Novidades e o diário revelado



N/a: Olá a todos que acompanham esta fic! É para vocês ,com muito carinho, que que apresento o primeiro capítulo de "Uma última chance''! Apreciem a leitura!

Capítulo1: Novidades da guerra e o Diário revelado


Gina ainda contemplava o livro vermelho, maravilhada. Era incrível como as situações assemelhavam-se. No tempo em que Lílian o havia escrito, o mundo bruxo também estava em guerra e ela estava preocupada com todos que lhe eram importantes, mas mesmo assim, mesmo vivenciando o horror que se passava, ainda havia esperança. Era nesse momento que as pessoas precisavam cada vez mais umas das outras, que encontrar um motivo para seguir em frente era necessário. Para Lílian Potter essa razão era seu filho e James. Para Gina, era quase o mesmo; sua família, Harry e seus amigos.

Entretanto, não houve tempo para reflexões mais longas, pois ouvia-se um barulho de pessoas chegando ao Hall acima. Gina apressou-se em subir ao ouvir as vozes de seu pai e dos gêmeos. Talvez eles tivessem novidades do Trio.

- Um deles dois me abordou no elevador, mas não sei ainda quem. No momento eu achei estranho que Runcorn estivesse me dando um aviso daqueles. Desconfiei que fosse uma ameaça. Mas não podia imaginar que fosse um deles – dizia Arthur fascinado.

- Eu tenho certeza que foi o Harry. O Rony estragaria tudo, já que o papai estava perto – alegou Jorge instintivamente.

- Realmente, o Rony é meio palerma pra essas coisas.

- Fred, não fale de seu irmão desse jeito... Não depois de tudo que ele fez e... Pode estar ferido! – ralhou Molly.

- O que está acontecendo papai? O que vocês descobriram de Harry, Rony e Mione? – Perguntou Gina, no meio da confusão. Ela não estava entendendo nada, mas uma euforia tomou conta de si quando ouviu o nome de seu irmão e de Harry.

- Ah! É verdade, você ainda não sabe... - começou seu pai, sentando-se no sofá. – Hoje o Ministério foi invadido, três funcionários foram estuporados. Mafalda Hopkirk, Reg Cattermole e Runcorn. E parece que três impostores tomaram os seus lugares.

- Você quer dizer que esses três eram Harry, Rony e Hermione, mas como?

- Tudo indica que o patrono que foi visto na Comissão de Verificação dos Nascidos-trouxas era o do Harry – respondeu Fred.

- A Comissão foi invadida e muitas pessoas escaparam de um destino terrível em Azkaban, mas o que me espanta é o porquê dos três se arriscarem somente para salvar essas pessoas. Não que isso não seja uma causa nobre, mas o risco é muito grande, não é? – sugeriu Jorge, e Gina concordou intimamente com o irmão.

- O que vocês não sabem é que sumiu da sala da Umbrige o olho de... Mood, e um tal medalhão do pescoço dela nessa confusão – revelou o patriarca.
- Aquela velha vil! – exclamou Molly com aspereza, enquanto seus filhos concordavam atribuindo palavras não tão doces para definir o caráter da mulher.

Gina ficou imaginando se o Trio tinha alguma coisa a ver com o sumiço do tal medalhão. Se tivesse, a jóia deveria ser de muita importância para a missão, caso contrário eles não teriam se arriscado tanto.

- Ok, continuamos esse assunto depois. Imagino que vocês todos estejam famintos. Gina, me ajude com o jantar, sim? Mas o que você estava fazendo?!- perguntou a mãe - Sua roupa está só poeira!

- Eu estava no porão procurando uns livros, mas acabei encontrando isto – respondeu ela levantando a capa para que Molly pudesse ler.

- O livro de Lílian! - exclamou a matrona assustada. - Você leu?

- Não exatamente, mas como que isso veio parar aqui em casa? Você e ela eram amigas?

- Não, na verdade, nem nos encontramos por Hogwarts, pois quando ela entrou, eu e seu pai já estávamos casados. Mas nos vimos, algumas vezes, na Ordem.

