Regresso a Hogwarts



A Sra. Weasley os acordou gritando. Estavam atrasados e deveriam partir imediatamente para o beco diagonal. Harry e Rony correram para se arrumar, o que não foi diferente com as garotas. Depois daquela correria que chamaram de café da manhã seguiram logo para o Beco Diagonal. Algumas pessoas da Ordem estavam lá naquela manhã e aproveitaram para se despedirem dos garotos. Tonks deu um abraço em todos eles, Moody limitou a desejar boa sorte, e Lupin despediu-se das garotas com um abraço e dos garotos com um aperto de mão. Ele não deixou de notar que Harry parecia melhor, e ficou feliz por isso. Eles assim que terminassem as compras iriam para Hogwarts, enato não iriam se ver por um bom tempo. Foram para o Beco Diagonal por Flu. A lareira da sede foi conectada a loja dos gêmeos, o que facilitou muito transição dos membros. Chegando na loja Hermione e Harry que não estiveram ali ficaram admirados. Eles com certeza souberam utilizar o dinheiro do torneio tri-bruxo.




_ Olá pessoal – disse Jorge.




_ Oi. – responderam em coro.




_ E ai, Harry, Mione, que acharam da nossa lojinha? – Fred perguntou. De fato não era muito grande, mas era bem dividida. Tinha todo tipo de “gemialidades” Weasley.




_ Nossa! Esse lugar é incrível. – disse Harry. Hermione ainda observava ao seu redor. Gina e Rony apenas riram. Também ficaram assim da primeira vez que entraram lá.




_ Você não gostaria de um quite mata-aula? – Fred ofereceu uma caixa de tamanho médio que teria todo tipo de coisa para matar as aulas em Hogwarts.




_ Nem pensar. Vamos logo que estamos atrasados. – A Sra. Weasley falou em tom de desaprovação. Ainda não via com bons olhos os gêmeos terem deixado Hogwarts por aquela loja.




_ Depois a gente volta. – disse Rony. Queria aproveitar a ida na loja e pegar um daqueles quites. Sabia que era muito perigoso deixar um enquanto estava com sua mãe, ela o mataria se encontrasse com aquilo.




_ Vamos primeiros ver alguns livros. Depois poderemos nos separar, caso vocês queiram comprar algo que não esteja na lista, está bem? – todos assentiram com a cabeça e saíram. Foram então para a Floreios e Borrões. Lá Harry, Rony e Hermione compraram seus livros do sexto ano, e Gina os seus do quinto. Em seguida compraram outros materiais da lista. Faltava agora pergaminho, tintas e penas, mas Rony queria fazer isso sozinho com Harry. Então se separaram. Eles foram atrás dos últimos itens restantes, que não quiseram comprar junto com as garotas, e estas foram dar uma volta.




_ Por que não podíamos ter comprado lá também Rony? – Harry perguntou ao amigo.




_ Para que você possa comprar uns pergaminhos e tintas especiais. – e sorriu maroto para Harry.




_ Pra que eu quero que eles sejam especiais? – ele não estava entendendo o que o amigo pretendia.




_ Para que possamos colocar a minha idéia em ação. – Harry ficou meio pálido. Idéia? O que seria? Por que ele tinha a impressão que Hermione estaria envolvida. Realmente não fora boa idéia contar aquilo para Rony, ele pensou.




Eles entraram numa loja que parecia especializada nisso. Tinha pergaminhos e tintas de todas as coras. Penas de todos os tamanhos. Eles foram até o balcão e Rony pediu:




_ Eu gostaria de uns 50 daqueles pergaminhos que quando escrevemos muda a nossa caligrafia, para que esta não seja reconhecida. – pediu ao homem que estava a atrás do balcão. Harry continuava sem entender nada, e enquanto o senhor foi buscar o pergaminho Rony disse: Depois te explico.




_ Aqui estão. Mais alguma coisa?




_ Queremos três frascos de tinta, cor preta, que tenha essência de rosas.




_ Certo. Irei buscar.




_ Nossa, e existe isso é? – Harry perguntou.




_ Claro. Escrevo as carta de Luna assim e ela adora, acha romântico.




_ Pronto. Quer que embrulhe juntos? – perguntou o senhor que agora trazia as tintas.




_ Sim, por favor. – Rony respondeu. Em seguida deu o restante da lista de Harry e dele. – Agora, por favor, queremos essas quantidades de tinta, pergaminhos e penas, normais, ok?




