A Descoberta do Duelo das Casa



Capítulo 25

A Descoberta do Duelo das Casas



Rose foi acordada naquela manhã de quinta por sua prima Vic. Levantou um pouco preguiçosa, tinha ido dormir tarde para terminar um trabalho de Herbologia junto com o primo Alvo. Sem pensar duas vezes, foi em direção ao banheiro com o objetivo de tomar um banho bem longo, mas logo sua vontade de passar pelo menos 30 minutos se banhando em água morna foi perdida, pois sua prima avisou que já eram 07h00min. Saiu do banheiro vestida com seu uniforme, penteou os longos cabelos ruivos, deixando-os metade preso e metade solto, com algumas mexas caindo sobre seu rosto, e logo em seguida desceu para o salão comunal, onde encontrou seu irmão.

- Bom dia Hugo! – disse a ruiva feliz, indo para perto do seu irmão.

- B-Bom dia Ro! – respondeu o menino em meio a um bocejo.

- Ihhh, que sono é esse? Não dormiu bem?

- Para ser sincero, eu tentei, mas passei metade da noite acordado tentando terminar esse trabalho de História da Magia. – disse o ruivo desanimado – Mas também, tirando você, nenhum ser humano dotado de uma inteligência normal conseguiria escrever 35 cm nesse pergaminho sobre aquela matéria, dada por aquele fantasma, que ao invés de seguir seu rumo, fica lá, olhando pra gente e dizendo coisas sem parar!

- Ei, eu tenho uma inteligência normal! – disse a ruiva sorrindo – Mas tá, me deixe ver sobre o que é o trabalho – ela pegou o pergaminho das mãos do irmão, pegou a pena e o tinteiro que estava jogado ao lado do sofá e sentou-se anotando e riscando coisas do papel. Hugo acompanhava atento a rapidez com que a irmã escrevia. “Definitivamente, Rose foi dotada com um poder além da compreensão” pensava o garoto. Alguns minutos depois ela entregou o pergaminho todo escrito e disse sorridente:

- Pronto, agora é só você passar a limpo com sua letra e entregar! Trabalho simples esse, já tinha feito uma vez... Acho que o prof. Binns pede isso para todos os alunos – eles riram – Deve ter mais de 30 cm aí.

- Merlin, eu preciso lembrar de agradecer todos os dias por ter uma cópia da mamãe ao meu lado! – Hugo abraçou a irmã bem forte – Obrigada, você é a melhor irmã do mundo!

- De nada Hugo! Agora vamos tomar café, eu estou faminta! – disse a ruiva se levantando do sofá e indo em direção ao buraco da mulher gorda.

***

No salão principal, alguns alunos conversavam animadamente sobre diversos assuntos, dentre eles, as férias. Era incrível como sempre tinham algo novo para contar ou aumentar. Um menino exibido da Lufa-Lufa repetia para quem quisesse ouvir assim que chegou à Hogwarts, que tinha passado o natal na fazenda do tio que criava, acreditem vocês ou não, hipogrifos, e que ele voou em praticamente todos! Essa mesma história foi repetida várias vezes durante aquela semana, até que os hipogrifos se resumiram a meros galos de briga com complexo de cães selvagens. Enfim, nada que uma história passada por várias bocas, e algumas conversas mais racionais, para trazerem a verdade dos fatos.

Na mesa da sonserina, Scorpius e Vincent comentavam sobre o próximo treino de quadribol, enquanto se serviam de suco de abóbora e bolo de cenoura.

- É sério cara, precisamos logo começar a treinar! Se quisermos a taça das casas esse ano é melhor nosso time dar o melhor de si nos próximos jogos. – disse Vincent, enquanto comia mais um pedaço do seu bolo.

- Relaxa Vincent, nosso time já dá o melhor que pode nas partidas. Algumas táticas precisam ser aperfeiçoadas, mas nada que seja tão crítico. Tô com pena é do time da Lufa-Lufa, o técnico de lá... – Scorpius não conseguiu terminar a frase, pois logo em seguida viu sua ruiva entrando pelo salão principal, acompanhada pelo irmão, e parecendo bastante feliz.

