Capítulo 3



CAPITULO III


 


 - Gina, sem dúvida alguma, você está… grávida. - A medibruxa  Hermione Granger cruzou os braços sobre o prontuário médico e fitou Gina sentada de frente para a escrivaninha no consultório. — Gina? — chamou Hermione, erguendo as sobrancelhas.


— Ai, estava esperando você acabar a piada, Hermione. Na verdade, você não fez direito. Devia ter dito: "Sra. Weasley, tenho boas notícias", aí, eu diria "É srta. Weasley", e então você se corrigiria dizendo: "Srta. Weasley, tenho más notícias". - Deu de ombros. — Tudo bem. Sou igualmente péssima para contar piadas. — Fez uma pausa. — Então! O que há de errado comigo? Por que estou me sentindo tão cansada e tão enjoada?


E persistia na atitude de negação:


— Oh, antes que me esqueça, obrigada por ter me atendido hoje. O medibruxo  com quem me trato desde que nasci partiu em um cruzeiro para… bem, ele está muito longe daqui.


Hermione recostou-se na cadeira. Teria um verdadeiro duelo ali. Respirou fundo e continuou. Gina era sua melhor amiga, sua cunhada, mas sabia que ela podia ser muito teimosa...


— Não tentei contar uma piada. Você… realmente… está… grávida. Com cerca de quatro semanas de gestação é normal sentir-se cansada e ter enjôos matinais… que no seu caso parecem durar o dia todo.


 Gina inclinou-se para a frente.


— Como? Estou o quê de quatro semanas? – Gina usou um tom tranquilo demais


— Grávida! — repetiu Hermione já impaciente com amiga. — Esperando um bebê. Com um pãozinho no forno. — Ergueu as mãos. — Está em estado interessante! De quantas formas mais quer que eu descreva?


Gina levantou-se.


— Não é possível. Com certeza, não estou grávida, Hermione Granger. Como pode sugerir tal coisa? Está enganada. Entendo que você e Rony vão finalmente se casar amanhã, após um "zilhão" de adiamentos, depois de seis anos de idas e vindas... mas precisa se concentrar no trabalho enquanto curandeira. Você errou, Hermione, mas eu a perdôo, pois sou sua amiga e sua madrinha de casamento...


— Gina, por favor, sente-se. - Gina largou-se na cadeira.


— Eu tomo poção contraceptiva, lembra-se? Ninguém fica grávida tomando poção contraceptiva, Granger!


— Sim, engravida-se, srta. Weasley — informou Hermione. — Saiba que poções curativas anulam o efeito das poções contraceptivas. Você me disse que tomou poção curativa para uma infecção nasal há um mês. Essa informação, mais a análise de seu ciclo… além do teste e do exame que fiz… De quantas evidências mais precisa? Você está grávida.


— Que absurdo! — Gina arregalou os olhos e sentiu um vazio no estômago. — Peraí... Eu vou ter um bebê? Mérlin... aiii!!!


— Finalmente — aliviou-se Hermione. — Parece que se convenceu. Sim, minha amiga, futura cunhada...  você vai ter um bebê.


Hermione levantou-se e contornou a mesa. Puxou uma segunda cadeira para perto de Gina, sentou-se e tomou-lhe as mãos.


— Parece que foi totalmente inesperado, não é? - Gina a fitou de olhos arregalados.


— Não acredito. Bem, quero dizer, eu acredito, mas… não acredito!


Hermione soltou-lhe as mãos e deu tapinhas no joelho, consoladora.


— É verdade, Gina — reafirmou. — Não precisa tomar decisão nenhuma hoje em relação à gravidez, mas está ciente, tenho certeza, das várias opções que tem. Claro, é preciso considerar a opinião do pai, caso opte por lhe contar o fato.


— O… pai… do bebê? — sussurrou Gina. Harry. Oh, céus, estava grávida do filho de Harry Potter. — Não é possível!


Hermione riu.


— Está parecendo um disco quebrado. — Ficou séria novamente. — Gi, por favor, não se ofenda, mas tenho de perguntar. Você sabe quem é o pai?


