vez de com 1,40, com 1,80.


  Então, foi até o closet e vestiu vestes bruxas, que seriam adequadas para o julgamento.


  Passou pelos longos corredores calmamente e desceu as escadas. Andou até a sala de jantar, onde todos (Adie, Naomi, Merk e Sirius), comiam seus cafés da manhã.


- Bom dia gente – sua voz estava um pouco mais grossa.


- Bom dia – falaram em uníssono, mas Sirius acrescentou – já mudou sua aparência, muda antes de sair, ué.


- É que eu tenho que crescer, minha altura é muito baixa para quem teria 25 anos, e já que vou crescer, tenho que vestir logo as roupas que cabem – explicou enquanto se sentava e começava a comer seus ovos.


- Já tem tudo preparado? – perguntou Mercúrio.


- Sim, peguei algumas lembranças dos meus pais também, ficará mais fácil – falou.


- Como? Eles são quadros – falou Sirius surpreso.


- Ah, bem. Mesmo sendo quadros, eles tem a memória da vida deles, é assim que sabem quem são, quem é as pessoas que eles vêem na frente deles, entende?


- Como ‘cê sabe tudo isso?!


- Livros – falou simplesmente sorrindo.


- Tem certeza que você tem nove anos? – perguntou dando um meio sorriso.


- Absoluta – falou rindo.


  O café da manhã passou animado, mas logo eles tiveram que ir para o Ministério.


  Aparataram na rua da frente, para usar a entrada de visitantes. Entraram na famosa cabine telefônica, e pararam no Saguão de Entrada.


  Enquanto caminhavam para a sala onde seria o julgamento, muitos repórteres tentavam pedir entrevistas, muitas pessoas olhavam com desgosto para Sirius, mas continuaram seu caminho.


  Adie entrou na sala um pouco antes, para sentar nas cadeiras das pessoas que eram parentes ou amigos do réu. Mercúrio e Naomi ficaram no lugar para testemunhas, pois caso precisassem, se não conseguissem convencer o júri, iriam falar umas coisinhas.


  Antes de Harry entrar na sala com Sirius, ele disse:


- Olha, Sirius, não fique discordando do que eu disser. Eu já sei exatamente o que falar, o juiz não tem como colocar você como culpado.


  E passaram pelas portas e entraram num grande salão.


  Tinha cadeiras que pareciam arquibancadas, apesar de menores. O juiz, que era o Ministro, estava atrás de uma grande mesa. As cadeiras dos parentes, apesar de nenhum, e amigos, tinham varias pessoas, que queriam saber o que aconteceria com Sirius Black.


  Sirius andou até a cadeira que no centro da sala, e quando sentou foi preso por correntes nos tornozelos e pulsos. Harry ficou um pouco a seu lado.


  Sirius pôde ver Dumbledore entre as pessoas que iriam julgá-lo. Pode ver Remo e Marlene, que antes de ser preso era sua namorada, sentados na “arquibancada” dos amigos.


- Está iniciado o julgamento de Sirius Órion Black, culpado de entregar Tiago, Lílian e Harry Potter para Você-Sabe-Quem na época da guerra – falou o Ministro batendo com o martelo na mesa, pedindo silencio – Você nega?


- Sim – falou Sirius.


- Então, que venha o advogado de defesa. Nome? – perguntou o Ministro para Harry.


- Cepheus Acrux Black – disse inventando um nome rapidamente.


- Então, parente do réu? – perguntou.


- Sim, mas lhe garanto, Ministro, que era um grande amigo de Tiago e Lílian Potter – falou “Cepheus”.


- Pois bem, pois bem. Comece a falar – pediu impaciente.


- Certamente. Estamos aqui, para julgar Sirius Black de entregar Tiago e Lílian para Voldemort – alguns tremeram com o nome – mas, ouve um grande engano. Muitos não sabiam, onde os Potter estavam no final da guerra, mas, o que poucos sabiam, obviamente, era que eles estavam em Godric’s Hollow sob o Feitiço do Fidelius.


- Prossiga – pediu o Ministro.


- Primeiramente, os Potter pensaram em colocar como Fiel do Segredo, Sirius Black, mas nos últimos instantes, Sirius, sugeriu que mudassem o Fiel, para Pedro Pettigrew.


- O que o senhor tem a dizer, Sr. Sirius Black? – perguntou o Ministro.


- Não nego o que Cepheus disse. Nos últimos instantes, sugeri que mudássemos para Pedro, afinal, eu seria alguém muito obvio. Qualquer um que nos conhecesse poderia saber que eu era muito amigo de Tiago – falou Sirius.