- Scorpius? Cara? TEM ALGUÉM AÍ OU ESSA PRESENÇA LOIRA É PURA MENTIRA? – Vincent tentava chamar a atenção do amigo, que por uns segundos parecia estar nas órbitas – Cara, essa coisa de amar é muito boa, mas será que você podia fazer uma cara menos besta? Não, porque assim meu filme fica queimado por andar com você – o moreno dizia entre risos, fazendo o amigo ficar ligeiramente irritado.

- Em primeiro lugar eu estava ouvindo tudo que você me dizia, só não me peça para repetir ok?! Em segundo lugar, eu não faço nenhuma cara de besta! – protestou o loiro.

- Tá legal, da próxima vez eu coloco um espelho na sua frente e você mesmo tira as suas conclusões! – o moreno ria abertamente, o que acabou fazendo seu amigo rir junto.

A conversa de todos logo foi interrompida pela diretora Minerva, que adiantou-se para dar um aviso antes que os alunos deixassem o local para irem assistir suas aulas.

- Bom dia a todos! Serei breve quanto ao aviso, pois não quero ser a causadora do atraso de vocês para as aulas! – ela esboçou um sorriso e prosseguiu – Quero avisar aos alunos inscritos no clube dos duelos que essa noite o Sr. Potter e o Sr. Weasley estarão aqui para retomar as aulas, e darão um aviso muito importante a vocês.

Uma enorme onda de vozes invadiu o salão, principalmente vindas da mesa da Grifinória, onde os Weasley/Potter perguntavam uns aos outros que aviso seria este. Lendo o pensamento dos jovens, Minerva avisou:

- E não adianta perguntarem nada aos jovens filhos de seus professores, pois eles não sabem absolutamente nada do que se trata. Agora terminem seu café e tenham um bom dia! – Minerva voltou para seu lugar enquanto as vozes ainda percorriam toda a mesa.

***

Ao término da primeira aula, os alunos do quarto ano se dispersaram pelo castelo, já que teriam um tempo vago antes da aula de Trato das Criaturas Mágicas.

Scorpius e seus amigos sonserinos foram para os terrenos da escola. O vento frio castigava as pessoas que estavam do lado de fora, mas os amigos não ligavam, e logo se jogaram no chão, ainda coberto pela neve, para conversar. O loiro jogou sua mochila no chão e sentou-se ao lado dos amigos. Era incrível como Scorpius parecia ainda mais lindo em meio à paisagem de inverno. O vento batendo em seu rosto, deixando sua pele ainda mais pálida. Seus lábios com um leve tom vermelho por causa do frio, e seus cabelos batendo em seu rosto, da forma que aquele ar gélido queria. Seus olhos que já eram claros, com a paisagem branca, ficaram ainda mais claros, lembrando olhos de lobos. Algumas meninas passavam várias vezes perto do grupo de amigos só para ter a chance de dar um oi para nosso pequeno Malfoy. Ele nem se importava, afinal, a única menina que lhe interessava, ainda não havia passado ali.

Rose aproveitou o tempo vago, e foi fazer uma visita a Hagrid, enquanto Alvo ficou com os amigos conversando sobre quadribol, e algo mais que ela preferiu não ficar para saber o que era. Pegou seu livro de Transfiguração, e foi lendo calmamente pelos corredores e terrenos da escola. Passou por vários grupinhos de pessoas que fofocavam sobre a tal novidade que seu pai e seu tio tinham para passar aos alunos, e ignorava completamente comentários como “Vai Weasley, diz logo o que é e pára de charme!”. Quando passava, sem perceber, pelo grupinho sonserino que Scorpius se encontrava, ouviu um dos meninos fazer uma piadinha envolvendo seu nome:

- Olha só, lá vai a Weasley e seu namorado: O Livro! – os demais sonserinos riram. Scorpius e Vincent fingiram que acharam graça – Olha, se você não fosse uma grifinória, eu até fazia o favor de sair com você!

Rose parou instantaneamente, fechou seu livro de forma agressiva e caminhou para perto do grupo de meninos, tentando aparentar calma.