— Sim, sei quem ele é. Não tenho propriamente uma longa lista de amantes batendo na minha porta, Hermione. E graças a Mérlin não é nenhum dos esquisitões que me apresentou.  — Gina suspirou. — Céus, que bagunça, que desastre, que catástrofe, que…


— Pare — ordenou Hermione. — Entendi. Não está entusiasmada com essa gravidez.


Gina pousou as duas mãos sobre o estômago e sorriu.


— Um bebê — murmurou, maravilhada. — Um milagre. Aninhado em mim. Crescendo, sendo nutrido, mesmo enquanto falamos. Não é incrível? Imagino se é menino ou menina. Oh, céus, um pinguinho de gente… Hermione, vou ser mãe. Vou ter um bebê.


Hermione sorriu.


— Quer dizer que vai ter o bebê?


— Oh, sim, claro que vou! — confirmou Gina. — Estou tão excitada. Não, na verdade, estou aterrorizada. — Agitou as mãos. — Mas não se preocupe. Só preciso de um tempo para me acostumar à idéia, só isso, e então a sensação de terror vai passar… espero.


— Essas emoções conflitantes são compreensíveis. — Hermione fez uma pausa. — Vamos voltar à questão do pai, sim?


— Oh, não. — Gina meneou a cabeça. É o seu amigo Harry, Hermione. Que tal esta como novidade? – pensou sarcástica — Não quero discutir sobre ele.


— Por que não? Acha que ele não vai dar apoio?


— Ele vai dar, sim, mas não a mim — declarou Gina. — E muito complicado, Hermione, e não quero falar nisso agora.


— Tudo bem… por enquanto, mas a questão da paternidade não vai desaparecer só porque… você não se sente confortável de alguma forma. Sabe que estou aqui, se quiser conversar. Devo mandar o resultado dos exames para o consultório do seu medibruxo regular?


— Não, prefiro que você seja minha medibruxa daqui para frente — decidiu Gina. — Sei que não está pegando novas pacientes, porque reduziu seu horário para ficar mais tempo com Rony, mas, por favor, Hermione, diga que vai cuidar de mim. Sou sua cunhada, a única!


— Sim, claro que irei.


— Obrigada. -  Hermione confirmou sorrindo.


— Ansiosa em se tornar uma Weasley?


- Muito... – Hermione falou torcendo as mãos. - Embora eu vá manter o Granger profissionalmente. E menos confuso para minhas pacientes. - Hermione expressou perspicácia ao prosseguir. — E estamos saindo da questão do pai do seu bebê, conversando sobre meu novo nome. Sei que não quer falar sobre o pai do bebê, mas… como planeja sustentar a criança? E não acha que o homem tem o direito de saber que vai ser pai?


— Não. Sim. Bem, acho que sim — titubeou Gina, confusa. — Sim, suponho que ele deva saber.


Além disso, pensou Gina, seria impossível esconder o fato, já que era vizinha do homem. O pai de seu bebê… Harry Potter. Oh, céus, não conseguia acreditar!


Uma noite. Uma. Fizera amor com Harry só naquela noite e… bingo… engravidara. Só uma única noite de amor gloriosa e…


Como contaria tudo a Harry? Ele teria um ataque nervoso, com certeza. Ela não devia ser a mãe do filho dele… devia ser só a melhor amiga, a camarada, a parceira.


— Bem — concluiu Hermione, levantando-se. — Tenho outra paciente aguardando. Vou prescrever algumas vitaminas pré-natais e mais algumas orientações que organizei para futuras mamães. Se tiver dúvidas, entre em contato. - E finalizou. -  Marque consulta para daqui a um mês. Quanto ao enjôo, há dicas no material que vou lhe fornecer.


Gina levantou-se, e Hermione a abraçou.


