"Atrapalhamento" Pré-Jantar



Hermione amaldiçoou Gina com todas as maldições que pôde lembrar. Xingou a amiga de tantos nomes, que se citasse todos em ordem, teria um para cada letra do alfabeto pelo menos. Como Gina podia fazer aquilo? Fazê-la sair para jantar com ela e Harry era uma coisa, mas com aquele... Aquele... Aquele ruivo no meio? Ela não conseguia nem pensar direito na presença dele! Sentiu raiva dele, mas sentiu mais raiva ainda de si mesma: como podia sentir algo tão forte por alguém que ela sequer recordava? Ela tinha conhecido Ronald há dois dias e já sentia muito mais do que se lembrava ter sentido em toda a vida.

“Acho que esses feitiços de memória apagam o que tem no cérebro, mas não apagam o que tem no coração...” - ela pensou... Mas não era possível! Ela se lembrava perfeitamente de todos os livros que tinha lido em sua vida, e se lembrava de todas as descrições de feitiços obliviadores! O obliviado nunca se lembrava de absolutamente nada. Seria possível que nenhum deles, nenhum sequer, tivesse alguém a quem... Ela decidiu não pensar nisso. Devia ter feito o feitiço errado... Claro que ela fizera o feitiço errado! Estúpida! E estava agora na mesma situação em que estava antes, se não pior, acrescentado o fato de que não se lembrava das razões por que amava aquele... Aquele ruivo... Aquele Ronald. Olhou no relógio de pulso e viu que eram seis da tarde. Gina provavelmente falara sério quando disse que a levaria como estivesse vestida e Hermione preferiu não contrariá-la. Teria tempo de tomar um banho pelo menos, estava se sentindo extremamente suja e cansada. Pegou a toalha no armário e saiu na direção do banheiro.

Ao abrir a porta do banheiro, completamente absorta em pensamentos, Hermione viu uma nuvem de vapor denso sair; provavelmente alguém acabara de tomar banho - e um banho bem quente, tamanho era o calor que ainda se fazia no banheiro. Trancou a porta com um feitiço silencioso e se despiu, querendo entrar logo no chuveiro para poder esparramar um pouco que água quente na nuca. Puxou a porta de vidro completamente negro do Box e deu um grito. Ronald Weasley estava parado ali dentro, com uma toalha em uma das mãos. Ela cobriu o rosto com as próprias mãos imediatamente e saiu correndo para apanhar sua toalha, enrolando-se nela o mais rápido que conseguiu. O QUE ELE ESTAVA FAZENDO NAQUELE BANHEIRO? – foi o que ela se perguntou e também o que ela perguntou para ele:

_RONALD, O QUE VOCÊ FAZ NESSE BANHEIRO?

_Eu é que pergunto, Hermione! Não te ensinaram a bater não? – disse, saindo do Box enrolado na toalha. Seus cabelos estavam molhados e ainda tinha água em seus ombros. Ela afastou os pensamentos que lhe ocorreram de imediato e perguntou:

_Não te ensinaram a TRANCAR a porta?

_Eu não achei que uma louca ia entrar no banheiro sem bater!

_E eu não achei que alguém tivesse a brilhante idéia de tomar banho de porta aberta!

_Eu tenho fobia de locais muito trancados, você sabe disso!

claro que eu não sei disso!

_Ah... – ele pareceu ficar desconcertado – Certo... Eu... Me desculpe. – e ele encarou o chão.

_Tudo bem... É muito recente, eu sei...

_Não está tudo bem, Hermione. Eu... Eu... – ele ficou quieto por alguns segundos. – Eu não tenho o direito de esquecer isso. – e ele saiu em direção à porta.

Se foi um impulso, se foi desejo, se foi pena, se foi raiva, Hermione não soube dizer; o que ela soube foi que no momento seguinte ela tinha uma das mãos presas no pulso do rapaz, e o segurava firmemente. Ele a encarava surpreso.

