A Viagem Inesperada



Capítulo 4

A Viagem Inesperada



Era muito visível que todos garotos estavam desapontados, Rony principalmente. Por mais que Harry e Hermione o consolassem, ele sempre estava mais triste. Agora eles jogavam quadribol mais do que nunca. Rony parecia querer mostrar que era melhor que o próprio Chudley Cannon. Porém, a tristeza de todos na casa desapareceram. Uma notícia que surpreendeu Harry foi anunciada no café-da-manhã do dia 10 de agosto.

- Sr.a Weasley, quando iremos ao Beco Diagonal mesmo?- perguntou Harry.

- Dia...hum deixe-me ver... 28 de agosto, sábado.- respondeu ela, examinando o calendário.

- Ei, Rony. Já contou ao Harry que vamos viajar?

- Que viagem? Ah lembrei!

- Aonde vamos? Quem vai?

- Vamos à Romênia! Eu, você, Mione, Carlinhos...Fred, Jorge, vocês vão?

- Depende do dia em que voltarmos. Temos que ajustar a loja um pouco –respondeu Fred.

- Quando eles podem voltar, mamãe?

- Voltem no dia 25 de agosto.

- Mas... quando vamos? E como vamos?- Harry estava cheio de perguntas na cabeça.

- Iremos amanhã, através de Pó de Flu.- respondeu Carlinhos.

- Fred, Jorge, vocês não podem ir até lá. Vocês têm que trabalhar, não é, mamãe?

- Não sei... o que falta na loja?- perguntou Sra. Weasley.

- Bem, instalamos as novas prateleiras, compramos alguns produtos que faltavam, já fizemos todos que devíamos fazer... só falta a placa escrito Gemialidades Weasley- Logros & Brincadeiras e pintar o porão. Pai, você pode fazer isso por nós, né... só precisa contratar um pintor, ou temos tinta?

- Eu que não vou escrever. Tudo bem, eu falo com uma pessoa. Mas não vão se acostumando, hein? Não farei tudo por vocês! Além disso, a placa ficará do jeito que eu quero, já que vocês não vão estar aqui...- avisou o Sr. Weasley.

Harry estava muito entusiasmado com a viagem à Romênia. Hermione também. Segundo ela, lá haviam muitos lugares interessantes, que poderiam porventura ajudar em pesquisas. Mas Harry não a deu muita atenção; tinha que arrumar a sua mala.

- Deixe-me ver... ei Rony! Qual é a temperatura lá na Romênia?

- Sei lá, pergunta pro Carlinhos...

Harry foi até a cozinha e perguntou:

- A temperatura de lá é quente... leve algumas bermudas, camisas... - disse Carlinhos - Vocês verão muitas coisas interessantes lá. Tem comidas muito boas, produtos de dar inveja na loja do Fred e do Jorge e o melhor: dragões! Adoro esses animais! E vocês terão a oportunidade de conhecer o mais perigoso do mundo: o dragão-serpente-dourado. Estamos com uns dois lá onde os estudamos. É preciso de muitas pessoas para estuporar eles.

Carlinhos estava muito entusiasmado com a idéia de Harry e Hermione conhecerem a Romênia. Rony ainda não a conhecia, mas o irmão mais velho certamente havia contado algumas coisas para ele.

Subindo ao quarto, Harry foi dar uma olhada em que o amigo estava fazendo.

- Arrumando as malas. Você vai levar sua vassoura? –comentou Rony, distraidamente.

- Para quê? Não existe... quer dizer... não vamos jogar quadribol, certo?

- Não sei... eu também nunca fui à Romênia, Carlinhos só me contou como era lá.

- Oi! Arrumando as malas, Rony? – perguntou Hermione.

- Seus olhos são falsificados ou é você que não enxerga direito?

- Ah, nem começa. Estou em um ótimo bom humor hoje! Imagine, conhecermos o lugar de onde o lendário Twombly Hart e seu irmão Twiny Hart nasceram e morreram!

- Quem é esse cara aí? – perguntou Harry.

- Nós aprenderemos melhor nesse ano quando estudaremos mais profundamente a era medieval da magia. Twombly era um anão que comandou uma importante guerra. A partir disso quase que os trouxas descobrem o mundo mágico. Claro, eles nem se lembram mais disso. O Twiny foi o anão que mais matou trouxas até hoje. Cerca de quarenta e um, quarenta e dois.

- Ah, não! Anões! Não bastavam os elfos! – exclamou Rony.