- Entretanto – continuou Harry – o Sr. Black e o Sr. Potter, não sabiam que Pedro Pettigrew era um espião de Lord Voldemort. Quando trocaram o Fiel de Sirius para Pettigrew, o ultimo, falou para Voldemort, então, foi possível que ele fosse até a casa dos Potter naquela terrível noite.


- Tem provas? – perguntou Amélia Bones.


- Na verdade, Sra. Bones – disse Harry, que lera o nome em frente a cadeira da mulher – eu tenho uma memória de fontes confiáveis. Vocês podem checar é claro, a memória não foi alterada nem montada. Tenho a memória do dia 31 de Outubro, e do dia em que eles trocaram o Fiel. Mostrarei a da troca de Fieis primeiramente.


  Harry tirou uma varinha das vestes, ele teve que conjurar um graveto, idêntico a uma varinha, nem notariam a diferença, e fez um movimento com a mesma.


  De repente, todos do tribunal se encontravam no dia que Harry citara.


Tiago e Sirius estavam sentados na cozinha.


- Sabe, Pontas, eu não acho uma boa idéia eu ser o Fiel do Segredo – começou Sirius.


- Por que não, Almofadinhas? Você é meu melhor amigo, que pessoa melhor para confiar?


- Por isso mesmo. Quero dizer, isso não é segredo para ninguém, aposto que pro Tio Voldy também não. Então, não seria meio... Obvio?


- É... Mas então quem você sugere, gênio? – brincou, mesmo na situação séria.


- Sugiro o Rabicho. Quero dizer, sempre fomos os Marotos. Você, eu, Remo e Pedro. Mas Remo anda estranho ultimamente – falou Sirius.


- Bem, então ta, vamos usar Rabicho. Vamos falar para Lilian – disse Tiago levantando-se.


  Ele e Sirius andaram até uma salinha de estar, onde encontraram Lilian no sofá, segurando Harry nos braços, que dormia.


- Então, vamos fazer logo esse troço de Fiel?


- Na verdade, Lilian, Sirius teve uma idéia – avisou Tiago.


- Ih, sei não. Você conhece o Sirius, meio maluquinho, meio burrinho – ponderou Lilian.


- Hei! Estou aqui! – disse emburrado.


- Tudo bem, tudo bem. Late, Sirius – falou rindo.


- Ok, a idéia é a seguinte, colocaremos Rabicho como Fiel do Segredo – disse Sirius.


- Hum... Não sei não. Não confio muito nele.


- Ah, que isso! Rabicho é um dos Marotos, nunca trairia a gente – falou Tiago.


- Certo, certo – concordou a contragosto.


  Sirius aparatou, e desaparatou de volta, só que com Pedro acompanhado.


- Tiago, L-lílian – gaguejou Pedro. – Por que Sirius me puxou para cá?


- Você será o Fiel do Segredo.


- O-o que?! – arregalou os olhos.


- Isso mesmo. Agora vamos – falou Tiago.


  Eles ficaram um de frente para o outro, Tiago ergueu a varinha.


- Fidelius Casa – falou Tiago.


  Pedro hesitou um pouco, mas disse.


- Fidelius Segredus Casa – então Pedro escreveu em um pergaminho “Godric’s Hollow, nº 14, Casa dos Potter”.


- Está feito – disse Sirius.


  E de repente, todos estavam novamente sentados em suas cadeiras.


- Bem... – começou o Ministro – você disse que tinha outra memória, se puder fazer o favor.


- Mas é claro. Essa é de 31 de Outubro – falou antes de mexer a varinha, e todos entrarem na memória.


  Todos que estavam no tribunal puderam olhar, como a família estava feliz, e de repente Voldemort chegava. Tiago morrendo bem rapidamente, Voldemort invadindo o quarto. Lilian suplicando-lhe, mas ele a matando. Chegando em frente a Harry e logo após isso a casa explodindo.


  Sirius chegando desesperado e encontrando Hagrid, e logo depois o meio gigante partindo.


  E por fim, o encontro de Sirius e Rabicho, onde os doze trouxas morreram e a rua foi explodida.


  No final da lembrança, ela se dissolveu e todos voltaram para a grande sala do julgamento.


- Muito bem, senhores, estão ai as lembranças. Não haja duvidas de que são verdadeiras, ambas. E como puderam ver, Pedro Pettigrew era um animago ilegal, partidário de Voldemort, o que traíra os Potter, matara doze trouxas e condenara Sirius Black a Azkaban, injustamente. Com certeza um covarde, agora, se puderem dar seus votos – falou Harry virando para Sirius.


  Ouvia-se o burburinho a suas costas, mas ele não ligava.