— Parabéns — cumprimentou. — Posso dizer isso, agora que sei que quer esse bebê. — Tomou o rosto da cliente. — Lembre-se, Gina, não importa como o pai da criança reaja, você não está sozinha. Todos os Weasley irão apoiá-la. Tenho certeza! Será um choque... mas Molly e Arthur ficarão ao seu lado. Sua gravidez é um assunto confidencial entre nós, mas, quando chegar a hora, os Weasley estarão todos lá com você. — Gina quase riu histérica imaginando seus irmãos querendo matar Harry, e Hermione se preocupou: — Perdi algo?


— Não, não. Bobagem. Só me lembrei de uma piada. — Gina fechou os olhos e meneou a cabeça. — Bem, até o casamento amanhã. Tem certeza de que vai se casar amanhã, não é?


Hermione riu.


— Sim. Claro que tenho! Todos têm sido tão pacientes com os adiamentos. Mas o grande dia finalmente chegou. Rony e eu vamos nos casar na sala da nossa nova casa maravilhosa, exatamente da maneira como queríamos. É perfeito.


— Bem — declarou Gina, alisando o vestido. — Acho que Harry deve estar voltando de Paris agora, e poderá comparecer à cerimônia.


— E melhor que compareça, se quiser comemorar o próximo aniversário — declarou Hermione. — Tenho de me apressar. Passe na recepção, marque a próxima consulta e pegue o material com Lucy. Até amanhã, Gina.


Gina se dirigiu a redação do Profeta Diário onde trabalhava como repórter esportiva já fazia dois anos. Logo que deixou Hogwarts, jogou quadribol profissionalmente por quase  três anos, trabalhou alguns meses como correspondente esportiva no Estados Unidos e depois voltou para Londres, assumindo a parte esportiva do jornal.


Felizmente, ela conseguira esvaziar a mente e concentrar-se totalmente no trabalho pesado após a consulta com Hermione, quando soubera estar grávida.


Horas mais tarde, o impacto total da notícia fez Gina sentar-se em sua cadeira, pois as  pernas trêmulas que se recusaram a continuar de pé.


Ia ter um bebê, raciocinava, freneticamente. E não apenas qualquer bebê. Tratava-se do filho de seu melhor amigo, uma criança concebida com Harry Potter.


Gina fitou as pessoas que passavam apressadas e imaginou por que não a olhavam curiosas. O fato de estar grávida não transparecia como um luminoso? Com certeza, sentia-se diferente, nem de perto a pessoa que acordara naquela manhã.


Não, pensou enquanto mais pessoas passavam, sem reparar em seu drama, tampouco. Sendo assim, seu segredo era segredo… por enquanto.


Mas, em quanto tempo pareceria uma mulher tentando esconder que engolira uma melancia inteira? Quanto tempo poderia adiar dar a notícia a Harry?


Suspirou. Estava tão cansada, exausta mesmo. Mesmo ali na redação do jornal queria tirar uma tirar uma soneca.


Mas não podia dormir… tinha de pensar. Harry sem dúvida estava voltando de Paris naquela noite, para comparecer ao casamento de Hermione e Rony no dia seguinte. Não ouvira uma palavra dele desde que partira para Paris, um mês antes. Um dia após terem feito…


Não, Gina. Passara aquelas quatro semanas recordando os momentos especiais partilhados com Harry. Com certeza, nunca mais se esqueceria daquela noite. Seu objetivo agora era passar um dia inteiro sem pensar no êxtase vivenciado.


Bem, de qualquer forma, não tinha tempo para aquela batalha mental. Provavelmente, estava a poucas horas de ver-se frente a frente com Harry e tinha de decidir já o que fazer.


Contaria a Harry sobre o bebê no momento que se encontrassem?


Esperaria até não ser mais capaz de esconder a melancia?


Mudaria para a Sibéria e esqueceria de que conhecera Harry Potter?


— Controle-se, Gina — repreendeu-se, em voz alta.


— É, Gina, controle-se — repetiu um estagiário que passou. — Está pirando.


— Eu sei — respondeu ela, e percebeu que o garoto já se afastara.


Meneou a cabeça, desgostosa, e levantou-se. Mais duas horas de trabalho pela frente e, então, iria para casa jantar. Harry bateria três vezes na parede para anunciar que chegara.


