Rumo à Escola Hogwarts



Capítulo 8

Rumo à Escola Hogwarts



Foi só o tempo de Harry despencar na lareira dos Weasley para a Sra. Weasley aparecer na frente dele. Só podia ter aparatado.

- De volta À Toca! – disse Hermione.

- Ei Harry! Vamos levar essas coisas lá para o quarto? – convidou Rony.

- Sim. Vamos Mione?

A garota concordou e os três foram até o quarto de Rony. Quando a porta do quarto foi aberta as paredes cobertas de pôsteres dos Chudley Cannons pareciam os cumprimentar.

- Então, vejamos o que mamãe comprou para nós... – Rony pegou suas sacolas e tirou tudo o que havia nelas. – Livros... Livros... Um caldeirão diferente... Livros... Minha veste à rigor? Acho que mamãe mandou aumentar o tamanho... Mais livros... Já disse que ganhei livros...?

- Esse ano vai ser difícil! Já pararam para pensar que ano que vem estaremos nos formando? – Hermione começou a olhar para o alto.

- Que coisa! Lembro quando estava no primeiro ano... – Harry também começou a olhar para cima – Hehe, aquela nossa aventura da Pedra Filosofal foi muito legal, não acham?

- É! E a Câmara Secreta, lembra Harry? – disse Rony.

- Foi legal para vocês que não foram petrificados, né? – falou Hermione.

- Melhor mudar de assunto. – disse Rony rispidamente – Harry, você me empresta a Edwiges para ela levar o dinheiro da minha vassoura?

- Ela foi levar a carta para o Olívio, lembra?

- Se quiser, posso te emprestar a Wingie. – Hermione chamou a coruja branca que veio em uma velocidade incrível ao encontro deles.

Harry deu o dinheiro de Rony para a coruja.

- Não, eu tenho um saquinho mais resistente para viagens. Vou buscar. – Rony saiu do quarto.

Pouco menos de dois minutos depois, ele voltou com um saquinho pequenino. Era brilhante como a lua. Na verdade, parecia em muito com uma lua, se não feito disso.

- Agora sim, Wingie. Levante vôo e... VÁ!

A coruja Wingie saiu voando pela janela. Umas penas acabaram caindo e encheram a cabeça de Rony.

- Haha! – Hermione deu uma gargalhada gostosa de se ouvir.- Bem, ainda dá tempo de um último treino particular de quadribol, o que acham? Temos que testar nossas vassouras!

- Boa idéia. Afinal, depois só teremos treinos com o time todo. – Harry levantou e pegou sua Firebolt em cima de sua cama. Ele a deu para Rony.

Depois de descerem as escadas, perguntaram por Gina. A Sra. Weasley disse que ela foi praticar com sua vassoura nova.

- Mamãe! A senhora sabia que Gina tinha comprado uma vassoura! – falou Rony – Então deve saber que eu também...

- Claro Gina pode, Rony! Afinal, ela economiza dinheiro. Ficaria espantada se você tivesse a audácia de comprar uma vassoura!

Rony engoliu suas palavras.

- Mas o que você ia dizer, querido?

- Eu? Eu... Eu vou encontrar Gina, né pessoal? – Rony olhava espantado para seus amigos.

Mas saíram de casa e encontraram Fred e Jorge parados ao lado do dedo-duro de Gina. Estavam tentando gesticular algo para o pássaro.

- Que burro! – disse Jorge para os garotos – O cara não tava brincando quando disse que isso aí não falava nada.

- Não contem para mamãe que vou comprar uma vassoura! Não contem! – Rony falava desesperadamente.

- Hmm? Você já encomendou uma vassoura? – perguntou Jorge.

- Claro, maninho! Aquele modelo Lua lembra? Que o Carlinhos ia comprar para ele? – respondeu o outro gêmeo.

- Ah, é mesmo! Mas por que não podemos contar nada para ela?

