CAPÍTULO XVIII - Reconciliação

CAPÍTULO XVIII - Reconciliação



CAPÍTULO XVIII - Reconciliação


 


A viagem para Londres não foi nada agradável. Partiram no dia seguinte, pois Hermione insistira que não precisava descansar pela noite terrível que passara no moinho. Na verdade, sentia-se péssima, mas não pelo incidente tenebroso, e sim porque sentia como se seu coração houvesse sido arrancado de seu peito. Só queria resolver de vez a história do tesouro e voltar a Chesilworth, onde poderia sofrer em paz.


Hermione viajou na carruagem, com a tia e a prima, enquanto Harry cavalgava. Quando paravam para descansar, ou para comer, ela e Philip ignoravam-se, falando o que era estritamente necessário. Como seria de se esperar, Joanna estava radiante com o afastamento dos dois e passou a maior parte da viagem tentando arrancar de Hermione o que havia acontecido para que Harry se mostrasse tão furioso. Como não conseguisse fazer a prima falar, pusera-se a especular sobre os costumes estranhos de Hermione, que, certamente, ofendiam a maioria dos homens.


Joanna aproveitou o silêncio de Harry e Hermione para falar sem parar, durante as refeições, e flertar ostensivamente com Harry. A infelicidade de Hermione era profunda demais para permitir que ela se importasse com os avanços da prima. Sentia saudade da amizade agradável que partilhavam antes, quando riam, conversavam e até discutiam. Também sentia falta dos prazeres que haviam descoberto mais recentemente. Gostaria que a noite no moinho não houvesse existido. Daria tudo para afastar as dúvidas que sentia com relação a Harry, para poder dizer-lhe que confiava nele. Porém, era incapaz de mentir para Harry e, ao mesmo tempo, não conseguia livrar-se das suspeitas. Seu coração não acreditava que ele fosse capaz de fazer aquelas coisas, mas a razão insistia em atormentá-la com sua lógica implacável.


Em outras circunstâncias, ela teria adorado a casa dos Potter em Londres. Situava-se em uma área sossegada de Mayfair e, embora fosse menor que a Mansão Haverly, não perdia nada em termos de elegância. O quarto de Hermione dava vista para um jardim. À noite, o perfume das rosas entrava pela janela, lembrando-a da noite em que fora com Harry ao terraço junto ao lago. Ela concluiu que teria sido melhor instalar-se em um quarto que desse para a rua.


Na manhã seguinte à sua chegada em Londres, Harry levou-a ao escritório do Sr. Stanley, administrador dos negócios da família. Era um homem de aparência próspera, de seus quarenta e poucos anos. Ele explicou que não encontrara nenhuma referência da venda do livro, nos papéis do pai. A dificuldade residia, em parte, no fato de que lady Lílian não se lembrava do ano exato em que a transação ocorrera.


- Eu já esperava. – Harry falou. – Mesmo assim, continue procurando, Stanley.


- Sem dúvida, sir Harry.


- Imagino que meu pai não costumasse fazer negócios com nenhum livreiro em particular.


- Não, sir Harry. Seu pai pouco negociava com livros.


Saíram de lá e foram diretamente para a loja de Perryman Simons, que cumprimentou Hermione com entusiasmo.


- Srta. Granger! É tão bom vê-la de novo! Continua linda! – Simons era baixinho e gorducho, calvo e usava óculos. Parecia estar sempre alegre e de bem com a vida. – Já faz tantos meses. Pensei que não voltaria a vê-la. – Lançou um olhar curioso para Harry. - Fiquei muito sentido, quando soube de seu pai. Era um bom homem.


- Sim, era. Obrigada.


- Está interessada em algum livro? Fique à vontade. – ele ofereceu, apontando para as prateleiras repletas de volumes..


