Presentes de Natal



Agora já estavam na semana do Natal, que nesse ano seria num sábado. Harry já estava preocupado com a demora de Hagrid. E se Tonks não achasse o que ele pedira? O que faria? Não parava de pensar nisso quando Rony interrompeu seus pensamentos.




_ Ei, Harry? Acorda cara, a aula já acabou. – ele já estava de pé. Harry estava tão concentrado em seus pensamentos que sequer percebeu que a aula tinha terminado. Levantou-se também, mas nesse momento Snape parou ao seu lado.




_ Se fosse você Potter prestaria mais atenção em minhas aulas. Não vou facilitar sua vida só porque você é o Harry Potter. – falou com voz fria, em tom de despreso. E saiu resmungando – Insolente como o pai.




_ O que aconteceu? – perguntou Rony, enquanto saiam da sala.




_ Estou preocupado, até agora o Hagrid não voltou com os presentes de Natal.




_ Ah. Se você quisesse poderia ter pedido pra mim. Eu mandaria uma coruja para mamãe e ela compraria.




_ Não queria dar trabalho, sei que ela já vai comprar os seus e os de Gina.




_ Não seria trabalho algum.




_ Agora não tem mais jeito. Só espero que ele volte a tempo. – eles foram em direção ao salão comunal da Grifinória. Por sorte aquela era a ultima aula do dia, e agora poderiam descansar. Hermione já estava no salão com Gina, elas discutiam animadas, mas cessaram a conversa quando eles se aproximaram.




_ Até que enfim chegaram. Vamos jantar de uma vez. – disse Gina enquanto se levantava.




_ Vão na frente, eu preciso pegar pegar uma coisa no dormitório. – disse Harry. Na verdade ele queria colocar a correspondecia de Hermione em seu dormitório. Quando saíram do salão comunal ele foi depressa e pegou a carta e a capa de invisibilidade. Depois foi até o dormitório dela. Ia somente colocar a carta sobre o traveseiro, mas viu alguns embrulhos ao lado da cama da garota. “Devem ser os presentes de Natal”, pensou. Foi até eles e olhou com cuidado. Em cada embrulho tinha um nome ao lado. Quase todos eram livros, o que não surpreendeu o garoto. Viu o que tinha o seu nome, com certeza era um livro.




Mas o único que não parecia um livro lhe chamou atenção. O que seria? Será pro garoto que ela gosta? Questionou-se. Aproximou-se do pacote, era pequeno e pode ver escrito nele: “Alguém que me gosta muito”. Harry não acreditou. Ela comprou um presente para ele! Bem, com certeza ela daria um presente a Harry Potter, seu amigo, mas não pensou que ela se preocuparia em comprar algo pra ele como garoto que gostava dela. Ficou feliz, seu coração batera forte de felicidade. Provavelmente estava dando tudo certo. Ela estava quase se apaixonando de verdade por ele, e logo poderiam ficar juntos.




Foi então que ouviu um barulho. Parecia que alguém estava para entrar no quarto. Agora seu coração disparou de desespero. Não poderiam pega-lo ali. Pegou a capa que tinha jogado na cama de Hermione e se cobriu. Ficou imóvel e tentou controlar a respiração. Pôde então ver quem entrara no quarto, seu coração agora só faltava sair pela boca. Era Hermione, se o pegasse ali seria o fim. Tentava se alcamar, enquanto a garota vinha em sua direção. Ela pegou algo num móvel próximo a sua cama. Harry estava contra a parede do outro lado da cama. Foi então que ela se virou e viu a carta. Agora seu coração é que disparou. Pegou-a com cuidado, e começou a ler.




“Querida Hermione,
Receio que ainda não é o momento de nos encontrarmos. Quero que tenhas certeza dos seus sentimentos antes que isso possa acontecer, mas tenha certeza que quero tanto, ou até mais que você que esse dia chegue logo. Não vejo a hora de poder tê-la nos meus braços e beijar esses lábios rosados que a tanto tempo desejo. Suas cartas são a minha felicidade nesse momento, breve (espero que muito breve) minha felicidade seja você por completo.
Beijo,
Alguém que te gosta muito.”