- Até parece que você não conhece mamãe – respondeu Fred – Ela ficaria uma fera, ainda mais que o Rony quase não economiza dinheiro. Ao contrário de nós, que temos uma fortuna!

Fred e Jorge piscaram discretamente para Harry. Ele retribuiu.

- Bem, temos que treinar, gêmeos. – disse Mione – Nós vemos depois.

Subiram o morrinho, lentamente. Enquanto isso conversavam.

- Mas a Gina está se dedicando bastante, hein? – comentou Harry.

- É, ela ta levando a sério isso aí de ser jogadora de quadribol. – falou Hermione.

Caminharam mais um tempo, conversaram mais um tempo, e finalmente encontraram Gina. Ela dava umas voadas incríveis em sua nova vassoura, que por sinal reluzia belamente atrás do sol da tarde. Com seu cabo dourado e pontas afiadas, então...

- Isso aí,Gina! – Harry a elogiou. – Acho que foi só pegar uma vassoura boa para mostrar o seu potencial! Ei... – parou para pensar – o que estou falando?

- Está falando como um capitão deve falar, oras – respondeu Rony.

Treinaram algumas jogadas especiais. Hermione passava a goles para Gina de um jeito estiloso, que atirava para nenhum lugar, esperando que Rony aparecesse para rebate-la.

- Estamos indo bem! Acho que o timinho de Malfoy não tem chance contra o nosso! – disse Rony.

Mais algumas jogadas e poucos erros depois desceram o morro.

- Essa minha vassoura é sensacional! É leve como uma pena! – disse Mione.

- É verdade! – falou Gina – Sem contar que são lindas, não acha? Os meninos vão cair aos nossos pés quando virem nossas vassouras!

- Será? Ai tomara, gente! – Rony imitou uma daquelas meninas eufóricas do segundo ano, que caem pelo primeiro garoto que vêem na sua frente.

- Cala a boquinha, Roniquinho! Se falar mais uma bobagem, vou espalhar para a escola toda o apelido como mamãe te chama: Roniquinho!

Rony não teve nada a falar. Harry teve que rir de sua cara assustada, branca.

- Tão fácil dominar os homens, não é Mione?

- Fácil, fácil, Gina! Eles caem aos nossos pés feito patinhos!

Quando chegaram na entrada d’A Toca, Fred e Jorge vieram correndo ao encontro dos garotos.

- Queremos saber o nome do dedo-duro, Gina! – disse Fred.

- Diga rápido! Hoje esse bicho fala! – falou Jorge.

- Ele nunca vai falar. Ele só grita, e somente quando morre, ouviram? Não vão tentar matar o...

- Qual vai ser o nome dele? – perguntou Rony, agora também já interessado no assunto.

- Sei lá! Specter? Não... Darka? Puffy?

- Por enquanto prefiro Darka. Mas é feeeiiiooo! – disse Rony. – Que tal... Ah! Agora eu vou estragar o dedo-duro com um nome feio assim como você fez com o meu Pichitinho! E o nome vai ser... Raziel!

- Eca! Que coisa horrível! Não... Vai ser...- Gina tentou mudar o nome. Mas não deu tempo: Rony chamou Raziel, e ele obedeceu ao menino. O nome já foi marcado.

- Ahhh, droga! Raziel! Que... – Gina estava realmente brava. – Mas pelo menos deixe parecer que eu sou a dona e eu devo chamá-lo pela primeira vez de seu novo nome. Raziel, vem aqui!

Raziel foi ao encontro de sua verdadeira dona. Suas penas negras reluziam ao anoitecer que chegou com uma rapidez assustadora. Quando entraram na casa, se depararam com um jantar maravilhoso.

- Comemoração do último de férias! – justificou a Sra. Weasley.

Depois da refeição, Harry, Rony, Hermione e Gina sentaram nos sofás em frente à lareira (apagada, é lógico).

