Voltando por uma hora

Voltando por uma hora



CAPITULO 10 – Voltando por uma hora


Finalmente o dia do baile havia chegado. Eram onze e meia e Lili estava se arrumando com a ajuda de Limmie e algumas fadinhas. Entre elas estava Áurea que voava de um lado para o outro, ninguém conseguia fazê-la parar. - Você está ficando linda. - Disse Limmie.


- Eu estou normal Limmie, é apenas uma festa a fantasia. Não um concurso de beleza.


- Deixa disso, guria. Tem que estar impecável para a aparição em Hogwarts, já que faz dias que não dá as caras por lá.


- Não começa Li, eu não agüento mais isso. Dá pra parar de passar esse troço na minha cara?


- Lili grita com a fada que tentava inutilmente dar um pouco de cor ao rosto da garota.


- Mas senhorita, seu rosto é apagado. Deixe-me dar um pouco de cor.


- Não. Eu gosto dele do jeito que está.


- Tudo bem! - A fada sai e Áurea vai falar com ela.


- A senhorita está muito linda!


- Obrigada Áurea. - Ela sorri para a fadinha.


Passaram-se alguns minutos e Lili já estava quase pronta, faltavam apenas os cabelos. Lili estava em sua forma de guardiã (anjo). Não conseguia se decidir sobre o que colocava nos cabelos. A costumeira aureola de prata que usava em suas transformações ou a de flores lilases.


- Acho melhor você decidir logo, Lili. Não temos muito tempo.


- Eu não sei, Li. Me ajuda, qual fica melhor?


- A prata é linda, mas as flores combinam mais com você.


- Acha isso mesmo?


- Aham...


Lili colocou a aureola de flores e Telemaca veio buscá-la. Ela a levou para uma sala, onde havia um arco branco, com um pano azul claro esvoaçando.


Por breves momentos Lili pensou em já ter visto um arco muito parecido com aquele.


- Está muito bonita! - Uma voz atrás dela tira-a de seus pensamentos.


 - Obrigada. - Ela se vira e encara Liak. - Vejo que você também está muito bonito. - Ela sorri.


- Não mais que você!


Liak estava com uma roupa de arqueiro, que em Hogwarts é uma fantasia, mas naquele mundo era uma roupa comum.


- Querida! - Chamou Telemaca. – Faltam alguns minutos até o alinhamento das luas, então eu gostaria de lhe entrar isto. – Telemaca tira de dentro da cesta que carregava um enorme ovo vermelho.


- O que exatamente tem ai dentro? – perguntou Lili pegando o ovo e sentindo-o quente.


- Isso pertenceu a sua mãe. Essa adorável criatura é uma dádiva de Merlin. Em suas mãos Lili, você tem a ultima Fênix Negra de todos os mundos.


- Eu… eu não sei o que falar.


- Não precisa dizer nada. Apenas olhe para o ovo.


Lili olha para o ovo que havia começado a se rachar. Ela pensava que nasceria uma ave pequena e despenada, mas não, quando o ovo finalmente abriu, uma luz vermelha saiu de dentro e a ave saiu já adulta.


- Pelo motivo de ter ficado tanto tempo no ovo até entrar em contato com a dona, ela já nasceu grande. – falou Telemaca sorrindo.


- Como é linda. – disse Lili acariciando as sedosas plumas da fênix. – Ela já tem nome?


- Deixei a cargo da senhorita. – falou Telemaca.


- Nemeses. – disse Lili sem pensar. – A vingadora dos crimes.


- Com o nome escolhido tudo está perfeito. – Telemaca olha Lili nos olhos e começa a falar séria como nunca havia falado antes. – Nemeses serão seus olhos em meio à escuridão, será sua sombra protegendo-a. Nunca… em hipótese alguma deixe alguém que não seja de sua inteira confiança tocá-la. Pois se alguém que você odeia ou simplesmente não tem confiança a tocar, diga adeus a ela, pois Nemeses nunca mais irá voltar.


- Obrigada por me alertar, acho que se eu perdesse algo assim seria a coisa mais estúpida que eu já teria feito.


