A Noiva e o Vexame



Hermione encarou Gina sem saber o que dizer. Tudo parecia ter sumido, ela não sentia as mãos, os pés, ou qualquer parte do corpo. Sentou-se na cama, mas não conseguiu chorar e nem dizer nada. Ela ficou ali talvez por um minuto - ou uma hora, ela não sabia dizer – até que Gina disse:

_Mione, eu não queria ter te contado isso assim, mas... Uma hora ou outra... Você ia descobrir.

_Eu...Eu sei, Gina... Mas agora... Será que você poderia me deixar sozinha? – ela perguntou, encarando o chão.

_Claro... Eu vou estar no meu quarto se você precisar de alguma coisa.

_Obrigada, Gin. – ela encarou a amiga – Eu não sei o que faria sem você e o Harry.

_Não precisa agradecer Mione. Você sabe que pode contar com a gente, não sabe?

_Sim, eu sei. – e ela sorriu fraquinho pra amiga, que saiu do quarto em seguida.

Hermione levantou da cama ainda um pouco desorientada e abriu o malão que estava do lado. Começou a tirar as roupas e coloca-las no guarda roupa. Aquilo estava se tornando insuportável. Pensava em Ron, em Robert, no casamento desmoronado e no casamento que se realizaria. O que fazer a seguir? Por que aquilo doía tanto? Por que aquela estrela, aquela porcaria de estrela tinha que brilhar? Por que Robert não era o homem perfeito? Por que Ron não contava pra ela o que tinha acontecido para não se casarem? Por que ela não podia simplesmente esquecer tudo de ruim que tinha acontecido e que ainda acontecia?

_Esquecer... - ela pensou - Se eu simplesmente... Esquecesse...

Ela observou a varinha pousada em cima da mesinha de cabeceira. Uma palavra... Uma palavra e ela não se lembraria de Ron, de Robert ou de qualquer dor...

_Não, Hermione. – ela disse em voz alta para si mesma. – Você não é fraca assim.

Encarou o armário de novo e tentou parar de pensar por alguns momentos. Acabou de guardar todas as roupas e sentou-se na cama, a cabeça apoiada nas mãos e sem conseguir chorar uma lágrima sequer. Olhou de relance para o colar pendurado no pescoço mais uma vez e decidiu tira-lo. Não ia suportar mais ter que encarar o quanto amava Ron: enrolou o colar em uma meia e a jogou com raiva no fundo do armário – talvez se ela não visse que aquela droga de colar ainda brilhava, ela conseguisse esquecê-lo sem precisar recorrer a magia para isso. Deitou-se na cama e começou a pensar... Se Robert pelo menos a merecesse, aí ela seria feliz no casamento e Ron poderia se casar... Sim, ele poderia se casar sem que ela sentisse aquela pedra gigante pesando em seu estômago. Se Robert ao menos fosse o mesmo com quem ela havia se casado...

Robert havia convidado Hermione para um passeio por Hogsmeade. Os dois caminhavam lentamente pelas ruas enquanto ele tentava animar Hermione por causa do casamento - que não havia acontecido por causa de um ‘não’ de Ron. Ela estava inconsolável e ele fazia piadas, falava sobre o trabalho, sobre o trabalho dela com os elfos, o cargo que ela pretendia ocupar um dia no ministério... Conversaram sobre tudo por algum tempo e então pararam no Três Vassouras para beber alguma coisa. Hermione se contentou com um Hidromel, mas Robert pediu um Uísque de Fogo; ele parecia estar tomando coragem para falar algo muito importante para Hermione:

_Hermione, eu... Eu precisava te falar uma... Uma coisa. – ele disse duas doses depois.

_Diga, Robert. – apesar de responder, a garota não estava prestando atenção; estava se lembrando das épocas de colégio quando tomava cerveja amanteigada com Harry e Ron naquele mesmo lugar, e também de como ela sentia ciúmes de Madame Rosmerta por causa das muitas vezes em que Ron comentava como ela era um ‘mulherão’. Lembrava-se daquela época e percebeu o quanto sentia falta de tudo aquilo, daquela vida que tinha e que tinha se esvaído de uma forma tão infeliz.

_Eu... Eu te amo, Hermione – ele disse, um tanto hesitante.

_Como? – foi tudo que a garota conseguiu dizer, tamanha sua surpresa.

_Eu... Eu te... Te amo, Hermione. – ele pareceu perder um pouco a coragem, mas tentou recupera-la, e prosseguiu – Eu quero... Ficar com você, fazer você feliz, tentar fazer você se sentir melhor...

