Quando um se entrega ao outro





18 - Quando um se entrega ao outro...


Parecia um fim de dia como outro qualquer. Na sala, o pequeno Will contava alegremente como havia sido seu passeio com o “tio” Sírius para seus pais, que realmente tentavam transmitir para o filho mais novo que estava tudo bem em casa. Mas Sirius Black era um homem maduro e vivido, sabia muito bem que aquilo tudo era fachada. Por isso, assim que Lilian retornou para o aposento, anunciando que finalmente o garotinho adormecera, Sirius iniciou a conversa, sem rodeios:


_Então? Como eles reagiram?


O casal à sua frente trocou olhares desesperados, tentando decidir quem responderia àquela pergunta. Foi Tiago quem tomou a iniciativa:


_Estão arrasados... Os dois...


Lilian o acompanhou pouco depois, sussurrando algo como “Nunca irão nos perdoar...” e se entregando às lágrimas. Sirius não sabia o que dizer aos dois amigos. Desde o início fora contra aquela loucura, mas não tinha coragem de desampara-los, por isso guardou aquele segredo.


No entanto, sempre imaginou como seria o dia em que a verdade fosse finalmente revelada. Gostava muito de Harry e de Hermione, eram como se fossem de sua própria família, vendo-os crescer e descobrir o mundo. Tinha orgulho de ver que alguns pequenos traços da personalidade dos dois foi o próprio Sirius quem moldou durante as varias vezes em que os recebeu em sua casa para passarem o dia. Sirius sabia que era o mais próximo de um “tio” que eles conheciam.


Olhou para seus amigos, sentados no sofá à sua frente, ambos com os olhos inchados de tanto chorar. Tiago, nesse momento, acariciava o braço da esposa tentando transmitir algum tipo de segurança, mas Sirius por alguns momentos achou que aquele era um movimento inconsciente por parte do amigo. O olhar dele estava longe, como se estivesse revivendo toda a discussão que tivera com os filhos mais cedo.


_E aonde eles estão? _ele perguntou, preocupado com os dois jovens.


Foi Lilian quem respondeu, dizendo que Hermione estava trancada no quarto há algumas horas e Harry havia saído assim que a discussão terminou, não avisando aonde iria e muito menos à que horas voltaria para casa.


_Estou ficando preocupada com ele... _ ela sussurrou, voltando seu olhar para o relógio que estava pendurado na parede atrás de Sirius.


E, de fato, com o passar das horas e sem notícias do rapaz, Tiago e Lilian se desesperaram. Ligavam para o celular dele, mas o mesmo não atendia. Nem mesmo a ligação de Sirius foi atendida. Sentindo um temor crescente, Lilian tomou aquela que seria sua ultima atitude antes de chamar a polícia: dando uma ultima olhada no relógio (que marcava dez e meia da noite), ela subiu as escadas e foi até o quarto de Hermione (que também não dava notícias desde a discussão mais cedo).


Após bater à porta três vezes, Lilian deixou o impulso falar mais alto e entrou. Esperava o pior mas, para sua surpresa, Hermione não havia fugido ou feito alguma besteira, pelo contrário. Ela estava deitada na cama, aparentemente dormia. Lilian se aproximou devagar, para não assustá-la. Se sentou ao lado dela e a acordou com carinho. Os olhos castanhos da filha a observaram sem entender tal intromissão.


_Querida, preciso muito que você ligue para seu irmão...


_Ele não é meu irmão. _ a resposta dela foi direta e ríspida, a voz rouca.


_Claro... _Lilian sentiu que precisava se controlar. _ Preciso que você ligue para o Harry... Está tarde e ate agora ele não apareceu e nem deu noticias.


Hermione parecia desligada. Não demonstrou reação alguma ao que tinha acabado de ouvir. Enquanto ela se levantava da cama e buscava o celular, Lilian reparou que ela estava extremamente pálida, mas seu olhos estavam vermelhos e fundos, indicando que a jovem passou todo o dia chorando. Queria abraça-la e dizer que tudo ficaria bem, mas não tinha tanta certeza se a filha receberia esse conforto oferecido. Optou então por ficar quieta, observando a jovem discar o numero de Harry.


_Oi... _ Hermione disse depois de alguns minutos. _ Onde você está? _ aguardou mais um momento. _ Está tarde, você não vai voltar para casa? _ mais um minuto de silêncio. _ Ok.


Ela desligou o telefone. Lilian a olhava apreensiva.


_Ele está vindo para casa. Não se preocupe, não está bêbado.


