Aprisionada pela alma

Aprisionada pela alma



CAPITULO 21
Aprisionada pela alma


- Por Merlin, Lili acorde, por favor! – gritava Gina sacudindo-a freneticamente. Mas nada de Lili abrir os olhos. Nemeses estava empoleirada na cabeceira da cama da dona e um canto triste podia ser ouvido bem baixinho. – Alguém vá chamar as outras guardiãs. – Uma garota loira sai do dormitório correndo.


No meio da sala comunal ela é barrada por Hermione.


- Por que a pressa Srta. Mckilan?


- Lili não está acordando. Gina me pediu para ir chamar as outras guardiãs.


Hermione olha preocupada para a garota e põem a mão em seu ombro.


- Espere aqui. – Mione vira-se para seus amigos – Liak vá você procurá-las. 


Liak sai correndo da sala comunal.


- Agora Harry, Rony e Limmie venham comigo.


Eles subiram para o dormitório do quinto ano.


- Graças a Merlin alguém apareceu. – sussurrou Gina sentada na cama com os olhos marejados em lagrimas. – Faz um tempão que estou tentando reanimá-la, mas nada adianta. Não a levei para a enfermaria porque está cheio de gente lá em baixo.


Rony vai amparar a irmã que já começara a soluçar, desesperada.


- Não pense o pior, Gina. – disse Limmie. 


- É Gina, vai ver ela só desmaiou. – arriscou Harry.


- Com tudo o que fiz, ela teria acordado. 


Mione vai ver se Lili ainda está viva. 


- Ainda dá para sentir seus batimentos, mas são muito fracos.


- O que aconteceu? – perguntou Limmie ficando preocupada também. Seus olhos já estavam começando a lacrimejar.


Gina suspirou e olhou a elfa – Eu não sei. Acordei ouvindo os gritos dela. Daí quando fui tentar acordá-la ela começa a se debater logo parando dura como uma pedra.


- Ela deve estar tendo algum pesadelo. – disse Lulin da porta.


As quatro guardiãs entraram acompanhadas de Liak que estava sem ar.


- Acho que não Lú! – falou Vivin. – Uma pessoa que estivesse tendo algum pesadelo não estaria neste estado.


- Mas Vi, ela não acorda mais! – Protestou Hannah sentando-se ao lado de Lili.


- Então eu não faço a mínima idéia! – ela sentou-se na cama de Gina que era ao lado.


- Ela não está aqui! – disse Luanne olhando para cada canto do quarto.


- Ela esta deitada na cama! – disse Mione. – Como não está aqui!


- Não seu corpo material. – disse Luanne chegando mais perto de Lili. – Sua alma está fora, alguém a tirou.


- Como assim? – perguntaram todos curiosos.


- Harry… você se lembra como Voldemort entrava em sua mente e você na dele? – ela olhava para ele.


- Sim!


- Lili sabe alguma coisa de necromancia. Mas seus poderes são muitos fracos nesse assunto. Estranho… - Luanne para de falar e vai andando de um lado para o outro da sala.


- Para de andar assim! E diz logo alguma coisa que de pra entender. – protestou Limmie também começando a chorar.


- A alma de Lili é prateada. – todos olhavam mais confusos ainda. – A alma de Lili é uma das mais raras que existe. Pelas pessoas que vi neste castelo, as únicas que a possuem são Dumbledore, Lili e você Harry.


- Voldemort pode estar com a alma de Lili? – perguntou Harry.


- Eu tenho certeza que ele deve estar. Maldito seja. Deve ter feito à mesma coisa que fez com Harry ano passado, mas como Lili é esperta o deixou pegar apenas sua alma.


- E agora, o que fazemos? – perguntou Gina olhando para Luanne com os olhos vermelhos de tanto chorar.


- Esperar! – lamentou Luanne.


- Não! Não deixarei Lili nas mãos daquele homem. – Liak estava bufando de raiva.


- Não tem nada que possamos fazer. Lili terá que voltar sozinha. 


Ninguém falou mais nada. Hermione foi avisar a Profª McGonagall que imediatamente avisou Dumbledore.


Dumbledore ordenou que Lili fosse levada à enfermaria. Por que a qualquer momento ela poderia acordar e ter que contar alguma coisa, e não seria apropriado que todo mundo ouvisse.


Passou dois, três dias e nada de Lili acordar ou dar qualquer sinal de estar viva. Foi no quinto dia, quando era a vez de Liak ficar com ela que alguma coisa aconteceu.


Liak dormia em uma poltrona, todo retorcido, uma de suas mãos estava sobre o braço de Lili. Ele foi acordado por um movimento brusco de Lili. A garota começou a se debater violentamente e de seus olhos, ainda fechados, começaram a nascer lagrimas. 


