Bem vindo à escola trouxa!

Bem vindo à escola trouxa!



Rony não respondeu, ficou parado admirando aquele prédio. Nunca havia visto uma escola trouxa, não tinha a mínima idéia de como era, as únicas coisas que sabia era o que Harry e Hermione tinha contado, e sinceramente, não eram nem um pouco estimulante. Mas agora, também, estava muito confuso, já não sabia se tudo que sabia era verdade, se realmente era daquela forma. Parou de pensar, sua cabeça já doía.
- Ô pastel! Vai ficar parado ai?- Chamou Gina que já estava bem na frente
- Ahm... Não - Disse ele indo em sua direção
- Rony! Quanto tempo – Ele nem precisou olhar para saber quem era, conhecia muito bem a voz de seu melhor amigo.
- Harry! – virando-se para ele
Harry agora já estava a seu lado
- E ai moleque, como foi suas férias?
- Ah, espera ai – Rony virou-se para falar com a irmã mas ela já tinha sumido. “sumiu quando viu o Harry” concluiu rindo sozinho – esquece...- pensou um pouco e achou melhor não falar nada agora -nada de mais, e as suas?
- Também nada. Bom meus pais queriam me levar para o Brasil, mas eu insisti para irmos para Paris, não sou muito chegado a praia... Mas acabamos ficando uma semana e meia em cada lugar... Seus pais não te levaram pra nenhum lugar não?
- Seus pais... Meus... Brasil...Paris... ahn? – Não podia ser, agora ele estava ficando maluco, como assim? Os pais de Harry ainda estavam vivos? Eles eram ricos! Pelas barbas de Merlin! Agora entendera todo aquele luxo nos carros (mesmo que pouco entendesse daquilo) , a casa! Por que eles? Weasley nunca ganharam muito dinheiro, mas a família de Harry era de se entender, sempre foram ricos, mas eles? – Ah, não, resolvemos dessa ver passar aqui.
- Ahm... – Disse ele olhando-o desconfiado – Olha quem vem ali Rony! – apontando para uma menina de cabelos crespos e cheios, vinha abraçada com uma porção de livros e cabisbaixa, tinha passos largos e rápidos, e Rony logo entendeu o porque de tanta pressa; um grupo de meninos altos e mal encarados a cercaram, dentre esses conseguiu identificar um loiro que parecia ser o líder.
- Draco!
- Rony... Rony! O que você vai fazer, espera!
- Granger, que surpresa! – Disse Draco batendo nos livros dela, o que fez todos caírem no chão, ela logo se abaixou para pega-los. – Isso mesmo, e vá costumando, porque ai é o seu lugar. – disse ele arrancando risadas de todo o grupo
- Draco! Deixe-a em paz!- Ofegou Rony depois de se enfiar no meio da roda e ficar de frente para o garoto loiro.
- O que é isso Weasley – disse ente risos forçados – virou defensor dos fracos e oprimidos é? Você nem gosta da Granger!
- Eu não... – virou-se para ela, que o olhava sem entender tanto heroísmo – Isso não vem ao caso, você não pode fazer isso com ela!
- A não? E o que você – quase cuspira a palavra – vai fazer para me impedir – disse ele se aproximando de Rony
- Experimenta e verá – Rony já soltava fumaça pelas orelhas de tanto que estavam vermelhas, aproximou-se mais de Draco de modo que quase encostavam seus narizes.
- EI! VOCÊS! Pra dentro, já! – A voz velha e cansada era inconfundível. “Até o Filch? Não é possível, tão zoando da minha cara só pode ser!”
- Weasley, só porque você ficou rico de uma hora pra outra, não vá achando que virou alguém, você e sua família medíocre não são nada, escutou? Nada! – sussurrou Draco de uma forma que só quem estava na roda pudesse ouvir e logo depois caiu na gargalhada, uma gargalhada fria e sombria.
Rony tentou avançar pra cima dele mas não conseguiu, sentiu alguém o segurando por trás:
- Não vale a pena –Era Harry - Vamos entrar, vai começar a primeira aula.
Rony não respondeu, seus olhos ferviam de ódio, por um instante se distraiu de tanta raiva e lembrou de Hermione, olhou para o chão e não estava mais lá.
- Harry, por algum acaso eu estou fedendo?
- Não, por que? – Disse ele sem entender, mas rindo mesmo assim do amigo
- Porque você não está, e todo mundo que chegamos perto, Gina e Hermione, fogem de nós... – Respondeu também rindo
Entraram na sala, mas logo Rony se arrependeu, Lilá já vinha toda feliz ao encontro do “namorado”, “pelo menos foi isso que me falaram que sou dela” pensou.