Hermione que já estava sentada agora se deitou sorrindo. Era tão bom se sentir amada daquele jeito. Harry que a observava estava sorrindo por presensiar o efeito que as cartas causavam na amiga. Ela suspirava enquanto relia a carta. Pensava em como seria perfeito se aquelas cartas pudessem ser de Harry. Era incrível como mesmo não querendo pensar nele, ele povoava seus pensamentos. Principalmente quando também pensava no outro garoto. Suas duvidas tornavam-se ainda maiores agora que achava que seus sentimentos pelo novo garoto estavam ficando mais fortes. Esperaria mais um pouco, antes de falar isso pra ele.




Decidiu escrever logo pra ele, antes de voltar ao salão principal e enquanto Hermione escrevia Harry começava a se agoniar. Estava começando a ficar com fome. Talvez devesse tentar sair agora, enquanto ela escrevia, mas hesitou antes. Não agüentando mais ficar ali resolveu arriscar. Ela escrevia com tanta atenção, massava alguns pergaminhos e recomeçava que nada perceberia. Ele foi devagar. Passou pela garota com cuidado, essa sentiu algo, parecia p perfume de Harry, mas ela balançou a cabeça tentando afastar alguns pensamentos, “Acho que estou passando tempo demais com o Harry”. Ele saia cuidadosamente do dormitório, quando chegou a porta foi surpreendido por Gina, que quase se batera com ele, se esse não desviasse.




Resolveu sair o mais depressa gora, enquanto ouvia Hermione falar para a amiga: “Ele mandou nova carta”. Largou a capa de qualquer jeito no seu dormitório, e foi para o salao comunal. Como era de se esperar, Rony ainda comia. Sentou-se ao lado do amigo e começou a jantar.




_ Por que demorou tanto? – perguntou Rony de boca cheia.




_ Fui entregar a carta, mas Hermione chegou na hora.




_ Pensei que tinha sido descoberto. Mione disse que tava sem fome, comeu um pouquinho e saiu. Tentei impedi-la, mas ela me ignorou.




_ Tudo bem, eu consegui sair a tempo. – parecia aliviado. Por pouco a amiga não o encontrava em flagrante.
Eles terminaram o jantar e voltaram para o salão comunal. Os outros dias foram tranqüilos para todos, exceto para Harry que não parava de pensar na demora de Hagrid. Na sexta-feira quase todos os alunos que viajariam já tinham partido. Restavam apenas aqueles que passariam o feriado no castelo.




À noite Harry decidiu ir até a cabana de Hagrid. Só que dessa vez pediu a Rony para que se Hermione perguntasse algo dissesse que ele estava dormindo. Tinha prometido que não sairia, mas precisava saber se Hagrid já havia voltado. Estava com Hermione e Rony no salão comunal, quando essa disse que iria dormir. Aproveitou e disse que faria o mesmo, e quando a amiga saiu, correu ao seu dormitório e pegou sua capa. Quando voltou lembrou ao amigo de que se Hermione voltasse e perguntasse, ele estaria dormindo.




Foi correndo até a cabana. Nevava um pouco e ele estava congelando ali. Bateu a porta, mas essa não ouve resposta. Quando já ia embora ouviu passos. Decidiu esperar e quando a porta se ariu pôde ver Hagrid.




_ Vamos Harry, entre. – ele disse. Parecia um pouco estranho.




_ Quando chegou? – perguntou o garoto.




_ Não faz muito tempo. Mas o que está fazendo aqui? – ele tinha uma experessao diferente. Harry estranhou aquilo, mas nada disse.




_ Queria saber se tinha voltado. Se trouxe os presentes que pedi.




_ É claro. – respondeu enquanto se levantava. Pegou um grande embrulho e entregou ao garoto. – Aqui estão.




_ Obrigado Hagrid. – ele abriu o saco. Estava tudo ali. Viu o presente de Rony, o livro que daria a Gina, o que daria ao próprio Hagrid e o livro de Hermione. Mas faltava o outro presente da garota.




_ E aqui está o outro. Tonks disse que era para eu ter cuidado, por isso trouxe separadamente. – mostrou um pequeno embrulho a Harry. Enquanto pegava ele entragou o presente de Hagrid, que o pegou, mas pareceu não dar muita importa, apenas agradeceu secamente.