- Eles queriam que os trouxas descobrissem que existe o mundo dos bruxos-continuou Hermione, sem ouvir.

- Ok, ok Mione. Não queremos aula esse verão. Ah acho que vou escrever para o Sirius.



Caro Snuffles,

Só para avisar, eu vou viajar à Romênia com os Weasley. Adorei o seu presente! Onde você está agora? Se tiver notícias, me contate.



Tchau!



Harry



- Edwiges, uma carta para você! Ei, Wingie não trouxe a resposta de Neville?

- É, acho que trouxe. Era uma se sugestão de artilheiro e batedor para o time, não?

- Sim. Eu não sei quem eu coloco.

Wingie veio voando quando Hermione a chamou; a carta realmente já havia chegado.

-Leia! –disse Rony.



Caros Harry, Hermione, Rony e Gina



Eu não sei quem poderia ser artilheiro, nem batedor... Talvez o Dino ou o Simas... acho que não... Se bem que até eu me tornei jogador e eles eram muito melhores que eu, né? Quer dizer, não me tornei um jogador ainda, espero que você me treine bem lá na escola e que com o tempo eu vá perdendo o medo de cair da vassoura!

Você conhece o Dennis Creevey? Ele é bem leve e pode ser um artilheiro... mas ele é muito pequeno! Batedor eu não faço idéia... talvez alguém do quinto ou quarto ano.

TCHAU!




- Uhh! Péssima idéia colocar o Dennis Creevey! Ele ficaria mais preocupado em dar pulos de alegria ou pedir um autógrafo do Harry do que treinar! –desdenhou Hermione.

- Ele não deu nenhuma idéia aqui... acho que McGonnagal terá que me ajudar! –Harry comentou, um pouco chateado.

Depois de um tempo sem conversa, enquanto Rony arrumava a sua mala, Harry comentou:

- Às vezes eu penso se Voldemort está vivo, ou virou um espírito, um semi-humano, alguém sem corpo... O que me incomoda é que ele ainda está por aí, ainda não morreu, e provavelmente planeja me matar com a ajuda de Rabicho.

- Não fale esse nome! Use Você-Sabe-Quem!

- Ou então, como dizem os elfos, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado!

- Ok, ok, eu só me esqueci! –respondeu Harry.

- Na verdade, sempre se esquece! –disse Rony.



Na manhã de 18 de agosto, Harry sentiu um friozinho na barriga. Conhecer a Romênia seria ótimo. Ele estava muito ansioso, mas não tanto quanto Hermione, que simplesmente levou todos os livros de História Medieval que encontrou. Levou também uma câmera fotográfica.

- Ah, esse eu conheço! É uma câmara fofográfica! – exclamou o Sr. Weasley, muito orgulhoso de sua inteligência.

- Na verdade o nome é câmera fotográfica! Serve para tirar fotos, isso o senhor já sabia, não?

- Ah, claro, claro! Deixe-me dar uma olhada.

O Sr. Weasley examinou cuidadosamente a máquina, como se estivesse analisando uma coisa importantíssima. Fazia caretas e estranhos olhares, e por fim, tirou uma foto de Rony, causando muito espanto nele mesmo.

Os meninos sufocaram o riso, e o Sr. Weasley devolveu a máquina fotográfica para Hermione.Foram servidos ovos mexidos e porções de pães com manteiga derretida. Quando terminaram de tomar café da manhã, chegou o momento esperado. Os garotos subiram, apanharam suas malas e desceram. Encontraram os outros na sala.

- Então, vamos lá! –exclamou Carlinhos.

- Humpf! Eu me matando de trabalhar aqui, e esses dois vão fazer viagem de turismo! –disse Percy, apontando para Fred e Jorge.

- Fecha a matraca, Percy! Ninguém pediu para você dar uma de super-herói que morreria pela família! –retrucou Fred.

- Meninos! Vamos parar!

Harry reparou que o Pó de Flu não era mais verde-esmeralda. Sua cor mudara para um dourado muito vivo.

- Ei, Sr.a Weasley! O Pó de Flu mudou de cor?

- Ah, não. Esse é um novo que compramos. É especial para viagens mais longas! Com o normal só viajamos no nosso país, mesmo. Aliás, só em lugares pertos.
Rony também não havia reparado no novo pó.

- E se eu sair no lugar errado! Em outro país! –Harry cochichou nos ouvidos de Rony e Hermione, assustado.