- Na verdade, estamos procurando por um determinado livro, Sr. Simons. – Hermione apresentou-o a Harry, antes de continuar: – Sir Harry está tentando encontrar um livro que pertenceu à família dele. Foi vendido pelo pai dele, mas trata-se de uma obra muito valiosa. Talvez o senhor tenha ouvido falar dela.


- Ora, ajudarei no que puder. Vamos ao meu escritório. – Conduziu-os a uma sala minúscula, no fundo da loja. – Sentem-se. Aceitam uma xícara de chá?


- Não, obrigada. Só queremos saber sobre o livro.


- Que livro, exatamente, estão procurando?


- Trata-se de um livro de oração, que pertenceu à rainha Elizabeth. Pertenceu à família Potter durante muito tempo. – Harry falou e, então, passou a descrever a capa valiosa.


Os olhos do livreiro começaram a brilhar.


- Nossa, que tesouro! Bem que eu gostaria de ter um livro assim em minhas mãos. Infelizmente, nunca o vi, pois certamente, eu me lembraria. Deixe-me ver... Bem, Samuel Arrington pode ter conhecimento dessa obra, uma vez que trabalha, predominantemente, com livros raros. E, também, podem procurar na livraria Cohn&Sons.


Deixaram a loja minutos depois, levando o endereço de três livreiros especializados em livros antigos e raros. Passaram o resto do dia visitando tais livrarias, mas sem obter o menor sucesso. Quando voltaram para casa, Hermione sentia-se profundamente deprimida. Ter de enfrentar mais um jantar sombrio na companhia de Harry, não a fez sentir-se melhor. Foi se deitar com o palpite de que sua causa estava, definitivamente, perdida.


Na manhã seguinte, Hermione estava na sala de estar, preparada para mais uma excursão por livrarias, quando um criado informou-a de que Harry a esperava no escritório.


- O Sr. Stanley está com ele. – o criado acrescentou.


Hermione animou-se imediatamente e, sem perder tempo, correu para o escritório. Quando entrou, Harry fitou-a e sorriu. Por um momento, foi como se aqueles últimos dias não houvessem existido. Hermione sentiu o coração disparar e retribuiu o sorriso sem hesitar. Algo brilhou nos olhos de Harry e o sorriso morreu nos lábios dele.


- Srta. Granger. – anunciou em tom formal – Stanley trouxe notícias. Achei que gostaria de ouvi-las.


- Sim, claro. – ela replicou com cortesia, embora a alegria a houvesse abandonado.


- Por favor, Stanley, conte-nos o que descobriu.


- Encontrei um livro de contabilidade, datado de vinte anos atrás. Em meio aos registros de venda, consta um livro com jóias na capa. Embora meu pai não tenha registrado o título, lembrei-me de que o senhor mencionou as pedras preciosas e as pérolas.


- Excelente! Descobriu quem comprou o livro?


- Um livreiro, chamado Harrington Jones.


- Stanley, será recompensado pelo bom trabalho. Poupou-nos de dias de buscas infrutíferas, em diversas livrarias. Agora, se nos der licença, precisamos encontrar o Sr. Jones. Hermione?


Com o entusiasmo que partilhavam, a caminhada até a loja do Sr. Jones foi quase como nos velhos tempos.


O constrangimento pesado que se abatera sobre eles nos últimos dias, deixou de existir e, embora não conversassem muito, o silêncio não parecia forçado.


Assim que entraram na loja de Harrington Jones, um vendedor atendeu-os com grande cortesia, deixando claro que sabia reconhecer fregueses de bom nível.


- Em que posso lhes ser útil?


- Estamos tentando encontrar um livro que foi comprado pelo Sr. Jones, há mais ou menos vinte anos. Foi meu pai quem lhe vendeu a obra e eu gostaria de tentar reavê-la. Seria possível conversar com o Sr. Jones? Sou sir Harry Potter.


A menção do título fez o vendedor desmanchar-se em gentilezas.


