Baile de Halloween



Capítulo 14: Baile de Halloween

Todos estavam sentados na Enfermaria, esperando notícias de Pen. Já era quase tarde e nada de notícias da garota. Todos ainda estavam muito preocupados com o aparente ‘ataque’, mas felizmente somente algumas pessoas sabiam disso, o resto da escola estava totalmente por fora de toda essa confusão.

Dill roia as unhas mais uma vez pelas luvas quando finalmente a enfermeira Angels e seu pai saíram de trás do biombom da maca da loira.

- Iai, Sev? A minha loira vai ficar bem? – eles todos se levantam do banco, mas só Den consegue falar. Jack ainda estava todo enlameado, Mel tinha os olhos meio vermelhos devido a história, Greg permanecia calado e Dill já estava bastante nervosa. O único meio impassível com aquela história era Den porque ele bem... Era oclumente, né?

- Está tudo bem, senhor Cavalcante. Felizmente sua amiga foi trazida e tratada logo. Apesar de estar um pouco abalada, ela ficará bem. – Angels acalma os presentes.

- É, garotos. Ela está bem, agora Jacob está com ela, tentando ajudá-la a melhorar com uns certos feitiços que só ele consegue entender.

- Podemos vê-la?

- Ainda não, Weasley, talvez só amanhã. Mas vocês não precisam mais se preocupar com ela. Seu estado é estável, sugiro que vocês desçam, mantenham as aparências e descansem.

É, não tinha mais o que discutir. A enfermeira também concordou com o diretor e começou a enxotar todos dali. Os adolescentes já estavam no corredor quando Severo foi atrás deles.

- Dill, Den. Vocês podem vir ao meu escritório? Agora? – eles se olharam cansados, mas não tinham como negar. Foram sem reclamar.
**********

- Sei que devem estar muito abatidos com o que aconteceu...

- Nossa, você usou Legilimência para descobrir isso? – Den pergunta irônico. Eles estavam em pé, na frente da mesa do diretor, só que não estavam sozinhos: Harry estava lá, e eles não entenderam bem o porquê.

- Hey, calma aí, Den. Por que essa resposta mal-humorada? E aliás, por que essas caras duras, parecem até que... – e ele parou, percebendo que não seria preciso continuar a falar.

- Você sabe muito bem porque estamos com essas caras, Tio Harry! – Dill fala com a sobrancelha levantada a lá Den.

- Aliás, os dois. – o loiro fala sério.

- Do que estão falando? – Severo não descia do salto.

- Sev, nós vimos e ouvimos tudo. Aquela tal de Cleptra, que parece ser o alter-ego da Pen, disse que tem alguém atrás dela, alguém que também quer nos pegar, aparentemente!

- E... Entendemos que as visões dela são muito importantes. Importantes a tal ponto que o cara veio perseguir ela aqui, na escola, e até usou o atual ‘fica’ dela para atraí-la para um corredor escuro.

- Tem coisa aí! E nós sabemos ainda muito mais. Então, é melhor começar a falar! – a garota intimou.

Os dois adultos engoliram em seco às escondidas, mas Harry não conseguiu disfarçar o olhar de ‘eu-disse-que-devíamos-contar-agora-se-vira-meu-irmão’ que deu a Severo.

- Vocês têm razão! Certo. – Severo tinha que se virar. Mas agora não era hora para verdades. – Certo. Vocês têm razão. – ele repetiu mais para ganhar tempo que qualquer outra coisa.

- Você já disse isso. – Den sussurrou divertido.

- Eu sei! – ele falou corando um pouco. – Está acontecendo algo aqui. Estamos em uma situação meio delicada... Tudo está interligado. Mas não é a hora de vocês saberem.

- O que? Você está brincando, não é? – ela riu pelo nariz.

- Não, filha. Não sou de brincar uma hora dessas. Mas esse é um assunto delicado. E temos de rever tudo para explicar a vocês. E ainda temos de esperar para ver o que acontecerá com Penélope.

- Avisaram aos pais dela?

- Já. Esse incidente tivemos de avisar. Eles estão a caminho.

- Foi tudo horrível. O grito dela... Ela desmaiando... Quero logo que ela acorde. – Den despenca na cadeira. Até Harry estranhou aquele ato repentino de fraqueza.

- Não se preocupe, Denis. Ela ficará bem com os cuidados de Jacob. E, prometo. Assim que ela acordar e se recuperar, teremos uma conversa. E séria, sobre tudo. – o diretor olha-os com um brilho estranho. Dill sente firmeza e abraça o amigo que estava sentado.
**********

- Foi realmente um belo jogo. Agora a Grifinória realmente se firmará como líder do grupo. Pelo menos até o final do bimestre. É, isso porque a Sonserina vai perder para a Lufa-lufa. Lufa-lufa perderá para a Corvinal. E Corvinal pra gente. É um ciclo extremamente vicioso... E...

- Previsível. – Greg completou para o amigo com uma voz entediante. Eles estavam sentados em um banco, tentando estudar, mas quando estavam juntos e sem Mel só saía aquilo: conversa fiada. Havia passado apenas dois dias do incidente, ou seja, era segunda-feira. E com um horário livre coincidente aproveitaram para ficar por ali... Só... ‘Estudando’.

- O que é? Ta cansado de mim?

- Não, cara. Continua! Mas aquela sétima-anista é muito... Ui!

- Tem razão. Muito boa.