_ Obrigado. Hagrid, você não gostou do presente que lhe dei? – perguntou intrigado, Hagrid quando vira seu nome na lista pareceu feliz e surpreso, agora estava indiferente ao presente.




_ Gostei, claro que gostei. – ele pegou e abriu. – Obrigado Harry. – mas Harry sentia que ele não estava sendo sincero. O que aconteceu com Hagrid? Estava muito estranho.




_ Aconteceu algo Hagrid? – perguntou preocupado.




_ Não. É melhor você ir agora Harry. – ele resolveu não insistir. Saiu agradecendo mais uma vez ao amigo.




Harry voltou para o castelo pensando. O que teria acontecido? Agora não sentia mais frio, mas por um instante sentiu uma pontada na cabeça. Sua cicatriz ardeu. Olhou para todos os lados, como se esperasse encontrar Voldermot a qualquer momento, mas não viu nada. Voltou o mais depressa que pôde para o castelo. Entretanto resolveu não falar nada para os amigos, era quase Natal, não queria preocupá-los.




Entrou em seu dormitório, e largou os outros presentes na cama. Queria apenas ver o que Tonks comprara para Hermione. Junto a ele havia um pergaminho, que Harry leu antes de abrir o embrulho.




“Harry,
Sei que me pediu um par de brincos, mas não pude deixar de comprar essa pulseira. Ela é incrível e qualquer garota irá adorar, tenho certeza. Confie em mim.
Tonks”




Resolveu confiar na opinião dela, afinal era mulher, deveria saber melhor que ele o que era melhor. Abriu o pacote e viu a pulseira. Era de prata e tinha o que pareciam algumas inscrições antigas. Realmente era bonita e Hermione a adoraria, ainda mais pelas inscrições. Com certeza tentaria decifra-las. Se pudesse mandaria uma coruja naquele momento agradecer a Tonks, mas como era perigoso agradeceria assim que a visse.
Agora podia dormir mais tranqüilo, já tinha os presentes em mãos. Deitou em sua cama, mas lembrou de Hagrid. Por que estava daquele jeito? Será que aonteceu algo que ele não podia lhe contar? Ficou pensando nisso até que adormeceu.




Acordou o mais cedo que pode e foi até o quarto de Hermione com sua capa de invisibilidade. Deixou ao lado da garota uma caixinha com a pulseira e um envelope. Quando voltou ao salão principal notou na estante o embrulho que vira um dia no quarto de Hermione. Decidiu pega-lo, mesmo que isso significasse que a garota excluiria todos os garotos que tinham viajado, mas achava que faltava pouco para lhe revelar a verdade.




Subiu com o embrulho e um envelope nas mãos. Preferiu ler o pergaminho antes:




“Alguém que me gosta muito,
Desejo-lhe um Feliz Natal. Espero que goste do meu presente, tive muito cuidado em comprá-lo. Deu um pouco de trabalho, minha mãe não conseguia encontrar, mas por fim ela acabou achando. Nesse tempo de guerra achei que um presente que servisse de proteção seria útil.
Espero que depois disso logo possamos nos encontrar.
Beijo,
Hermione Granger.”




Harry sorriu. Sabia que a amiga não iria sossegar enquanto não encontrasse com ele. Deveria estar super curiosa, e até um pouco irritada, pois tinham quase 4 meses se correspondendo e ela ainda não havia descoberto sua identidade. Abriu o presente e sorriu novamente. Parecia brincadeira. Uma pulseira também. Ela era de ouro, mais fina que a que ele deu para ela, e tinha alguns detalhes, mas esses não tinham significado. Ele colocou no braço para ver como ficava. Entretanto quando tentou tirar não conseguiu. Até tentou puxar, mas foi inútil. “Droga! Ela me pegou”, pensou ele. Com certeza ela comprar uma pulseira e a enfeitiçara para que essa não saísse do seu braço. “Agora terei que usar blusa de manga comprida o tempo todo, sorte minha que estamos no inverno”, pensou ele. Hermione fora esperta, com certeza logo descobria que era Harry quem a escrevia. Tinha que ser rápido e contar o mais breve possível a verdade.

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