E depois? indagou a si mesma. Não tinha a mínima idéia. Esperaria para ver o que sairia espontaneamente de sua boca quando visse Harry ao vivo e em cores.


Não. Era um plano fraco, e tinha de ser forte, determinada, agir como a adulta madura que supostamente era.


— Oi, Gina — saudou um dos outros repórteres, um homem de trinta e poucos anos. — A medibruxa descobriu o que você tem?


Gina deteve-se.


— Como? Quem disse que eu tinha alguma coisa?


— Você — respondeu Kevin, franzindo o cenho. — Disse que ia St Mungus, pois queria saber por que se sentia cansada o tempo todo.


— Oh. Sim. Eu disse isso, não disse? — indagou ela, assentindo. — Bem, já sei o que está me deixando cansada o tempo todo, sim.


— Não brinca? — indagou Kevin. — É… Céus, Gi, é sério? Você vai chorar? Eu devo me preparar para chorar?


Gina riu.


— Não, Kevin, não precisa se preparar para chorar, mas aprecio sua disposição em lamentar por mim. Estou bem, verdade. Só tive um probleminha causado pela poção curativa que tomei por causa daquela infecção nasal. Com o tempo… — Oito meses para ser exata. — Com o tempo, estarei como nova.


— Bem, ótimo — comentou Kevin, sorrindo. — Fico contente em saber. — Uma coruja deixou uma carta a mesa tocou e Gina voltou ao trabalho.


Ninguém pode me ajudar, pensou Gina, lendo a carta, mas sem entender uma palavra que estava escrito ali.


Um plano… Precisava de um plano definitivo de ação, visando a informar Harry sobre o bebê. Certo. Muito bem. O plano é…


— Qual? — voltou os olhos ao céu, como se esperasse o plano cair lá de cima. — Raios.


Apoiou um cotovelo na mesa, encaixou o queixo na palma da mão e fitou o espaço.


Harry estava chegando de Paris para o casamento de Hermione e Rony. Certo.


Não sabia se ele permaneceria algum tempo em Londres ou se voltaria em seguida para Paris ou para qualquer outro canto do mundo após a festa. Certo.


Haviam decidido, semanas antes, comparecer ao casamento juntos, pois eram os padrinhos. Certo.


Os Weasley’s eram observadores e notariam qualquer tensão entre ela e Harry. Portanto, não era uma boa ideia contar a Harry sobre o bebê antes da cerimônia, independentemente de ele voltar ou não para Paris em seguida. Certo.


Portanto, daria a Harry a notícia do bebê quando estivessem de volta ao apartamento dela, após o casamento. E rezaria para que ele fosse se acostumando com a ideia em Paris, deixando-a em paz para aprumar-se sozinha. Certo.


— Urra! — exclamou. — Tenho um plano.


— Não — contrariou Kevin. — Chefe quer falar com você!  


— OK! —Gina levantou-se da cadeira e se dirigiu a sala do chefe.


Na tarde do dia seguinte, Gina jogou a bolsa e a mochila no sofá e fitou a parede que separava seu apartamento do de Harry, aguardando ansiosa as três batidas.


Onde estaria ele? Ponderou, andando em círculos. Dormira no sofá aquela noite, aninhada no robe verde-ervilha, após horas de nervosismo aguardando as batidas na parede. Em uma hora no máximo, teriam de sair para assistir ao casamento de Hermione e Rony. Harry estava muito atrasado.


Suspirou e levou a mão ao estômago, enjoada como na primeira vez em que se aventurara em uma vassoura quando tinha uns sete ou oito anos.


Enjôos que duravam o dia todo eram o fim, pensou, jogando-se no sofá. O manual para futuras mamães que Hermione lhe dera sugeria biscoitos de água e sal para combater a indisposição. Se comesse mais um, vomitaria.


— Bah — resmungou, alisando a saia do belo vestido verde-hortelã que Hermione escolhera para a madrinha. Era realmente bonito, simples e elegante, caiu-lhe muito bem, valorizando os seios e alongando a silueta.