- Ei, cadê o Den? Ele não estava pegando aquela loirinha que ta com o Ian?

- Iiiih! Estava! Palavra correta para substituir a expressão ’Den-está-com-um-chifre-naquela-cabeça-loira-por-causa-do-fura-olho-do-Ian!’. Tomara que ele chame a gente pra acabar com a cara dele.

- Faça figa! – o moreno cruza os dedos e eles começam a rir.

- E... Cadê a Dill? Não a vejo desde o almoço.

- Ela foi para uma aula... Sei lá qual, mas...

Eles começam a escutar uma discussão ao fundo. Duas vozes falavam e se aproximavam. Uma garota e um garoto.

- ... Eu já disse que foi sem querer, Rick! Sério!

- Não, Dill! Tenho certeza! Você fez de propósito! Por que?

- Cara, você é mesmo paranóico.

- E você, cínica!

- Eu? Cínica?! Olha aqui, seu...

- Ei, ei! Que clima lindo e romântico! Vejo até as luzes das velas! As fadinhas os cercando! Uma cama cheia de...

- Jack! A gente já entendeu! – Greg o cortou. Os dois haviam levantado e resolveram acabar com a confusão, até porque a discussão começava a chamar a atenção dos estudantes dos corredores. Rob Foster, monitor-chefe, já estava ali, em pé, só esperando para ver a que ponto aquela briguinha chegaria. E Pirraça, o rei das confusões, já voava por ali, sendo atraído pelos gritos.

- E então, Ricardo, Dill. O que foi agora? Por que não estão na aula?

- Greg! Jack! Ainda bem que vocês estão aqui. – ela suspirou. - Esse idiota fez a gente ser expulso da sala! Querem dizer para esse... Louco... Que eu não pude comparecer ao jogo porque a Penny passou mal?

- Ela não foi ao estádio porque Penny passou mal. Satisfeito? – Greg falou e estava para dar as costas com Jack e Dill quando Ricardo falou de uma vez.

- Como você sabe, Malfoy? Você também não estava lá!

- Ele estava sim, seu idiota! É claro que estava! Quando eu desci da vassoura ele foi um dos primeiros a me cumprimentar! – Jack deu um sorriso. – Pare de querer inventar mentiras, cara. Vamos...

- Ele não estava, Potter! Eu vi! Pergunte a todos da Sonserina. Por isso eu acho que... Dill deveria estar com ele. Quando na verdade era para estar lá no Estádio.

Greg ficou calado, encarando Ricardo. Os seus olhos transmitiam frieza.

- Seu estúpido! – Dill exclamou. – Idiota! E se Gregory não estava lá, o que isso tem a ver? Eu e Den estávamos aqui, e socorremos Penny! Agora, se me der licença, eu não quero ver a sua cara nunca mais! A gente já era? Entendeu?! – e a ruiva sai batendo a bota de cano longo que usava esta tarde para manter o frio longe dos pés. Os dois garotos também se viram e lançam olhares a todos, como que falando ‘acabou a ceninha’.

Pirraça começou a rir loucamente com o fora que o argentino levara e saiu atrás dele, jogando na sua cabeça pedacinhos de giz.

- Levou um pé-na-bunda! Hi hi hi hi hi hi!
********

Eles estavam sentados em uma mesa da Biblioteca, discutindo algo aos sussurros. Só que já era tarde da noite.

- Temos de saber mais sobre isso. Não podemos esperar pela boa ação do meu pai, Mel.

- Por isso estamos aqui.

- Eu sei. – ela abaixa o livro que tinha em mãos. – E eu sabia que fariam isso, mas pensei que seria um pouco mais tarde.

- Quer dizer que você já sabe de algo? Mel! – Dill ficou com raiva da amiga não ter dito nada.

- Ah! Você sabe sim! Me lembro de uma vez estarmos conversando e você sair apressada! Dizendo que vinha para a Biblioteca pesquisar sobre esses lances da Penny!- Jack a acusou.

- Tá, eu sabia! Aliás, sei. Mas parem de apontar o dedo para mim. Eu só não quis falar nada precipitadamente!

- Mas agindo assim, poderia ter nos prevenido de algo. – Den fala sério, mas tomando um chá. Dessa vez, Greg o acompanhava comendo bolachinhas. Pareciam duas velhinhas. – E se a gente não tivesse achado a Pen a tempo? Você ainda ficaria quieta?

- Denis, não tenta usar chantagem comigo, ta? Eu sei o que faço. – ela o encara, mas logo desvia. Estava tendo dificuldades em olhá-lo esses dias. Que estranho...

- Parem de discutir! Fala logo o que achou, vai, Mel.

- Okay, Greg. É o seguinte... Não descobri muito mais do que nós já conversamos ou do que vocês sabem. Mas, o que posso dizer está aqui... – e ela tira de dentro da bolsa alguns exemplares velhos de uma espécie de revista chamada O Pasquim.

- Não acredito que você sabe o que sabe pelo... Pasquim! – Jack exclama. Greg também parecia não gostar da idéia.

- Eu já disse que as minhas informações podem não ser tão boas?

- Mas, o que há de errado com essa revista? Eu já olhei muitas pessoas lendo-a por aí. Me parece até normal... – Dill pega uma das edições em que se lia Aprenda você também a achar bezoar dentro da barriga do bode!.

