Morto?!



Capitulo 6 – Morto?!


 


(Dois anos após o julgamento de Sirius, época de Harry entrar em Hogwarts, 1991)


 


  Alvo Dumbledore era, atualmente, o diretor da grande Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Ele gostava muito daquela escola, tanto que quando lhe indicaram para ser Ministro da Magia, recusara. Gostava da volta as aulas, onde dava seus animadores discursos, ou da carinha feliz das crianças por rever os amigos e “encher mais suas cabeças ocas”.


  Mas ele era engraçado. Para alguns era simplesmente um velho gagá, para outros era aquele velho sábio e conselheiro, que, estranhamente, parecia estar sempre acordado para dar ajuda.


  No momento, estava em seu gabinete, olhando a lista de alunos que iria ingressar em Hogwarts esse ano.


Ana Abbott...


Susana Bones...


Teo Boor...


Mádi Brocklehurst...


Lilá Brown...


Mila Bustrolde...


Justino Flich-Fletchlev...


Simas Finnigan...


Hermione Granger...


Neville Longbottom...


Draco Malfoy...


Theodore Nott...


Pansy Parkinson...


Padma Patil...


Parvati Patil...


Lisa Turpin...


Ronald Weasley...


  Parecia tudo certo... “Espera ai!” pensou o diretor apressado e voltou a olhar a lista. Mas alguma coisa estava certamente errada! Entre Parvati Patil e Lisa Turpin, devia estar Harry Potter!


  Com certeza houvera algum engano... Mas não podia, a lista era feita magicamente, nunca se enganara... Mas o garoto devia estar lá, era para estar lá!


  Cambaleante, como se estivesse bêbado, foi até a lareira e atirou um pouco de pó, para logo depois dizer:


- Minerva McGonagall!


  O rosto da velha professora apareceu na lareira. Professora de Transfiguração a muito tempo em Hogwarts. Estava feliz, lembrava-se perfeitamente de que seu sobrinho-neto, que ele não a conhecia, iria ingressar na escola.


- O que foi, Alvo? – perguntou quando viu a cara de preocupado do diretor.


- Venha a minha sala, por favor – não sabia nem de onde tinha conseguido arranjar voz para falar.


  Afastou-se um pouco da bonita lareira e caminhou de volta para sua mesa, onde jogou-se na sua grande cadeira no mesmo momento que a professora saía das chamas verdes e caminhava até ele.


- O que aconteceu de grave?


- Olhe na lista dos alunos desse ano, entre Patil e Turpin – pediu gentilmente.


  A professora rapidamente olhou e arregalou os olhos.


- M-mas como? – gaguejou. O que acontecera ao garoto?!


- Eu não sei, não faço idéia de onde ele possa estar – admitiu.


- Escreva para Lupin! Para Marlene! Ou Sirius! Conheço ele, com certeza não iria descansar enquanto não encontrasse o afilhado – falou a professora, a beira do desespero.


- Faria isso, mas... Não vejo Marlene, Remo e Sirius desde o julgamento dele – falou. Lembrava-se perfeitamente de a dois anos atrás ter ido ver o julgamento de Sirius Black, mas algo que lhe chamara a atenção fora o advogado de defesa. Aqueles olhos verdes... Mas... Não, não poderia ser.


- Bem, vamos até a Rua dos Alfeneiros descobrir o que aconteceu, Alvo – falou Minerva decidida.


- Vou sozinho e com Fawkes, assim, chegarei mais rápido – falou gentil.


  A ave piou, algo que se assemelhava a uma melodia maravilhosa, e voou para perto de Dumbledore, o levando numa labareda de fogo.


  O diretor pousou na rua dos Alfeneiros. Começou a caminhar rapidamente para a casa nº 4, mas quando entrou, estava vazia. Se horrorizou com a cena. O Sr. e a Sra. Dursleys mortos ao chão da sala, ao lado de Duda, também morto. Tinha três Comensais da Morte no chão. Um pouco de sangue cercava suas cabeças.


  Tentou usar Legilimencia neles, mas só via imagens distorcidas. Um deles estava sem memória, e sem retorno, mas conseguia ver que perdera a memória a sete anos. Noutro, ele via muita luz verde, que ele facilmente reconheceu a Maldição da Morte. E o ultimo, ele pode ver que estava como o primeiro sem memória, a única coisa que ele se lembrava era ter a ordem de matar Harry Potter, que ele nem mais sabia quem era.