A falta de emoção na voz da filha, deixou Lilian chocada. Nunca a tinha visto daquela maneira! Preferia que a jovem estivesse chorando, gritando, xingando, enfim, demonstrando alguma reação.


_Eu estou cansada. _ ela disse simplesmente.


Era um claro pedido para que a mãe saísse a deixasse sozinha. Lilian a olhou uma ultima vez, seu olhar transmitia um pedido de perdão silencioso, e saiu do quarto, deixando uma Hermione pensativa.


O que ela queria? Hermione se questionava. Queria que ela estivesse chorando copiosamente, se descabelando?  Após chorar a tarde toda, ela foi dominada pelo sono e cansaço e se rendeu, dormindo por longas horas. Não queria pensar em nada, não queria explicações, não queria conversa. Queria apenas... Dormir. Se desligar do mundo. Pelo menos por enquanto, pelo menos enquanto sua mente insistia em lembrar-lhe de todo aquele absurdo!


Assim que a mãe saiu do quarto, Hermione voltou a se deitar, mas não dormiu. Ficou acordada um bom tempo, ela não soube calcular quanto. Ouviu Sirius indo embora, os pais indo dormir e a casa caindo em total silêncio. Talvez cochilou por alguns minutos, até que acordou com a porta do próprio quarto abrindo. Harry ficou alguns minutos parado, encostado na porta. Parecia bastante abatido.


_Oi. _ ele disse, após algum tempo.


Hermione não conseguiu responder, não tinha forças. Sua voz parecia ter sumido, junto com sua vontade de falar. Ele, então, saiu do lugar em que estava e deitou-se ao lado dela. Ficaram se encarando por algum tempo, um tentando dar força ao outro.


Finalmente, Harry entendeu por que nunca achou um traço seu parecido com ela e vice versa. Aqueles olhos castanhos, amendoados, definitivamente não eram de Lilian e nem de Tiago. Provavelmente, era herança genética do pai biológico. Assim como o cabelo castanho ondulado e volumoso e tantos outros detalhes físicos.


_Eu não entendo... _ ela sussurrou, em um fio de voz.


_Eu também não...


Ela, então fechou os olhos e suspirou. Uma lágrima silenciosa escorreu pelo seu rosto abatido. Harry não resistiu ao impulso e carinhosamente enxugou aquela lágrima solitária.


_Podemos ficar aqui... Para sempre? _ ela disse. _ Eu só quero... Dormir...


_Claro! _ ele respondeu ainda acariciando o rosto dela. _ Podemos ficar aqui para sempre.


Ela insinuou um sorriso e se aproximou mais dele. Agora, as respirações dos dois se misturavam, as pontas do nariz se tocavam. Ele, então, também fechou olhos, mas por pouco tempo.


_Harry? _ ela o chamou.


_Sim?


_Será que você poderia me dar um beijo?


A pergunta dela foi feita em um sussurro. Harry abriu os olhos e a observou: ela continuava de olhos fechados, mas não dormia. Totalmente envolvido, ele atendeu ao pedido dela e a beijou devagar. Não foi um beijo demorado, não foi um beijo apaixonado, não foi um beijo de tirar o folego. Foi um beijo triste, um beijo sem pretensões. Foram dois lábios se tocando, sem promessas, sem luxuria. Era como se aquele beijo transmitisse paz. Poucos minutos depois, os dois dormiam profundamente, aproveitando os poucos momentos em que a mente não os perturbava.


 ***


No dia seguinte, mais uma vez, pais e filhos conversaram. Desta vez os ânimos estavam mais contidos, Harry e Hermione já aceitavam melhor a situação e questionavam sobre os outros familiares. Ainda havia no ar uma tensão, Lilian e Tiago agiam como dois criminosos prestando depoimento à polícia. A “polícia” não parecia satisfeita com as respostas dos suspeitos e intimaram: queriam conhecer o restante dos familiares.
 


Aos poucos, a rotina na casa dos Potter foi voltando ao normal. Tiago e Lilian voltaram a trabalhar, exatos 3 dias após o dia marcado para o casamento de Hermione. Esta, por sua vez, pediu demissão de seu emprego, como era de se esperar, e não parecia muito empenhada em procurar outro tão rapidamente. Harry também voltou a trabalhar, mas desta vez ele não viajou para longe, com vinha fazendo nos últimos 10 anos. Alugou uma pequena sala comercial no centro da cidade e passava nesta sala a maior parte do seu tempo, voltando para casa apenas no fim do dia, cada vez mais tarde. Era a mesma rotina há 3 semanas. Hermione mal o via, uma vez que ela dormia sempre muito cedo. Pensou que ele estaria fugindo dela, por isso, em uma das varias noites onde ele havia ligado avisando que iria demorar para chegar em cada mais uma vez, ela tomou a iniciativa de levar o jantar para ele.


