Descoberta



Rony acordou e desejou logo feliz natal ao amigo. Esse retribuiu e contou-lhe o que Hermione havia feito. Rony riu da cara dele, enquanto abria os seus presentes. Harry acabou rindo também, afinal Hermione foi muito esperta ao ter aquela idéia. Rony logo deixou o amigo sozinho, queria desejar feliz natal a namorada e agradecer o presente que ela lhe deu, ela também ficou no castelo.




No dormitório feminino Hermione e Gina abriam seus presentes. Gina recebera de Draco um lindo colar com um pingento de coração. Hermione agora abria o presente que o garoto misterioso lhe mandara. Também não pôde deixar de sorrir quando viu que recebra uma pulseira. Mostrou a amiga que também achou lindo o presente. Gina foi até Draco agardecer o colar, e deixou Hermione obeservando a sua pulseira. Percebeu que tinha umas gravações nela, mas não eram como as da outra pulseira. Era uma espécie de idioma ou símbolos antigos. Queria decifrar o que tinha escrito ali, mas lembrou-se que a maioria dos dicionários de outras línguas e símbolos bruxos ficava na seção proibida. Resolveu pedir a capa de invisibilidade de Harry. Como havia poucos alunos ela com certeza conseguiria entrar lá mesmo sendo de dia.




Foi até o dormitório masculino, mas sem antes procurar na estante do salão comunal seu embrulho. Ele não estava mais lá, então com certeza o garoto já havia pegado. Ela sorriu. Logo saberia quem estava mandado-lhe aquelas cartas. Quando chegou a porta do dormitório apenas bateu. Harry que nunca imaginara que pudesse ser Hermione nem perguntou quem era, apenas mandou entrar. Quando ela o viu em pé próximo a cama estava sem camisa. Sua camisa estava sobre a cama, provavelmente estava se vestindo naquele momento. Ela não pôde deixar de olhá-lo. agora aos dezesseis anos, ele tinha o peitoral bem definido devido ao quadribol. Ficou um pouco vermelha, ele mais ainda quando viu que era ela, e pegou a camisa ligeiro.




Quando ia pegar a camisa, Hermione viu a pulseira em seu braço. Seu coração disparou. Não poderia ser. Harry? Esse tempo todo era ele? Quando terminou de vestir a camisa reparou que a amiga estava com cara de surpresa. Com certeza vira a pulseira, pensou.




_ Mione. – ele a chamou, mas ela ainda não conseguia assimilar o que viu. – Eu posso explicar. Não era para você descobrir assim, nem agora. – ela nada falava. Ele aproximou-se, mas com isso ela deu um passo para trás.




_ Era você? Esse tempo todo era você Harry? Por quê? – ela queria entender o porquê de tudo aquilo.




_ Calma Mione, eu tenho um motivo.




_ Motivo? Você brincou com meus sentimentos Harry, não há explicação pra isso. – agora ela sentia vontade de chorar. Fora enganada aquele tempo todo, e por seu melhor amigo.




_ Mione eu fiz isso porque estou apaixonado por você. Eu te amo. – disse ele, parecia desesperado, ela tinha que acreditar nele.




_ Ama? E que tipo de amor é esse Harry? – agora já tinha começado a chorar. Lembrou-se de todas as cartas, do que começara a sentir pelo outro suposto garoto.




_ Sim Mione, te amo. Por favor, não chora, me perdoa. Eu juro que só queria fazer você se apaixonar por mim também. – mas Hermione não quis ouvir. Saiu deixando Harry falando sozinho. Esse correu atrás dela e a segurou pelo braço. Tentou beija-la, mas ela o empurrou. Harry então desisitu e a deixou partir. Por que tudo isto estava acontecendo? Tudo que queria era ficar com ela.




Hermione entrou correndo no dormitório feminino. Não conseguia parar de chorar. Mas por que estava daquele jeito, afinal o que ela mais queria era verdade: Harry a amava. Mas sentia-se enganada, porque ele simplesmente não contou que gostava dela? Por que teve que finjir ser outra pessoa e confundir seu coração. Não parava de pensar naquilo e chorar.