- Tenho certeza de que o Sr. Jones ficará honrado em recebê-los. Vou anunciá-los.


Poucos minutos depois, um homem de idade avançada, cabelos brancos, ligeiramente desgrenhados e olhar afiado, apareceu na porta de uma sala. Pela expressão especulativa em seu rosto, Hermione concluiu que o livreiro tentava calcular que lucro poderia obter da situação.


- Harrington Jones. – apresentou-se, convidando-os com um gesto a entrar na sala. Apontou para a única cadeira disponível, oferecendo a Hermione. Harry e ele permaneceram de pé. – Em que posso ajudá-los?


Mais uma vez, Harry descreveu o livro e contou a história da venda. O homem assentiu, sem dizer nada.


Porém, o brilho em seus olhos fez Hermione recuperar a esperança.


- É claro que será recompensado, se puder nos ajudar. – Harry acrescentou com um sorriso.


O brilho nos olhos de Jones tomou-se intenso.


- O senhor é muito generoso, sir Harry.


Após uma rápida negociação, estabeleceram um preço razoável e Harrington Jones começou falar:


- Não me recordo da primeira transação, mas há cinco anos, a família do primeiro comprador trouxe o livro de volta para mim. O homem havia morrido e os herdeiros queriam vender toda a coleção. O livro de orações de Elizabeth era o maior tesouro, entre os demais. Vendi-o para um de meus melhores clientes, um ávido colecionador de livros antigos e raros. – Fez uma pausa, antes de dizer: – Devo avisá-lo, senhor, com toda honestidade, que não creio que ele vá vendê-lo. Trata-se de um homem muito rico, cuja maior paixão é a sua biblioteca.


- Compreendo. Mesmo assim, gostaria de conversar com ele.


- Chama-se Ernest Bigby. Posso lhe dar o endereço, se quiser..


- Obrigado.


Deixaram a loja minutos depois, deixando um Sr. Jones mais feliz, com uma quantia polpuda no bolso.


- Ah, Harry! – Hermione mal podia conter o entusiasmo. – Estamos quase conseguindo! Mal posso acreditar! O que vamos fazer se ele se recusar a vender o livro?


Harry sorriu, incapaz de resistir ao brilho nos olhos dela..


- Tentaremos, ao menos, dar uma olhada no livro. Geralmente, verdadeiros colecionadores não resistem a uma chance de exibir suas coleções. Se conseguirmos ter o livro em nossas mãos, poderemos folheá-lo e, se encontrarmos o mapa, encontraremos um meio de retirá-lo. Desde que o mapa ainda esteja dentro do livro.


- Acha que pode não estar lá? – Hermione perguntou, apreensiva.


- Não sei, mas depois de tantos anos, e tendo passado por tantas mãos, seria difícil ninguém tê-lo encontrado.


- Recuso-me a pensar nessa possibilidade! Não é possível que tenhamos nos esforçado tanto, só para descobrir que o mapa foi perdido para sempre.


- Se depender da nossa vontade, estará lá.


Hermione ergueu os olhos e detectou, nos de Harry, um brilho que a deixou sem fôlego. Ele desviou o olhar rapidamente e, quando voltou a fitá-la, seu semblante havia recuperado a impassividade.


Voltaram para casa, onde Harry escreveu um bilhete a Ernest Bigby, explicando o seu desejo de comprar o livro de orações de Elizabeth, que havia pertencido à sua família. Então, enviou um mensageiro imediatamente. Depois disso, não lhes restava nada a fazer, exceto esperar pela resposta de Bigby.


As horas seguintes foram de pura tensão. Sentada na sala de estar, Hermione tentava concentrar-se em um bordado, uma ocupação que não estava entre as suas favoritas. No sofá ao lado, Joanna e tia Ardis falavam sem parar, sobre futilidades. Harry, de braços cruzados, em uma poltrona, mantinha-se silencioso como um túmulo. Quando Joanna sugeriu saírem para fazer compras, Hermione agarrou-se à idéia, convencida de que qualquer coisa seria melhor do que continuar sentada ali.