- Calma! Você conseguiu voltar para cá! –Rony o acalmou.

- Tudo bem! Então vamos começar! –exclamou a Sr.a Weasley.

- Carlinhos, é melhor você ir primeiro. – disse o Sr. Weasley.

Ele foi até a lareira, deu um beijo na sua mãe, jogou um pouco do pó na lareira, disse ‘‘À casa de Carlinhos’’ e desapareceu.

O fogo estava crepitando e era muito maior do que o verde-esmeralda. O dourado vivo iluminava a casa.

- Fred!

Ele fez o mesmo que Carlinhos.

- Jorge!

- Harry!

O menino avançou para a lareira, deu um beijo na Sr.a Weasley.

- Cuide-se querido! –ela disse.

Harry entrou na lareira com o seu malão.

- À casa de Carlinhos!

Ele ouviu claramente as suas palavras. Não teria problema, pensou.

Então levou um susto. Estava girando. Essa era a sensação que ele sentia usando o outro Pó de Flu. A nova era que ele estava rodopiando, só que milhões de vezes mais rápido. Ele viu o pé de Jorge na sua frente e virou para trás. Rony parecia que levou o mesmo susto que ele. Já estava meio enjoado.

Quando viu Carlinhos e Fred (juntamente com um Jorge caído) Harry chegou. Caiu também.

- Ufa!

- Ahh! Sai da frenteeee!!! –berrou Rony, com um estranho eco que parecia vir do além, que estava quase chegando.

Harry deu uma cambalhota para seu lado direito e Rony caiu exatamente onde ele estava.

- Ufa! Quase, hein? –suspirou Rony.

- É! E sai da frente que a Mione vai cair em cima de você!

Os dois se levantaram e deram uma boa olhada na casa, enquanto que esperavam por Hermione e Gina.

Haviam caído numa sala, que estava bagunçada. Tinha duas poltronas, e um sofá de cor laranja. As paredes estavam com um pouco de pó, e hospedavam sorridentes quadros, que se mexiam. Harry reparou que um era muito parecido com o de Sir Cadogan; era um cavaleiro sentado nas costas de um jumento, ou um burro (Harry não soube qual era o animal).

- Se chama Marvin, o cavaleiro – disse Carlinhos, que estava olhando os garotos. Ele é muito burro, por isso nem prestem atenção nele.

Mione e Gina já estavam levantadas, ao seu lado, quando o anfitrião disse:

- Ali estão os quartos dos meninos – ele apontou para uma porta de verde - e o de vocês (ele apontou para Hermione e Gina) é ali –e apontou para uma porta amarela... Vou ali na cozinha preparar alguma coisa para comermos, ok?

Harry, Rony, Fred e Jorge se dirigiram ao quarto. Era uma visão estranha. Tudo era coberto por um papel verde descascado. Ele brilhava de um jeito esquisito; Harry deduziu que fosse magia. Os meninos se atiraram sobre as camas e abriram os malões. Havia dois armários amarelos e com listras laranjas. Harry e Rony dividiram um; Fred e Jorge o outro.

- Um pouco chamativo o armário, não? – disse Rony.

- É, realmente extravagante – completou Fred.

- Vamos, Rony. –falou Harry.

Quando saíram do quarto, encontraram as garotas. Estavam soltando risinhos a toda hora.

- Ei, Fred! Diga que eu, Hermione, Rony e Harry já vamos! –gritou Gina.
- Por que? O que houve? – perguntou Harry.

- Ah, queremos só mostrar o quarto das meninas. – disse Mione.

Ela os conduziu para o quarto feminino. E era o cômodo mais estranho da sala até
agora. A parede brilhava de amarelo, mudava lentamente para vermelho e por fim, mudava para laranja. Tudo isso em movimentos espirais, o que fazia a pessoa sentir-se levemente tonta.

- Com certeza esse ganha do nosso armário! –falou Rony, com um trejeito de riso.

- Ah, o armário, Mione! – falou Gina.
- O quê? Esse não pode ser pior do que o nosso! –disse Harry, também com um trejeito de risada debochada nos lábios.

Dois armários baixos, um pouco sujos, estavam postados entre as duas camas. Esse era, sem dúvida, o mais chamativo e extravagante (como disse Fred) armário da casa. Era azul-turquesa, mas havia várias listras azuis-roiais que se mexiam rapidamente. Brilhavam como as luzes de Natal, se movendo para cima, par baixo, esquerda, direita...E o mais esquisito é que o espelho do armário refletia a imagem da pessoa em tons roxos.

