O Apoio Inesperado



Capítulo 16

O Apoio Inesperado



Scorpius se dirigiu a sala comunal da Sonserina, visivelmente triste, além de tudo, sua esperança de reatar o namoro com Rose tinha diminuído, pois a única pessoa que sabia do namoro dos dois, e que com certeza poderia ajudá-lo, tinha acabado de ameaçar ele. Assim que passou pela porta de pedra que dava acesso a sala, encontrou Sophie sentada em uma das cadeiras mais afastadas da lareira, a menina parecia que estava esperando por ele, pois assim que o loiro entrou, ela levantou-se de um salto, e correu na direção dele.

- Scorpius, me desculpe, eu não sabia... – Sophie falava tentando fingir uma expressão triste, mas não enganou Scorpius. Ele lançou um olhar de profundo desprezo e fúria para Sophie e foi para o dormitório.

Como aquilo podia ter acontecido? Como ele poderia ter sido tão bobo de cair numa armação daquelas?! Scorpius agora sentia um ódio profundo de Sophie, decidiu que ignorá-la seria o melhor, porque se fosse falar com ela, não iria se responsabilizar pelos seus atos. Mas Sophie não era o que mais ocupava os pensamentos do loiro, ele pensava como iria se aproximar de Rose e esclarecer tudo o que havia acontecido, aquela situação o deixava péssimo... Só de imaginar o que Rose poderia estar sentindo, ou imaginando fazia seu coração doer muito. Scorpius se deitou na cama e ficou dando socos no colchão, o que fez seu amigo Vincent acordar e se deparar com o loiro chorando.

- O que foi cara? – Vincent deu um salto e se sentou na beirada da cama do amigo.

- Nada não... Eu... to bem – Scorpius disse entre soluços.

- Poxa cara, pode me contar o que houve... – Por um minuto Scorpius pensou em contar tudo pra Vincent, se sentiria mais leve se fizesse isso, mas achando que ele talvez se juntasse a Sophie, decidiu não contar.

- Foi... Meu pai... Ele não comprou a capa que eu queria... – Scorpius falou, contendo mais o choro.

- Ah, sim! Fica assim não, ele vai acabar surpreendendo você com a capa que você tanto quer, ele sempre faz isso... – Vincent bocejou e depois voltou a sua cama para dormir – Boa Noite...

- Boa Noite... – Scorpius ficou aliviado por que o amigo acreditou em sua desculpa e não fez mais perguntas.

Ele ficou encarando o teto, ainda pensando em Rose, as lagrimas escorrendo pelo seu rosto, o coração doendo sempre que se lembrava do olhar triste que a garota lhe lançou quando passou por ele. Por um momento desejava estar em casa, olhando para seu teto encantado, que de certa forma o fazia se sentir bem melhor, mas por outro, desejava com todas as forças que o Natal não viesse antes dele fazer as pazes com a ruiva. O problema é que ele ainda não sabia como fazer isso.


*


Sentada no chão em frente à lareira, com a cabeça encostada nos joelhos e os cabelos escondendo o rosto, estava Rose. A única coisa que ela conseguia fazer naquele momento era chorar... Chorava desconsolada, não queria acreditar que a pessoa que havia lhe jurado amor tinha traído sua confiança daquela forma. Sentia uma mistura de ódio, desprezo, decepção, tristeza e... Amor! Sim, apesar de tudo ela o amava e silenciosamente se amaldiçoava por ter esse sentimento tão enorme e tão puro por aquele loiro oxigenado que a traiu sem nenhuma vergonha.

Alvo atravessou a sala e foi se sentar ao lado da prima. Percebeu que nada do que dissesse aquele momento iria ajudá-la, então tomado por um impulso protetor, passou seus braços em volta dela e a abraçou forte na tentativa de acolhê-la.

- Vai ficar tudo bem Ro! Eu estou aqui – disse o primo, dando um beijo na cabeça da prima, que continuava abaixada e chorando muito.

Naquele momento, seus primos e seu irmão apareceram na sala, e assustaram-se ao se deparar com a cena. Hugo levado por um instinto protetor, correu em direção a irmã e a abraçou desesperado.
- Tá tudo bem Ro? Fala comigo! Por Merlin o que houve? Rose fala – ele segurou nos ombros da irmã e começou a sacudi-la de forma que a cabeça da menina ia pra frente e pra trás.

- Tô... sim – ela disse em meio aos balanços e aos soluços.

- Calma cara, assim você vai fazer a cabeça da sua irmã voar! – Tiago se aproximou da prima e a abraçou também. Vendo que ela não estava em condições de falar, virou-se para seu irmão e perguntou: - O que há com ela Al?

- Ela... bom a Rose está um pouco desesperada porque viu que não tinha acabado um trabalho e tem uma montanha de deveres pra fazer! Vocês a conhecem, ela ficou abalada – Alvo mentiu, e implorou a Merlin que eles acreditassem nessa desculpa.