- Então, padrinho, estou bem para um menino de nove anos? – perguntou sorrindo de lado.


- Nossa, me lembre de ter aulas com você – disse sorrindo.


- Aqueles que consideram Sr. Sirius Órion Black culpado levantem a mão – falou o Ministro, Fugde.


  Alguns levantaram, não muitas, mas uma que chamou a atenção de Harry, foi a de uma mulher que vestia um casaquinho rosa e estava toda sorrindo forçado.


- Aqueles que consideram Sr. Sirius Órion Black inocente levantem a mão – falou Fugde.


  A maioria ergueu a mão.


- Inocente de todas as acusações – falou antes de bater o martelinho na mesa e levantar.


  Todos foram levantando aos poucos e saindo.


  Harry sorriu para Sirius que levantou da cadeira sorrindo largamente, aquele sorriso eu-tenho-32-dentes.


  Ele e Sirius saíram do tribunal felizes, onde encontraram Adie, Merk e Náh no corredor esperando felizes por eles.


- Ai, parabéns, Sirius! – falou Adie animada e dando um abraço nele.


- Brigado, Adie – falou Sirius feliz. Ele estava tão feliz, que seria capaz de explodir.


- Ah, não podiam te culpar Sirius. Você é sem duvida inocente – falou Naomi sorrindo.


- Concordo – falou Mercúrio, também sorrindo.


  Eles ouviram uma voz atrás deles:


- Sirius.


  Quando viraram-se, Sirius deparou-se com Remo e Marlene.


- Aluado! – falou Sirius antes de dar um abraço no amigo, com um tapinha nas costas.


- Bem, devo pedir desculpas é claro, achava que você era o culpado – falou Remo corado.


- Ah, todo mundo achava isso – disse dando de ombros.


- Não ele – falou Remo apontando para Harry. Estendeu a mão – Prazer, Remo Lupin.


- Ah, eu sei quem você é – falou sorrindo – Cepheus Black.


- Como sabe?


- Hm... Fontes confiáveis – falou sorrindo torto.


- Sei... As memórias também vieram de fontes confiáveis não é? – perguntou com uma sobrancelha erguida.


- É claro – disse rindo.


- Prazer, Marlene McKinnon – falou estendendo a mão para ele. Marlene tinha cabelos loiros ondulados até o meio das costas, olhos castanhos e pele porcelana.


- Bem, eu já disse meu nome. Agora, acho que precisam conversar, não? – falou dando um breve aceno e virando para conversar com os Real, que saíram de perto dos três.


- Devo desculpas a você, cachorrinho pulguento – falou Marlene envergonhada.


- Que nada, Lene. Todos sabemos que você erra.


- Como é?


- Todos sabemos que você erra, e muito – acrescentou.


- Bobo – falou dando um tapa no braço dele, mas Sirius a puxou para um beijo apaixonado.


  Entretanto, foram interrompidos.


- Hem hem – fez Lupin.


  Lene corou, mas Sirius riu.


- Hei H... Cepheus! – corrigiu Sirius bem a tempo.


- Sim, Sissy? – disse rindo.


- Aff, quem te contou desse apelido nojento? – falou emburrado.


- Lílian, é claro – disse tranqüilo – Eu disse que era um grande amigo dela, e você sabe disso.


- É, quase um parente – falou irônico.


- Bem, bem, o que acham de ir para minha casa... Hm... Em boas palavras... Comemorar? – perguntou sorrindo.


- Excelente, só Merlin sabe o quanto eu preciso de um descanso – falou Sirius.


- Pode falar isso para ele depois – disse rindo – Querem ir, Remo, Marlene?


- Mas é claro – falaram.


- Me digam, Tiago e Lílian já mostrou a Mansão dos Potter para vocês? – perguntou.


- Bem, já. Mas por quê? – perguntou Lene confusa.


- Aparatem lá – disse antes de sumir.


  Confusa, Lene aparatou seguida por Sirius, Remo, Adie, Naomi e por fim Mercúrio.


  Todos aparataram direto na grande sala dos quadros.


- Bem-vindos a Mansão dos Potter, mas imagino que já tenham vindo aqui, já que aparataram direto, e bem, já que falaram – falou Harry sorrindo.


- Não entendo, o que fazemos aqui? – perguntou Remo.


- Não pode imaginar, Aluado? – perguntou Tiago.


  Todos olharam para o quadro onde tinha Tiago e Lilian sorridentes.


  Remo e Marlene correram para o quadro dos amigos, diziam que estavam com saudades, que queriam mais que tudo ter pensado na possibilidade de terem virado quadros, entre outras coisas.