- Não, ela não é confiável. Basta dar uma olhada de perto para perceber! E se você viu alguém folheando-a foi para rir de alguma matéria, ou porque a pessoa tem um parafuso a menos.

- Não fale assim, Jack! Essa revista pode não ter muitas matérias... Sérias... Mas não se esqueça que os donos são amigos dos nossos pais.

- E pais do Nick Lomgbottom. – Greg complementa.

- Pois sim. Continua com o que você achou, Mel.

- O que eu achei foi isso... – e ela abre uma revista qualquer. Nela estava em letras garrafais o tema Descoberto possíveis visões que diriam que o Lord poderia voltar!. E mais outra em que dizia A nova dupla mais bem sucedida do mundo bruxo não está junta em vão!, e a ruiva se pôs a ler em voz alta essa matéria.

”De acordo com fontes, a mais nova dupla da bruxidade, Severo Snape e Jacob Mont’avern não estão juntos por acaso. O jovem bruxo de origem francesa, segundo fontes, depois de se descobrir um poderoso vidente, e talvez, o único efetivo vidente deste século, procurou Severo durante uma viagem e lhe falou que ele teria de deixar sua vida boa no país em que se encontrava, o Brasil, e aceitar o último pedido de Minerva Mccgonagall, que queria que o último fiel seguidor de Dumbledore assumisse as rédeas da famosa Hogwarts. Ele se mostrou totalmente contrariado a seguir as ordens do francês. Mas, com alguma espécie de informação que ele com certeza obteve de alguma visão, Jacob conseguiu fazer Snape mudar de idéia e juntos vieram para a Inglaterra, onde nessa última semana Severo assumiu a Diretoria de Hogwarts e nomeou Jacob como seu Professor de Adivinhação.”

- Quer dizer que foi Jacob que tirou meu pai lá de casa?

- Possivelmente, Dill. Mas, é como eu disse, essa revista costuma inventar muitas coisas. Minha mãe odeia-a.

- Destruidor de lares! – Dill sussurrou, mas Greg ouviu e quase engasgou, rindo da amiga.

- E essa outra edição, Mel? Sobre o que fala? – Den entrega a revista a amiga, e ela começa a ler as partes mais importantes.

“Segundo fontes ainda não identificadas, o senhor Jacob Mont’Avern, novo Professor de Adivinhação de Hogwarts e novo braço direito do Diretor, Severo Snape, estaria guardando, junto com seu amigo, um segredo que poderia mudar os rumos da Bruxidade futura: o Lord das Trevas pode voltar! Sim, caros leitores! Ele pode estar vivo! Segundo nossas outras fontes também o senhor Harry Potter, o eleito, que matou o Lord durante a Grande Guerra, também está compactuando com essa visão que o francês possa ter tido, tanto que virou Professor de Artes Das Trevas de Hogwarts. No entanto, o próprio Harry nos buscou para tentar desmentir essa notícia: Luna, por favor, tudo isso que estão dizendo é lorota. Não basta o tanto de anos que os bruxos sofreram com medo de Voldemort? Vocês querem que outra geração também nasça e cresça temendo-o? Por favor! Lord Voldermort está morto, enterrado e sepultado. Não há o que desmentir. Agora, me passa o purê que a Gina fez! Está uma delícia!”

- O final da matéria foi a melhor parte! – Jack, com um sorriso nos lábios.

- Bem, eu já disse que O Pasquim não tem também uma veia jornalística muito séria? – Mel, mordendo os lábios, e repensando se aquela matéria valeria a pena ser tratada como uma fonte.

- Ah, deixa pra lá, Mel! – Dill lê seus pensamentos. – O importante é a informação. E eu gostei. Caracas, será que isso tudo é verdade?

- Não sei. Mas é isso o que descobri. Pelo menos agora a gente tem uma idéia básica do que seu pai possa estar escondendo, ou não.

- E não é só seu pai. O meu também! – Jack.

- É, Draco com certeza também tem algo a ver com isso. – Greg.

- O que eu queria saber é o que essas visões do Jacob diziam!

- Den, com certeza é algo a ver com vocês... E talvez... Com ‘aquele’ traidor, que deve estar atrás de Pen. E de vocês.

- Temos de descobrir quem é esse cretino! – Den fala depois de certo tempo. – Vamos procurar suspeitos. Será que é o Hideki?

- Meu pai o interrogou no dia do ataque, Den. Não foi o cara, ele ta totalmente limpo. Sem nem ao menos uma Maldição Imperius.

- Imperius. É aquela maldição que faz a gente fazer tudo que alguém quer, não é?

- Isso, ruiva. E é muito perigosa. Mas o Hideki estava limpo.

- Temos de ter certeza também que não é nenhum de nossos amigos mais íntimos. Pois, tem de ser alguém próximo! Por que, se não fosse, como ele saberia que a Penny estava de rolo com Hideki?

- É, eles eram bem discretos. Bem, todos estávamos no jogo. Exceto... – Jack olha para Greg. Ele fica meio desconcertado.

- O que foi?

- Greg, Ricardo disse que você não assistiu ao jogo todo. Onde você estava? – foi Dill quem perguntou.

- Eu... Eu... Bem, vou falar a verdade. – ele se endireita. – Eu estava ficando com a Tiff.

- O que? Tiffany Mcclange? Greg, pensei que não suportasse ela! – Mel fala, indignada.

- E não suporto. Mas ela me enganou! Me levou até um quarto e... – ele parou de súbito, sabendo que já falara demais. Dill virara o rosto e Mel abaixara a cabeça.