- Uahh! – Rony deu um bocejo que contagiou os demais – Que droga! Último dia de férias. Aulas nãããoo!

- Já arrumaram as malas? – perguntou Gina.

- Não – responderam Harry e Rony. Hermione não disse nada.

- É melhor arrumarem logo – disse Mione.

Os garotos não tinham opção: subiram novamente as escadas acompanhados de Hermione. Quando estavam quase na porta do quarto de Rony, ouviram Gina perguntando para sua mãe se ela já havia conversado com Dumbledore sobre a vinda do dedo-duro na escola (só eram permitidos gatos, sapos e corujas). A resposta da Sra. Weasley eles não ouviram, mas deveria ser um sim.

- Agora, vamos arrumar coisas – Harry começou a ajeitar suas meias, que a Sra. Weasley gentilmente havia dobrado.

- Ah, que beleza! Roupas à rigor novinhas em folha! O que acha, Harry?

- É, são bonitas Rony!

- Nossa, temos realmente muitos livros este ano. Hermione deve estar dando saltos de alegria por aí.

- Isso não é nenhuma surpresa, Rony. Ta certo que temos uma quantidade absurda de livros. Quer dizer, não são livros...

- Eu sei, é uma lista de livros que eles recomendaram que a gente pegasse na biblioteca. De livro mesmo, é a quantidade normal. Mas o que acontece é que são muitos...
- Mas nós já estamos no sexto ano! Reparou como passou o tempo?

- Também, estivemos tão entretidos nesses anos... – disse Rony – Não teve um ano de sossego para nós! Sempre uma surpresa diferente.

- É... E o que teremos este ano? Era sempre algo envolvido com Voldemort... – Rony estremeceu – Mas este ano, quer dizer, ano passado ele morreu. Morreu?

- Ninguém sabe se ele morreu. Eu acho que...

- Admita. Todos sabemos que ele não morreu.

- Harry! – Rony já tinha uma voz meio desesperada. Seu rosto parecia mudar lentamente para uma pessoa adulta, madura... – Me diga: ele
- Calma Rony! Voldemort não vai nos atacar assim. Ele também pode estar morto, lembre-se disso. Mas aquela minha hipótese do...

- Meninos! – a Sra. Weasley os chamou – Estão prontos com as malas? Já é hora de dormir! Amanhã teremos que acordar bem cedo!

Harry e Rony se olharam. Harry parecia querer dizer com seus olhares de que a conversa continuaria amanhã.

- Melhor nos trocarmos logo. – falou Harry.

Minutos depois, estava Harry deitado. Pensava em Voldemort. Suas possibilidades de... Viver? Deixar vestígios de... Viver? Que coisa louca. Harry tinha que conversar com Dumbledore. Esclarecer suas duvidadas, suas hipóteses. Essa seria a primeira coisa que o garoto faria ao chegar em Hogwarts...


- Bom dia! – Hermione veio até o quarto. Harry acordou assustado. – Harry, você está... Estranho! – o menino suava frio.

- Nada. Pus muita coberta. É que estava quente, sabe... – mentira dele. Sonhara com vários olhos o perseguindo em um lugar escuro.

- Em todo o caso, é melhor acordarem logo, pois a Sra. Weasley está super apressada hoje. Dumbledore mandou alguns carros, que devem estar chegando em breve. Então, vistam-se logo.

Hermione saiu da sala. Os meninos se vestiram rapidamente. Harry apanhou a gaiola de Edwiges, vazia, e Rony pegou Pichitinho. Desceram as escadas, e chegaram à cozinha.

- Bom dia – disse Gina, animada. – Dumbledore deixou eu levar Raziel para a escola! Não é fantástico?

- Vai ser a notícia do ano em todos os jornais – falou Rony, que pelo jeito não acordou de bom humor.

Gina não teve tempo de xingar o irmão, pois a Sra. Weasley veio com um café da manhã maravilhoso, de deixar qualquer um calado.