- Mas então como um pertence dos Potter veio parar aqui em casa? - insistiu Gina.

- Calma, mocinha, eu vou te contar - Começou a matriarca, enquanto enfeitiçava uma faca para cortar cenouras - Na noite em que os Potter morreram, Hagrid foi buscar Harry e encontrou Sirius por lá querendo levar o afilhado. Ele tinha em mãos esse mesmo livro que você tem agora, e deu à Hagrid, já que este disse que entregaria o bebê à Dumbledore. Sirius estava desesperado. Disse que iria atrás de alguém.

- De Pettigrew – concluiu a garota, pensativa.

- Isso mesmo. Então o diário de Lílian, isto é, se isso for um diário, ficou com Dumbledore até o ano passado. Ele entregou ao seu pai e a mim pra que déssemos para Harry quando tudo tivesse acabado.

- Você quer dizer a guerra, não é?

- Presumo que seja isso. Então eu guardei, mas nunca li. Dumbledore acreditava ser importante que Harry não fosse afetado pelo passado de seus pais enquanto estivesse fazendo “o que deveria ser feito”. Não que eu concorde com o que ele disse - terminou em tom de censura.

- Mas porque ele não quis entregar-lo pessoalmente? Quer dizer, ele não podia saber que iria morrer, não é?

- Eu realmente não sei, o seu tom era mais sério que o comum, e ele alegava que as coisas poderiam mudar.
- Bem, o conteúdo do livro conta a história de Lílian e James. Parece-me então que eles queriam que Harry lesse futuramente.

- Não acho que esse fosse o objetivo. Sirius disse, já em Azkaban, para Dumbledore, que Lílian tinha começado a escrever nesse livro já no meio de sua gravidez, quando James não mais permitia que ela fosse à Ordem e às missões. E que tinha sido sua idéia que ela deixasse escrito a sua história e a de James, mas que na época fora só uma sugestão sem grande importância. Ele pegou o livro àquela noite porque foi um dos poucos pertences que sobraram dos Potter.

Gina permaneceu pensativa. Achava que não tinha o direito de ler algo tão pessoal, era algo que pertencia a Harry e não a ela. Resolveu verbalizar sua dúvida.

- Mamãe, você acha que eu devo ler?

- Não sei. Eu, particularmente, não acho que seja invasão de privacidade, mas depende de você. Se seu amor por Harry for tão forte como eu acho que é, não penso que ele se importaria – disse a mãe com simplicidade.

Essa era uma das características mais fortes em Molly Wealey, sua mudança de reações - às vezes até repentinas para os filhos - pois podia ser bastante ameaçadora quando queria, entretanto sabia muito bem acalentar, sabia fazer sua prole sentir-se amada e protegida sob seus braços.

Gina apenas sorriu e abraçou-a forte.


Godric’s Hollow, Abril, 1980


Depois que descobri o mundo da magia nunca houve lugar tão fantástico quanto Hogwarts para mim. Lembro a primeira vez que entrei naquele castelo, no grande Salão Principal, com o teto encantado, que mostrava uma noite estrelada de verão; as quatro mesas apinhadas de gente, e a maioria das pessoas conversava sobre coisas que eu jamais ouvira falar antes. Castiçais planavam no ar junto às paredes, além das muitas velas ao redor de todo o Salão. Fantasmas conversavam entre si e com as pessoas. Eu olhava para aquilo tudo meio que não acreditando que realmente existia. Apesar de Severo já ter me contado muita coisa do mundo bruxo, nada deixava de me impressionar, mas eu não era a única que parecia extasiada e temerosa. Era tudo tão diferente do que eu já tinha vivido até ali, tão cheio de coisas para descobrir, e ao mesmo tempo, tão aconchegante.

