Uma ou mais varinhas



Capítulo 7 – Uma ou mais varinhas...


 


POV’S Harry:


 


  Eu estou animadíssimo hoje!


  Já que tenho onze anos, posso ir comprar uma varinha. Não que eu precise de uma, mas é uma coisa meio simbólica um bruxo ganhar sua varinha.


  No momento, estou andando pelo Beco Diagonal, disfarçado é claro. Todos nós (Sirius, Marlene, Remo), exceto os Real, estamos disfarçados. Sirius, Lene e Aluado lançaram um feitiço neles mesmos, já que não são metamorfomagos. Sirius ficara com os cabelos mais curtos e pretos, dissera que loiro seria muito Malafoy, ou Malfeito.  Lene deixara os cabelos ruivos e os olhos ficaram castanhos mesmo, de acordo com ela, poderia se passar por minha mãe. Remo deixara os cabelos mais pretos, pois eles eram meio cor de mel. E eu deixei os cabelos ruivos e bagunçados, mas, como sempre, os olhos verde-vivo.


  Entramos no Olivaras Varinhas e um sininho na porta anunciou nossa chegada.


  Tinha outra família ali dentro. Aliás duas famílias. Uma era a dos Longbottom. Ah, sim, eu pesquisei nos velhos Profetas Diários tudo o que aconteceu na época do Voldeco. E a outra era uma família trouxa com certeza.


  Sirius conjurou cadeiras para todos e sentamos enquanto esperávamos. Mas eu não sentei, não tinha a mínima vontade de sentar.


  Fiquei olhando a loja, até que Neville Longbottom para na minha frente.


- Olá – ele disse.


- Oi.


- Sou Neville Longbottom, e você é? – ele perguntou.


  Quase disse: “Eu sei quem você é e sou Harry Potter”. Quase.


- Prazer, sou Harry McKinnon – falei simplesmente.


- Vai para Hogwarts também?


  Pensei um pouco. O que poderia dizer? Não, não, faço magia desde os três anos?


- Não, eu vou para... Durmstrang – inventei.


- Ah, que pena. Mas por que veio comprar varinhas no Olivaras então? – perguntou visivelmente confuso.


- Ah, é melhor que as varinhas de Gregorovitch – falei. Ah, fala sério, mereço premio de bom inventador de histórias.


- Hm...


- Neville! – chamou a avó do garoto.


- Estou indo, vovó. Tchau, Harry – disse acenando e indo para o balcão.


  Acenei de volta. Pude ver a família trouxa saindo. A filha do casal tinha cabelos castanhos volumosos, de forma que ficavam meio de pé. E tinha aquele ar de sabe-tudo, além de carregar muitas sacolas da Floreios e Borrões.


  Dei de ombros e esperei minha vez.


  Neville não demorou muito e logo saiu feliz com sua varinha. Me aproximei do balcão e o Sr. Olivaras sorriu e me olhou com aqueles olhos azuis e curiosos.


- Bom dia, Sr...


- McKinnon – respondi sorrindo.


- Ah, sim, lembro-me perfeitamente de quando vendi uma de minhas varinhas para Marlene McKinnon, imagino que seja filho dela? – ele aparentemente não notara que a mesma estava sentada em uma cadeira na loja.


- Hm... É – respondi por fim. Eu não sou filho de Lene, é até estranho dizer isso.


- Interessante. Bem, teste esta varinha – falou me oferecendo uma.


  Não sei quando ele pegou uma caixa de varinha e tirou a mesma de dentro, mas dei de ombros e peguei.


  Testei lançando um feitiço para quebrar vidros no pote de flores da bancada. Rachou, mas não quebrou completamente. É, essa não é minha varinha.


- Bom, mas talvez, possa ser melhor – falou e me entregou outra.


  Tentei um feitiço de levitação em uma caixa de varinha na prateleira, mas só se mexeu. Ai, credo! Sem varinha é bem melhor!


  Testei várias. Feitiços básicos. Levitação, cortes, transfiguração, mas nunca acontecia corretamente.


- Bem... Não, não... Mas... Quem sabe? – disse o Sr. Olivaras falando sozinho. Andou até os fundos da loja e voltou com uma caixa. Abriu a tampa e pude ver uma bonita varinha – Uma varinha de azevinho e pena de fênix, uma combinação incomum.


  Ok, já tinha ouvido falar dessa varinha. Voldeco tinha uma. O que, agora elas tem núcleo gêmeo? Seria irônico.


  Peguei a varinha e testei no pote de flores e o feitiço para quebrar vidros funcionou perfeitamente.


- Curioso, muito curioso – murmurou o Sr.Olivaras.


  Se ele estiver pensando a mesma coisa que eu, não acho curioso, mas se ele quer encarar assim...


- O que é curioso?


- Essa varinha, Sr. McKinnon. Lembro-me de cada varinha que vendi, e nenhuma tem o mesmo núcleo. Como nenhum unicórnio é igual, nenhuma varinha é igual. Mas esta varinha possui uma “irmã gêmea”, digamos assim, e a irmã gêmea dela, é a mesma que produziu a cicatriz de Harry Potter.


  Humpf, nada legal, nada curioso. Sabe, que bom que eu cobri minha testa bem com o cabelo.


- Obrigado, Sr. Olivaras – falei antes de deixar sete sicles no balcão e sair seguido de meus familiares.


  Quando saímos, aparatamos direto em casa, fingi tocar o braço de Marlene para ninguém estranhar um garoto de onze anos aparatando.


  É, sinceramente, já tive dias mais estranhos.


 


POV’s Autora:


 


  Chegando em casa, Harry jogou-se no sofá da sala dos quadros olhando melhor sua varinha. Ele não entendia o que aquele pedaço de madeira tinha de tão importante. Seu padrinho, sua madrinha e seu tio postiço só conseguiam fazer magia com uma varinha, mas para ele só parecia atrapalhar.


