A chamada inesperada da direto



A chamada inesperada da diretora


- Aff, loucoo!! Que aula chataaaaaaa... - Dill exclama lá de trás da última carteira da última fila

- Se está tão chata assim, porque você não sai da sala, Dillyan? É o jeito mais fácil de se livrar dela, vamos! A porta já está até aberta! - a professora fala para toda a sala ouvir. Não iria ser saco de pancadas de Dillian Andrade, não ela.

- Aah, não professoraa!! Aqui 'tá tãão bom! E lá fora não tem ar condicionado, sabe?

- Mas pelo que eu saiba, lá na sala da diretora Estéfani tem, sim, ar!

- É, com certeza tem um ar, mas acho que lá no quarto dela deve ser melhor, não? - Dill jogou a indireta

- O que você quer dizer com isso? - a professora parece pasma, parece não, está.

O sinal toca, e bem a tempo.

- Iihh, foi mal, professora!! Depois a gente continua, ok?? - a garota ruiva se despede de uma professora de português totalmente estressada.

Havia feito o que de melhor ela faz: encher o saco de professor, e não esperava ter tanto sucesso dessa vez. Se falava nos corredores que a Prof. Amanda tinha um caso com a diretora Estéfani, e agora, depois de ter feito ela se humilhar na frente de toda a sala e olhar bem nos olhos dela, ela percebeu: era verdade. A garota ruiva tinha esse dom: poder ver pelos olhos das pessoas o que exatamente ela pensava e sentia, ou as duas coisas, se estavam mentindo ou não. Essa é Dillyan Andrade: pele morena, cabelos lisos pintados de ruivo, corpo bem dotado porque não parava quieta, ora andava de lá para cá com a sua banda “Overdose”, ora de lá para cá com seus garotos arranjando confusão: mandona, expansiva e direta. E ai de quem se atrevesse a questioná-la. Garota de poucas amigas e muitos amigos, ela era uma lenda do São Marcos, o terror dos professores. Agora sentada e um pouco quieta no seu lugar ela constatava que a próxima aula era de física. ”Aff!”, pensava mais uma vez. Se endireitou, colocou seu famoso iPod preto de 30 gigas no ouvido e começou a ouvir Strokes.

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-Iai, cara? Como foi com a garota?

-Ah, sabem como é, né? Como sempre, eu consegui... - ele fala com uma cara de humilde. Os garotos começam a rir.

- Mentira, cara

- É sério! No início ela tentou se fazer de difícil, mas eu acabei conseguindo...

- Iai, ela era...

- Muito arrombada se é que querem saber a minha opinião de profissional... - ele faz uma cara de sério. Os garotos mais uma vez caem na gargalhada, a mais histérica de todas dadas até ali, que chama a atenção do professor.

- Muito bem, senhor Dênis! Você poderia nos falar qual a piada que acabou de contar para seus amigos estarem gargalhando até agora? - o professor questiona

- Iai, professor? Tudo beleza? Cara, como está sua mulher, tudo bem? - ele muda rapidamente de assunto

- Claro que está melhor. Seu pai é um dos melhores médicos da cidade!

- Ah, que bom! E vai ter churrasco para comemorar a recuperação dela?

- Huum, não tinha pensado nisso, Dênis, mas acho que é uma boa idéia, sabe? - diz ele considerando a pergunta

- Claroo que é! E eu e meu pai temos que ser convidados, não é?

- Claro, vocês serão os convidados de honra, pode deixar! E agora, o que eu ia fazer?

- Bem professor, o senhor ia perguntar ao....

- O senhor ia perguntar ao Carlos qual foi o último assunto que você deu, oras! - ele fala cortando a garota que ia lhe dedurando.

- Aah, claro! Então, vamos começar?

Dênis respira aliviado: havia se livrado de mais uma. Dênnis Cavalcanti não passava de um filhinho de papai. Seu pai era tão bom médico que possuía uma rede de hospitais e farmácias. O garoto adorava ser rico, e adorava ainda mais o poder de influência que o dinheiro lhe proporcionava. Como todo bom playboy ele era lindo, simplesmente o desejo de todas as garotas, mas um tremendo galinha. Gostava de contar vantagem, era esperto e muito gozador, mas no fundo, bem no fundo mesmo, ele sabia muito bem que algumas coisas que fazia eram erradas. Às vezes, quando magoava uma garota, ele se martirizava demais, mas quem diz que alguém percebia que ele tinha remorso? Frio e calculista, o loiro sabia ser amigos e os inimigos eram tratados como tal.

Exemplo de inimigos? A cdf. Sim, a cdf que ele praticamente fulizou com os olhos extremamente azuis se chamava Penélope Foster. Sempre sentada na primeira cadeira, ela era a única que não se deixava seduzir pelo loiro. Houve um tempo que eles até se falavam, porque eram colegas de turma, mas hoje mal se olhavam, a não ser, claro, quando Dênnis a renpreendia com o olhar. Ou vice-versa. Loira com mechas morenas e olhos claros e olhos verdes, Penélope era muito tímida e educada, era bonita também, mas escondia toda a sua beleza britânica atrás dos óculos retos. Beleza britânica porque ela não era daqui, seus pais haviam vindo para o Brasil depois da terrível guerra para descansar um pouco. Gostaram tanto que não voltaram mais para a cidade natal, Liverpool. Mas isso não a impediu de não ter sotaque de estrangeira. Arrumada e sempre concentrada, a garota era a aluna mais paparicada pelos professores do São Marcos e uma das mais odiadas também. Tipos como ela, misteriosa, fechada e comportada, dificilmente se enturmam e foi assim, desde que entrou na escola, aos 6 anos, a garota nunca arranjara amigos de verdade, a não ser os livros. Além disso, a loira guardava um grande segredo e um grande rancor, mas de uns tempos para cá ela sentia que isso estava para mudar, e logo ela poderia ser o que realmente queria....

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Será q tem alguém lendo essa fic?
Se tiver, deixe seu comentário, plis... Nem q seja pra dizer q ela tah uma bosta, horrorosa...
Só levem um pouco em consideração q eh nossa 1ª fic.
Ah... E não se preocupem se o cap. tah pekeno. Eh só o primeiro, e as idéias ainda estão chegando.
Tatiane Evans =^.^=

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