Chegou ao prédio ao fim do dia, o Sol emitia seus últimos raios que refletiam nas janelas de vidro dos vários outros prédios da região. O prédio onde Harry estava tinha janelas de vidro em um tom cobre, o que deixava o espetáculo ainda mais lindo. Não deixando aquelas cores  a distraírem de seu objetivo, Hermione seguiu rumo à recepção, onde um senhor a recebeu. Após se identificar, ela aguardou que o homem entrasse em contato com Harry e sua entrada foi liberada de imediato.


Poucos minutos depois, ela atravessou um pequeno corredor cujo as paredes tinham um tom pastel, com duas portas de cada lado. A porta do escritório de Harry era a ultima do corredor, à esquerda. Não havia nenhuma identificação e muito menos campainha. Hermione, então, bateu à porta e aguardou, sentindo o coração acelerar. Por isso, quando ele atendeu, ela deu um sobressalto.


_Nossa... eu estou tão assustador assim? _ o outro perguntou rindo, se afastando da porta para que ela pudesse entrar.


_Claro que não! _ ela respondeu, entrando no escritório.


Era uma sala pequena, dois cômodos para ser mais exato: uma sala não muito grande e uma porta, que Hermione supôs ser o banheiro. Ao fundo da sala, havia uma escrivaninha própria para computadores na cor marrom. Ao fundo, uma grande janela exibia os últimos raios de Sol. Hermione sorriu ao perceber que o irmão tentou decorar a sala do seu jeito: colocou um grande puff preto em um canto (oposto à porta do banheiro), improvisou uma cozinha posicionando um frigobar, uma mesa com uma cafeteira elétrica e alguns copos descartáveis.


_É temporário... _ Harry disse, causando na moça um novo sobressalto. Ela devolveu o olhar dele sem entender o que ele havia dito. _ Quero dizer que isso aqui _ ele abriu os braços, indicando toda a sala. _ É temporário. Estou terminando de organizar o apartamento e, assim que tudo estiver pronto, vou devolver essa sala e trabalhar na minha nova casa.


Ah sim, o apartamento! Hermione havia se esquecido deste detalhe. Exatamente 10 dias após toda a descoberta sobre suas origens, ele anunciou que estava indo morar em um apartamento na região central da cidade. Lilian e Tiago tentaram entender por que o rapaz havia tomado aquela decisão repentina, mas todas as tentativas foram em vão. Harry estava decidido e não estava disposto a dar mais explicações sobre o assunto. Aos poucos, ele foi fazendo sua mudança.


Sem querer confusão, Hermione preferiu ignorar temporariamente aquele assunto.


_Bom, eu trouxe seu jantar, à pedido da mãma..._ela se interrompeu e o olhou constrangida.


_À pedido de Lilian? _ ele completou, pegando o vasilhame das mãos dela e se dirigindo para a cozinha improvisada. _ Obrigada, mas não precisavam ter se incomodado comigo.


Ele colocou o jantar sobre a mesa, mas não o comeu. Logo em seguida, foi até o puff e se sentou.


_Foi ótimo você ter vindo! Estava precisando mesmo dar um tempo no trabalho... Sente-se!


Conversaram durante as duas horas seguidas sobre os assuntos mais variados. Era como se ali, naquela sala, todos os problemas enfrentados nas ultimas semanas evaporassem. Naquele lugar eram apenas Harry e Hermione.


_Me diga, você não precisará mais viajar à trabalho? _ ela perguntou.


_Na verdade, eu nunca precisei realmente viajar tanto... Quero dizer, depois de alguns anos na empresa e já tinha autonomia total, eu tinha a escolha de montar minha própria equipe e apenas gerenciá-la, sem precisar sair da cidade.


Aquela revelação deixou Hermione intrigada: se ele tinha esta opção, por que estava sempre viajando? Harry não respondeu de imediato. Antes, ele se endireitou no puff e respirou fundo.


_Eu sempre quis me afastar de você. De todas as maneiras.


No fundo, ela já suspeitava disto. Sentiu um misto de desconforto e vergonha e não conseguiu mais olha-lo nos olhos. O clima alegre se dissipou, dando lugar ao constrangimento. Repentinamente, ela se colocou de pé e disse de maneira afetada:


_Seu jantar! Vai esfriar! Já esfriou na verdade! Não quero te atrapalhar mais, acho melhor eu ir...