- Harry – disse Naomi chegando na sala e encontrando o moreno esparramado no bonito sofá vermelho.


- Sim, Náh? – perguntou meio sonolento.


- Tenho uma coisa pra te dar, ficou sob minha responsabilidade por muito tempo.


- E eu também – falou Mercúrio chegando na sala.


- E eu! – disse Sirius animado.


- E é claro, não podia faltar, eu! – falou Marlene entrando sorridente.


  “Quase parece meu aniversario” pensou o moreno divertido.


- Tome – falou Mercúrio entregando uma caixa a Harry.


  A caixa era pequena e retangular. Abriu devagar e ficou surpreso ao ver uma varinha ali. A varinha era preta com detalhes azuis, uma coisa meio diferente.


- Não entendo, uma varinha? – perguntou confuso e pegou a varinha na mão direita. Um calor em sua mão fez ele se sentir bem.


  De repente, a varinha não era mais uma varinha, e, sim, uma espada.


- Credo! – falou surpreso e outros riram.


- Todo mago tem uma espada, Harry – falou Adie, que até agora, o moreno nem notara estar ali.


- Eu não sou mago, sou bruxo – falou infantilmente.


- Não, não. Existem três tipos, bruxos, feiticeiro e mago. Bruxo é mais fraco  depois feiticeiro e por fim, o mais poderoso, os magos – explicou Naomi sorrindo – Qualquer um pode se tornar um mago, se treinar bastante...


- Como você – terminou Lilian, de sua moldura.


  Harry sorriu satisfeito. A espada, que tinha o cabo preto, onde tinha uma safira incrustada, e a lamina prateada, voltou a ser uma varinha.


- Agora o meu – falou Naomi animada e entregou outra caixa a Harry.


  O moreno abriu a caixa ansioso e pode ver duas varinhas ali. Uma era bem preta, e a outra estranhamente avermelhada.


- Eram nossas varinhas – falou Tiago sorridente.


  O moreno admirou. Abriu e fechou a boca para agradecer, mas a voz não veio.


- Acho que ele gostou – pode ouvir Marlene sussurrar para Remo.


  Saindo de seu transe, ele sorriu e disse: - Obrigado.


- Por nada, querido – disse Naomi dando um beijo na testa dele.


- Minha vez! – falou Sirius parecendo uma criança que viu um doce e entregou outra caixa a Harry. Retangular, dourada com rubis vermelhos.


- Isso passa de geração a geração – falou Tiago.


  Harry abriu a caixa e pode ver uma varinha completamente branca.


- É bonita – falou.


- Era minha – disse Godric do quadro dele – Passa de geração para geração, mas ninguém nunca usa ela, ninguém nunca conseguiu.


- Estranho – falou analisando melhor a varinha.


  Seus olhos verdes ficaram desfocados por um momento, ficando esbranquiçados. A cabeça pendeu para um lado e uma luz vermelha cobriu o corpo de Harry.


  Harry balançou a cabeça atordoado, seus olhos voltavam ao poucos ao verde-vivo e a luz vermelha que o cobriu sumiu.


- O que foi isso? – perguntou Remo assombrado.


- A varinha escolheu ele como seu novo dono – falou Rowena animada e com aquele ar de inteligente.


- Como assim?


- Ora, a varinha escolhe o bruxo, vocês não lêem não? – zombou Harry.


- Claro que lemos, mas queremos saber por que ela escolheu você! Ela nunca foi usada por ninguém depois de Godric – exasperou Marlene preocupada.


- A varinha escolhe o bruxo mais poderoso – explicou Godric simplesmente. Rowena sorriu orgulhosa.


- Bem... Eu não sou tão poderoso assim, quer dizer, não posso ser mais poderoso que Godric, seria loucura – falou o moreno atordoado.


- Então, estamos todos loucos, porque é verdade, você é mais forte que eu – falou Godric.


- Ta certo... Isso é estranho – admitiu.


- Bem, depois você pensa na esquisitice disso, abra meu presente – disse Lene sorrindo e entregando uma caixa retangular. Com certeza uma varinha. “Quantas!” pensou o moreno antes de abrir a caixa preta.


  Dentro tinha uma varinha, como pensara. Era estranhamente dourada com pequenos diamantes incrustados, pequenos mesmo.


- Uau – murmurou surpreso – É... Muito bonita.


- É a varinha de mago, entende? – perguntou Lene sorrindo.


- Ah, vai virar uma espada? – perguntou e não deu outra. A varinha, estranhamente, transformara-se numa bela espada. O cabo para se segurar de cor dourada, a lamina brilhante como prata, e no cabo um diamante incrustado.


  Todos riram, felizes.


- Sim, sim. – disse Remo rindo baixinho.


- Sabe, pra que tanta varinha? Eu nem preciso delas – falou confuso.


- Ora, todo bruxo tem uma varinha. A sua, oficialmente, é a de azevinho e pena de fênix – falou Adie.


- Mas, todo mago tem uma espada/varinha. E você tem, essa que você ganhou dourada. Se algum dia você perdê-la, ou não quiser guardá-la com você, para ela vir até você, é só invocá-la – falou Naomi.


- Como? – perguntou visivelmente confuso.


- Você vai saber na hora – disse piscando um olho.


- Ta – falou emburrado. – Mas e as outras?


- Achamos que gostaria de ter a varinha de seus pais – explicou Sirius.


- E a de Godric, como disseram, de geração para geração.


- E a outra que também vira espada era de Merlin – falou Remo.


- Uuuu – disse feliz – Vou treinar!


  Saiu feliz pela sala enquanto os outros reviravam os olhos. Já previsto, com certeza.

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