- Aê! Valeu, cara! – Jack e Den o cumprimentam.

O moreno dá um sorriso maroto, mas não conseguia tirar os olhares decepcionados das amigas da cabeça. Principalmente o de Dill.
*********

Ela se sentiu tonta por um momento. Então se viu flutuando, se sentiu flutuando, majestosamente de volta para seu corpo. Uma voz a guiava. Uma voz conhecida. E quando finalmente se sentiu deitar no seu corpo, abriu os olhos e viu os olhos verdes de Jacob.

- Oh! Bom dia, Jacob!

- Minha pupila! Finalmente acordou.

- Penny! – Dill tirou Jacob da frente da garota e deu-lhe um abraço. – Que saudades! Por favor, não durma de novo!

- Ta, Dill! Eu prometo, mas me deixe respirar!

Ela se soltou da garota e Penny pôde ver Denis mais ao fundo.

- Den!

- Iai, loira? Que coisa, por que não pode dormir nos horários normais como todos, ãn?

- Eu também estava com saudades! – ela o abraça, rindo.

- Que bom que acordou. Agora, acho que podem voltar às aulas, garotos! Os pais de Penny querem vê-la.

- Meus pais estão aqui? Rob também, não é? – ela adivinha.

- Certamente. Vejo que suas habilidades estão a cada dia mais notáveis, querida.

- E devo tudo a você, Jacob. Mas depois dessa visita, quero conversar com você. Vi coisas demais.

- Eu entendo. – ele sorri amarelo e pede ao casal Foster que entre com seu sobrinho monitor-chefe.
**********

- Dill! Pode me esperar? Por um minuto? – Harry pede.

- Claro, Professor. O que foi?

O moreno a alcança, carregando uma maleta cheia de livros e feitiços.

- Quero lhe dizer uma coisa. Não sei se sabe, mas eu sou o Vice-Diretor, desde ano passado. Jacob deixou o cargo porque estava cansando-o demais.

- Ah, não sabia, Professor...

- Pois é. E como sabe, nesse fim de semana teremos nossa festa de Halloween!

- É, fiquei sabendo. Os garotos tem até que convidar as garotas, não é?

- Isso! Bem, aqui nós sempre tivemos uma banda animando a festa, ou, como no último ano, um DJ. Mas esse ano, preferi chamar uma banda da casa para tocar... Se é que você me entende. – ele piscou um olho verde. Ela entendeu perfeitamente!

- Sério, professor? O Sev deixou eu tocar na festa?

- Seríssimo! Então é melhor você ir ajeitando o repertório! E nada de ‘gaziar’ aula para tocar, hein? – ele gritou a última parte, já que a garota dera um beijo nele e saíra correndo pelos corredores para avisar aos amigos. Era perfeito demais!
***********

- Um, dois, três, quatro, vai! – ela deu a ordem e eles começaram a tocar os primeiros acordes. Estavam na mesma sala que a banda fora formada. Já era cair da noite e todos estavam presentes para acompanhar o primeiro ensaio oficial. Felizmente tudo estava dando certo. Até Penny já estava lá curtindo o som dos garotos, apesar de estar sendo muito paparicada por Jack, que não a deixava em paz com seus cuidados excessivos, para que não se cansasse.

- Estou bem, Jack. Pare com isso! – ela pediu pela décima vez quando um casal surgiu na porta. Eram Mel e... Ian?

- Olá! Nossa, vocês tocam mesmo muito bem, não é? – Ian.

- Certamente! – Dill fala interessada na presença do polonês.

Por um momento as coisas pareciam tensas, mas depois de alguns sorrisos amarelos e de mais instruções da ruiva, a banda prosseguiu. O casal permanecia conversando aos cochichos em um canto, sempre seguidos pelos olhares de Jack. Mas, eles fizeram uma coisa não muito boa: deixaram a porta aberta. E eis que surge dela três garotas desfilando, como se fossem donas da sala.

- Que barulheira infernal! – Cat chega com as mãos nos ouvidos. – Bem, que me falaram para trazer tapadores de ouvidos.

- Ah, e me mandaram trazer uma focinheira também. Mas eu me esqueci! Que saco! – Dill para o ensaio novamente e diz numa voz fingida e com um sorriso nos lábios. Depois fecha a cara e fala. – O que vocês acham que tem de fazer aqui?

- Calma, calma, Snape. Viemos aqui única e exclusivamente para atender aos caprichos da Tiff. Ela quer ver o namorado tocar. E eu, bem, vim conversar com meu Jack.

Dill não fala nada, só se vira e encara abertamente os dois amigos e lança um olhar do tipo ‘que-negócio-é esse?’.

- Greg! Você não sabe o quanto a sua mãe está feliz! Ela me mandou uma carta hoje e... – a loira saiu correndo na direção do moreno antes que algo fosse dito ou feito.

- Tiffany, por favor. O ensaio é da banda, você não pode ficar me agarrando. Se você e as garotas quiserem assistir o ensaio, respeitem o espaço, okay?

- Teremos de assistir vocês cantando essas músicas horrorosas todo o tempo? – ela fala fazendo biquinho, achando que estava bonita.

- Sim, sua coisa loira. Agora, se nos der licença...

- Escute aqui, quem você pensa que é para falar com ela assim? – Karol exclama, de modo mais que exagerado.