Àquela noite, já no dormitório da Grifinória, encostada no parapeito da janela, enquanto minhas companheiras de quarto dormiam, eu sorria por dentro. A pequena Lílian Evans - baixinha, magricela, ruiva e cheia de sardas - parecia enfim começar a se sentir completa, começava a ter a sensação de ter achado o seu lugar, mesmo depois do início do dia ter sido muito triste, por ter deixado seus pais, o mundo em que vivia, e principalmente, por ter brigado com sua irmã.
Durante a viagem inteira no Expresso de Hogwarts não consegui parar de pensar nela me olhando cheia de rancor, de suas palavras duras que haviam me magoado bastante, isto é, bastante para uma garotinha de 11 anos assustada e ansiosa pelo que tinha por vir, isso sem contar com aqueles garotos “arrogantes” que compartilhavam a cabine comigo.

Bem, eu amava Petúnia, minha irmã mais velha, que durante boa parte da infância me protegia, cuidava de mim. Pelo menos até Severo Snape aparecer para revelar o que eu era. Tive medo no início, mas à medida que ele me contava as coisas que faziam parte do seu mundo e que, segundo ele, seria o meu também, nascia uma vontade de ver e descobrir tudo aquilo. Às vezes, no meu quarto, me perguntava se tudo era mesmo verdade ou se aquele garoto macilento, desarrumado e misterioso estava me enganando e eu estava sendo ingênua o suficiente para acreditar nele.

Severo acabou virando um grande amigo, o primeiro que tive ao descobrir que era bruxa, alguém com quem eu gostava de conversar e sentia que gostava de mim apesar de todos os defeitos – os quais me esforçava para relevar. Mas com o passar do tempo, ele começou a mudar, ou então sempre fora daquele jeito e fingia para me agradar. O fato é que suas companhias, os colegas sonserinos, não eram exatamente pessoas amigáveis – utilizando de um eufemismo - e sim uns nojentos puros-sangues, que adoravam se gabar disto e de como tinham posses e tudo mais. Estes eram, na verdade, comensais na fase embrionária, porém não menos cruéis. Eram o que Severo viria a se tornar mais tarde, e chamavam cada vez mais atenção, junto a seu líder, Lorde Voldemort, para o Ministério e o resto da comunidade mágica.

Temia que meu “Sev” virasse um deles, porém, com o tempo vi quem ele era, ou quem havia se tornado, e isso veio justamente ao som da palavra “sangue-ruim”. A partir daí, evitava o máximo falar ou cruzar nos corredores da escola com Severo Snape, que junto a Petúnia, tinha conseguido conquistar meu desprezo.

XXX

Talvez eu sempre estivesse procurando algo a mais em minha vida, até a carta de Hogwarts chegar. Também foi nesta época que minha relação com Petúnia começou a oscilar, e enfim, deixou de ser a mesma. A cada ano que passava, cada feriado que eu voltava para casa, era pior. E tudo ficou mais difícil quando ela nos apresentou aquele seu “namorado”, Válter Dursley, alguém que nunca tive paciência para aturar (acho até que, naquele momento, preferia o Potter e seu ego, ao Dursley). Quando Petúnia estava com ele, fingia que eu não existia. Na verdade, eu era motivo de vergonha para ela, mas acredito que da parte dele não era bem assim.

Ao voltar para casa nas férias de verão, após o meu sexto ano na escola, ela andava com o Dursley para cima e para baixo, parecia que ele estava todo dia lá em casa. Meus pais nunca se importavam, pois ela estava feliz, e a prova viva de que a maior vontade deles era ver a nós duas felizes, foi a minha ida à Hogwarts.

A essa altura eu possuía poucos amigos trouxas, dos quais tive de ir me afastando gradativamente para evitar perguntas perigosas. Então, com 17 anos, eu passava a maior parte do tempo conversando com meus pais ou sozinha em meu quarto, mandando corujas para os meus amigos, recebendo notícias do mundo bruxo e estudando.

Mamãe e papai ficavam encantados com as coisas que eu contava, e que podia mostrar, já que era maior de idade e liberada para fazer magia fora da escola, mas sempre procurava fazer isso quando Petúnia estava longe. Era insuportável ter que agüentar seus olhares de reprovação, sempre em minha direção, ainda mais naquele momento, em que ela parecia não saber mais andar sozinha. O tempo todo com o Dursley à tira colo. Se é que fosse possível, ele conseguia estreitar mais a mente de minha irmã.