No salão principal Harry parecia desolado. Tinha dado tudo errado. Agora ele achava impossível a idéia de namorar um dia a amiga. Rony e Gina entraram pelo retrato da mulher gorda. Vendo Harry com algumas lagrimas nos olhos foram até ele.




_ Harry? Aconteceu alguma coisa? – perguntou Gina preocupada.




_ Deu tudo errado, tudo. – dizia em tom de lamentação.




_ O que cara? – foi a vez de Rony perguntar.




_ Sua idéia Rony, de conquistar a Mione através daquelas cartas. – Gina sorriu. Sempre suspeitou de Harry.




_ Então era você. Mas eu não entendo, porque diz que deu errado? A Mione está apaixonada por você.




_ Não está Gina. Ela gosta de outro cara, ai tentei conquista-la. Só que agora ela deve estar me odiando porque de certa forma enganei ela esse tempo todo. – Gina ia falar, mas Rony interrompeu.




_ E como foi isso?




_ Ela viu a pulseira. – Gina tentou falou falar de novo, mas mais uma vez foi interromepida.




_ E por que você deixou? – perguntou Rony.




_ Eu não deix... – Harry não terminou de falar porque foi interrompido por Gina que quase gritou para chamar a atenção deles.




_ Escuta Harry a Mione gosta de você, sempre gostou. Quando ela disse que gostava de outro ela estava se referindo a você, mas falou para o garoto que se correspondia com ela. Hermione achou que você nunca se interessaria por ela, por isso decidiu tentar te esquecer. Se você tivesse confessado tudo logo nada disso teria acontecido. – agora era Gina que estava aborrecida. Harry ouvia tudo atônito. Não conseguia acreditar naquilo.




_ Você tem certeza Gina? – perguntou ainda tentando se convencer que ouvira tudo aquilo.




_ Claro Harry. Agora se eu fosse você ia agora mesmo atrás dela e pediria desculpas.




_ Mas ela não quer me ouvir.




_ Por que não tenta? – disse ela.




_ Ok.




Harry foi até o dormitório de Hermione. Essa ainda chorava. Bateu na porta, mas ela não lhe respondeu. Tentou novamente, mas foi em vão. Decidiu chama-la.




_ Mione, abre aí, preciso falar com você. – não teve resposta. – Por favor. Preciso te explicar o que aconteceu.




_ Vai embora Harry, não quero escutar nada que você tenha pra me dizer. – foi a única coisa que ouviu da garota.
_ Por favor, Mione. – tentou mais uma vez, mas ela nada respondeu.




Desistiu. Voltou para o salão comunal cabisbaixo. Gina e Rony o esperavam, mas quando o viram logo entenderam que ela não havia cedido. Ele se sentou ao lado do amigo, que disse:




_ Sinto muito Harry. Foi tudo minha culpa. Se quiser eu falo com ela.




_ Não Rony, deixa que eu resolvo isso.




_ E como pretende fazer isso? – perguntou Gina.




_ Ainda não sei. Ela disse que não quer escutar nada que eu tenho pra dizer. – lamentou. Gina e Rony ficaram calados. Não podiam fazer nada pelo amigo. Ele desanimado, foi para seu dormitório. Deitou-se em sua cama e estendeu o braço. A pulseira era linda, Hermione tinha ótimo gosto pra presente, pena que ela não lhe trouxe sorte. Agora pegou seu medalhão, outro presente dado pela garota e que ele tinha amado. Nem precisou se esforçar muito, logo a imagem de Hermione já saia do medalhão. Agora era a lembrança que tinha dela do dia que a viu lendo sua carta. Ela deitando-se na cama e sorrindo. Por que aquilo tinha que acontecer? Não se conformaria. Mostraria a Hermione que ela estava cometendo um erro, afinal ela foi capaz de se apaixonar por ele duas vezes.




Passou a tarde em seu dormitório, assim como Hermione. Não sabia como convenceria a amiga que tudo fora um erro, mas que ele estava arrependido. Foi então que decidiu escrever uma carta, talvez a última, isso só dependeria dela. Pegou um pergaminho normal, não precisava mais esconder sua letra, mas usou a mesma tinta com perfume de rosas que usara em todas as outras cartas. Era quase noite quando terminou. Estava com fome, não tinha almoçado, então descaria para comer algo e aproveitaria para entregar a carta a Hermione.





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