- Olha aqui, minha filha, eu falo como eu quiser, com quem eu quiser, do jeito que eu quiser. Porque o espaço é meu, a banda é minha, e vocês são intrometidas, agora saiam! – ela perde a paciência e fica de frente para a menina. Ela, como não tinha contra-argumento empurrou a ruiva para longe de si. Para quê? Armou-se o barraco.

Dill começou a empurrá-la também, queria logo puxar-lhe os cabelos. Cat e Tiff também foram acudir a menina, mas Dill parecia que dava conta das três. Os meninos correram para separá-las, e os gritos saiam da sala. Outros estudantes já apareciam na porta. Nenhum dos meninos conseguia fazer Dill se desprender dos cabelos sedosos e bem cuidados de Karol e Cat. Quando se espantaram, Rob Foster e Hideki abriam espaço por entre os outros alunos e se metiam no meio das brigonas.

- O que está acontecendo aqui? – o loiro inglês perguntou em um grito.

- Me soltem! Eu vou acabar com essas vadias! Me soltem! – Dill esperneava nos braços de Den e Hideki.

- Rob! Oh! Que bom que você chegou. Essa louca, queria matar a Karol! E ela xingou a Tiff! – Cat foi logo com intimidade para tentar puxar o Monitor para seu lado.

- Sua mentirosa! Japonesa do Paraguai! – a ruiva falou só para irritá-la. – Rob, cara, elas invadiram meu ensaio. Eu tenho ordens de ensaiar aqui, e elas vieram aqui me encher! Leva elas antes que eu...

- Nem ouse terminar a frase, mocinha! – Rob a adverte. Agora ele mostrava porque era Monitor-Chefe. Tinha já total controle da situação. – Se vocês não quiserem que as leve para o Diretor, parem. Chang, Mcclagen e Smith: para fora da sala. Dill, apesar de vocês estarem erradas, as duas, ou quatro, sei lá!, você está certa quanto a essa parte: o Diretor deixou-os aqui para ensaiarem. E só entra quem você permitir. Portanto: fora!

E as três saem rebolando e com os narizes lá em cima, apesar de estarem horrivelmente descabeladas. Destaque para Karol, cujos cabelos lembravam um ninho de dragão.

- Não arranje mais confusão, Dill.

- Então olhe direito essa porta, pô! – ela reclama, passando a mão nos cabelos mais por impaciência, já que nenhuma das ‘patricinhas ‘ deixara marca significativa de briga nela.

- Ó! Respeito! Okay, vou deixar o Hideki aqui, vigiando a porta. Mas vocês deveriam vigiá-la também. Até! – ele se despede, meio irritado. A menina primeiramente não liga, mas depois morde o lábio inferior e coça o queixo: pô, Rob ajudou-a, fez o que ela queria. E, além disso, era um gato inglês sem tirar ou pôr defeito. Ah, depois se desculparia.

Hideki continuou na porta e dava olhares furtivos, mas discretos, na medida do possível, para Penélope. Ela, por sua vez, fingia que a porta era o garoto, e o garota era a porta. Me entenderam, né?

- Vocês já conversaram? – Jack pergunta de uma vez.

- Sim. E já decidimos não ficar mais. Jacob me aconselhou que... Seria melhor assim. – ela abaixou a cabeça, tentando esconder a tristeza com a decisão. Jack levanta o seu rosto com uma das mãos de maneira no mínimo fofa.

- Calma, se tudo der certo, quando tudo for explicado, vocês vão poder ficar de novo, vai ver. – e ele dá uma piscadela.

Ela sorriu sinceramente e lhe estalou um beijo na bochecha. Ele não soube explicar o porquê de seu estômago formigar de um jeito engraçado.
**********

O costumeiro jantar para comemorar o Dia das Bruxas se tornara uma espécie de baile em que havia casais, solteiros, ou mesmo aqueles mais radicais que ficavam com muitos(as). Bem, cada um com suas manias, jovens são assim. O que convinha muito bem era que no dia do Jantar também ainda havia visita a Hogsmeade, mas nossa amiga Dill era a única que não se preocupava com isso, portanto, ficou de fora quando Mel e Pen juntamente com Mary conversavam sobre as vestes que poderiam ou não comprar durante a visita ao pitoresco vilarejo.

Enquanto a ruiva fazia cara de poucos amigos aos transausentes que passavam por perto dela e das amigas, chegava até a fazer caretas, mas por graça, um grupo de garotos, também se divertia falando sobre a visita. Mas Jack mudou totalmente o rumo da conversa quando viu Karol Smith passar e lançar um ‘tchauzinho’ a Denis. Na maior cara-de-pau.

- O que foi aquilo? – Jack pergunta, rindo.

- Nem adivinham: ela tem colado em mim, como se fosse chiclete. Desde aquele incidente na sala, nossa... – ele fala.

- Hum... Ta querendo! – Charlie fala como que adivinhando o pensamento de todos.

- É, eu sei. E acho que vou convidá-la para o baile!

- Por que?

- Oras, eu fiquei sabendo melhor que vocês que o idiota do Ian ficou com a minha loirinha da Sonserina. – ele falou indiferente. – Como vingança bem que pensei em pedir para Mel algo, mas... Pensei em algo melhor. Pagarei na mesma moeda. Andei perguntando coisas por aí, e soube que a garota que mais atrai Ian Poldeck é ninguém menos que...