- Então eu dou graças a Merlin por ser uma Grifinória! Porque, sinceramente Chad, eu prefiro sair com a Lula gigante do que com um sonserino metido a besta feito você! – ela sorriu irônica e continuou – E outra, o único motivo de você não me convidar para sair, é porque sabe que receberá um sonoro NÃO! – ela viu os amigos rirem, lançou um último olhar de desprezo ao menino e se virou. Mas antes que pudesse se mover, Scorpius virou para o amigo e disse:

- Vai deixar ela falar assim? As férias mudaram todos pelo que vejo! – seu tom de voz era irônico. Chad ia abrir a boca para falar, quando Rose o interrompeu falando diretamente com o loiro:

- Ele não tem o que deixar Malfoy! Ficou calado porque sabe que é a verdade! E acho que você não deveria se meter... – disse a menina de forma desafiadora.

Scorpius levantou-se e caminhou perigosamente até a ruiva, ficando cara a cara com a menina. Rose não pôde deixar de notar como ele estava lindo, em meio aquela paisagem branca de inverno. Ele sorriu de lado, e disse para a menina:

- Por quê? Você se incomoda quando lhe dirijo a palavra? – os amigos atrás de Scorpius pareciam ter prendido a respiração, esperando para ver a cena da briga.

- Na... Na verdade eu... Eu não me importo com o que você diz ou deixa de dizer! – Rose estava nervosa com a proximidade entre os dois, estava ficando perigosa àquela cena.

- Não mesmo? Então por que ficou tão nervosa? – ele se aproximou mais da ruiva, deixando ela desconcertada.

- EU NÃO TÔ NERVOSA! – disse a menina rápido e bem alto, tentando a todo custo manter o controle. Scorpius apenas sorriu e respondeu de maneira calma:

- Não é o que parece!

- Scorpius, leva em consideração o nervosismo, ela nunca ficou tão perto assim de um cara que não fosse o irmão ou os primos dela! – Chad colocava mais lenha na fogueira, enquanto os demais meninos riam. Vincent por sua vez estava preocupado com o que viria.

- Quando eu precisar que dê sua opinião Chad, eu mesmo peço, obrigado! – Scorpius encarou o amigo por alguns segundos e voltou sua atenção para Rose – Então Weasley...

- Duvido que você beije essa Grifinória! – Chad alfinetou novamente.

- Duvida o que? – Scorpius gritou e olhou novamente para Rose, que agora o olhava com uma expressão divertida.

- Qual o problema Malfoy? Até eu duvido disso, se quer saber! Agora se me der licença, eu vou à cabana do Hagrid! – disse a menina, mas antes de conseguir andar mais de um metro, Scorpius a puxou com certa brutalidade, encarou seus olhos azuis e disse de forma perigosa:

- Nunca duvide de um Malfoy! – depois disso ele tomou os lábios da ruiva de maneira violenta e a beijou sem deixar espaço para nenhuma exclamação se quer dos amigos. Rose por sua vez permaneceu um tempo com os olhos abertos, sem reação, espantada com a atitude do namorado. Scorpius segurou firme a cintura da menina, enquanto seus lábios lutavam pedindo passagem aos dela para um beijo profundo. Quando finalmente a menina se rendeu, ele aprofundou o beijo, e pressionou com uma das mãos a cabeça da menina, sem deixar espaço para que ela escapasse. Ele lutava contra todos os desejos que passavam dentro de si, e tentava mentalmente dizer para si “Não ultrapasse o limite dos lábios, se não aí mesmo você se descontrola”, mas como era meio difícil pensar naquelas circunstâncias, quando ele deu por si, já estava deslizando os lábios pelo rosto da menina e indo em direção ao pescoço. Mas, com muito custo, acabou se contendo e ao contrário do que desejava fazer, ele apenas sussurrou no ouvido da ruiva:

- Amo você! – e em seguida a beijou novamente de maneira mais calma, finalizando o beijo com uma mordida no lábio da menina e em seguida um longo selinho. Ficaram de testa colada por algum tempo, parecia que os dois estavam respirando pela primeira vez aquele momento. Ele ouviu a menina sussurrar:

- Ei, que você tá fazendo? Vá se gabar por ser um Malfoy antes que eles estranhem!