- Maravilha! – disse Fred, descendo as escadas acompanhado de Jorge – Caprichou no café, hein mãe?

A Sra. Weasley ficou encabulada e corou fortemente. Depois de todos se alimentarem, começaram as despedidas.

- Tchau, Fred! – Hermione deu um beijinho de despedida no gêmeo. – Tchau Jorge! – o mesmo fez com o outro irmão.

Harry e Rony também se despediram dos gêmeos.

- Dessa vez não poderemos ir – disse Jorge – Atrasamos um pouquinho as coisas lá na loja. E a pintura ficou péssima – o gêmeo lançou um olhar de pura raiva ao pai.

- Então, vemos vocês na nossa inauguração. Vocês vão receber um cartãozinho nosso de convite, certo? – falou Fred.

- E espalhem para todos os seus amigos que a loja vai bombar! – falou Jorge.

- Faremos isso – respondeu Rony – Papai, você vai junto?

- Não, Rony. Estou lotado de trabalho... Sabe como é, o Ministério anda cada vez mais louco agora.

- Já que você não vai, Artur, vamos nós, porque o carro já chegou – a Sra. Weasley apontou para os carros que realmente haviam chegado a mando de Dumbledore.

Os garotos reuniram suas coisas: malões, gaiolas... Fred, Jorge e o Sr. Weasley se despediram. A Sra. Weasley os guiou para o carro de Dumbledore. Harry, Rony, Hermione e Gina colocaram seus materias escolares no porta-malas do carro.

- Ah, que fofinho – disse Gina, referindo-se ao sofá da limusine.
- É confortável mesmo – falou Hermione. – E aí, Harry... Como anda o time de quadribol?

- Bem, não tive nenhuma resposta do Olívio. A viagem é longa, acho que Edwiges volta daqui a uma semana.

- E eu mal posso esperar para... – Rony falaria sobre sua vassoura nova, mas na presença da Sra. Weasley era melhor não dizer nada.

- Hã... É melhor... – Gina tentou desviar o assunto -... É melhor conversar hoje com o Neville no trem. Não se esqueça, Harry.

- Ah, é mesmo. Ia me esquecendo de falar com o Neville. Espero que ele tenha sorte nos treinos...

Mais ou menos uma hora depois, chegaram em Londres. O motorista (o mesmo que os levou até o Beco Diagonal) foi até a estação de King Cross.

- Obrigado, senhor – agradeceu a Sra. Weasley.

- De nada. – respondeu.

Saíram da limusine e pegaram seus malões, vassouras, gaiolas... Caminharam até à famosa plataforma 9 e ½, que dava acesso ao Expresso de Hogwarts.

- Nenhum trouxa à vista, mamãe? – perguntou Gina, querendo atravessar logo a barreira.

- Não.

A menina deu um beijo na bochecha da mãe, que disse um ‘’se cuide’’ para a garota. Ela atravessou a barreira.

- Vamos, Mione? Rony? – Harry estava com vontade de ir até o mundo bruxo.

- Vamos – responderam.

Rony deu um beijo da mãe. A Sra. Weasley deu um beijinho em Harry e Hermione, dizendo para eles se cuidarem. Atravessaram, então, a toda velocidade para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

- O Expresso vai sair daqui a pouco – logo que os garotos e Mione atravessaram o portal para o mundo bruxo, uma voz ecoou pelo local avisando que o trem estava prestes a sair.

- Vamos logo! – Hermione estava ansiosa. – O trem esta para sair.

- Gina, espera um pouco! – reclamou Rony para a irmã.

Gina, Hermione, Rony e Harry entraram no Expresso de Hogwarts. O movimento no trem estava muito intenso, gaiolas chacoalhavam escandalosamente, malões empurravam alunos que estavam de pé, barulhos estranhos vinham de todos os lados... Por fim, Harry e Rony foram à frente e acharam um lugarzinho no Expresso. Rony sinalizou para as garotas o seguirem. Elas foram até a última vaga aparentemente disponível no trem. Lá, eles largaram seus malões e gaiolas (a de Harry estava vazia porque Edwiges ainda não voltara com a resposta de Wood). Wingie também não voltara com a vassoura de Rony...