_Você... – ela soltou o pulso dele timidamente. – Você não tem que se culpar por isso, Ron... – e ela viu o garoto abrir um sorriso. – O que foi? – ela perguntou baixinho, sorrindo timidamente. – Está rindo da situação?

_Não... – ele disse em resposta. – Estou sorrindo porque você me chamou de Ron. – ele se aproximou dela e ela pôde sentir mais uma vez o perfume daqueles cabelos. Ele deu-lhe um beijo na bochecha e disse antes de sair: – Isso é o que me fez sorrir.

Que situação! Que situação horrenda! – ela pensava. Ela tinha estado nua na frente dele e... E vice-versa. Além de tudo eles conversaram de toalha! Aquilo era normal? Aquilo não podia ser normal! Por que ele lhe dera um beijo no rosto? Por que ele nem tentou...? Não, não podia ter este tipo de pensamentos. Entrou no chuveiro e ligou-o, deixando a água cair em sua nuca, como havia pensado antes de um ruivo ter cruzado seu caminho. Aquele ruivo estava, definitivamente, irritando Hermione: ele era uma pedra que a todo momento a impedia de continuar em frente, e ela sequer tinha forças pra chutar essa pedra pra fora de seu caminho. Ela não sabia explicar, mas se sentia extremamente entorpecida todas as vezes que ele se aproximava.




_Hermione? – Gina batia à porta. – Hermione, eu estou entrando e vou te levar como você estiver!

_Pode entrar, Gina. – ela respondeu desatenta, enquanto calçava um pé da sandália.

A amiga entrou e parou à porta, olhando para Hermione.

_Puxa vida, esperava ter que te obrigar a ir...

_Harry me alertou ao fato de que você me levaria inclusive de pijamas. – ela riu. – Decidi me arrumar.

_Você está muito bonita, o Ron vai... erm... Nada. – ela disfarçou. – Vamos?

_Claro que sim... – e as duas saíram do quarto.

Assim que desceram as escadas, a primeira coisa que ela viu foi um ruivo, um ruivo que estava deslumbrante e simples ao mesmo tempo. Ele estava trajando uma calça social preta e uma camisa azul clara, que deixava seus cabelos extremamente destacados. Nas mãos carregava um paletó, mas Hermione duvidou que fosse necessário aquele paletó para que ele se tornasse mais atraente.

Ela reparou que ele a olhava com uma expressão um tanto quanto... Boba. Ficou pensando se teria colocado alguma coisa destoando, ou então se seus cabelos estavam fora do lugar, e então se lembrou que ela era Hermione Granger, e que não ligava muito para esse tipo de coisa. Seu vestido vermelho tinha um decote discreto, ia um pouco acima dos joelhos apenas, e estava ótimo, combinando com as sandálias pretas e com a bolsa pequena, também preta. Seus cabelos presos em uma trança estavam muito bons e sua maquiagem estava leve. Estava tudo bem - exceto por aquele olhar abobalhado do ruivo.

_Vamos, Harry? – disse Gina, um sorriso irônico brincando nos lábios. – Acho que eles vão ficar aí...

_Ginevra Weasley! – disse Hermione, fingindo estar brava – Você fez com que eu me trocasse ou me levaria nos trajes em que eu estivesse! Não vou mesmo ficar em casa agora! – e ela começou a rir.

_E eu tampouco! – disse Ron, rindo também. Ao ver o garoto sorrir, mais uma vez, Hermione sentiu aquela já conhecida pontada no peito. – Não me arrumei obrigado à toa!

_Então parem de enrolar! – disse Harry, enquanto abria a porta do Largo Grimmauld.