- Uon-Uon! Que saudade! – Disse ela com um largo sorriso no rosto
- Ahm... Eu também – Disse por não ter outra alternativa, com um sorriso amarelo- Bom é melhor sentarmos, o prof... MINERVA? – Surpreendeu-se
- Ronald, também é muito bom te ver, mas ainda prefiro que me chame de prof. McGonagall, por favor.
- Ah perdão professora, já vou me sentar – Disse ele correndo para um lugar vago, logo ao lado de Hermione, que tentava ao máximo não olhá-lo, e na frente de Harry.
- Rony? Que isso?- Perguntou Harry confuso, tão baixo de modo que só Rony escutasse
- O que?
- Não vai sentar perto da Lilá?
- E por que eu sentaria?
- Ahm, não sei, talvez porque ela é sua namorada e porque você sempre senta lá?
-É? Bom agora vou sentar aqui na frente, posso? – Disse ele desviando seu olhar para Hermione e sorrindo, quando viu que ela também o olhava.
- Acho que Lilá não vai gostar nem um pouco disso.
- Também acho, mas se quer me ter como namorado, que agüente – Disse rindo logo em seguida.
- Bem agora vamos começar a nossa aula não é? Esse ano temos muito a fazer, não esqueçam o vestibular está próximo, não seria nem um pouco sensato continuar conversando nas aulas, pois nenhum dinheiro paga para uma pessoa passar no vestibular das maiores faculdades... Não é sr. Malfoy? – Disse ela enquanto andava pela sala, parou bem na frente da carteira de Draco, todos da sala riram da cara que ele fez ao vê-la lá.
Rony não tinha a mínima idéia do que ela estava falando, mas também não estava nem um pouco curioso para saber, não conseguia desgrudar seus olhos de Hermione, o que a deixava cada vez mais vermelha, mas fingia ao máximo não ter percebido e não tirava os olhos de Minerva.
Harry temia pelo amigo, percebera o que estava acontecendo...Bem, mais ou menos, mas pretendia ajudá-lo de qualquer forma. Temia porque, como Rony não desgrudava os olhos de Hermione, Lilá também não desgrudava os seus dele, e Harry sabia como era Lilá, por ela ser a menina mais popular da sala, o que faz o Harry pensar, porque ela estava com Rony e não com Draco, por exemplo... Mas isso não vinha ao caso agora, o que importava era que Lilá mataria Hermione e depois Rony, e isso não seria uma cena bonita “ Nem um pouco” pensou ele balançando a cabeça negativamente.
- Para Rony! – Sussurrou para ele
- Para com o que? – disse ele sem tirar os olhos da menina que tanto te encantava
- Com isso, pare de olhar tão descaradamente para a Hermione, esqueceu que tem uma namorada? Aliás, ela está te fuzilando com o olhar... Sério, ela vai te matar velho.
A aula seguiu e Rony não deu a mínima atenção para o conselho do amigo o que deixou Harry realmente preocupado. Batera o sinal, e como sempre todos saíram correndo da sala como se lá estivesse pegando fogo, Rony foi atrás de Hermione que tentou sair de pressa para não cruzar com ele, o que foi inútil.
- Hermione, HERMIONE! Espera...- Disse ele segurando o braço dela
Rony esperou que todos saíssem da sala para que pudesse continuar (até Harry, que viu que insistir seria em vão).
- Preciso conversar com você
- E tenho outra escolha?
- Bem... – Disse ele soltando o braço dela
- Ótimo – falou alisando seu braço que estava vermelho onde Rony havia segurado
- É...
- Antes que você fale alguma coisa queria te fazer uma pergunta... Por que fez aquilo, me defender do Draco?
- É isso que estou tentando expl...
- Sempre me ignorava, fazia piada sobre mim, implicava comigo, então, por que essa mudança?
- como eu ia falando...
- Ah, claro! Deve estar querendo provocar ciúmes naquela sua namorada fútil e resolveu usar a besta aqui não é? Ou quem sabe dar uma de gostoso e por isso aproveitou da situação, pois fique sabendo que comigo não, ouviu! Não sou mais uma que pode manipular, e olhe, me deixe em paz, tenho muito o que estudar, já que o vestibular está chegando... – Disse ela já se direcionando da porta
- Mas...
- Tchau – e saiu
Rony ficou parado por um tempo, continuava sem entender ela “como era cabeça dura, como falava tanto e não escutava os outro, como... como era linda!” Com um sorriso bobo saiu da sala e foi para o pátio procurar Harry.

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