Mente cansada, concluiu, apoiando a cabeça no encosto do sofá. Numa hora, excitava-se com a perspectiva de ter um bebê, em seguida, temia tornar-se mãe solteira, bem como o momento de contar a Harry que estava grávida de um filho dele. E não queria nem pensar que teria que contar para os pais... Ficaria o máximo possível longe de Molly Weasley durante o casamento... Sua mãe suspeitava de gravidez pelo cheiro!


Bolas, só queria ir ao casamento e se divertir com pessoas que adorava. De alguma forma, colocaria o bebê em um canto da mente e prestigiaria sua família e o casamento do irmão.


Sorriu. Rony e Hermione finalmente iriam casar. Foi difícil para os dois se acertarem também. Depois da bagunça que havia ficado a família Weasley com a perda de Fred, Harry partira, Rony ficou desolado, primeiro com Hermione ter ido buscar os pais na Austrália e ter ficado com eles, já que a Sra. Granger teve problemas com a memória quando Hermione desfez o feitiço que havia colocado; depois Mione resolveu voltar para a escola, para concluir o último ano; Rony, seguindo o exemplo de Harry, deu por encerrada sua educação no sexto ano; ajudou George a cuidar da Genialidades Weasley e depois entrou para o treinamento de aurores no mesmo ano que Harry. Foi quando alugaram o apartamento, que hoje era ocupado só por Harry.


Hermione por sua vez depois da escola se dedicou ao seu curso de Medibruxa. Por uma dessas coincidências do destino o apartamento ao lado do de Harry e Rony vagou e Hermione convidou Gina para dividirem as despesas. Foi nessa época que Rony e Hermione, depois de três anos, finalmente se reaproximaram. Rony expôs sua magoa com a ausência de Hermione logo depois da guerra, e ela também disse que precisava do apoio dele com a doença da mãe, de sua compreensão quando resolveu voltar para escola...


 Pingos nos is, os dois engataram um namoro, recuperando o tempo perdido, sempre comentando que uma conversa sincera teria os unido bem antes. Mas esse tempo foi fundamental para que Rony crescessem se tornasse um homem e estivesse pronto para encarar um relacionamento sério, não que meio tempo ele não tenha saído com outras garotas, mas não namorou nenhuma realmente. Hermione também saiu com outros (foi um desses “ficantes” de Hermione que apresentou Phillip para Gina), mas não engatou nenhum romance sério, dizia que precisa se dedicar aos estudos para se firmar como uma grande medibruxa, especializada em gestações e partos.


Depois de um ano e meio de namoro Rony a pediu em casamento com uma cena digna de um espetáculo – subia em cima do balcão do Caldeirão Furado e declarou seu amor a Hermione, relembrando do dia em que se conheceram e ela falou que ele estava com o nariz sujo – resolveram morar juntos enquanto a casa que estavam construído não ficasse pronta, pois botaram na cabeça que queriam que a cerimônia de casamento fosse na sala da casa nova.


- Hum... – Gina pensou - talvez o que tenha faltado para ela e Harry tenha sido essa “conversa séria”, esse pingos nos is; talvez agora estariam juntos, indo como um casal ao casamento de Rony e Hermione, esperando, como um casal, a chegada do primeiro filho. Abriu um sorriso ao pensar que poderia agora estar contado para o seu marido que estava grávida...


Não, não, definitivamente, não... Não contaria nada a Harry antes da cerimônia.


Mas, se ele não chegasse logo, perderiam o casamento!


Onde estava Harry, afinal?


O som de três batidas sonoras atravessou a parede. Gina levantou-se e engoliu em seco quando seu estômago protestou ao movimento brusco. Então, apressou-se para responder com duas batidas. A tréplica foi uma batida.


— Muito bem, é isso aí — sussurrou Gina, determinada. Harry estava em casa e queria que ela fosse lá. — Vou agir normalmente, alegre e animada. Posso lidar com isso. Sem problema.