Foi a vez dele se colocar de pé. Ficaram frente a frente em silêncio, até que ele eliminou a distancia e a beijou de maneira brusca, eliminando naquele beijo 10 anos de frustração, tristeza, saudade, raiva, rancor e tantos outros sentimentos guardados. Sentiu-se perdido quando ela retribuiu àquele beijo com tanta intensidade, os braços delicados enlaçando-o pelo pescoço. Foi um beijo longo e, quando o interromperam, era como se um vazio tomasse conta de ambos. Mantendo-a ainda em seus braços, ele sussurrou:


_Agora, você pode ir embora.


Hermione riu e respondeu:


_Não quero ir embora... Aliás, hoje à noite eu não quero ser sua... Ex-irmã!


Harry achou graça do que ela dissera, mas não entendeu o que ela quis dizer com aquilo.


_E se nós saíssemos para algum lugar hoje? _ ela tentou explicar. _ Como um casal.  Manchester é bem grande, deve haver algum lugar onde não nos conheçam!


_Você tem certeza disso?


Ela respondeu com mais um beijo e ele entendeu o recado.


 ***                                                                     


Escolheram um restaurante bem afastado da cidade, o mais reservado possível. Hermione argumentou que não estava vestida apropriadamente para um restaurante fino, por isso pesquisaram por um com o clima mais descontraído.


Mais uma vez, a conversa entre eles foi descontraída e despreocupada. Hermione ficou conhecendo um Harry que ela não esperava, afinal, foram 10 anos enganando a si mesma e aos outros. Ali, naquele restaurante, eram apenas mais um casal tentando conhecer um ao outro, em total cumplicidade. As risadas ao ouvirem histórias passadas contagiavam a todos naquele lugar. Mas houve um momento em que a conversa ganhou um clima tenso. Hermione perguntou ao rapaz sobre as namoradas durante os 10 anos que se passaram.


_Ah, não tive muitas na verdade... Bom, houve uma com quem fiquei uns 2 anos, ela é do Canadá, por isso que durante esses dois anos fiquei mais neste país... Não sei se você lembra, mas uma vez você me enviou um email perguntando por que eu não saía mais de lá. _ ele deu um sorriso ao se lembrar.


_Mas por que você não me contou a verdade? Me lembro que sua resposta foi...


_Que eu estava trabalhando em um projeto grande. _ ele completou. _ Sim, mas isso não deixa de ser mentira, realmente o projeto era grande! Só que não tão grande assim.


Ele deu um sorriso sonhador, fazendo-a questionar a seguir:


_Você amou essa mulher?


_Não amei... _ ele não olhou para Hermione diretamente._ Mas não vou negar que ela foi importante para mim.


_Importante... Quanto? _ ela rebateu de maneira ríspida.


_Importante o suficiente para me fazer esquecer o que eu sentia por você pelo menos por alguns momentos.


_Em quais momentos?


Harry abriu a boca para responder, mas se calou de imediato. Sentiu o rosto corar e disse em seguida:


_Em alguns momentos que realmente não vem ao caso agora Hermione.


O rosto de Hermione deixou claro seu espanto e fez o outro rir com vontade. Seguiram noite a dentro, entre assuntos tensos e animados. Quando o frio começou a aumentar, foi Hermione quem os despertou para a realidade.


_Está ficando tarde...


_Sim, está... _Harry concordou, sua voz um pouco triste.


Hermione hesitou antes de dizer em seguida:


_Algum problema irmos para seu apartamento?            


Harry não pode controlar o sorriso maldoso ao dizer, em seguida:


_Mas que convite no mínimo... Sedutor?


Hermione deu uma risada alta acompanhada de uma cotovelada na costela dele:


_Aproveite! Não é todo dia que uma mulher faz um convite desses!


** *


O apartamento dele era visivelmente adaptado para um homem solteiro: decoração praticamente básica, faltava um toque feminino ali! Mas ela não expos esse comentário ao irmão, que agora estava na cozinha preparando leite morno com mel para ambos.


_Realmente, a bebida típica dos casais após saírem juntos! _ Ela disse, se jogando no sofá.


_Mas não somos como os outros casais Srta. Granger!