_Robert, eu não posso ficar com você. – ela disse. – Você sabe que eu amo o Ron e que eu não consegui esquece-lo ainda... Não em dois meses.

_Mione, eu não me importo... Eu quero estar com você, apoiar você, amar você... Tentar te fazer feliz, diferente do que aquele palhaço ruivo fez. O amor vem com o tempo... Eu te amo o suficiente para nós dois... Pelo menos por enquanto.

_Você não me ama, Robert. – ela disse sorrindo fraco – O que você ama é o que eu represento: algo difícil de se conquistar. Você só diz que me quer porque desde o primeiro dia em que nos conhecemos meu coração já tinha um dono e quando você deu em cima de mim eu te ignorei... É isso que você ama: a dificuldade da conquista, afinal, você tem todas as mulheres do mundo aos seus pés.

_Não, Mione. O que eu amo é você, seu jeito, sua beleza, sua bondade...

_Você não me conhece direito Robert, só sabe por cima quem eu sou.

_Eu... Eu te conheço bem sim. Posso não conviver com você, mas... Eu sei coisas sobre você que aposto que nunca ninguém te disse.

_Como o que, por exemplo? – ela perguntou, desafiando o homem à sua frente.

_Você... – ele parou de falar, pegou uma mão de Hermione e continuou – Você tem seis sorrisos, Mione.

_Como assim? – ela perguntou, encarando-o.

_É... Seis sorrisos: um quando você está feliz de verdade; um quando você está irritada, mas quer disfarçar que está feliz; um quando você ganha um livro; um quando você acerta algo que te perguntam; um quando você está nervosa e um quando você fala dos seus amigos.

_Robert... Como...? Isso é... Lindo! – disse a garota, surpresa pelo que o loiro tinha acabado de dizer.

_Isso é você. Eu realmente quero estar com você, Hermione.

_Eu... Eu nem sei o que dizer. – ela sentiu o rosto corar e baixou a cabeça, sem graça.

_Não diga nada. – ele disse, pegando o rosto dela com os dedos compridos e fazendo-a olhar em seus olhos. – Deixe meus sentimentos falarem por enquanto. – e ele a beijou.


Hermione acordou na cama, coberta e de pijamas. Quem tinha trocado suas roupas e a colocado lá ela não sabia, mas esperava que tivesse sido Gina. Levantou da cama e foi até a porta. Abriu-a e viu Ron deitado no chão, na escada, dormindo. Ela agachou, cutucou o ruivo nas costelas e chamou baixinho:

_Ronald... Ronald?

Ele abriu os olhos lentamente, e encarou Hermione, sorrindo.

_Eu ainda estou sonhando? – ele perguntou com uma expressão abobalhada e confusa.

_Ron, não piora as coisas, por favor. – ela disse enquanto se levantava; ele a segurou pelo braço.

_Eu quero conversar com você, Hermione.

_Mas eu não quero. – ela se desvencilhou da mão dele e foi em direção ao banheiro – Ah! Parabéns pelo seu casamento. – acrescentou, batendo a porta às suas costas.




_Mione? – gritava Gina da escada – Você já está pronta? Já temos que ir, ou mamãe vai vir nos buscar de vassoura! E não é montada nela, mas batendo na gente com ela, que eu estou dizendo!

_Eu já estou descendo – disse Hermione da porta do quarto, enquanto colocava um brinco e os sapatos. Ela desceu cinco minutos depois correndo, os cabelos que antes estavam em um coque bem-feito já estavam com muitos fios soltos, caídos sobre os olhos. - Vamos, então? O que falta?

_Só o Harry trazer o Floo... Ele foi buscar lá em cima... Tivemos que tirar de perto da lareira por causa do James, acredita?

_E o Ronald, onde está? – ela perguntou, tentando parecer casual.

_Ele... Foi buscar a Melanie, Mione.

_Melanie?

_É... A... Noiva... Erm... Dele. – disse Gina hesitantemente.

_Ah, está certo então. – apesar de todo o esforço que fez para disfarçar, Hermione sentiu a voz falhar um pouco.

Harry desceu as escadas rapidamente e começou a checar se tudo já estava devidamente preparado para irem:

_Por que nós simplesmente não aparatamos, Gin? – ele perguntou, olhando desesperadamente a esposa enquanto checava as fraldas de James.

_Por que não é bom pro nosso filho aparatar assim, tão pequeno, Harry!

_E engolir fuligem é?