Juntos, os quatro deixaram a casa ficar para trás, enquanto caminhavam lentamente pela rua vazia. Harry ia a frente, um braço em torno da cintura de Gina e com a cabeça da garota apoiada em seu ombro. Rony e Hermione iam mais atrás, extremamente desgostosos tando pelo fato de não saberem onde iriam, quanto pelo fato de não saberem onde colocar as mãos. Hermione optou por colocá-las ambas na bolsinha pequena que carregava, mesmo isso sendo desnecessário e Ron, após colocar o paletó, colocou as suas nos bolsos. Caminharam alguns minutos até Hermione perguntar:

_Erm... Gina? Onde vamos, exatamente?

_É um restaurante bruxo bastante bonito, chama-se Madame Graundeville.

_Por que não estamos aparatando? – perguntou Ronald.

_Eu queria dar um passeio sob a lua, mas já vi que vocês são tão desagradáveis que...

_O fato é que é desagradável andar com essas roupas em uma rua tão escura, Gin...

_ Idéia de trasgo essa, hein? – disse Ronald, o que fez Hermione rir silenciosamente.

_Por que não aparatamos agora, então? – disse Harry - O restaurante é relativamente novo e é em Hogsmeade, portanto aparatem próximo ao Três Vassouras e andamos até lá, o que acabaria com os problemas da escuridão da Mione e resolveria a vontade de dar um passeio de Gina... - ele encarou a esposa - O que acham?

_Pra mim está bom. – todos murmuraram em uníssono.

_Então vamos. – e todos aparataram.

Ao chegar ao lado de fora do Três Vassouras, Hermione abriu os olhos e observou o povoado ao seu redor. Era muito parecido com o que ela se lembrava... Ela não ia lá havia tanto tempo... Viu Ron aparatar a seu lado e os dois ficaram em silêncio, esperando Harry e Gina aparecerem, o que não ocorreu. Alguns minutos depois, Ronald virou-se para Hermione e perguntou:

_Será que eles foram direto para o restaurante?

_Harry disse claramente para virmos até o Três Vassouras. Ele e a Gina deveriam estar aqui...

_Você acha que eles se perderam? – ele perguntou, parecendo confuso.

_Não, claro que não se perderam... Gina e Harry não são tão idiotas... Eu acho que eles planejaram tudo, isso sim.

_Planejaram... ?

_Claro que planejaram, veja... – ela disse em tom de explicação. – Eles nos fizeram sair para jantar com eles, nos fizeram aparatar aqui e não vieram... Eu acho que eles devem ter ido direto para o restaurante que eles já conheciam ou...

_Ou... ?

_Ou simplesmente voltaram para o Largo Grimmauld, fazendo com que nós viéssemos sozinhos até Hogsmeade; tão infantil...

_Isso parece coisa da Gina... – disse Ron – Ela é simplesmente a maior criança que existe, literalmente...

_Bom, vamos voltar?

_Voltar?

_Sim... Se eles não vieram, nós também não somos obrigados a sair... Nem queríamos, pra começar o assunto!

_Sim, é verdade... – ele disse, parecendo desconcertado.

_Então vamos.

_Mas... – ele começou. Ela o encarou interrogativamente. “‘Mas...’ O que?” , ela pensou. – Não... Você não... Fome?

_Como? Não entendi nada, Ronald.

_Você não está com... Com fome? – ele perguntou.

_Bem, estou um pouco, mas podemos comer em casa mesmo e...

_Não, vamos jantar então... Eu vou partir em algumas semanas, não vou ter muitas chances de sair pra jantar daqui pra frente e...

_E...?

_E já estamos aqui – ele completou, os olhos no chão – Não é mesmo?

_Bem... – ela se sentiu ao mesmo tempo desconcertada e incrivelmente confortável com aquela situação. – Eu acho que não há nada de errado em sair pra jantar... Se você quiser conversar sobre a... – e ela sentiu um nó na garganta. – Sobre a Melanie, eu posso até te aju...

_Eu não quero falar sobre a Melanie, Hermione. – ele a encarou nos olhos. – Me desculpe por você ter escutado tudo que escutou hoje à tarde. – acrescentou baixinho.