Minutos depois ambos saboreavam a bebida calmamente e em silencio. Trocavam olhares e sorrisos... Nada precisava ser dito. Ela percebeu que havia nascido para ficar com ele e que aquele momento era o pedaço do paraíso que ela tanto almejava. Podia parar o tempo? Imaginou se seus pais não tivessem se encontrado e se apaixonado perdidamente a ponto de montarem aquela farsa durante todos estes anos. Será que teria conhecido Harry? Nova York era uma cidade grande, quais as probabilidades de se encontrarem, se conhecerem e se apaixonarem ali?


Foi nesse instante que ela percebeu que Deus, desde sempre, havia cuidado para que se conhecessem e se apaixonassem. Sentiu o coração disparar e, movida pela emoção, ela colocou a caneca na mesinha de centro, voltou-se para ele. Delicadamente, com as duas mãos, segurou o rosto dele e o beijou devagar, mas sem fechar os olhos, como se pedisse permissão para aquilo.


Totalmente envolvido, Harry colocou a caneca no mesmo lugar que ela havia colocado e se aproximou mais dela, o rosto ainda apoiado nas delicadas mãos de Hermione. Apoiou as próprias mãos na cintura dela, sua respiração era rápida e a pulsação de seu coração poderia ser ouvida!


_Eu te amo! _ Ela sussurrou com lágrimas nos olhos.


_Eu também te amo! _ Ele correspondeu, com a mesma emoção.


Se beijaram novamente, dessa vez sem reservas, sem pudores. Em um impulso, ele interrompeu o beijo e se colocou de pé, estendeu a mão para Hermione e a guiou até seu quarto. Pararam de frente da cama dele e se beijaram mais uma vez, as mãos dela acariciavam suas costas de maneira tremula, sua respiração irregular era o suficiente para deixa-lo inconsciente do resto do mundo! Quando sentiu as mãos dela fazendo o trajeto contrário a sua camisa, tencionando tirá-la, ele a interrompeu, mantendo as mãos dela apoiadas em seu peito. Buscou forças para dizer:


_Você tem certeza disso?


Hermione não se surpreendeu com aquilo, pelo contrário. Retirando as mãos delicadamente do peito dele, ela retirou a própria camisa em resposta. Seu olhar era firme e era como se brasas emanassem delicadamente dele. Sentindo-se sem ar, Harry foi buscar nos lábios dela uma maneira para respirar e encontrou. Encontrou na inocência dela a fonte de sua sobrevivência. Encontrou no corpo dela o complemento do seu. E, naquela noite, definitivamente, deixaram de ser irmãos para se tornarem... Um só.


“I find shelter, in this way


Under cover, hide away


Can you hear, when I say?


I have never felt this way” (Birdy – Shelter)


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Olá a todos!

Simmmmmmm mais um capítulo! Finalmente!

Comentem muito... Clima de despedida... Mas ja estou com outras fics na mente e no computador para publicar logo em seguida...

Bjs! 

Obs: ao final, coloquei o trecho de uma musica que me inspirou muito ao escrever esse capítulo, principalmente a parte onde Harry e Hermione... Vocês sabem! A música se chama Shelter, da cantora Birdy. Recomendo a leitura ao som desta musica. 

Obs²: O nome do livro no qual me inspirei? Poxa, não lembro... Li faz tanto tempo (sim, sou velha, 24 anos rsrs) Vou tentar lembrar e falo aqui, mas posso dizer que tem inspirações também do livro "De Repente da Certo" da Ruth Rocha, li quando era mais nova também e entrou para minha lista de livros preferidos!

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Comentários (5)

  • Saito

    Meu Deus! Menina estou super ansioso para saber o que vai acontecer! Começei a ler a fic hoje de manhã e ja a acho incrivel.Parabéns! Esta é foi uma otima escolha para uma adaptação!Aguardo ansiosamente!!!!! 

    2013-08-14
  • michelle lima

    Adorei....muito lindo.. achei que eles até aceitaram bem...pensei q o  harry ia quebrar tudo...mione safadinha neh....mas com um harry desse ate eu...esperando o proximo 

    2013-08-07
  • Laauras

    Fazendo dancinha da vitória aki! Depois de tantos meses e capítulos esperando, até q enfim nosso casal se acertou, apesar de todas as dores e mágoas, tudo deu certo no final, falta apenas resolver tudo com os pais e todos terem seu final feliz, mas sinto que ainda vai vim confusão... Bjão, esperando animada para o próximo capítulo!

    2013-08-06
  • alylyzinha

    Eu adora a sua fic.. é linda.. Parabéns!! 

    2013-08-06
  • alylyzinha

    Eu adora a sua fic.. é linda.. Parabéns!! 

    2013-08-06
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