_Harry, você não me estressa ta? Você por acaso conseguiu o carro do ministério?

_Não, Gin... Não consegui.

_Então não reclama e vamos logo. – ela foi indo até a cozinha e Hermione não conseguiu conter uma risada.

_É, vai rindo, Mione – Harry disse sério – Essa família tem, além da cabeça vermelha, o sangue fervendo. – e ele também sorriu.

_Eu sei... Com o que fomos nos met... - ela parou abruptamente de falar, reparando que ela não tinha, teoricamente, que ter mais problemas com o ruivo em que estava pensando.

_Mione, eu queria conversar com você sobre o Ron depois.

_Depois, Harry. Agora eu não preciso falar dele, poderia acabar com o aniversário do James. Vamos? – e ela o ajudou a pegar as sacolas, enquanto os dois ouviam Gina gritar:

_Gente, vocês querem vir logo? Meu ponteiro do relógio lá da Toca deve estar apontando para ‘perigo mortal’ agora!

_Já estamos indo, Gin! – disse Harry, e os dois foram até a cozinha.

Harry entrou primeiro na lareira com o Pó de Floo e as malas, gritando “A Toca!”. Gina o seguiu com James no colo e então foi a vez de Hermione: ela gritou “A Toca!” e em seguida começou a girar dentro da lareira. Havia esquecido de como aquela sensação era extremamente desconfortável. Chegou na lareira da Toca e bateu as vestes de leve: sempre as roupas ficavam com muita fuligem depois de uma viagem de Floo. Hermione saiu da lareira, olhou ao redor e viu uma Sra. Weasley muito emocionada correndo até ela. Molly a abraçou forte, e disse:

_Hermione Jane Granger! A próxima vez que a senhora ficar tanto tempo longe desta casa eu vou lhe buscar onde quer que esteja! Não sabe que você é parte da família não?

_Ah, Molly – Hermione disse enquanto abraçava a ex-sogra. – Senti tanta falta de todos vocês e de vir aqui... Senti falta de estar com a minha segunda família! Nem sei como explicar... Mas com o Robert, eu não conseguia... Você sabe!

_Sim, eu sei. Assim como sei que isso não é justo. Você devia trazê-lo! Não é porque não casou com meu filho que não vai mais vir aqui! Não, não, não, não – disse a Sra. Weasley sorrindo. – Agora venha, o pessoal está todo lá fora e eles também querem te ver! Estavam todos sentindo a sua falta!

Hermione foi com a Sra. Weasley até o jardim e lá reencontrou todos os ruivos de quem sentia tanta saudade. Sentou-se com o Sr. Weasley e ele contava animado sobre o cargo que estava ocupando: ele trabalhava na área de Diplomacia com Trouxas. Ele contava animadamente sobre um caso em que teve que encontrar com a rainha e como ela elogiara seu jeito de se vestir, quando Hermione parou de prestar atenção: olhou para o portão do jardim e viu Ron aparatar ali com uma garota. Sentiu seu estômago afundar; parecia que a cerveja amanteigada que ela estava tomando havia se transformado em uma Poção Polissuco extremamente gosmenta. A garota que estava junto de Ron tinha os cabelos extremamente escuros e até a cintura; os olhos dela eram verdes e ela era apenas um pouco mais baixa que o ruivo que a acompanhava. “Ela é uma versão morena de Fleur... Extremamente bonita.” pensou Hermione com desgosto, enquanto encarava a garota entrar pelo jardim e sorrir radiante para todos à sua volta. Sem nem cumprimentar a garota – Hermione queria menos contato o possível com ela – ela levantou da mesa, lançou uma desculpa qualquer para o Sr. Weasley e saiu andando em direção à porta da cozinha. Sentou-se em uma cadeira, colocando a cabeça apoiada em um braço, tentando conter a raiva e a decepção que, com certeza, estavam estampadas em seu rosto.

_Mione? – ela ouviu Gina dizer baixo, enquanto entrava na cozinha. – Que aconteceu?

_Nada, Gin... Nada... Só uma dor de...

_Ah, mentir pra mim você não vai mesmo - disse a garota. – É o idiota do meu irmão com a namorada idiota dele, não é?

_Está tão claro assim?

_Pra mim? É claro que sim! Você é minha melhor amiga, Mione. Eu quero te ajudar como puder.

_Não tem muito que fazer... Eu não posso impedir Ron de nada... Eu é que tenho que me conter... Acho que... – ela lançou um olhar às bebidas que estavam no armário – Acho que vou tomar alguma coisa...