Para sua surpresa, Harry insistiu em acompanhá-las. Joanna subiu para apanhar um chapéu, com um sorriso triunfante nos lábios. Hermione sabia que a prima interpretaria a presença dele como prova de que Harry não podia viver sem ela. Concluiu que o passeio seria ainda pior do que as horas que haviam se passado até então.


- Por que quer ir conosco? – perguntou a Harry irritada.


Ele ergueu uma sobrancelha.


- Faz objeção à minha companhia? Em minha própria carruagem?


- Podemos caminhar. – ela retrucou. – Não precisamos da sua carruagem.


- Ah, mas vão precisar de um homem para carregar todos os pacotes que a Srta. Moulton vai trazer.


- Um criado pode nos acompanhar.


- Por mais que a minha presença a desagrade, Srta. Granger, estou decidido a acompanhá-las. Caso não se lembre, alguém tentou lhe fazer mal há poucos dias. Sei que prefere pensar que fui eu o vilão da história, mas como sei que não sou, também sei que há alguém por aí, capaz de machucá-la. Portanto, não tenho a menor intenção de deixar que saia desta casa, a. menos que eu esteja ao seu lado. Fui claro?


- Perfeitamente. – Hermione largou o bordado e levantou-se. – Acho que estou com dor de cabeça. Não poderei sair. Vou para o meu quarto.


Marchou para o quarto, desejando que Harry não encontrasse um meio de escapar da expedição com as Moulton. Decidiu que ele merecia tal sofrimento.


Sentou-se na poltrona e observou o jardim, lá embaixo. Seu peito parecia prestes a explodir, com tantos sentimentos conflitantes. Como tudo podia ter dado tão errado?


Passou o resto do dia no quarto e, na hora do jantar, disse estar doente e pediu que a criada levasse uma bandeja até lá. Também decidiu não ir à ópera, como fora planejado. Ouviu a voz animada de Joanna, no corredor, quando a prima saía do quarto. Não tinha dúvida de que ela escolhera o seu melhor vestido e que estava linda. Sabia que, depois de passar a noite toda ao lado de Harry, Joanna voltaria para casa, convencida de que ele a pediria em casamento. Mesmo sabendo que Harry mal suportava a prima, Hermione sofria por saber que os dois estariam juntos na ópera.


Era ela quem deveria sentar-se ao lado dele. Era ela quem o amava.


Deitou-se cedo, mas não conseguiu dormir. Mesmo depois de ter ouvido Joanna e tia Ardis chegarem e irem para seus quartos, continuou acordada, em sua cama. Não conseguia tirar da cabeça a lembrança de Harry entrando em seu quarto, algumas noites antes, deitando-se em sua cama e fazendo amor com ela. Daria tudo para que ele fizesse o mesmo, agora.


Seus olhos encheram-se de lágrimas. Disse a si mesma que estava enlouquecendo, que não poderia desejar fazer amor com um homem, suspeitando que ele tentara lhe fazer mal. Foi naquele momento que a constatação a atingiu como um raio. Hermione não acreditava que Harry fizera nada para feri-la.


Sobressaltada, sentou-se na cama. Lembrou-se de todas as razões que tinha para desconfiar dele. Elas ainda estavam lá, a explicação lógica de quem a trancara no moinho e por quê. No entanto, era evidente que, ao mesmo tempo em que as dúvidas haviam povoado a sua mente, seu coração sempre soubera que Harry jamais lhe faria qualquer mal.


Afastou as cobertas e levantou-se. Como não percebera antes? A resposta era simples. Habituara-se a permitir que a razão governasse a sua vida. Por isso; quando as dúvidas a haviam assaltado, dera toda atenção a elas. Porém, tais dúvidas não haviam alterado os seus sentimentos por Harry, pois seus instintos lhe diziam que ele era inocente.