- Ah, é mesmo! – ele disse com um meio sorriso e em seguida se virou para os amigos – É como eu disse, NUNCA duvide de um Malfoy! E Weasley, desculpa aí ter roubado o primeiro beijo do seu tão sonhado livro de... – ele olhou para capa do livro para ler o que estava escrito – Ah sim, de Transfiguração!

Rose fingiu ter nojo, limpou a boca com as mãos, e disse com sua melhor voz de choro:
- NUNCA ouviu bem?! NUNCA MAIS ENCOSTE EM MIM! SEU LOIRO OXIGENADO! EU TE ODEIO, OUVIU?! EU TE ODEIO! – depois de fazer esse pequeno teatro, ela se retirou correndo do local, sorrindo discretamente.

Os amigos de Scorpius ainda observavam a cena pasmo, quando ele disse de forma ameaçadora:
- Que esse beijo não saia daqui estão me entendendo? Se eu ouvir qualquer um de vocês comentando essa história com alguém, vão se arrepender! Não quero minha fama destruída por causa de uma cena como essa! – ele viu todos os amigos consentirem com a cabeça – Assim está ótimo! Estávamos falando sobre o que mesmo?

- Sobre o novo lançamento de equipamento para manutenção de vassouras! – respondeu Vincent.

- Ótimo, vamos continua com o assunto então!

Vincent se desligou da conversa ao perceber certa loira cabisbaixa passar pelo grupo, sozinha. Desde que brigou com Scorpius, Sophie andava sempre desacompanhada, ou de vez em quando conversava com algumas garotas da Corvinal, pois as Sonserinas não lhe davam muita atenção agora que ela não era mais amiga do garoto mais popular da Casa. Até mesmo Vincent falara poucas vezes com ela depois do ocorrido.

- Vai lá... – Scorpius percebeu a distração do amigo e o incentivou a ir falar com a loira.

- Não... – Vincent olhou Scorpius com os olhos arregalados – A Sophie vai me dar um fora!

- Vai logo caramba! Você vai deixar mesmo a garota que você ama ir embora desse jeito? É claro que ela não é o exemplo de garota perfeita... Pelo menos pra mim! – O loiro acrescentou rápido ao ver que o amigo estreitava os olhos – Mas se você gosta mesmo dela, é melhor levantar essa bunda e ir agora mesmo falar com ela!

- Mas o que eu falo? – Vincent falou enquanto se levantava.

- Pergunta como ela está... Sei lá! Você vai saber o que dizer! Vai logo! – Scorpius literalmente empurrava o amigo na direção da loira, que tinha se sentado à sombra de uma árvore perto dali.

- Tá, eu vou! Mas me larga primeiro né? – Os dois riram e o moreno finalmente caminhou com coragem até Sophie.

A loira estava sentada com as pernas estiradas no banco, e folheava um livro de feitiços, visivelmente entediada. Ao perceber alguém chegar, levantou a cabeça e sorriu ao ver Vincent.

- Olá Sophie, posso? – O moreno indicou o banco com a cabeça e a loira consentiu, se endireitando e Vincent sentou-se ao seu lado, tremendo por dentro. – Tudo bem? Como foi o Natal?

- Tudo bem sim, tirando o tédio e o frio... – Ela fez uma careta e continuou – Meu Natal foi ótimo, revi meus pais e depois a gente viajou pra Londres, meu irmão mais velho mora lá... E o seu Natal? – A loira sorriu simpaticamente.

“Nossa, assim com esse sorriso fica difícil” – Ele pensava enquanto encarava os olhos verdes de Sophie, que agora contrastavam perfeitamente com sua pele pálida de frio e os cabelos claros. Por um momento ficou sem reação até que a garota o despertou do ‘transe’:

- Vin? Você tá aí?

- Anh? ... Quê? – O moreno sentiu as bochechas corarem.

- Eu perguntei sobre o seu Natal... O gelo deve estar afetando seu cérebro! – A loira riu novamente.