- Ah... Enfim, vamos voltar à Hogwarts! – falou Gina, sentando no banco.

- Eu não estou muito entusiasmado não, Gina – Rony fez uma de tristeza ao falar – Este ano você vai fazer os exames de N.O.M, mas pelo que a Hermione disse, o 6º ano será...

- À propósito – começou Mione – ainda não recebemos nossos resultados dos N.O.M's... Por que será, hein? Aposto que os outros já receberam...

- Eu aposto que a mamãe esqueceu. – falou Rony – Anda tão ocupada ela...

- Ela esqueceu – afirmou Gina – Me disse isso antes de sairmos. Os resultados ela deixou comigo... Está em algum lugar... Espera aí.

Gina pegou seu malão e o abriu. No exato momento em que apanhou vários papéis, a porta da cabine se escancarou.

- Raiva! – falou Neville – Nenhum lugar por aqui também?

- Aqui tem um, se quiser – convidou Gina, com um olhar estranho.

- Óbvio que eu quero ficar aqui. Já fui chutado mais de não sei quantas vezes. O trem ta lotado!

Neville pôs seu malão na cabine, e depois se ajeitou do lado de Rony e de Hermione.

- Deu! Aqui estão os resultados – anunciou Gina – Pelo jeito, sou tão esquecida quanto mamãe, hein? – a menina corou levemente.

- O que são? – perguntou Neville.

- Os resultados dos exames dos N.O.M's – respondeu Hermione.

Harry, meio apreensivo, deu uma olhada nos seus resultados:



Adivinhação – Lamentável

Astronomia – Aceitável

Defesa contra as Artes das Trevas – Impressionante

Feitiços – Impressionante

Herbologia - Excede expectativas

História da Magia – Lamentável

Poções - Excede expectativas

Transfiguração - Excede expectativas

Trato das Criaturas Mágicas – Impressionante


Harry pensou se foi bem ou não; o jeito seria comparar com os outros. Ele entregou seus resultados a Hermione. Ela deu uma olhada.

- Harry! Você foi muito bem! São boas notas para ser um auror!

- É mesmo? Que bom! E você, Rony?

- Só tive um Impressionante em Trato das Criaturas Mágicas, um Aceitável em Poções e em Adivinhação, e o resto ficaram em Excede as Expectativas...

- Foi bem como Harry! – falou Hermione. – E você, Neville?

- Pelo jeito, fui um pouco pior do que vocês. Tirei um Lamentável em Poções e um Aceitável em Feitiços e em Transfiguração. E em Astronomia e Herbologia tirei Impressionante. O resto ficou em Excede as Expectativas.

- Não foi tão mal assim – Gina consolou o garoto.

Passado um tempo (começou a chover violentamente do nada), Harry se lembrou dos treinos de Neville.

- Como andaram os seus treinos, Neville?

- Ah, Harry. Quero conversar com você. Descobri uns jeitos muito bons de defender os três aros. Você tem que ver!

Todos olharam impressionados para o menino de rosto arredondado. Neville demonstrava uma confiança incrível.

- E... – Harry começou – E... Deu certo aquele feitiço que sua vó fez? Quer dizer, você conseguiu perder o medo?

- Precisei usa-lo somente duas vezes! Depois, comecei a treinar sem o feitiço...

Começaram então a discutir sobre tipos de vassoura. Neville comprara uma Nimbus 2001 (''Consegui juntar dinheiro suficiente no fim das contas. Mas ela é incrível! ''). Rony, Hermione e Gina falaram de suas vassouras e um longo tempo passou.