- Agora vão que as luas já estão alinhadas. – disse Telemaca depressa, pegando Nemeses dos braços de Lili. – Dêem-se as mãos e fiquem pensando em Hogwarts ou simplesmente sussurrem o nome do lugar. Não parem de fazer uma dessas coisas que eu estou a dizer, pois senão acabarão caindo em outros mundos.


- Outros mundos? - Perguntou Lili curiosa.


- Há sete portais como este… três estão no mundo de vocês. E os outros estão nos mundos paralelos a esse e a Hogwarts. Agora vão.


Lili teve um leve arrepio quando cruzou aquele véu. Ela supôs que Liak também o sentira, pois ambos estavam apertando fortemente as mãos. Quando eles finalmente chegaram ao arco que havia em Hogwarts eles se soltaram. Eles estavam em uma sala de Hogwarts.


Lili não sabia exatamente em que andar, mas tinham que ir ao salão principal rapidamente, pois tinham apenas uma hora. Quando Lili estava descendo a escadaria de mármore que dava para o salão, eles se deparam com Malfoy, que estava saindo do salão principal com uma garota de cara de buldogue. Ele lhe lança um olhar esnobe e sai com ela para os jardins. Não seria ele que estragaria aquela noite. Primeira pessoa que Lili queria conversar era a irmã. Sabia que ela deveria estar preocupada, e ela estava morrendo de saudades.


- Jane! - Chamou Lili por trás da irmã que conversava com Lupin.


- Olá Lili! Vejo que já voltastes. - Jane se virou e abriu um largo sorriso de orgulho e surpresa.


- Apenas por uma hora. Apenas poderei voltar daqui a uma semana. - Lili senta-se em uma das cadeiras ao lado da irmã e Liak senta-se ao seu lado.


- E você deve ser o Liak se não me falha a memória?


- Sim. - Liak sorri. - Acho que não mudei muito desde pequeno.


- Pra falar a verdade você mudou, mas eu o reconheci pelos olhos. Como vai sua avó e sua irmã?


- Vão bem.


- Vocês já se conhecem? - Perguntou uma espantada Lili.


- Eu conheci Liak e Limmie quando eram pequenos. Lembro-me vagamente de uma Limmie correndo atrás de Ângela para que brincasse com ela.


Eles conversaram por uns quinze minutos. Lili decidira ver Mione e seus outros amigos. Encontrou-a conversando com Rony animadamente em uma mesa ao canto do salão.


- Olá. Como vão vocês dois? - Perguntou sorrindo.


- Lili?! - Mione arregalara os olhos não podia acreditar que a amiga havia aparecido. - Por onde se meteu? Fiquei preocupada quando não te vi mais.


- Estou cumprindo com a minha obrigação.


- Como assim? - Perguntou Rony.


- Quando eu voltar, daqui a uma semana eu lhes explicarei tudo… Que falta de educação a minha. Esse é o Liak. Um amigo meu.


Mione e Rony o cumprimentaram cordialmente.


- E o Harry, veio com quem? - Perguntou curiosa, já que não esteve presente nos últimos quatro dias não soube se Harry havia vindo sozinho ou acompanhado.


- Cho o convidou de ultima hora. Ele estava pensando em vir sozinho, mas daí ela o “atacou” no meio do corredor. - Falou Rony se lembrando do ocorrido.


Ela conversou uns vinte minutos com Rony e Mione, até que decidiu ir procurar por Harry para lhe dar um oi. Eles não estavam no salão principal, Cho e Harry estavam sentados em um banco, perto de roseiras, que eram iluminadas por pequenas fadinhas que dançavam docemente sobre as flores.


- Cof, cof… - fez Lili antes de chegar perto deles para não presenciar nada que ela não queria ver. O engraçado é que quando Lili chegou mais perto, ela pensou que os dois estariam sentados, uns ao lado do outro, juntinhos, como se tivessem acabado de sair de um amasso. Mas acabou presenciando a coisa mais esquisita do mundo. Harry estava de pé, olhando para as negras águas do lago onde a lua dava um tom de prata e Cho estava sentada no banco, com os braços cruzados e a cara amarrada. Cho estava muito bonita até. Vestia um quimono e seu rosto estava toda pintada com pó de arroz, com uma maquilagem em tons de azul e lábios extremamente vermelhos.