_ Agora mesmo. – ele foi buscar o restante das coisas. Harry então voltou a perguntar o que era tudo aquilo.
_ Harry, eu estava pensando, você não sabe se a Mione gosta de você certo? Bem, se ela já gosta pelo visto não saberemos, mas você pode conquistá-la.




_ Eu já disse que se não consegui isso nesses 6 anos, não vejo como conseguir agora.




_ Aí é que entram os pergaminhos. Você irá conquistá-la, mas ela não saberá que é você.




_ Acho que você enlouqueceu Rony.




_ Não. Entenda! Você vai escrever para ela toda noite. Dirá que se apaixonou por ela, que quer namorar com ela, que quer que ela goste de você. Ela não saberá que é você porque o pergaminho não vai deixar. E também toda carta terá o cheiro das flores que ela mais gosta.




_ Estou começando a entender. – Harry ficara surpreso por Rony saber quais eram as flores prediletas da amiga.




_ Você também deixará um pergaminho, para que ela possa responder. Você dirá que ela não tem obrigação de escrever, mas com certeza ela vai responder, aposto que irá morrer de curiosidade para saber quem você é. Sempre deixará a carta nas coisas dela.




_ E como vou pegar as que ela escreveu?




_ Pensaremos num local quando chegarmos a Hogwarts. Mas você sempre as pegará com sua capa de invisibilidade. Tenho certeza que a Mione, tentará descobrir quem é seu admirador secreto.
_ Com certeza. Você acha que vai dar certo?




_ Claro. Tenho certeza que se ela não está apaixonada por você, com certeza se apaixonará. – disse confiante. Harry ainda parecia meio indeciso, mas por que não tentar? Se desse errado, se ela nem assim gostasse dele, pelo menos ela nunca iria saber que era ele.




Eles então partiram em encontro das garotas e da Sra. Weasley. Elas já os esperavam, e pareciam agoniadas.
_ Até enfim rapazes! – Sra. Weasley mal acabara de falar e já saia andando, e os garotos fizeram o mesmo. – Se não formos agora perderão o trem para Hogwarts.




Eles não conversaram muito pelo caminho. Rony trocou algumas palavras com Harry que pedira educadamente para que se calasse, caso contrário Hermione ouviria. Essa vinha distraída conversando com Gina, até que finalmente chegaram a plataforma 9 ¾. Despediram-se da Sr.a Weasley e embarcaram no trem. Por sorte acharam logo uma cabine vazia. Mas Rony, Hermione e Gina, que se tornara monitora chefe como os outros dois, tiveram que ir para receber algumas instruções. Harry ficou então sozinho na cabine. No entanto, uns cinco minutos depois Luna entrou na cabine a procura de Rony.




_ Ele foi para a reunião dos monitores.




_ Ah. Obrigada. - respondeu a garota.




_ Meus parabéns, pelo namoro com o Rony – disse Harry meio sem jeito.




_ Obrigada! Estamos tão felizes! – ela deu um imenso sorriso e tinha um olhar diferente. Harry lembrou-se do tal “olhar de apaixonado” que Rony lhe falara, e devia ser uma espécie de epidemia, porque Luna também o tinha. – Será que eu posso ficar nessa cabine também?




_ Claro, assim você me faz companhia.




_ Ok. – mas ao sentar-se pegou um exemplar do “O pasquim” e começou a ler. Era como se estivesse sozinho novamente. Ele então decidiu começar a escrever algo para Hermione, assim a viagem passaria mais rápido. Pegou um pergaminho normal, pretendia passar a limpo depois, e uma pena descartável que achara interessante pois não precisava molhar na tinta, comprara naquela loja que fora com Rony comprar os pergaminhos especiais. Começou então a escrever.




“Querida Mione” – Não posso começar assim, pareci que já estamos íntimos. – pensou.




“Hermione, você é uma garota muito bonita” – Não! Ela vai pensar que sou superficial. Droga, esse negocio de escrever é difícil. – pensava.




“Hermione, há algum tempo percebi que sinto algo especial por você. Tenho medo que me rejeite, então estou escrevendo-te para saber se teria alguma chance algum dia.” – Hum...Acho que está melhor.




Nesse momento a porta da cabine se abriu e Harry achou que fosse ter um ataque do coração. Hermione e Rony entraram, e esse sentara do lado da namorada que dera-lha imediatamente um beijo. Hermione então sentou-se ao lado de Harry. Vendo que o amigo escrevia algo perguntou o que era.