_Não... Não tem problema, eu acho.

_Acha?

_Bem... Eu realmente não tinha que ter escutado uma discussão de casal e... – ela calou-se por um instante – Além do mais, você com certeza... Devia lutar pela... Sua noiva. – disse, sentindo uma dor no peito, entretanto, ela não ia esquecer a promessa que havia feito a si mesma: Nunca saberiam que o que ela sentia por Ronald Weasley havia voltado a bater em seu peito com tanta facilidade e força.

_Certo... – ele parecia desconcertado. – Então... Vamos? – perguntou, estendendo a mão para a garota. Ela hesitou por alguns instantes, sua cabeça e seu coração se confrontando mortalmente: por um lado ela estava louca para pegar a mão do garoto e abraçá-lo, e sentir, mais uma vez, o cheiro daqueles cabelos. Por outro lado, ela havia prometido a si mesma que não deixaria os sentimentos tomarem conta de si de novo e pegar na mão do garoto, com certeza, a faria sentir coisas as quais ela não tinha certeza que queria sentir. Hesitou e optou por colocar as mãos na bolsa, olhar ao redor enquanto começava a andar e voltar-se para o garoto, dizendo:

_Você sabe onde fica o tal restaurante?

Ele baixou a mão, encarando-a com certa tristeza. Ela se controlou mais uma vez e encarou a frente. Uma grande loja de doces, “Dedosdemel” estava lá, as portas ainda abertas.

_Não posso acreditar que a Dedosdemel ainda não fechou! Vamos entrar? – ela perguntou animadamente.

_Hermione, você não aprendeu que não se deve comer doces antes de jantar? – perguntou o garoto, sorrindo.

_Por favor! Faz tanto tempo que eu não venho aqui! E eu tenho certeza que quando sairmos do restaurante a loja já vai estar fechada! Por favor, Ron! – ela insistiu, os olhos brilhando. Ela viu o garoto sorrir de uma forma diferente, e concordar com a cabeça.

_Tudo bem vai... Um doce não vai fazer mal... Eu também não venho aqui faz um bom tempo! – disse, enquanto ia entrando com Hermione na loja.

Ao entrar ali, o humor da garota parecia haver mudado. Seus olhos brilhavam ao olhar um simples chicle de baba-bola; tudo lembrava sua infância e adolescência em Hogwarts. Ela sorria e enchia as mãos com varinhas de alcaçuz e algumas tortinhas de abóbora. Olhou para o garoto e viu que ele estava encostado em um canto da loja, apenas observando-a e sorrindo. Ela soltou todos os doces, e se aproximou dele sorrindo também.

_O que foi? – perguntou.

_Retiro o que disse sobre a Gina ser a maior criança que conheço... Acho que você é. – e ele riu, assim como ela.

_Engraçadinho... – ela começou, olhando para o ruivo. – Você não vai comer nada? Nenhum sapo de chocolate?

_Como você sabe?

_Como eu sei o que?

_Que sapos de chocolate são meus favoritos.

_Não sei como eu sei... – ela disse, desconcertada. – Simplesmente... Foi a primeira coisa que veio à minha cabeça.

_Pois você acertou... – ele disse com um sorriso envergonhado.

_Vou pegar um pra você... – ela disse. – E um pra mim. – e saiu sorrindo.

Como havia se lembrado? Pareceu tão natural que ele gostava de sapos de chocolate quando ela disse. Mas ele poderia gostar de tortinhas de abóbora, ou ser alérgico a chocolate, e ainda assim, ela acertou. Sorriu por dentro, e por fora também, mas um sorriso contido, que transparecia apenas a felicidade que sentia por estar novamente naquela loja de delícias. Saíram da loja, no final das contas, apenas com dois sapos de chocolate, que comiam em silêncio. Ela virou-se para ele, sorrindo e disse:

_Eu havia me esquecido que isso era tão bom!