- Ah sim, desculpa, eu tava pensando numa coisa... – Ele esboçou um sorriso pra disfarçar a vergonha. – Meu Natal foi ótimo! Passei na mesma festa que o Scorpius, a gente se divertiu bastante... – Ele viu a loira abaixar a cabeça e murmurar algo como ‘Que bom...’ – Sophie, eu vim aqui pra te falar uma coisa que tá me preocupando... – A loira voltou a olhar para o moreno, com uma expressão bem curiosa.

- O quê?

- Sabe, desde alguns dias atrás eu tenho observado uma garota... Uma garota que costumava ser cercada de amigos e muito bem humorada... Só que agora eu sempre a vejo sozinha e muito triste... – Sophie abaixou o rosto novamente. – E eu queria muito que ela voltasse a ser o que era, porque eu não agüento ver ela desse jeito... Eu quero também que ela saiba que pode contar comigo pra tudo, que eu sempre vou estar ao lado dela, não importa as circunstâncias!

Vincent mal terminou de falar e se viu abraçado por Sophie. Scorpius observava tudo de longe, e ficou muito feliz por Vincent, ‘Mesmo que aquela não fosse uma garota perfeita’.

***

A noite mal chegou e todos os alunos correram para sala do Clube dos Duelos. Os professores Harry e Rony já estavam à espera de todos e pareciam mais ansiosos que os próprios alunos para dar a notícia.

- Eu acho que eles vão gostar dessa idéia da McGonnagal! – disse Harry distraído, olhando a porta por onde entravam os estudantes.

- Você ainda acha? Qual é Harry, se isso fosse à nossa época, estaríamos dando aleluia, pois além de ganhar no Quadribol, iríamos levar a Taça das Casas de lavada, afinal, ninguém era páreo para o famoso Harry Potter! – Rony ria junto com o cunhado, e ao ver que todos já estavam reunidos, decidiu acabar logo com o mistério – Boa Noite Crianças! – ele ouviu alguns jovens reclamando que não eram mais crianças e sorriu – Tá, tá, alguns nem tão crianças assim! Como Minerva deve ter falado meu cunhado aqui e eu temos uma surpresa para vocês. – Rony fez um sinal com a mão, indicando que Harry deveria contar. Então o moreno se adiantou e começou num tom de voz bem animado:

- Acho que todos perceberam que a reabertura do Clube de Duelos não foi por mero acaso. Queríamos preparar vocês, para o que vai vir agora. Quando a Diretora nos convidou para trabalhar, ela pediu para que treinássemos vocês para que assim pudéssemos dar início a nossa jornada de Duelos das Casas. – Harry foi interrompido por uma avalanche de sussurros, conversas, risos, e teve que falar e elevar mais um pouco a voz para ser ouvido – Esse ano, além dos pontos adquiridos para cada Casa durante as aulas, trabalhos e quadribol, vocês contarão com a ajuda do Duelo...

- E como vai ser esse duelo pai, digo, professor! – Lily perguntou bastante interessada no assunto para seu pai, mas foi Ron que respondeu:

- O duelo funcionará da seguinte maneira: Harry cuidará de duas casas e eu de duas, que serão sorteadas por Minerva. Será uma espécie de prova eliminatória, pode-se assim dizer. Haverá um duelo interno entre as casas. – ele viu que alguns alunos estavam com uma expressão confusa e resolveu explicar melhor – Por exemplo, digamos que no sorteio eu fique responsável pela Grifinória e Lufa-Lufa. Os participantes da Grifinória que se inscreverem para a competição terão que duelar entre si, até que reste apenas um, e esse enfrentará o participante vencedor da Lufa-Lufa, em uma semifinal. O mesmo acontecerá com Sonserina e Corvinal. Então, quando restarem apenas dois participantes, eles irão se enfrentar, e o vencedor, leva 150 pontos para sua Casa. – uma euforia sem igual tomou conta dos alunos. Todos gritavam, riam e se deliciavam com a idéia de ganhar 150 pontos e ainda a fama de vencedor.

- Mas não pense que será fácil! – disse Harry, desanimando momentaneamente os jovens – Para esse duelo, somente alunos a partir do 4º ano podem se inscrever, e mais, NINGUÉM poderá sair por aí falando qual é o campeão de sua casa. Os duelos individuais acontecerão em dias alternados, e contarão sempre com minha presença ou com a de Rony. O objetivo desse segredo até a final é justamente manter um suspense e preparar o campeão para o desconhecido. Se ele não souber quem vai enfrentar, na hora terá que pensar em estratégias rápidas para vencer, e é isso que vai decidir quem sairá campeão: a rapidez e esperteza.