Harry estava com uma armadura negra, seu cabelo estava mais despenteado do que nunca, sem os óculos, seus olhos verdes brilhavam. E com uma espada presa em uma bainha negra.


- Vejo que não estão se dando muito bem. – fala Lili.


- Nunca nos demos bem. – falou Harry


- Que pena. - Se a luz banhasse seu rosto, poderia ser visto nele um leve sorriso de felicidade por causa da resposta do garoto. - Cho poderia nos dar licença? Gostaria de falar com o Harry a sós.


- Ele é meu par, não seu Maifayr. - Falou rispidamente Cho.


- Ora. - Lili tinha nojo quando falavam assim com ela, ainda mais se fosse à intrometida da Cho. - Se ele é seu par, porque não está conversando com ele? Pra mim vocês dois mais parecem inimigos do que amigos.


- Ah… Fique quieta sua pirralha.


- Não fale assim com ela, Cho. Não tem o direito de tratá-la assim. - Harry havia se virado e apontava para a garota ameaçadoramente. Com essa Cho deus as costas e saiu. Harry se virou para Lili e perguntou:


- Onde você se meteu todos esses dias? Eu, Mione e Rony estávamos super preocupados.  Sua irmã quando soube que você havia sumido abriu um largo sorriso e saiu cantarolando uma música estranha.


- Ela sabia desde o inicio onde eu estava. - Lili ficou conversando com Harry e sequer notara que o tempo passara e já estava na hora de voltar. Liak que a observava de longe a chamou para irem embora. Ela não queria ir, mas tinha que cumprir com a palavra a Telemaca. Remo, Jane, Harry, Mione, Rony e Dumbledore foram se despedir de Lili na sala onde o portal se encontrava.


- Até daqui uma semana. - Disse Rony.


- Até… eu irei pedir para Gina fazer anotações para você das aulas. – disse Mione sendo abraçada por Lili que chorava muito como ela. Dumbledore pediu para Lili e Liak mandarem lembranças a Telemaca e Ingrid. Harry se despediu de Lili com um simples tchau. Jane também chorava e quase sufocou a irmã com um abraço.


- Estarei esperando por você daqui a uma semana. Até lá faça tudo o que Telemaca e seus professores mandarem. Tens que voltar com grande sabedoria, assim como nossa mãe.


- Farei o que pedes. Voltarei tão inteligente quanto mamãe.


Liak e Lili voltaram para a Floresta Sagrada.


 


e�tl ���ize:11.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif";color:black'>- Você tem ódio de quem mataste sua mãe? - O anjo agora estava encostando o seu nariz no de Lili, fulminando-a com os olhos.


 


- Não sinto ódio de Voldemort. Acho que ele não merece que eu sinta ódio dele. Prefiro apenas dizer que não gosto dele.


- Tem certeza?


- Absoluta! - Respondeu ela decidida.


- Passe! – disse ele indignado.


A porta se abre e ela entra correndo. Tinha que achar Liak e o medalhão. Ela anda por um corredor que a única luz do ambiente parecia estar se pagando, pois mal podia se enxergar a um palmo de seu nariz.


- Droga de escuridão! - Ralhou Lili. - LIAK! ONDE VOCÊ ESTÁ? - Lili começou a gritar pelo amigo.


No fim do corredor, quando entrara em um enorme salão teve que fechar os olhos por causa da claridade que era abundante. No centro do salão havia um lindo pedestal de mármore, onde em cima havia a estátua de um anjo, segurando um cajado na mão esquerda e o medalhão na mão direita. Aos pés do pedestal havia um corpo inerte, deitado no chão.


- Liak! - Ela se ajoelha e vira o amigo. Estava vivo ainda. “Graças a Merlin você não está morto” pensou ela enxugando uma lagrima que lhe caia do olho.