_Mione, você não bebe... Você sabe disso.

_Sei, mas me deu vontade. Você vai me impedir?

_Não, de forma alguma. Você é maior de idade e sabe que isso é uma perfeita idiotisse.

_Pode deixar... Não vou exagerar! Eu sei me cuidar Gin! – e ela se dirigiu ao armário das bebidas. Pegou uma garrafa de Uísque de Fogo e se serviu de uma dose, voltando a encarar Gina. – Você quer?

_Não, obrigada. Eu não bebo mais Uísque de Fogo... Depois que tive o James isso embrulha meu estômago.

_Está bem. – Hermione virou toda a dose de Uísque de uma vez só. Sentiu seu corpo esquentar por dentro e um leve calor no rosto e no pescoço. Precisou se apoiar na pia para não cair.

_Acho... Acho que isso é muito forte pra você. – disse Gina, reprovando a amiga. – Vamos lá para fora.

Retomando o equilíbrio, Hermione acompanhou Gina até a porta da cozinha, observando novamente o jardim e as pessoas que estavam lá. Uma nova onda de raiva e decepção tomou conta da garota quando viu mesa com vários Weasley e Melanie: Ron falava animadamente, contando piadas e com as mãos em cima da mesa. As mãos entrelaçadas com as mãos da garota. Disfarçadamente, Hermione deixou Gina seguir até um outro ponto da festa onde Harry estava sentado no chão com Ted, Victorie e James e voltou para a cozinha da Toca. Tomou mais uma dose de Uísque de Fogo, sentindo um calor passar por todo o corpo dessa vez. Ela encarava o jardim enquanto bebia e viu Melanie se aproximar do ouvido de Ron e sussurrar alguma coisa. Era demais. Ela não podia mais suportar. Virou mais uma dose no mesmo copo e tomou de uma vez. “Realmente” - ela pensou - “Isso é forte demais.” - talvez ela estivesse falando da bebida ou talvez do que sentia por Ron: àquela altura ela não discernia mais o que pensava, quanto mais o que dizia. Ela observou o jardim mais uma vez e viu que Ron já não estava na mesa em que estava antes... Mas Melanie estava. Onde teria ido parar aquele ruivo idiota, hipócrita, filho de uma...

_Hermione? – aquela voz que fazia ela se sentir extremamente fraca a chamava da porta da cozinha. Era ele. O que ele queria ali?

_Que é, Ronald? – ela perguntou, virando-se desajeitadamente para o garoto.

_O que você...? – o garoto ia fazer alguma pergunta, mas viu Hermione fazer menção de cair ao tentar se desencostar da pia e correu para ela.

_Que é, Ronald? Você quer o que comigo? Vai, vai – ela apontava para o lado de fora – Vai lá pra fora com a sua mulher! Vai, vai com a Melanie...

_Mione, o que a Mel tem...?

_MEL? - ela perguntou em voz alta - MEL? A Melzinha do Roniquito? Ta certo! Não tem nada com a sua Mel, Ronald!– Hermione falava alto e enrolado. – Eu to aqui, curtindo a festa! – ela se soltara dos braços do garoto e estava colocando mais um copo de Uísque de Fogo. – To curtindo, Ronald! Não é o que você está fazendo também? – perguntou, enquanto virava mais um copo da bebida, sentindo-se rasgar por dentro. Aquilo era forte e ela estava começando a perder a noção de volume de sua voz, além da noção do que dizer.

_Hermione, você está... Você está bêbada! – ele disse, espantado.

_Bem observado, Ronald! – ela estava se escorando completamente na pia agora. – Muito bom! Você merece dez em observação! – ela batia palmas para ele e ria. – Você podia ser... – ela estava rindo mais e mais alto agora – Você podia ser... O MAIOR OBSERVADOR DO PLANETA! Vai... Por que você não começa observando o que eu sinto por você? – ela agora tinha ficado séria, mas de repente começou a rir de novo. – Porque pra isso você não precisa ser o maior observador do planeta não é? – ela se apoiou na parede próxima à pia e foi se escorando até chegar a porta da cozinha. Ela continuou gritando, só que agora para todos que estavam lá fora – EU AMO O WEASLEY! ELE NEM PRECISOU DE SEUS DOTES DE OBSERVADOR PRA SABER ISSO! MAS SABEM O QUE? – ela perguntava para os ruivos, que estavam todos com cara de espanto – ELE NÃO ME ACEITOU NO ALTAR! POR QUE SERÁ? SERÁ QUE É PORQUE EU NÃO TENHO ESSES BELOS OLHOS VERDES? – ela apontava para Melanie – OU SERÁ QUE É POR QUE EU NÃO TENHO ESSE CABELO LISO ATÉ A CINTURA? NÃO, NÃO, PESSOAL! EU NÃO SEI POR QUE ELE NÃO SE CASOU COMIGO! NEM ISSO ELE SE PREOCUPOU EM ME EXPLICAR! – após essa última fala, Hermione se jogou no gramado de joelhos e começou a chorar com o rosto nas mãos. – Eu nem... Nem ao menos... Sei porque ele não quis... Se casar!