- Karol Smith! Fala sério! Ela não vale uma saca de bosta de dragão. – Greg fala sério.

- Olha só quem fala. O senhor Mcclagen! – Den ironiza. - Mas, enfim... Ficarei com ela para cutucar o polonês naquele lugar... As minhas vinganças às vezes saem tarde, mas são sempre ferinas.

- Valeu, cara! Haha. – os meninos começam a rir com Den, menos Greg. Ele não gostou muito do ‘senhor Mcclagen’.
************

Já era noite de sexta-feira. Os brasileiros estavam conversando depois de outra aulinha ‘particular’, quando resolvem se retirar e ir dormir, claro depois de deixarem Penny na porta da Sonserina. Seguiam Jack e Dill e mais atrás, Den com Mel, que havia esperado os amigos dessa vez.

- Então, já tem par para o jantar?

- Ainda não. Achei que o idiota do Ricardo iria me chamar mas...

- Queria reconciliação? – ele pergunta, estranhando.

- Não, queria judiação. Da minha parte para com ele. Me entende, né? – ela fala com um sorriso malicioso.

- Então... Pode aceitar ir comigo? – ele pergunta vacilando. Mas antes que ela respondesse, ele já sabia que seria um não, e sabia a causa, então resolveu apelar. – Mas, sabe, totalmente como amigos, quer dizer.... Que tal fazer ciúmes no Ricardo, hein? Seria perfeito.

Ela para antes de responder. Os quadros adormecidos se enraiveciam com a luz das velas deles. Então ela se decidiu com um sorriso maior ainda.

- Claro. Você é um gênio, Jack. Iremos juntos.
***********

Os garotos foram mesmo à Vila de bruxos, o que fez com que Dill ficasse sozinha, mas não por muito tempo: ela fizera questão de marcar mais um ensaio com a banda antes do horário oficia do Baile, que começaria às oito e terminaria à meia-noite. Mas, por enquanto, a pobre garota ruiva estava sentada em um corredor, sozinha, com o violão na mão e uma folha de pergaminho na outra, fazendo anotações, riscando coisas... Até que alguém passa por ela e senta-se ao seu lado, no banco. Ela não erguera o rosto, e foi bem grande a sua surpresa quando percebeu só pelo cheiro, que era de uma mistura de perfume caro e pergaminho, que era ninguém menos que... Severo Snape.

- O que foi? Estou infligindo alguma lei tocando aqui? Vai me botar de castigo? Ou veio só ver se eu cumpriria este castigo? – ela perguntou sem levantar os olhos do papel.

- Não, só queria ver o que está fazendo... E...

- E o que? – ela perguntou mais uma vez. Ele odiava aquele tom. Ele era o pai, e não ela...

- E conversar, oras. Só.

Ela levantou o rosto, mais surpresa ainda. E de novo, ele sorria de maneira simples. Parecia até seu sorriso.

- Ah! Eu só estou montando a track list da banda. Vendo se as músicas são mesmo boas e tal. Nada demais. Por falar em conversar... Está nos devendo ‘aquela’ conversa séria, lembra-se?

- Ah! Claro, me lembro. Mas, não se preoucupe, depois de tudo isso nós conversaremos.

- Defina tudo.

- Ééé... Tudo, filha, estou muito ocupado esses dias... – ele desconversa. Ela fica calada, pensando na desculpa esfarrapada.

- Hum. E já arranjou par para o baile? – ele mudou de assunto, do nada.

- Já! Vou com o Jack. – ela fala sem o mínimo pudor.

- Mas... Pensei que estava com o Mendonza? Aquele da Sonserina! Comia na mesa dele e tudo!

- Ah, nós brigamos, não soube? Foi realmente patético. Então para fazer ciúmes nele, irei com o Jack.

Severo a observa com os olhos negros. Fazia tempo queria ter falado de garotos para Dill. Mas lá estava ela, falando desse assunto como se fosse o mais normal do mundo. ”Só pode mesmo ter sido criada por Cris!”, ele pensa e se lembra da quantidade de homens com que ela se envolvera, antes de conhecê-lo, claro... Se bem que já soubera de muitos casos de doutores que tentaram algo com a enfermeira, mas não passaram de... Casos.

- Quantos namorados já teve? – ele pergunta de uma vez.

- Hum? Ah! Só... – ela começa a contar em todos os dedos. Olha até para os pés metidos em um tênis típico de skatista. – Um!

- Só um?

- É! E foi justo o Den. Namoramos por um mês e depois... Viramos amigos, e ei-nos aqui.

- E ele não...

- Não, não tivemos recaídas. Ele já ficou até com a Penny. Depois ficou com uma menina da Sonserina e acho que vai se agarrar com a idiota da Karol Smith. Portanto, não deixe-os passar dos limites. Porque eu tenho certeza de que eles passam! – ela fala com um olhar do tipo ‘eles-dois-já-sabem-o-que-deveriam-saber-só-os-seus-pais’.

- Ah! Obrigado pela dica. Então... Nos vemos... Tenho de ir ajeitar as coisas, sabe... Do jantar... – ele se levanta. Não queria mais ter aquele tipo de papo com a própria filha. E também era verdade mesmo: estava ocupado.