_Será que foi parte do feitiço? – ele perguntou, o olhar preocupado.

_Não, eu realmente não comia sapos de chocolate a pelo menos um ano ou mais... Robert não costumava comprar doces, ele dizia que poderiam fazer mal ou estar estragados... E eu quase não saía de casa, acabava por não comprá-los... – ela encarou o garoto e viu que ele estava com uma mancha de chocolate no canto da boca. Ela riu e disse: - Você disse que eu e a Gina somos as maiores crianças que você conhece? Pelo menos tenho certeza que nós sabemos comer sem nos sujar! – e ela sorriu.

Aproximando-se dele, esquecendo completamente que não pretendia tocá-lo, esticou o braço e tocou o canto da boca do garoto, o que a fez estremecer por dentro, assim que iniciou o contato. Hesitou e retirou a mão do rosto dele, mas foi impedida de abaixá-la completamente pela mão dele que segurou o pulso dela.

_Ronald, eu não queria...

_Hermione, por favor, não me faça perder...

_Perder o que? – ela perguntou, um pouco confusa.

_Perder a coragem de fazer o que vou fazer agora. – e dizendo isso ele puxou o pulso dela, fazendo os corpos se colarem.

A garota queria resistir, mas sentiu aquele cheiro, aquele maldito cheiro dos cabelos dele e não conseguiu se mexer; apenas fechou os olhos. Sentiu a respiração dele se aproximar da sua e então os lábios dele tocarem os seus, com uma sintonia que parecia perfeita. O coração dela batia acelerado quando o beijo se aprofundou. Ela soltou o resto do seu sapo de chocolate e colocou as mãos nos cabelos dele, despenteando-os levemente. Ela ouviu mais uma caixa de sapos de chocolate caírem no chão e então as mãos dele em sua cintura. Ficaram assim por algum tempo, até que ela decidiu interromper aquela loucura, aquela loucura maravilhosa, ela tinha que admitir, mas ainda assim loucura. Ela apenas baixou os olhos e ele disse baixo:

_Me... Me desculpe, Mione.

_Não... Tudo bem, Ronald. – ela disse baixo também. – Temos... Temos um jantar para ir ainda... Vamos? – ela perguntou, corada sob as poucas luzes do vilarejo.

_Erm... – ele parecia sem graça. – Vamos.

Os dois seguiram em silêncio até o restaurante, e quem olhasse o local onde os sapos de chocolate haviam caído, veria dois cartões: um de Ronald Billius Weasley e outro de Hermione Jane Granger, um sobre o outro.





N/A:

Sim senhores!

Sim, sim, sim eu postei!

Acabei o capítulo agorinha, neste segundo!

Eu nem vou fazer agradecimentos individuais hoje, pq vcs foram compreensivos, e isso demora mais!

Mas muito obrigada a todos que me acompanham aqui desde o começo, pra todos os novos leitores, pra todos que comentam, pra os q simplesmente leem, e principalmente, pra quem me incentiva @_@

Isso é muito³ importante, obrigada mesmo!

Espero que gostem desse capítulo e que continuem acompanhando sempre tá? @@

O nome da fic ficou "O Mistério das Estrelas" mesmo, ok? ^^

Em breve atualizarei a capa e também o nome ^^

Eu encontrei um ou outro erro de digitação, perdoem a minha pessoa, eu nao consegui betar mto direito pra postar aki logo ^^" Espero que não tenha atrapalhado a leitura! Eu jaja arrumo, juro!

Obrigada mais uma vez pelos comentários e por tudo, gente @@

Espero que tenham gostado do capítulo! [3]

Beijooos ;*
Lau

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Comentários (1)

  • Mariana Berlese Rodrigues

    #MORRI A-M-E-I <3 <3 <3 MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.*CHOREI AQUI :) Owwwwwwwwwwwwwwwwwwwwnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn

    2012-12-19
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