- Um tanto esquisito, né? –disse Hermione, rindo feito boba.

- Um tanto esquisito mesmo... quero saber o telefone do decorador do Carlinhos! –falou Rony.

Os demais riram até se acabar. Seguiram para a cozinha, trocando olhares e risos.

- Que decoração, hein Carlinhos! –disse Rony.

- Hum? Não sei do que você está falando, Roniquinho...- falou Carlinhos, trocando risadas com os outros.

A cozinha era pequena, do tamanho daquela d'A Toca. O chão estaca coberto de losangos pretos e brancos.

- O que está preparando para nós, Carlinhos? –disse Jorge, com um ar de dúvida e desconfiança no ar.

- Uma torta salgada de preparo rápido. E depois vem um sorvete de uva, creme, limão ou nozes, se vocês me ajudarem a arrumar a casa.

Fred e Jorge botaram a língua de fora.

- Ok, se o sorvete for realmente bom... E então, como é a vida aqui na Romênia?

- Ah, vocês vão gostar! O mundo bruxo daqui é muito agitado, e enquanto estiverem no mundo dos trouxas, procurem usar roupas bem discretas. Ultimamente acho que as pessoas daqui estão tendo uma certa desconfiança...

- Aonde vamos amanhã? – perguntou Gina, olhando para a janela.

- Vamos para onde eu trabalho. Estive de folga nos últimos dias e ainda tenho mais quatro para aproveitar...
- Você já foi no lugar de Twombly e Twiny Hart, Carlinhos? – Hermione estaca um tanto frenética com esse assunto

- Já, já... Se eu conheço bem você, acredito que vai adorar, Hermione! A torta está pronta!

A torta salgada fora servida na mesa. Era de frango com requeijão e um molho francês (que Hermione explicou suas origens) deliciosos. A marca era Tortas Caseiras da Dona Clery! Fáceis de Preparar!

Era um gosto delicioso... apesar de o molho ser francês, não havia muita diferença especial... e sim o requeijão que derretia em sua boca...

- Uma coisa – começou Harry – que eu não sei é: como iremos até o lugar dos
bruxos? Quer dizer, para ir ao Beco Diagonal, temos que passar pelo Caldeirão Furado. E os trouxas não vêem o lugar!

- Já foi ao Ministério da Magia? Ah, não? – Harry balançou a cabeça negativamente – Bem, é parecido. Você vai ver...

- Para ir ao Ministério da Magia temos que discar um número em um telefone público. Então ele começa a descer... – contou Hermione.

- Bom, vamos começar a ir à Romênia amanhã. Estou um tanto cansado agora... e vocês? – perguntou Carlinhos.

- Hmmm... eu não – respondeu Rony.

Era uma hora da tarde, e os garotos estavam muito entusiasmados. Mas sem Carlinhos, nem valia a pena visitar a Romênia por fora.

- Ei, vamos para o quarto? Trouxe um jogo muito legal! Carlinhos, nós vamos lá, ok? – falou Jorge.

- Tudo bem, vou me deitar... – Carlinhos bocejou.

Jorge conduziu o resto do pessoal para o quarto dos meninos. Ele deu um cutucão em Fred, e apontou para a mochila dele.

- Ah, certo! Bem, vamos jogar APVED! Se gostarem, temos a venda na nossa loja por quatro galeões o jogo!

- O que significa esse APVED? – perguntou Gina, com um olhar intrigante.

- Significa '' A Penosa Vida de um Elfo Doméstico''. Irado, não? – respondeu Fred, com um olhar sonhador.

- Ah... realmente ótimo... vamos ver o que vocês fizeram com os coitados dos elfos domésticos... – retrucou Hermione.

- Ah, nem começa. Vamos começar logo! Explica aí o jogo, Fred, Jorge... – disse Rony.

- É assim: cada um de nós é um elfo doméstico. – Jorge apontou para uma caixinha aberta, onde tinham vários elfos em miniatura. Cada um de cor diferente.

– Nós temos cem pontos de vida. Ao final, o sobrevivente que chegar primeiro para começar a limpar o banheiro é o vencedor.

- Cada um pegue seu elfo.

Fred abriu o tabuleiro.Haviam vários desenhos de elfos no fundo, com um trajeto que ziguezagueava o tempo todo. No trajeto haviam pontos, que Harry supôs que fosse o lugar onde se parava. Em alguns pontos tinham pequenas caixas roxas, que podiam ser abertas.