- Ta, até o jantar. – e ela abaixa a cabeça e continua a tocar no seu violão alguns acordes. Ele se afasta pensando em como queria ter ensinado a ela tudo que sabia de homens. Mas já era tarde. Pena.
*********

Chegada a hora todos estavam no Salão Principal enfeitado. Estava simplesmente lindo: morcegos, velas flutuantes, abóboras que riam sozinhas, pequenas vassouras voavam no ar, e ainda tinha os fantasmas de verdade. Hagrid caprichara. As mesas grandes foram afastadas para se ter um local para a banda e o DJ, que era nada menos que Hideki. E ele estava até mandando bem.

As pessoas começavam a entrar e a achar seus pares, e nesse exato instante entram Dill, Jack, Den e Mel. Os garotos usavam uma blusa social com um paletó de terno por cima, muito bonito. Já as meninas... Haviam muitas de vestido, e esse era o caso de Melany: seu vestido era verde, combinando lindamente com sues cabelos ruivos e a maquiagem. Mas Dill usava uma espécie de tomara-que-caia vermelho com uma minissaia também vermelho que a deixava com as pernas quase toda a mostra, dando destaque para as botas de plataforma pretas. Eles se sentaram em uma parte da mesa e esperaram os demais amigos.

Penny apareceu um pouco depois com... Rob. Isso mesmo! E faziam realmente um lindo casal. Ela usava um vestidinho rosa, que esvoaçava por qualquer coisa, e tinha os cabelos presos, e estava sem óculos. Greg veio logo em seguida com Tiffany. Ele usava uma roupa parecida com a dos demais garotos, e cumprimentava a quase todos enquanto ia chegando perto dos amigos. Tiffany era com certeza uma das mais bonitas com seu vestido rosa-berrante, mas não tinha olhos para outro a não ser Greg.

- E quando vamos subir no palco?

- Às nove e meia, segundo o meu pai. Hideki está mandando bem até demais. – Jack fala, porque Dill virou o rosto para casal. Greg, percebendo o gelo, foi logo para outro canto.

- Está zangada com ele? – Den pergunta sério.

- Não, não. Só... Ah, deixa pra lá. Olhe, seu par chegou! – e lá vinha Karol com um vestido lilás e cabelos presos, chegou junto com Ian. Den fez que não viu, e foi logo cumprimentar calorosamente a menina, Ian tirou Mel da mesa. Cat estava com outro garoto argentino da Corvinal.

- Sinto que essa vai ser uma loooonga noite! – a ruiva fala para Jack no seu ouvido. E olhou para Ricardo que havia chegado com uma menina que ela sabia ser amiga dele.

- Ô, se vai! – ele concorda, olhando para Penny e Rob.
*************

Logo o Salão estava cheio e o jantar foi servido depois de breves palavras de Severo. Ele estava bem elegante com vestes pretas. O mesmo se podia falar de Harry e os demais professores, que pareciam se divertir. Quando deu nove e vinte, e as sobremesas iam sendo retiradas, Harry fez um aceno para Dill.

- Acho que é a hora, pessoal! Cadê o Carlinhos?

- Já está ali na frente! – Den aponta. – Vamos!

E os Grifinórios se encontram com Greg e seguem para canto do palco de onde já tinham os instrumentos montados.

- Dill, Dill! – era Mary.

- O que foi, Mary?

- Olha aqui o que os gêmeos Weasley te mandaram! Presentinho! – e ela abre um cartaz totalmente animado, onde havia uma foto em preto e branco bem posada dela e dos meninos, cantando. E, no meio deles, o nome da banda, Riot, em laranja.

- Está perfeito! Ah, aqueles pestinhas!

- Vou colocar ele bem aqui, estirado. Pronto, está lindo!

E estava mesmo. Quando a garota recebeu o aviso dos demais de que estava tudo certo, todos os equipamentos checados, ela acenou para Harry e ele subiu ao palco.

- Bem, garotos. Agora, uma diversão a mais. Eu lhes apresento a banda de alunos composta por Dill, Greg, Carlinhos e Den. Eles se chamam... Riot! Manda ver! – ele fala animado.

Então, como que por um passe de mágica, Greg começa a tocar com a guitarra um riff seco e simples. E logo Dill se animou e pegou o microfone e começou a cantar com uma voz meio rouca e feminina.
No more maybes
Sem ‘talvez’
Your baby's got rabies
Seu bebê adquiriu fobias
Sitting on a ball
Sentada numa bola
In the middle of the andes
No meio do Andes

Yeah, Yeah.
I’m a freak of nature
Eu sou monstro da natureza
Yeah, Yeah.
I'm a freak
Eu sou um monstro

If only I could be as cool as you
Se eu pudesse ser tão legal quanto você
tão legal quanto você
As cool as you
Tão legal como você

Body and soul, I'm a freak, I'm a freak
Corpo e alma, eu sou um monstro
Body and soul, I'm a freak, I'm a freak
Corpo e alma, eu sou um mosntro

Try to be different
Tente ser diferente
Well get a different disease
Melhore sua doença
Seems it's in fashion
Parece que está na moda
To need the cold sore cream
Precisa de creme para contusão

Yeah, Yeah.
I’m a freak of nature
Yeah, Yeah.
I'm a freak

I don't really know
Eu realmente não sei
How to put on a cool show
Como fazer um show legal
As boring as they come
Como chatear como eles fazem
Just tell me where to go
Só me diga para onde ir

Yeah, Yeah.
I’m a freak of nature
Yeah, Yeah.
I'm a freak
Freak
Freak


E a música termina de uma maneira bem calma. Dill realmente relaxou ao ver que todos gostaram e partiram para o resto das músicas, que não deveriam passar de doze, já que o show deles terminaria às onze. Foi realmente bom estar de volta aos palcos.
*********

Depois de ter posto todos os estudantes para arrebentar com o show, eles saíram do palco e foram aproveitar o restante da festa. Até Severo se espantou com a naturalidade e a expriência com que a filha tratava do assunto de ficar lá em cima, na frente de um público no mínimo médio de adolescentes enlouquecidos. Cris tinha razão: ela nasceu para ficar lá.