- Uah! – Rony bocejou longamente – Então – começou – temos tido uns problemas. Quer dizer, você sabe que agora o capitão é o Harry, né Neville? – o menino respondeu um sim – Pois então, ele não sabe que batedor poderia fazer par comigo, ou mesmo que atacante para completar o trio da Mione e da Gina... Né, Harry?

- É, isso aí. Por isso, mandei uma carta para o Wood pedindo sugestão, sabe. Mas ele ainda não me respondeu...

- Eu conheço uma artilheira! – falou Neville, inusitadamente – Amy Dreary! Conhecem? Ela está no quarto ano, obviamente ela estuda na Grifinória, mas o curioso é que ela faz o físico perfeito: baixinha e magrinha.

- Amy Dreary? – indagou Mione – Nunca ouvi falar...

- Não é aquela que tem uns cabelos negros longos e lisos – perguntou Gina.

- Essa mesma. – respondeu Neville.

- Concordo, pessoal – falou Gina. – Ela faz o físico perfeito.

- De qualquer modo – disse Harry – vou abrir testes para os grifinorianos. Mas vou ficar de olho nessa Amy Dreary.

O Expresso de Hogwarts passava por campos agora. Estava quase chegando. No período que restava de viagem ainda, mais pessoas vieram até a cabine de Harry, Rony, Neville, Hermione e Gina: Simas Finnigam, Dino Thomas, Parvati Patil (muito feliz, por sinal), Lilá Brown...

Após vários reencontros, eles chegaram em Hogsmeade.

- Estamos chegando – falou Harry.

Finalmente, desembarcaram. A movimentação de antes voltou. A barulheira também.

- Santo caos! Lá vamos nós de novo – disse Rony, imitando a voz de sua mãe.

Os garotos saíram da cabine. Depois de alguns minutos de fila eterna, pisaram na calçada quadriculada de Hogsmeade.

- Ah, olha lá o Hagrid! – apontou Gina para o meio-gigante.

Os meninos, Hermione e Gina acenaram para Hagrid e Canino, que retribuiu com um sorriso. Ele estava guiando os alunos do primeiro ano para atravessarem de barco o Lago de Hogwarts. Pouco menos de um minuto depois, chegaram nas carruagens guiadas por...

- Mas... As carruagens agora são guiadas por cavalos desossados? – perguntou Harry aos amigos. Ele viu que as carruagens não eram mais puxadas por coisas invisíveis, e sim por cavalos quase em pele, com os ossos de fora.

- Se você lê-se o livro Hogwarts: Uma História – falou Mione – saberia que as carruagens são puxadas por Testrálios.

- Por o quê? – perguntou Rony. – Eu não estou vendo nada...

- Eu consigo vê-los – comentou Neville.

Os garotos finalmente subiram na carruagem, e Hermione explicou:

- Testrálios são animais que só podem ser vistos por pessoas que já viram alguém morrer. Eu, por exemplo, não consigo vê-los. Harry consegue porque viu Cedrico morrer.

Harry se acalmou. Os tais testrálios eram simplesmente horríveis. Feios, muito feios – pensou.

- Nós aprenderemos sobre eles este ano! – comentou Hermione.

- Como você sabe? Lê os cadernos dos professores? – desdenhou Rony.

- Cala a boca! – gritou a menina, enfurecida. Porém, sua voz foi abafada pela chuva que começou a cair com mais força, mas logo parou – Hagrid me contou ano passado, para a sua informação.

- Ei, pessoal! – chamou Neville – Estamos chegando, olhem só!

E realmente estavam chegando. A chuva, como se por mágica, parara. Mesmo assim, algumas poças se formaram no chão. Junto com as luzes de Hogwarts, formavam imagens magníficas. Quando desceram das carruagens, ouviram a Professora McGonagall gritar, da entrada da escola:

- Alunos do primeiro ano! Alunos do primeiro ano! A Seleção das Casas está para começar!


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