- Ah é isso? – disse Lily se aproximando da prima – Ro, você vai conseguir e vai tirar a melhor nota no trabalho! – ela viu a prima exibir um sorriso forçado e disse – Bom, acho que ela realmente precisa de um abraço do grupo “Pottesley”!

Ao ouvir o recado de Lily, todos entenderam o que precisavam fazer! Então ela, Vic, Roxanne, Fred, Tiago, Alvo e Hugo fizeram uma roda em volta da prima e a abraçaram bem forte e isso fez Rose se sentir melhor. Por mais que o motivo dela estar triste não tivesse nada a ver com os deveres, receber aquele abraço deixou-a mais forte. Quando eles se afastaram, ela já não chorava tanto. Sorriu para todos eles e disse:
- Eu amo vocês! Todos, sem nenhuma exceção! São minha vida... – quando eles escutaram essas palavras, tornaram a abraçá-la bem forte.


**************


O sábado amanheceu bastante triste. O passeio em Hogsmeade que era para ser divertido e encantador, se tornou uma chatice e Rose só aceitou ir até a cidade porque seu primo Alvo ficou insistindo. Estava muito cansada, mas mesmo assim resolveu se arrumar e descer com ele para o café da manhã. Vestia uma saia preta, uma blusa de gola alta de lã na cor creme, e por cima colocou um sobretudo branco que vinha até os joelhos. Nos pés ela usava uma bota preta que vinha na altura dos joelhos e combinava com sua saia, e seus cabelos estavam soltos e espalhados por cima do sobretudo, dando um contraste perfeito entre a cor vermelha das madeixas da menina e o branco da roupa.

Scorpius já estava no salão para tomar o café da manhã, mas dessa vez Sophie não estava sentada ao seu lado, como era de costume. O garoto fez questão de se sentar bem longe dela com Vincent, que não entendeu o porquê, mas seguiu o amigo. O loiro não estava arrumado para o passeio, pois não iria. Ele vestia uma calça jeans e um moletom branco, e estava de tênis, era incrível como mesmo quando ele vestia coisas tão comuns ficava tão bonito. As meninas da Sonserina pareciam que a qualquer momento iam arrancar um pedaço dele, de tanto que o observavam, mas ele nem notava elas, sua atenção estava voltada para a mesa da Grifinória, como sempre a procura de Rose. Quando seu olhar finalmente a localizou, ele ficou chocado, a menina estava muito mais bonita que o normal, e ele ficou muito enciumado ao ver tantos meninos olharem para ela com a mesma expressão que ele. Ele percebeu que mesmo estando tão bonita, Rose ainda parecia triste, conseguiu ver que seus olhos estavam vermelhos, provavelmente de tanto chorar.

Por vezes, Rose arriscava um olhar à mesa da Sonserina. Percebeu que o loiro estava sentado longe de Sophie e ficou um pouco confusa, afinal para que eles se afastariam, agora que ela já sabia de tudo?

Ao ver que sua irmã nem tocava na comida, Hugo levantou-se, foi para perto dela e a abraçou dizendo:
- Não fica assim Ro, você vai terminar de fazer os deveres! – ele passava a mão na cabeça da irmã, que ao olhar para frente e se deparar com a imagem de Scorpius sentado na mesa da Sonserina, começou a chorar novamente.

A ruiva arriscou mais um olhar e viu que Scorpius olhava pra ela com uma expressão mista de preocupação e tristeza, então desatou a chorar mais ainda. Tentando evitar mais constrangimentos, Alvo se levantou e chamou Rose para se retirar do local. Muitos olhavam para cena e ele ouviu alguns cochichos de meninas e meninos das outras casas.

Scorpius passou o dia todo na escola, ele decidiu não ir a Hogsmeade, pois não iria conseguir se divertir com aquilo tudo acontecendo. Ele passou a manhã na biblioteca, e de tarde quando já estava quase na hora dos outros alunos voltarem do passeio, ele teve uma imensa vontade de descer e ir pra árvore, talvez pensando em encontrar Rose por lá, mas no fundo ele sabia que não encontraria. Ele se sentou à sombra da árvore e ficou observando o lago, pensando em como aquilo podia ter acontecido logo agora que ele tinha pedido Rose em namoro.

Rose e os primos já haviam chegado ao castelo, e estavam conversando na sala comunal da Grifinória. Embora tentasse parecer normal, a mente da menina estava bem longe dali, e ela não estava nem um pouco disposta a sorrir e brincar com os demais. Levantou-se então, e com a desculpa de que ia à biblioteca, saiu do local. Já não estava vestida com roupas para passeio, usava uma calça jeans e um casaco preto de lã, e tinha os cabelos presos num rabo de cavalo. Ela bem que tentou ir à biblioteca, mas sabendo perfeitamente que não conseguiria se concentrar em nenhum livro, decidiu ir para fora, sentir o vento frio da tarde e quem sabe assim esquecer um pouco das tristezas. Olhou em direção ao lago negro e se lembrou de Scorpius... Apesar de lutar com todas as forças para não ir até lá, seu impulso a venceu e a ruiva se encaminhou para lá.