- Professor – um garotinho de 11 anos da Lufa-Lufa se aproximou de Harry com um envelope na mão – A diretora pediu que lhe entregasse e disse que já está vindo.

- Ah, obrigado Roger! – Harry sorriu e pegou o envelope das mãos do garoto – Parece que Minerva já decidiu que casa Ron e eu iremos cuidar. – então ele abriu o envelope e disse em voz alta – As Casas Corvinal e Lufa-Lufa ficarão sob os cuidados do professor Weasley, então pode-se concluir que eu serei o responsável por Sonserina e Grifinória – a sala explodiu em aplausos e gritos, todos os alunos estavam extasiados de tanta emoção.

- Ei, por que Minerva não me deixou ficar com a Grifinória ou com a Sonserina? – Rony se aproximou de Harry e perguntou em voz baixa.

- Talvez porque ela ache que você não seria imparcial! – respondeu o moreno com simplicidade.

- Eu não seria imparcial? Que injustiça! É claro que seria imparcial! – disse Rony indignado.

- Vamos ver então! Se o Malfoy Jr. ali se machucasse em algum duelo ou precisasse de sua ajuda em algum feitiço, o que faria?

- Mandaria parar de frescura e estudar mais! Não tenho porque facilitar as coisas pra barbie mirim! – Rony falava como se fosse o dono da razão, o que fez Harry gargalhar.

- Ok, e ainda diz que seria imparcial! – os dois riram, mas logo se calaram ao verem a diretora entrar.

- Por que ficamos em posição de estátua também? Não somos mais alunos! – sussurrou o ruivo.

- Verdade, é à força do hábito! – disse o moreno mais relaxado, ainda observando a Diretora, que logo começou a falar.

- Agora que vocês já sabem do Duelo, quero ressaltar que o objetivo não é criar uma rivalidade a mais entre vocês, e sim trabalhar o espírito de competição saudável. E informo que o aluno que for encontrado nos corredores tentando intimidar ou azarar os companheiros das outras equipes, será imediatamente punido, podendo até desclassificar sua Casa. Fui clara? – Minerva olhava para todos de forma severa e ao ouvir todos os alunos dizerem “Sim, Diretora”, sorriu satisfeita e disse – Agora, Sr. Potter e Sr. Weasley, podem continuar com a aula. – dizendo isso McGonnagal sentou-se ao lado dos outros professores para acompanhar o desempenho dos alunos.

- Como ainda não é oficial, vamos continuar com os mesmo duelos de antigamente. – disse Rony, sorteando os nomes dos alunos que se enfrentariam a seguir – Ora, ora, ora, parece que teremos um duelo entre dois Grifinórios! – ele sorriu abertamente e chamou os participantes – Peter e Rose, venham aqui!

Rose se assustou ao ouvir seu nome ser chamado, mas logo obedeceu ao pai e foi para o centro do salão, mas não antes de trocar olhares significativos com Scorpius, que parecia não ter gostado nem um pouco do que tinha ouvido.

- Façam à reverência! – disse Harry, embora soubesse que era um recado em vão, já que eles já estavam cansados de saber que era necessário. Peter e Rose fizeram o que o professor havia pedido, se afastaram e ficaram em posição de ataque – Quando eu disser três, vocês começam ok?!

- Não se preocupe Rose, eu vou pegar leve! – disse Peter bem alto, arrancando risadas de alunos mais velhos, e em seguida encarou a ruiva com um olhar cínico.

- Oh Peter, que gentileza! – disse a menina dando um sorriso sarcástico – Eu realmente me sinto melhor sabendo que você vai “pegar leve”.

- Okay, farpas trocadas, agora vamos ao que interessa! Estão prontos? Um, dois... Três! – disse Harry, que logo se surpreendeu ao ver um Peter ser lançado para trás de forma violenta, batendo de costas na parede e caindo totalmente desarmado. Olhou para os lados sem entender, não havia ouvido ninguém pronunciar nenhum feitiço, foi quando seu olhar recaiu sobre sua sobrinha, que ria divertida da cara enfurecida que o garoto fazia ao se levantar.

