EPÍLOGO



EPÍLOGO


 


- Está linda! – Hermione exclamou, admirando a Mansão de Chesilworth, sentada no jardim.


Harry insistira em restaurar a propriedade, alegando que seria aquele o seu presente de casamento para Hermione. Agora, um ano e meio depois do casamento, a reforma estava quase completa. Até mesmo o jardim estava ainda mais bonito do que Hermione se lembrava.


Sorriu para o homem sentado ao seu lado.


- Obrigada por tudo o que fez por Chesilworth.


Harry deu de ombros.


- Fizeram um belo trabalho. Acho que será agradável passarmos parte do ano aqui.


Mais uma vez, ele agia com generosidade, pensando no que significaria para Olívia e os gêmeos, poderem estar em sua própria casa, especialmente para Crispin.


- Está mesmo muito bonita. – Joanna concordou.


Linda como sempre, Joanna estava sentada ao lado do noivo, um homem sossegado, que gaguejava quando falava e que parecia não se cansar de admirá-la. Chamava-se Anthony Gordon e o pai possuía um título escocês que o jovem Anthony herdaria. Hermione o considerava desinteressante, mas era evidente que ele adorava Joanna e contentava-se em ouvi-la falar sem parar, murmurando apenas um “sim, querida”, de vez em quando.


Fora Harry quem os apresentara, em sua festa de casamento. Quando Hermione o provocara sobre seu talento alcoviteiro, ele dissera:


- Achei que ele seria perfeito para Joanna. Não muito inteligente, quieto, admirador das coisas bonitas. E, melhor que tudo, vive na Escócia, o que significa que teremos de suportar a companhia de sua prima muito raramente.


Harry e Hermione, assim como o resto da família, haviam viajado para Chesilworth a fim de assistir ao casamento de Joanna. Até mesmo Lílian fora com eles. Somente lady Potter ficara em Haverly, alegando estar velha demais para viajar. Porém, confidenciara a Hermione que tinha certeza de que o casamento de Joanna Moulton só poderia ser um evento muito enfadonho.


- Hermione! – Crispin e Hart chamaram, do outro lado do Jardim.


Acenaram para a irmã, antes de retomarem a correria de sempre. A Hermione parecia que haviam crescido um palmo, no último ano. O pensamento a fez lembrar-se de que, no ano seguinte, os dois iriam estudar em Eton. Certamente, ela sentiria falta deles como se fossem seus filhos.


Virou-se para o caramanchão, onde Olívia e Georgette divertiam-se com o bebê. O filho de Hermione e Harry acabara de completar cinco meses e era uma alegria constante para os pais, bem como para o restante da família. De cabelos loiros escuros e olhos verdes, era um bebê saudável e gorducho, sempre alegre e sorridente.


A amizade entre Olívia e Georgette crescera tanto, que as duas haviam se tornado inseparáveis. Embora Georgette fosse um ano mais velha, decidira esperar para debutar no mesmo ano que Olívia.


Harry tomou a mão de Hermione.


- Que tal um passeio pelo jardim, lady Potter? - Ela sorriu.


- Será um prazer, sir Potter.


Saíram de braço dado, por entre os canteiros. Quando estavam a sós, Hermione perguntou:


- Teve notícias da Srta. Yorke?


- Sim. A Sra. Emmings escreveu, dizendo que ela está bem melhor.


Hermione e Harry não haviam tido coragem para denunciar Sarah à polícia. Quando recobrara a consciência, ela chorava sem parar, balbuciando palavras incoerentes. Harry a instalara em uma residência próxima ao mar, onde uma senhora muito generosa cuidava de vários indivíduos, cujas mentes já não funcionavam com normalidade.


Sob os cuidados da Sra. Emmings, Sarah melhorara muito e passara a ajudar nos cuidados com outros pacientes, supervisionando atividades artísticas e escolares. Infelizmente, continuava dizendo a todos que era a esposa secreta de sir Potter, mas nunca mais exibira qualquer comportamento violento.


- Estive pensando. – Hermione comentou. – Acho que nossa vida não poderia ser mais perfeita.


- Fico contente em ouvir isso. – Harry replicou, passando um braço em torno dos ombros dela. – De uma coisa tenho certeza: você tornou minha vida perfeita.


- Só você poderia dizer isso, depois de ter sido perseguido e ameaçado por ladrões, de ter adquirido uma família repleta de crianças e uma propriedade caindo aos pedaços, à espera de uma reforma.


- E me divertindo muito mais do que a maioria dos homens. – ele acrescentou. – Sair em busca de mapas secretos e tesouros enterrados, ter crianças adoráveis à minha volta, para me fazer rir, um projeto ao qual me dedicar, um filho lindo e inteligente, que sorri como um anjo e, acima de tudo, ter a mais linda e inteligente das esposas... Acho que meu lucro foi incalculável.


Hermione sorriu.


- O único problema é conseguir ficar sozinho com você. Parece haver sempre gente ao seu redor. – Harry confessou.


Entraram no labirinto.


- Aonde vamos? – Hermione perguntou.


- Gostaria de conhecer o labirinto, depois de restaurado.


- Não sei se ainda me lembro de como sair. Poderíamos ficar presos lá dentro durante horas. Ninguém conseguiria nos encontrar.


Harry exibiu um sorriso sugestivo.


- Querida, é exatamente essa a minha intenção.


Hermione riu alto e segurou a saia ampla.


- O que estamos esperando? – desafiou e saiu correndo, seguida de perto por Harry.


Fim.


 


 


 

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