Ela andava lentamente pelo jardim do castelo, que agora estava coberto de neve, o que deixava a barra da sua calça úmida... Antes de chegar à árvore que servia de palco para seus encontros com Scorpius, avistou o loiro sentado no chão frio e aparentemente muito triste. Instantaneamente os olhos da menina se encheram de lágrimas. Queria muito ir até ele, abraçá-lo e beijá-lo como antes, mas ao se lembrar do que viu no dia anterior, virou-se e foi em direção ao castelo novamente. Se amaldiçoou por ter ido aquele local e agora não conseguia conter as lágrimas.


**************


Finalmente a última semana de aula antes do Natal tinha começado. Já era quinta e Scorpius e Rose ainda não tinham se falado, toda vez que o loiro tentava se aproximar para falar com ela, Alvo estava por perto como um segurança, e ele não conseguia se aproximar mais, fazendo o loiro pensar que até o Natal não conseguiria se explicar. Nas aulas que a Grifinória tinha com a Sonserina, ele se sentava bem distante da mesa de Alvo e Rose, porque talvez não agüentasse ficar tão próximo dela sem dizer uma palavra. Até mesmo seu amigo Vincent estranhou o fato de que ele e a ruiva nunca mais tinham brigado.

Para Rose aquele mês também foi um tormento, principalmente nas aulas que tinha com Scorpius. Ela observava o garoto sempre distante, e tinha uma enorme vontade de chorar, mas conseguia se conter, porque seu primo Alvo estava sempre com ela. Alvo por sinal, estava sendo um ótimo amigo, e Rose não sabia, mas as vezes ele pensava em falar com Scorpius, só para saber o que realmente aconteceu. Então não agüentando mais ver o sofrimento da prima, decidiu que no final daquela aula iria conversar com Scorpius.

Depois do termino da aula, Alvo chamou Rose e disse:
- Ro, eu vou falar com o capitão do time de Quadribol, tenho que saber se hoje tem treino, te encontro no salão principal, certo?

- Certo, eu vou aproveitar e pegar alguns livros na biblioteca de Runas, e adiantar o dever! - dizendo isso, ela deu um beijo no rosto do primo e foi embora.

Alvo esperou a prima se distanciar e foi atrás de Scorpius. Encontrou o loiro conversando com o amigo Vincent no corredor, então se aproximou e chamou ele pra conversar:

- Malfoy, posso conversar com você?

Scorpius se levantou de um salto e respondeu:
- Claro! Vincent, já volto! – E seguiu Alvo, deixando um Vincent confuso para trás. Eles caminharam para o jardim, assim nenhum Potter/Weasley iria vê-los conversar.

- Sabe Malfoy, eu pensei muito antes de vir falar com você. – Começou Alvo – Eu tenho visto a Rose tão triste esses dias que eu quis saber o que realmente aconteceu entre você e a Sophie aquele dia.

Então Scorpius começou a explicar pra o menino tudo o que tinha acontecido: O elogio inesperado e logo depois o beijo, contou também que Sophie queria namorar com ele e que tinha raiva de Rose, e terminou fazendo um pedido a Alvo, que agora parecia estar completamente do lado dele.
- Alvo, por favor, me ajude a falar com a Rose, eu não agüento mais ficar longe dela! E eu não quero que o Natal venha antes de nós estarmos juntos novamente!

- Olha cara, eu vou te ajudar! Não agüento mais ver a Rose chorando pelos cantos... Já tem alguma idéia do que quer fazer? – disse Alvo, convencido de que o loiro era inocente e que merecia sua ajuda.

Scorpius abriu um enorme sorriso e disse:
- Obrigado cara, eu nem esperava que você iria me ajudar! – Alvo sorriu – Então, eu estava pensando numa coisa, e você pode me ajudar a levar a Rose pra lá!

- Pra ver a Rose feliz eu faço qualquer coisa! Me conte o que você está pensando, que eu dou um jeito de levar a minha prima pra lá!...

- Certo...

Scorpius contou tudo o que estava pensando e Alvo decidiu o que iria fazer, o plano entrava em ação no dia seguinte.




~~




Mily postando de novo gente! O PC da Gica tá doente, portanto se alguem tiver uma poção revigorante que sirva pra computadores, por favor me informe e me dê a receita que farei uma pro PC dela!

Enfim, cap 16 no ar *-*' eu tô com pena do Scorpius e da Rose viu, esses dois sofrem demais para ficar juntos, cruuuuuuuuzes ngm merece isso!

Mas vamos esperar pra ver o q vai acontecer né?! Alvo vai ajudar ele, vamos ver no que vai dar!

Obrigada a todos que comentaram! Espero de coração que estejam gostando da fic. Prometo q no próximo cap. eu posto o nome de todos os q comentarem e faço um agradecimento decente.

Tô postando rapidinho pq já tenho q sair pra faculdade! Primeiro dia de aula, coitado dos novatos (6) HAUHAUAHAUAHUA =P

Bjinhos

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