Pegou a bolsa e a mochila e, mais rápido do que pretendia, chegou à porta do apartamento de Harry.


— Entre, Gi — convidou ele, a caminho do quarto.


— Preciso ficar diante do espelho para fazer o nó da gravata.


Gina fechou a porta.


Harry viu a imagem dela pelo espelho sobre a cômoda. Estava linda, deleitou-se, linda de morrer. O vestido era cor de sorvete de pistache, os cabelos lhe adornavam o rosto como ondas sedosas e macias, e…


Controle-se, Potter, ordenou a si mesmo, caprichando no nó da gravata. Raios, aquele fora um mês longo. Um mês povoado de imagens de Gina e das lembranças da incrível noite de sexo que partilharam. Fracassara miseravelmente na tentativa de apagar o evento da memória. Fracasso total. Até saiu com uma francesa. Mas era melhor esquecer o vexame que cometera... Chamou inúmeras vezes a garota de Gina, até que ela se cansou e jogou uma taça de vinho tinta em seu rosto e saiu enfurecida...


Recordara os momentos de êxtase tantas vezes que quase subira nas paredes de frustração.


Bem, estava em casa, finalmente, após trabalhar feito louco para pegar aquele comensal em Paris. Agora, voltaria a enxergar Gina da maneira adequada. Afinal, tratava-se de sua melhor amiga. Isso mesmo. Pura e simplesmente. Como sempre fora e sempre seria.


— Pronto!


De volta à sala, viu Gina parada junto à porta. Como ela estava linda... Corada, o cabelo brilhante... Era impressão sua, mas Gina estava com os seios maiores? Ou nunca havia reparado no tamanho dos seios de Gina?


— Ora, fique à vontade — convidou. — Ainda temos alguns minutos. Sente-se. Trouxe o maio? Oh, sim, está na mochila. Vamos estrear a piscina de Hermione e Rony depois que eles partirem para a lua-de-mel. Vai ser uma grande festa, não acha?


Gina respirou fundo e caminhou devagar até o sofá.


Esquecera-se de respirar, percebeu, e renovou o ar nos pulmões mais uma vez. Simplesmente, fitara Harry como se nunca o tivesse visto antes. Analisara-o como pai de seu filho, e não como amigo. O conceito era tão estranho, novo e diferente que se esquecera de inalar e exalar, a ponto de ter a vista prejudicada.


Mas já estava bem. Recompusera-se. Estava no controle. Harry era o mesmo velho Harry. Claro, estava lindo de terno escuro e camisa azul… Mas nada de mais. Ele sempre fora tão lindo quanto todos os solteiros, porque era um homem solteiro bonito e… e você esta tagarelando mentalmente, cretina.


 — Como você está? Cheguei tarde porque tivemos um probleminha com a chave do portal do Ministério Francês, imagina quase me mandaram para o Alasca! Bom, cheguei e fui direto tomar banho e fazer a barba. - Harry sentou-se na poltrona reclinável favorita. — O que me conta de novo?


— Harry — começou Gina, e desatou a chorar. — Harry, eu… eu estou grávida… de um filho seu!


 


 


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N/B: Mas esta história está ficando cada vez melhor!!!! Amei tudo nesse capítulo... E DAY QUERIDA, FELIZ, MUITO FELIZ ANIVERSÁRIO!!!! QUE O MAGO MAIOR DESTE UNIVERSO LHE BRINDE COM MOMENTOS DE PURO ENCANTAMENTO!!!!!! Adoro você!!! Beijos, Ale.


 


N/A: Terceiro capítulo para vocês... Espero que estejam gostando das confusões do Harry e da Gina, a coisa fica mais confusa a partir de agora. Cheguei de viagem hoje, louca para atualizar a fic. Próximo capítulo, no final da semana que vem. Continuem lendo e comentando... beijos para todos!


 


Rayane Tavares, Liz Negrão, Bruna Potter, Issis, Elena Black, Thamis no Mundo, Natascha, Quézia, Ginny M. W. Potter, ... muito obrigada pelas palavras.


 


 


 


Daiana


 

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