- É Peter, valeu por pegar leve! Mas acho que você podia se empenhar mais, não?! Não se preocupe que da próxima vez, EU pego leve ok?! – disse a menina, jogando a varinha para Peter, que a encarou por uns instantes e disse num tom seco e envergonhado:

- Não sabia que no 4º ano os alunos aprendiam a fazer feitiços não verbais!

- E não aprendem “querido”, mas caso ainda não tenha percebido, eu sou um pouco avançada para saber apenas coisas do 4º ano! – Rose respondeu em tom debochado, e saiu andando. Peter se irritou ainda mais com o comentário da menina, e ergueu imediatamente sua varinha, com a intenção de azará-la. Mas antes que pudesse pronunciar uma letra se quer, Scorpius e Alvo, que acompanhavam a cena atentamente e com a varinha em mãos, lançaram um feitiço sobre o menino e este logo se viu arremessado a metros de distância.

- Peter, não te ensinaram que não se deve atacar o inimigo, no caso sua companheira de casa, pelas costas? – disse Scorpius, enquanto todos riam inclusive Rony, o que fez Harry pensar que Merlin havia começado a distribuir milagres a todos – E depois dizem por aí que os Sonserinos que são injustos e jogam sujo! – agora todos davam gostosas gargalhadas ao ouvir as palavras irônicas do loiro. Rose olhou de relance para ele com uma expressão de quem dizia “obrigada!”, e ele apenas sorriu e retribuiu com um aceno leve com a cabeça.

Depois do episódio cômico, e da descoberta de que Rose, Scorpius e Alvo sabiam fazer feitiços não verbais, coisa que deixou muitos alunos levemente preocupados, pois os três seriam fortes concorrentes, a aula continuou com algumas cenas ainda mais hilárias que a primeira. Um aluno que ainda não dominava muito bem alguns feitiços e tinha uma pontaria pior que a de Neville (se é que isso fosse possível) quando ainda era iniciante nas reuniões da AD, sem querer acertou o chapéu da McGonnagal, o fazendo pegar fogo, e na tentativa de consertar seu erro, conjurou um balde d’água em cima da cabeça da diretora, que logo em seguida levou um banho. E as confusões não pararam por aí. Pirraça entrou na sala e começou a cantar músicas dos tempos que Harry e Rony ainda estudavam na escola. Logo os cunhados se viram obrigados a escutar coisas como “POTTER PIRADOOO” ou então “EI, EI, EI, WEASLEY É NOSSO REI”, mas logo a festa foi interrompida, pois o Barão Sangrento foi chamado para tirá-lo do local.

Após a aula, os cunhados informaram que na próxima semana começariam a treinar as turmas escolhidas. Isso significava que os professores viriam à escola agora duas vezes na semana. Logo após os avisos dos dois, os alunos foram saindo devagar da sala, e como sempre, antes de se retirarem, os jovens Weasley e Potter foram até Harry e Rony se despedir, e em seguida, rumaram para o salão comunal. Esse duelo ainda daria muito o que falar em Hogwarts...



***


Mily

E aí gente! blz?

Espero que tenham gostado do capítulo!

Oh, Gica mandou um bjo pra todos e disse que tá morrendo de saudade disso aqui! Tadinha da minha twin, tá sofrendo =/

Pessoas, eu sei que vcs vão querer comer meu fígado agora, mas assim, sobre o próximo capítulo talvez eu atrase, pq tô entrando em semana de provas, mas vou fazer o possível para conseguir terminar e postar ok?!

Obrigada novamente a todos que comentaram! Desculpe não estar agradecendo individualmente, mas prometo que no próximo capítulo vou citar o nome de todas as pessoas que comentam aqui e responder qualquer dúvida ok?!

Comecem a torcer por mim, pq parece que durante as próximas duas semanas minha vida estará atarefada!!!

Continuem comentando, deixando sugestões e dúvidas ok?!

Adoro vcs!!!

Bjinhos

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Comentários (1)

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