_ Posso saber o que está escrevendo Harry? – esse olhou desesperado para Rony, implorando que esse se desgrudasse do beijo da namorado e percebesse o apuros que ele estava.




_ Na verdade não, Mione. – Rony sequer se mexeu. Harry sentiu vontade de dar um chute em Rony. Isso lá era hora de ficar se beijando?




_ E por que não, eim? Está me escondendo alguma coisa? – perguntou, ao mesmo tempo que tentava ler o conteúdo daquilo que Harry segurava. Eles estavam começando a ficar muito próximos. Ele se afastava, mas ela tentava pegar o pergaminho, até que ele que já estava sentado na ponta da poltrona caiu e a arrastou com ela. Por sorte caiu em cima do papel, mas não deixou de corar, ela estava muito perto, poderia beija-la agora se quisesse, então Rony fez um “hem-hem” muito parecido com o que a terrível Umbridge costumava fazer quando esteve em Hogwarts. Eles viraram bastante constrangidos. Agora Harry sentiu vontade de esganar Rony, “Agora você me ver, não é?”.




_ Desculpa Mione. – eles levantaram e ele pegou o pedaço do pergaminho.




_ A culpa foi minha Harry, fiquei curiosa.




_ Isso não é nada não Mione, só estava para Lupin, para avisar que estamos chegando e está tudo bem. – mentiu. Hermione não sabia se acreditava, afinal tudo aquilo por causa de uma carta para Lupin, mas por fim decidiu acreditar.




_ Ah Harry, devia ter dito logo então. – ele apenas sorriu. Estava aliviado por ela ter acreditado nele.




_ Agora vamos nós trocar, pois já estamos chegando. – e ao se virar Rony e Luna já estavam se beijando de novo.




– Nossa vocês só sabem fazer isso é? – Rony então parou o beijo e disse:




_ Você devia fazer o mesmo, é muito bom sabia? – e olhou para Harry. Esse só faltou fuzila-lo com o olhar, enquanto Hermione corava.




_ Vamos nos trocar ok? – ele fez que sim e deu um ultimo beijo em Luna.




Quando desembarcaram viram as carruagens que os levariam para o castelo e Hagrid próximo a elas.




_ Garotos, como estão? – ele perguntou.




_ Estamos bem Hagrid, e você, como tem passado? – perguntou Hermione.




_ Bem também. Vamos, temo que ir logo para o castelo.




Eles entraram nas carruagens e depois já estavam no castelo. Seguirão para o salão principal e receberam as boas-vindas de Dumbledore. Em seguida veio a seleção dos alunos novos e lojo já estavam comendo um delicioso banquete. Depois que terminaram, Dunbledore pediu a atenção de todos e falou:




_ Agora que já tivemos o nosso banquete, queria dizer algumas palavras. A floresta é proibida para todos os estudantes. Também quero informar que todos aqueles decretos do ano anterior foram extinguidos. Agora que o mundo bruxo abriu os olhos para a volta de Voldermot, queria dizer-lhe que as medidas de segurança da escola estão ainda mais fortes. Faremos o possível para que estejam seguros aqui. Agora podem ir para seus respectivos dormitórios.




Todos saíram do salão principal. Agora olhavam pra Harry de maneira diferente. Não era mais aquele louco que queria chamar a atenção dizendo que Voldermot tinha regressado. Todos agora pareciam olhá-lo com respeito, alguns até chegaram a se desculpar pelo ano anterior. Harry sentiu-se melhor, pois o ano anterior fora quase insuportável, tinha que ouvir piadinhas quase o tempo todo. Pelo visto seria um ano mais tranqüilo.




Depois que souberam a senha foram em direção a torre da Grifinória. Tinha sido um dia cansativo e tudo que Harry queria era ir para a cama. Despediu-se de Rony, Hermione e Gina, que ainda tinham outra reunião com os monitores e fora para o dormitório. Chegando lá se sentou em sua cama, e aproveitando que estava sozinho pegou seu medalhão e pensou novamente em seus pais e Sirius. Não se cansava de ver aquela imagem. Ficou admirando-os por algum tempo até que decidiu ver a imagem de Hermione. E logo a amiga aparecera. Dessa vez ele via a cena de horas atrás, no Expresso de Hogwarts. Ele quase a beijara se não fosse Rony. Tinha que se controlar, não poderia fazer bobagem. Então se deitou e logo adormeceu. Rony chegou quase meia hora depois e vendo que o amigo já dormia resolveu fazer o mesmo.




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