Com um soluço, que era um misto de alívio, remorso e amor, correu para fora do quarto. Percorreu o corredor até o fim, onde ficava o quarto de Harry, sem sequer olhar para o lado, pouco se importando se alguém a visse. Quando se viu diante da porta, não bateu. Simplesmente abriu-a, entrou e, então, voltou a fechá-la.


Harry estava parado no meio do quarto, tirando a camisa. Ao vê-la, limitou-se a fitá-la, confuso e surpreso.


- Hermione, o que aconteceu?


- Nada aconteceu... exceto dentro de mim.


- Acho que não estou entendendo.


- Não sei bem como começar. Tenho tanto medo de que você me odeie, que não vá aceitar minhas... Acho que não estou conseguindo me fazer entender.


- De fato. – ele concordou, contrariado. – Mas posso assegurá-la de que não a odeio, Hermione. Mesmo que quisesse, eu não conseguiria.


Hermione respirou fundo...


- Obrigada. Eu... vim lhe pedir desculpas. Sei que errei e lamento muito. Acabo de descobrir que todas aquelas razões não têm a menor importância. A verdade é que não acredito que você tenha me trancado naquele moinho. A razão me diz como você poderia ter feito isso, por que faria... mas meu coração se recusar a acreditar que foi você.


- O que a fez mudar de idéia? – ele perguntou, parecendo cada vez mais confuso.


- Na verdade, nada mudou. É difícil explicar. Faz sentido que tenha sido você, mas não acredito que fosse capaz de me fazer qualquer mal.


- É claro que não seria. Ah, Hermione...


- Perdoe-me por ter duvidado de você.


Harry sacudiu a cabeça.


- Não, eu estava errado ao esperar que você não tivesse nenhuma dúvida. Você é racional demais, para não considerar as conclusões óbvias. Eu estava magoado. Queria que você confiasse em mim cegamente.


- Mas eu confio cegamente em você. – Hermione afirmou com um sorriso, antes de atirar-se nos braços dele.


Com um suspiro de prazer, Hermione deixou-se abraçar. Era ali que queria estar, aquele era o seu lugar. Beijaram-se com fervor e, então, ela acabou de livrá-lo da camisa, aproveitando a oportunidade para acariciá-lo com audácia.


Desta vez, foi ela quem tomou a iniciativa. Despiu-o, explorou-lhe o corpo com as mãos e com os lábios, atirou-o na cama e posicionou-se sobre ele, tirando a camisola e atirando-a no chão. Harry assistia com os olhos faiscando de desejo, lutando para conter o fogo que ameaçava consumi-lo.


Quando seus corpos se uniram, cavalgaram juntos pelas trilhas da paixão, até atingirem os picos do prazer.


Ficaram deitados por muito tempo, acariciando um ao outro com suavidade, murmurando coisas sem importância. Finalmente, com um suspiro, Harry lembrou-a de que seria melhor ela voltar para o quarto. Se adormecessem, seriam surpreendidos pelos criados, de manhã. Com relutância, Hermione concordou. Vestiu a camisola, enquanto Harry apanhava o robe.


Depois de se certificar de que não havia ninguém no corredor, ele a conduziu até o quarto dela. Quando abriram a porta, a luz fraca do corredor iluminou o quarto apenas um pouco... o bastante para revelar a figura de um homem, remexendo uma das gavetas da penteadeira de Hermione.


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Almofadinhas Marota Potter: espero que o capitulo tenha sido bom, Harry e Hermione fizeram as pazes e agora um ladrão dentro do quarto da Mione. Abraços.


 


Lúh. C. P.: realmente a Mione pisou feio na bola com o Harry, mas ela já se arrependeu e se reconciliou com ele. Noivado a vista. Beijos.


 


alylyzinha: que bom que gostou da historia. Abraços.


 


 

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