- Hei, hei! Tudo bem, tudo bem – falou Pontas tranqüilo.


- Harry, querido, por que não avisou que eles estariam lá? – perguntou Lílian sorridente.


  Harry, que estavam ao lado de Remo, sorriu para a mãe.


- Não sabia, mãe – falou.


- Mãe? Ãhnnnnn? – perguntou Marlene.


  Harry voltou com seus cabelos pretos e ao seu tamanho original.


- HARRY! Meu afilhado! Ah, meu Deus! – falou antes dar um abraço nele e o rodopiar no ar – Dumbledore me disse que você fora para seus tios, imaginei que ainda estivesse lá.


- Não, quando tinha três anos, Comensais mataram eles e parei aqui, desde então cá estou – falou sorrindo – Aqui é bem animado sabe. Eu brincava com Adie, aprendia com Náh e Merk, quando ganhei uma vassoura de Naomi, voava por ai, sob protesto da mesma que eu poderia quebrar algo, ficava na biblioteca, na piscina, ou aqui conversando com meus pais, meus avós, meus parentes, inclusive com o idiota ali – disse apontando para Salazar que bufou.


- Continua aproveitando que estou num quadro, não é? Você veria só.


- Duvido, ganho de você num duelo com um estalar de dedinhos – zombou.


- Há, há. Só por que aprendeu uns feitiçinhos com Mercúrio se acha o bom – falou bravo.


- E não sou? Admita, você perderia sua cobrinha – disse rindo.


- Humpf – resmungou Salazar e, num ato de infantilidadem virou a cara.


- O que? Como assim, do que ‘cês tão falando? – perguntou Lene confusa.


- É que durante todo tempo que estou aqui, vim treinando magia.


- Sem varinha? Por que só se pode comprar varinha aos onze anos – falou Remo.


- É... Remie – acrescentou rindo.


  Todos riram, exceto Remo que corou e bufou.


- Odeio esse apelido, mas já que faz tempo que não te vejo, vou deixar só dessa vez, mas não próxima eu azaro – falou.


- Mas, me diga, Harry, o que acha de um duelo? – perguntou Sirius.


- Aqui? Agora?


- Sim, ou está com medo? – falou tirando a varinha das vestes, eles a entregaram.


- Não, por mim tudo bem – falou Harry.


- Isso vai ser divertido – murmurou Adie para Remo e Marlene enquanto iam mais para o canto da sala e Harry e Sirius para o meio.


- Saiba que eu era um bom Auror, hein – falou sorrindo.


- Agora que eu ganho mesmo. Já aprendi feitiços NIEMs quando tava com seis anos – disse rindo.


- Certo, certo – falou Sirius pouco convencido.


  Ele e Harry fizeram uma reverencia, e se posicionaram.


- Estupefaça! – falou Sirius, mas, para sua surpresa, com um estalar de dedos do Harry, o feitiço foi anulado.


- Só isso? – brincou.


- Levicorpus.


  Mas novamente o feitiço fora anulado.


- Tente assim. – e ele estalou os dedos. Sirius fora lançado para longe, no mesmo instante em que era amarrado por cordas.


  Harry sorriu e disse: - Ganhei. Sirius, você devia aprender. Sou um exímio Legilimente e Oclumente, nunca vai conseguir entrar em minha mente, mesmo que seja discreto. E você não vai conseguir se defender de meus feitiços com um simples Protego não-verbal. Meus feitiços, sem varinha, agem diretamente em você. Não vai sair um jatinho de luz para te acertar e você bloquear como uma varinha, vai diretamente.


- Ai, doeu – reclamou se levantando, enquanto as cordas caiam no chão de mármore – Mas não entendo, como sabe tudo isso?


- Desde os três anos aprendo, minha mágica não precisa de varinha. Na verdade... – falou e mexeu a mão. Um leãozinho de fogo surgiu. Ele corria em volta do moreno e depois se tornou de água, depois pedra, mas Harry deixou tombar no chão e se estilhaçou em pedrinhas menores, as quais ele limpou com uma brisa de vento.


- Uau – falou Remo que estava no canto.


- Eu aprendi feitiço até meus seis anos, aprendi a Arte Elemental, a Arte de Duelar, Legilimencia, Oclumencia, Animagia Múltipla eu nasci, que nem Metamorfomagia. Aprendi aparatação Élfica, de forma que posso até aparatar em Hogwarts, e cura Élfica, cura qualquer um rapidamente.


- Ai, é coisa demais para minha cabeça – disse Marlene antes de sorrir e dar mais um abraço no afilhado.


  Harry sorriu, agora sua família parecia mais completa.

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