- Lili! Por favor, onde você esteja. Tente voltar! – Liak estava ficando nervoso.


Em um lugar escuro, sem iluminação alguma, estava uma alma presa.


- Me tirem daqui! Eu quero sair! – gritava Lili batendo no chão de pedra bruta.


- Fique quieta! – uma voz rouca e sinistra pode ser ouvida mais além.


- Quem está ai? Por favor, me deixe sair! Que querem comigo? – Lili sente um forte soco em seu estomago, depois, um tapa em seu rosto. – Por que, o que eu fiz! – e começa a chorar ainda apanhando.


- Lili! Por favor, onde você esteja. Tente voltar! – Lili ouve aquela voz, tão reconfortante naquele momento de dor. Não sentia mais seu braço direito, seu lábio estava cortado e sentia sua cabeça latejar.


- Liak! Onde você está? Liak me ajuda.


Liak viu os lábios de Lili formarem palavras, mas ele não conseguia entender. 


- Lili, teleporte-se para a enfermaria de Hogwarts. Você consegue.


Lili ouve o que Liak diz com muita atenção, mas como faria para se teleportar? Estava fraca e perdia muito sangue de seu braço que estava cortado como se uma navalha tivesse o cortado.


Liak olhava para Lili preocupado, o rosto da moça havia se contraído, seu braço direito mostrava um grande corte e estava roxa em varias partes do corpo.


- Eu vou conseguir! – sussurrou Lili para si mesma. 


- Você não irá conseguir sair com vida daqui mocinha! – Lili já ouvira aquela voz uma vez. Era ele, Voldemort.


- Claro que vou! – gritou desesperada.


- Se sair daqui nesse estado morrerá. E não poderá avisar seu amiguinho do ataque.


- Seu cretino. Por que faz isso? O que vai ganhar destruindo o mundo?


- Poder! – retrucou Voldemort brabo.


- Que adianta poder sem ninguém para reverenciá-lo?


-…


- Viu, não adianta para nada!


- Cala-te insolente.


- Me espere Voldemort. Acabarei com você com minhas próprias mãos. – Lili se teletransporta para a enfermaria. Caindo direto sobre seu corpo.


Liak vê uma luz emanar do corpo de Lili e ela abre os olhos.


- Liak!


- Lili, como estava preocupado com você! – ele abraça a amiga com todo carinho.


- Ai! – fala ela colocando a mão no braço cortado.


- Desculpe! Eu vou chamar Madame Pomfrey.


- Espera! – ela pega a mão do elfo.


- Sim?


- Obrigada!


- Pelo que?


- Por ter salvado minha vida, de novo! – ela sorri e solta ele para ir chamar a enfermeira.


Ele sai sem dizer nada. Madame Pomfrey cuidou dela, mas Liak não voltou para vê-la, só quando o sol já havia adormecido e a lua tomava conta do céu.


- Lua cheia! Pobre tio Remo. – ela olha para o jardim e vê um lobisomem andando pelos jardins, acompanhado por um grande cão. – Sempre junto a ele né Almofadinhas. – ela sorri em ver aquela sena. Amigos como os marotos foram um dia não existe igual.


- Pensando no que? – Lili se vira e vê dez pessoas paradas em sua frente.


- Nos Marotos! – responde voltando a olhar pela janela. Mas eles já não estavam mais lá em baixo.


- Você viu o Remo e o Sirius né? – perguntou Harry indo olhar para fora.


- Aham. E ai como foi à semana sem minha companhia? – perguntou Lili voltando a se sentar na cama.


- Não sabe como senti sua falta! – disse Gina indo abraçar a amiga. – E vê se não me dá nenhum susto, senão não vou viver para ver meus sobrinhos crescerem.


- Que sobrinhos? – perguntou Lili.


- Você pretende ter filhos não?


- Claro que sim, mas é muito cedo para pensar nisso.


Todos conversaram com Lili até Madame Pomfrey os expulsar, alegando a Lili precisava de descanso.


- Luanne! – chamou Lili baixinho. 


- Sim? – a fantasma se virou.


- Poderia ir chamar o professor Dumbledore pra mim?


- Claro! – Luanne vai chamar o diretor.


Uns vinte minutos depois Dumbledore entra pela porta da enfermaria. Lili estava sentada na cama o esperando.


- Professor eu preciso contar umas coisas para o senhor.


- Fale Srta. Maifayr.


- Eu me encontrei com Voldemort enquanto estava fora. Ele disse que não perderá mais tempo, seu próximo alvo é o castelo. E não duvido que ele ataque daqui a um mês.


- Eu já temia por isso! Agora descanse criança. Amanhã de manhã a senhorita e as outras guardiãs irão começar o maior trabalho de vocês.


- Sim, senhor. Boa noite!


 

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