Hermione sentiu um par de braços a segurar pela cintura e a erguer. Ela se sentiu tonta, mas a mesma pessoa a levantou completamente no ar, segurando-a em seus braços. Seus braços fortes... Era Ron. A garota já estava se forças para falar, apenas fechou os olhos e se apoiou no garoto que a levava para dentro e para cima. Ele foi em direção ao banheiro, sentou Hermione sobre o vaso e fechou a porta às suas costas. Encarou Hermione nos olhos e disse:

_Por que raios você fez isso, Hermione?

Ela não respondeu, apenas encarou o ruivo.

_Responde! Por que você não... Entende?

_Eu não posso entender alguma coisa que você não me explica, Ronald. – ela parecia estar muito mais sóbria que até então, mas Ron percebeu que essa era uma impressão falsa quando a garota se levantou e o encostou na parede do banheiro. – Você não... Você realmente não sente mais nada por mim? – ela perguntava no ouvido dele, as mãos sob sua camisa.

_Eu... – ele estava desnorteado. – Hermione, eu...

_Você realmente – ela perguntou, enquanto mordiscava a orelha dele e o fazia arrepiar. – Não me ama mais, Ronald?

_Eu... Hermione, eu... Eu não...

O que aconteceu a seguir foi inesperado até mesmo para Hermione. Dominada por alguma coisa que não conhecia, a garota puxou Ron, sentou-se na pia e o encostou junto de si, beijando-o com paixão. Ela estava completamente alterada. Ron pareceu perceber, pois a levantou da pia – ela ainda estava com os lábios colados nos dele - e a levou até o Box do banheiro, abrindo o chuveiro completamente, derrubando água fria sobre a garota – e sobre ele também. O garoto deixou cair água no pescoço dela até achar que já estava suficiente e puxou uma toalha, começando a secar o rosto e o corpo da garota. Ela tremia. Ele a pegou no colo de novo e a levou até o quarto de Gina, onde a garota esperava, aflita.

_E como que...? – ela começou a perguntar.

_Gina, saia. – disse Ron.

_Mas Ronald, eu...

_Saia, Gina. Quando ela estiver bem vocês conversam.

Gina saiu, mas não sem protestar. Ron deitou Hermione na cama, e começou a secar suas roupas com a varinha. A garota o encarou, um pouco mais sóbria e disse:

_Me... Me desculpe, Ron. – os olhos dela estavam vermelhos.
_Você não tem do que se desculpar, Mione. Agora durma um pouco, não sei.

_Você pode ficar aqui comigo? – ela perguntou, se encaixando nos travesseiros.

O garoto não respondeu, apenas sorriu. Ela fechou os olhos e adormeceu quase instantaneamente.




N/A:

Oi, pessoal! o/

Então, assim... Eu tentei postar isso aki mais de dez vezes (verdade², juro!), mas a F&B não estava colaborando comigo e estava me impedindo. A última vez que eu postei eu ainda tinha um ctrl c dos agradecimentos individuais... MAS eu dei um ctrl c no msn e agora meu ctrl c nao eh mais de agradecimentos ><
Como eu não tenho como re-escrever os agradecimentos (pelo menos nçao agora) esse capítulo vai ficar sem agradecimentos individuais tá?
Sinto muito, eu gosto de agradecer cada um que comenta, mas é q agora eu não tenho como fazer isso u_u
Sintam-se todos os que lêem e todos os que comentam devidamente agradecidos!
Espero que gostem desse capítulo e que continuem lendo e comentando!
Sejam bem-vindos os leitores novos e sintam-se em casa, como sempre, os leitores mais velhos!
Quase uma família, né? xP~
Então é isso... Espero que vocês possam ler e comentar! É sempre gratificante e útil ler comentários bons e críticas também!
Portanto, vamos lá hein! xD
Abraços a todos! o/
Lau

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Comentários (1)

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