Já mais descansada, Dill resolveu dar um passeio com Jack pelos jardins, que estavam realmente encantadores naquela noite, todo enfeitado, graças a Hagrid e Filch. Muitos casais aproveitavam para fazer o mesmo só que com segundas e até terceiras intenções. Mas ela não pensava nisso. Já Jack...

- Eu adorei o show. Nossa, você mandou bem demais, ruiva!

- Obrigada. Mas, quem fez o show dar certo também foram os meninos. Eles tocam muito bem.

- Até mesmo o Severo ficou boquiaberto com a apresentação. Deu de perceber de longe. E o Ian? Estava morto de inveja. Você... Você é mesmo demais, Dill. – ele fala olhando-a.

- Valeu, Jack! Mas, se você não parar de me elogiar eu vou ficar sem-graça. – ela falou achando estranho. Eles pararam perto do Lago, onde a Lula-gigante nadava tranquila. Jack a encarou.

- Desculpe. Mas, é que... Tem sido difícil. – ele faz uma cara. – Dill, você sabe que eu tentei resistir. Você é muito bonita, inteligente. Eu não consigo parar de pensar...

- Mas... Jack... Nós não tínhamos... – ela começa estupefata. Ele não poderia estar fazendo aquilo que ela achava que ele estava fazendo, poderia?

Ele supirou e levou as mãos ao rosto dela. Ela se deixou levar por um instante, perdida no perfume dele, o perfume dele que era totalmente diferente do de Ricardo, do de Den... do de... Greg! Greg! Mel! Ela não poderia trair a amiga, apesar de ela estar com Ian, ela sabia que a outra se decepcionaria. E, ao invés de se concentrar no beijo, ela moveu a perna e...

- AI! – Jack deu um grito de dor. Ela pisara no seu pé, sorte que fora só no pé, e saia andando, decidida e bufando.

- Dill! – ele gritou.

- Não me chame mais, seu... Hufn! Não sei nem o que você é!

- Mas... – e ele sai correndo atrás dela. A festa já estava acabando. A maioria dos estudantes já tinha ido embora, e alguns retardatários aproveitavam o ambiente mais calmo para ficarem dentro do Salão. Den e Karol se beijavam em um canto. Mel conversava com Ian, mas eles não tiravam os olhos do outro casal. Dill passou correndo por eles, com Jack atrás. Ela ainda vislumbrou de longe Tiffany sorrindo maliciosamente para Greg antes de puxá-lo para dentro de uma sala.

”Ah, isso meu pai não vê!”. Ela chega à Torre da Grifinória como um raio, e deixa todos que falavam com ela no vácuo ao passar pela Salão Comunal. Podia sentir os passos de Jack, quase alcançando-a.

- Me espere, vamos conversar! – ele a puxa de uma vez. Já estavam na entrada do quarto das garotas. Ali ele não poderia entrar, a não ser por um feitiço que só as meninas conheciam.

- Não temos mais nada a conversar! Eu confiei em você, fomos ao Baile, e você estragou tudo. Sabe o quanto eu te respeito, Jack. Você foi meu primeiro amigo aqui, mas eu também prezo muito a Mel. Ela sim, é bem melhor que você. Nunca faria uma coisa dessas.

- Eu não a olho do jeito que ela quer. Não é minha culpa!

- Eu não ligo para esses detalhes, mas você deveria ao menos ter a consideração de não ficar com as melhores amigas dela. Agora, se me der licença... – ela se vira. Ia fechar a porta.

- Mas, Dill! – ele ia apelar. – Eu... Eu te adoro!

Foi o máximo que conseguira dizer. E ela sabia que não passava daquilo: adorar... Sentir algo... Hormônios... Muito superficial.

- Mas isso não é o bastante!

- O que mais você quer que eu faça?

- Que me deixe em paz! – e ela fecha a porta na cara dele.

Loooonga noite mesmo!

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Gente, vcs num sabem como to alegre q ver q no mesmo dia q colokei o aviso obtive resposta!!!! Estou postando este capítulo exatamente 1h42min (2h42min horário de Brasília) da madruga!! tinha acabado de ler uma fic simplesmente maravilhosa e já estava pensando em descansar um pouco minha vista qnd lembrei da resposta q estava esperando de vcs!!!
Fikei mt alegre qnd vi dois coments: um de uma leitora q já estava sumida por aki (pelo menso nos coments) e outro de uma nova carinha q apareceu para dar o ar de sua graça!!! mt bem vinda *Srta Bella Black* e qm eh vivo sempre aparece Ana Carolina Guimaraes, neh? huahuahuahua

bom.. capítulo postado!!! se vcs quiserem ver como ele está lindo todo betadinho é só me dizerem q eu mando pro e-mail de vcs na hora!!!

to esperando coments e votos tbm!!!!
bjinhos até o capítulo15!!!!!!!

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