Ela levantou-se, olhou para estátua que segurava o medalhão. Ficou parada ali por uns cinco minutos admirando a beleza da estátua. Ela pegou cuidadosamente o medalhão e olhou-o atentamente. Dum lado havia um Dragão Negro de olhos vermelhos, do outro um lindo tigre branco de olhos verdes. Os olhos do dragão eram de rubis e os do tigre eram esmeraldas.


Quando ela colocou em seu pescoço uma luz dourada começou a envolvê-la, era uma sensação agradável, como se aquela luz ao redor dela estivesse abraçando-a. Abriu lentamente os olhos e viu sua mãe a sua frente, usando um lindo vestido lilás, seus cabelos estavam soltos com uma pequena aureola de flores brancas na cabeça e duas lindas asas brancas.


- Mãe! - Lili ouviu sua voz distante, como se outra pessoa estivesse falando. - Meu anjo! - Disse à mulher que andou lentamente até Lili, pegando nas mãos dela.


- O que está fazendo aqui?


- Eu, antes de você colocar o medalhão, era a guardiã do medalhão. Agora, meu anjo, está na hora de passar esta responsabilidade para você e finalmente poderei descansar em paz.


- Não vá! Por favor. Não posso viver sem você. - Lili abraça a mãe com todas as suas forças.


- Não sou mais necessária nesse mundo meu anjo. E alguém a espera do outro lado.


- Mas…


- Agora eu tenho que ir. Mas eu sempre estarei em suas lembras e em seu coração. E sempre estarei olhando você, onde eu estiver.


- Adeus, mãe!


- Adeus meu anjo e se cuide.


A luz dourada some e Lili se vê novamente em frente à estátua. Liak já estava acordado e a esperava, preocupado.


- O que aconteceu? Você não estava nem piscando, pensei até que você tinha morrido.


- Quando eu coloquei o medalhão a minha mãe veio falar comigo. - Ela foi perceber agora que o medalhão não estava mais em seu pescoço, mas sim em suas mãos.


- Vamos embora.


- Vamos! - Lili colocou novamente o medalhão. Não esperava que acontecesse alguma coisa, mas aconteceu. Uma luz prateada a envolveu e seu corpo começou a mudar. Seus cabelos negros ficaram soltos, seus olhos ficaram prateados, suas orelhas ficaram iguais as de Liak. Sua calça, blusa e capa desapareceram, no lugar delas ela vestia agora um lindo vestido lilás, igual o da mãe e sapatilhas brancas. Em seus cabelos havia uma aureola de prata com uma meia lua de pingente. De suas costas começaram a nascer asas, asas de anjo. Lindas asas brancas. A luz prateada se dissipou e Liak arregalou os olhos.


- Lili você…


- Eu virei um anjo! - Ela olhava pra si mesma abismada.


Lili os teleportou diretamente até o pégaso.


- Finalmente você chegou! - Disse o pégaso para ela. Aparentava ter adoecido muito mais desde que Liak e Lili haviam partido.


- Não se preocupe, eu o ajudarei. - Lili colocou a mão direita sobre o coração do pégaso e a esquerda sobre o próprio peito. - Com os poderes que há mim foram destinados a serem protegidos, faça essa bela criatura voltar a viver. Tendo assim, um ano de minha vida. - Uma luz azulada saiu do peito de Lili e entrou no do pégaso, que imediatamente se levantou.


- Obrigado! - Agradeceu o pégaso.


- Não há o que agradecer. - Lili sorri e fica olhando os dois pégasos indo embora.


- Acho que está na hora de voltarmos para casa, vovó deve estar nos esperando. - Disse Liak tirando Lili de seus pensamentos.


- Só tem um problema Liak. Eu não posso voltar com a aparência de um anjo.


- Tente voltar o normal.


- Acho que só se eu tirar o medalhão. Mas eu não quero tirar. - Lili começou a tentar a voltar ao normal. Disse apenas uma frase: - Terminei a minha missão.


Lili voltara ao normal, mas continuara com os olhos prateados e as orelhas de elfo (Gente não são as orelhas de elfo como as do Dobby. As orelhas de Lili são iguais as dos elfos do Senhor dos Anéis. No mundo de Arton, todos os elfos são assim).

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