  A boca de Alvo se entreabriu... Se ele estava certo... Harry Potter... Estava... Morto! Harry Potter está morto!


  Chamou Fawkes novamente, e num segundo estava de volta a sua sala.


  A professora McGonagall o esperava ansiosa.


- E então, Alvo? – perguntou não se agüentando mais. Entretanto, o rosto do diretor parecia dizer bem o que acontecera.


- Harry Potter... Harry... Está morto – finalizou num sussurro.


  Os olhos da professora voaram largos, tão arregalados que lagrimas começavam a cair.


- Não, não pode ser.


- Eu vi. Posso estar errado, e que, por favor, esteja. Mas eu vi definitivamente. Tinha Comensais da Morte caídos no chão, vi em suas memórias. Uma luz verde na cabeça de um, o objetivo de matar Harry na de outro, e a de perder a memória noutro. Harry Potter morreu faz sete anos – terminou, mas ainda não podia acreditar nisso.


  Minerva chorou como nunca chorara antes. Primeiro Tiago e Lilian, agora Harry! Pelo amor de Merlin, e agora? E quando descobrissem?


  No dia seguinte, todo mundo mágico já sabia. Saíra no Profeta Diário, após Dumbledore explicar tudo é claro.


 


O-Menino-Que-Sobreviveu morto?


 


  De acordo com Alvo Dumbledore, atual diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Harry Potter, famoso por matar Você-Sabe-Quem, foi morto a sete anos.


  Dumbledore o deixara na casa dos tios após aquela terrível noite, mas dissera que, quando estava checando a lista de alunos que entrariam para Hogwarts este ano, o nome do menino simplesmente não estava lá.


  Decidira checar mais afundo, e quando fora na casa de Harry Potter, os tios do mesmo estavam mortos, e três partidários de Você-Sabe-Quem sem memória e com hemorragia cerebral.


“Um deles, mesmo sem memória, lembrava-se de ter batido a cabeça a sete anos. Outro via um clarão de luz verde. E o ultimo, lembrava-se apenas de querer matar Harry” disse o diretor entristecido.


  Então, Harry Potter, O-Menino-Que-Sobreviveu, há de estar morto mesmo, e a sete anos? As provas pesam com isso.


 


 


POV’s Harry:


 


  Acabo de descobrir que o mundo mágico acha que estou morto. Vi no Profeta. Eu esperava que tivessem achado que eu tinha sumido, mas morto? É, povinho adora criar historia.


  É claro que me lembro perfeitamente dos Comensais que mataram meus tios e meu primo, mas foi até bom saber que eles ainda estão na minha sala de estar, e sem memória! É quase como um bônus.


  Sirius rira dizendo a mesma coisa que eu, logo depois recebendo um tapa de Lene.


  Eles ainda moravam comigo. Ele, Lene e Remo. Mas, como eu, não se sentiam presos. Abençoado seja o espaço amplo dessa casa.


  Lembro-me do dia que decidira não ir para Hogwarts. Eu não tinha nada para fazer lá. Já aprendi tudo que podia ser aprendido. Nada nem ninguém me prenderia naquela escola, e sempre será assim.


  Não havia motivos para eu ir.


Minha mãe dissera: “Você vai gostar de lá, vá querido” , mas acabara concordando que já tinha aprendido tudo que aprenderia lá, e mais um pouco.


Meu pai disse: “Que pena, não vai usar o Mapa do Maroto, mas, bem, também não estamos com ele. Se bem que, se algum dia, você mudar de idéia, apronte todas!” e recebera um tapa de minha mãe.


  Sirius repetira o que meu pai disse, e já estava se gabando por não receber tapas de ruivas, quando Lene lhe dera um tapa, bem estalado, na cara, onde, por um acaso, ficara vermelho por dois dias. Ela berrara: “Como você é arrogante, Black! Estamos decidindo a educação de seu afilhado e você brincando!”. Entretanto, Sirius a puxara para um beijo, hm... Um tanto... Ardente, e ela se derretera.


  Tio Aluado ria da cena, tanto quanto os outros quadros e Adie, e concordara como todos.


  Naomi concordara prontamente, mas acho que porque queria que eu ficasse perto dela. Mercúrio concordava com tudo que Naomi concordasse.


  E Adie, de longe a mais alegre, fizera uma dancinha seguido de um abraço de urso. Ela tem dezesseis, espírito de sete.


  É, minha família é assim, bem engraçadinha, não estou reclamando é claro. Eu adoro ela!


  Mas que foi um dia engraçado e agitado, ah, foi.

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