Às vezes eu sentia o olhar dele sobre mim, enquanto sentávamos à mesa para jantar e os outros conversavam. Mas não era um olhar de reprovação, como o de minha irmã. Arriscaria dizer que era de cobiça.

Toda vez que isso acontecia, eu inventava uma dor de cabeça ou algo parecido e subia para o quarto. Só queria fugir dali, pois me sentia muito mal com aquela situação. Comecei a sentir nojo do namorado grudento de minha irmã.

Os dias seguiam assim, até que já no fim das férias, faltando quase duas semanas para o primeiro de Setembro, depois de mais uma sessão de jantar torturante, fui para o quarto sem nem pedir licença. Como aquele cara corpulento, idiota e bajulador ousava me assediar? Como ousava olhar para mim?

Ouvi passos me acompanhando, pensei que fosse minha mãe, já que havíamos conversado sobre as insinuações do Dursley, e ela, é claro, tomara o meu partido silenciosamente, ficando assim só entre nós duas esse assunto, para não fazer Petúnia sofrer. Porém, não era mamãe que havia me seguido.

- Como você, sua esquisita, ousa se insinuar para o meu Válter? – perguntou minha irmã, já dentro do meu quarto, com o tom mais esganiçado possível e o olhar acusador.

- Se insinuar?! Você é louca? Esse cara é que vive me lançando olhares furtivos, e eu tenho nojo disso, ouviu? Ele já deve ter feito a sua cabeça, não é? Esse Dursley é um...

- O quê...? Fala! Com certeza ele não é pior que você!

Isso não podia estar acontecendo. Apesar de tudo ela era minha irmã. Não podia me acusar de algo tão horrível assim, e eu gostava dela, aturava tudo que ela me dizia, lutava para não dizer algo que a machucasse. Eu era muito submissa, pois pensava que aquele rancor todo era porque ela não podia ser bruxa, afinal, pensava que a raiva que ela sentia por de mim iria passar. Mas naquele momento todas as minhas esperanças se esvaíram.

- Petúnia, você não percebe? Esse cara não gosta de você! Se gostasse demonstraria um pouco mais de respeito, e eu não tinha falado nada até agora porque tive medo de te magoar... Você é minha irmã, e eu te amo! – dizia isso com os olhos cheios d’água. As lágrimas ameaçando queimar em meu rosto.
- Pois eu te odeio, e não acredito em você! Você sempre teve tudo e eu... – Mas ela não pôde terminar, saiu batendo a porta às suas costas, me deixando com seu olhar rancoroso ainda em mente.

Àquela noite não consegui dormir, chorei no colo de mamãe, que parecia sofrer tanto quanto eu, só que na ocasião, eu não sabia que ela acabara de descobrir que estava muito doente.

O resto do verão seguiu sem a presença de Válter Dursley – para a minha felicidade – e sem Petúnia me dirigir palavra sequer, mas àquela altura eu também já não me importava mais com isso. Também preferia não ter que vê-la. Estava cansada de me redimir, de ter sempre que dar o braço a torcer. Só quem me preocupava era mamãe, que caíra de cama e parecia profundamente desgostosa com nossa briga e com papai, que não sabia como agir diante de tudo que estava acontecendo. Meus pais tentavam nos reaproximar em vão. Doía-me ver suas tentativas frustradas.



* * *



N/A:Oie!

Bem, espero que o fato de Lily ter sido ''assediada'' (entre aspas porque na verdade o Dursley não fez nada, só ''olhou'' para ela) não cause estranheza em vcs, pois eu, particularmente, acho possível isso ter acontecido, já que a Lil era bastante bonita.

E, essa cena (marcada pelo fato de Lily não ter ''simpatizado'' com Valter) é convenientemente importante para manter algumas partes da trama e garantir uns fatos futuros na fic ( não que ele venha a fazer isso novamente, pois para falar a verdade não pretende tê-lo como personagem de importância na história...).

Hey, eu tô falando mto, é melhor parar por aqui senão perde a graça, não?

Espero comentários galera, e meu mto obrigada a todos que lêem e que comentam,ok?
:*

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