- Eu começo! – disse Gina.

Ela pegou um cubinho, e toco-o com a varinha. Vários números começaram a aparecer. Ao final, parou um ''quatro''.

- Um, dois, três, quatro... Tem uma caixa aqui...

- Sim, você tem que abrí-la! Abra-a! – incentivou Fred.

Gina abriu e um pergaminho muito pequeno foi cuspido da caixinha roxa.

- Aqui está escrito: '' Oh! Parabéns pelo serviço! Ganhe mais vinte pontos de vida!''. Então eu ganho?

- É, e foi uma sorte sua cair justamente aí. Temos poucas caixas que aumentam a sua energia.

- Minha vez! – falou Fred.

Ele tocou a varinha no cubo, e ao final, apareceu o número dois. Como não havia nada nesse espaço, ele passou o cubinho para Harry.

Ele tirou o número seis. Também não tinha nada nesse lugar. Ele passou o seu cubo para Hermione. Ela tirou o número dez.

- Hmmmm, vai até que número esse dado?
- Esse o quê? Seja lá o que você quer dizer, ele vai até o dez! – respondeu Fred.

Ela parou em uma caixa. Tirou o pergaminho e leu em voz alta:

- ''Trabalho mal-feito. Perde dez pontos de vida.'' Humpf! Tentando fazer isso com o elfo só vai desestabilizar a relação bruxo-animal!

- Agora sou eu. – falou Jorge, sem ouvir a reclamação de moral ética.

Apareceu um número sete no cubinho. Como tinha mais uma caixinha, ele a abriu.

- O pergaminho diz: ''Disse coisa que não devia! Ponha suas orelhas no forno até elas tostarem! Fique uma rodada sem jogar.''Agora, dêem uma olhada nisso. Eu e Fred que fizemos!

Jorge apontou para seu próprio elfo. Era incrível! Suas orelhas estavam ficando muito vermelhas, e Harry supôs que elas poderiam explodir a qualquer momento. De fato, elas ficaram tostadas.

- Sou eu novamente.

Gina parou em um espaço vazio. Logo após, Fred caiu em uma caixa, que dizia:

''Use seus poderes sobrenaturais! Na próxima caixa que atrase o seu jogo, ou lhe cause dano, tal efeito não funcionará.'' O elfo de Fred tinha criado umas luzinhas verde-musgo em torno de seu corpo, como se estivesse protegido de algumas coisa. A seguir, Harry também acabou ficando em uma caixa. Ela dizia: ''Está se recusando a desentupir o vaso sanitário? Menos cinqüenta pontos para você''. Após sucessivas rodadas, o elfo de Jorge morreu, com um único aviso: ''Xiiii! Está exigindo salário, e ainda por cima, teve a cara de pau de pedir férias? Tsctsc... isso não é para elfos. Menos setenta pontos de vida para você aprender''. No final, restaram Gina (que saltitava a cada rodada bem-sucedida), e Hermione (que estava cada vez mais chocada com o que diziam as caixas). Gina ganhou, pois no finalzinho Mione recebeu a seguinte mensagem: ''Bisbilhotando seu dono? Isso significa roupas! Perdeu o jogo.''

- Fred, Jorge, vocês não tem vergonha? Vai que o Ministério faz algo contra o jogo e...

- Hermione, aqueles babacas do Ministério nem acreditam em Harry sobre você-sabe-quem... acha que vão se importar com um mero jogo de elfos domésticos? – respondeu Jorge.

- É, você tem razão, maninho. – concordou Fred.

- Agora, chega dessa história. O Ministério é burro demais, e perderemos tempo discutindo sobre ele – falou um Harry zangado.

- Certo. Vocês já viram nossas máscaras de elfos? – disse Fred, tentando repôr o ânimos dos outros.

- Não! Mostra aí! – falou Rony.

- Bem, eu não vou ficar aqui para ver isso. Tchau. – e Hermione saiu apressada, Gina em sua cola.

- Não dêem bola. Ela é meio assim quando se tratam de elfos domésticos. – falou Harry.

- Ó, senhores, em que posso lhe servir-lhes? Devo dizer que uma xícara de chá os fariam bem agora, sim? – disse Fred, numa grotesca imitação dos empregados.

O tempo correu e já eram oito horas da noite. Eles jantaram, e Harry dormiu junto com os demais, ao som d'As Esquisitonas...






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