A Chave da Apatia



I Am Just Too Tired Of Being Always Alone

Não tocou no assunto nos vários dias que se seguiram. Não suportaria mais uma negação, tampouco outra visita daquelas que terminavam com um horcrux entregue em sonho e que desaparecia no dia seguinte. Também não deu um sinal de que terminara com Ray. Continuava saindo à noite, fazendo as rondas, andando tranqüila, mas sozinha, nos jardins. Era então Inverno, uma semana antes do Natal, e o tempo para ela passara rápido demais. Não tinha recordações de meses, datas, nada. Seu tempo se orientava ao redor de sua vida sentimental que, no momento, era uma orientação mais falha que a de uma bússola quebrada.

Olhou para a professora McGonnagall com profundo desinteresse, tamborilando a ponta da pena na mesa. O barulho era irritante e desconcentrava todos os demais, mas aquela redação fora ridiculamente fácil, e ela não tinha nada a ganhar se ausentando da sala. A mulher fitou-a, com uma nota de desolação no olhar, e lhe entregou a redação corrigida. Nota máxima. Hermione entreabriu um sorriso e enrolou o pergaminho, estóica a ponto de dar nos nervos. Depois, voltou a bater com a pena na mesa.

Nevava lá fora. Era um dia frio, como ela podia perceber pelos uniformes pesados dos alunos e professores, mas ela estava com uma camisa de manga curta, uma saia curta, meia-calça de lã preta e a gravata, além das botas de couro preto com as quais fora na primeira festa do ano. Não sentia nada de frio. Também não sentia o olhar das pessoas a seu redor fuzilando-a por aquele tec-tec da pena. Não queria sentir, e então não sentia.

Ouviu o barulho quase imperceptível dos passos da professora aproximando-se de si. Fechou os olhos e acelerou o ritmo das batidas da pena. Estavam agora na proporção de doze batidas para cada passo de McGonnagall. A mulher chegou mais perto e parou a mão da garota.

— Senhorita Granger, receio ter que pedir para que a senhorita pare com esse barulho ou se retire, sob pena de detenção – disse ela, fitando-a como uma mãe condescendente faria com uma criança cuja mente não conseguisse alcançar.

Ela deu de ombros, mas, assim que a professora deu as costas, o ócio envolveu-a, e ela fatidicamente voltou a fazer o barulho. McGonnagall, apesar de ser visível que agir assim lhe cortava o coração, visto que Hermione sempre fora tão aplicada, centrada e obediente, não teve outra escolha que não expulsá-la da sala. A garota suspirou, resignada, guardou seus pertences e atirou a mochila em um dos ombros. Depois, sorriu debilmente para a professora e deixou a sala, com os olhares de toda a sala cravados em suas costas, tentando mapear suas reações.

Estava em seu terceiro passo no corredor quando Malfoy a interceptou. Hermione virou-se, perguntando com os olhos o que ele queria.

— McGonnagall disse que você receberá uma detenção – disse ele, num suspiro. – Eu supervisionarei. Eu e Rony. Amanhã.

Ela deu de ombros novamente. Fazia muita diferença, mesmo, receber ou não uma detenção. Na realidade, ela nem quis saber qual era a pena: assim que o loiro falou “amanhã”, ela deu as costas e prosseguiu pelo corredor, enquanto ele retornava à sala. Não fazia diferença.

Apatia.

Lassidão.

Sentou-se no sofá da Sala Comunal e acabou interrompendo uma conversa animada de Gina com um rapaz alto e moreno, que a lembrava vagamente de Donnie. Quando a ruiva a viu, dispensou o rapaz e tomou um lugar ao lado da amiga. Perguntou-lhe o que estava havendo, pois ela sempre ficava até o fim nas aulas, sendo necessário ou não. Hermione atirou a mochila no chão e encarou a outra com um olhar que lhe entregava a alma.

— Não. – Gina boquiabriu-se e não pôde evitar um riso. – Você foi expulsa da sala? Você conseguiu ser expulsa da sala de aula?! – Ela concordou com um aceno de cabeça. A ruiva estava pasma. – Expulsa? Não me diga que McGonnagall foi implacabilíssima com você e te deu também uma... – Hermione acenou afirmativamente com a cabeça novamente. – Você ganhou uma detenção?

Era deveras estranho. Gina estava vibrando por sua amiga santa ter se convertido tanto a ponto de receber uma detenção das mãos da própria Minerva McGonnagall. Queria detalhes, mas Hermione não se dispunha a dar nenhum. Respondia às perguntas da amiga com acenos negativos ou afirmativos de cabeça, e nada mais. Era uma greve de silêncio muito esquisita.

— Mas, espere aí! – exclamou ela, percebendo algo de súbito. – A detenção é amanhã, certo? – Hermione concordou com um gesto. – Você vai perder a minha festa de Natal!

Antes que a garota pudesse abrir a boca, Gina já corria atrás do garoto com quem estivera conversando momentos atrás. Ele não pareceu muito surpreso de vê-la, e logo Hermione percebeu que aquele era o pobre-coitado explorado pela ruiva para a organização das centenas de festas que a garota celebrava.

— Ramon, eu preciso que você transfira a festa – disse ela, num ímpeto.
— Como?! – Ele parecia exausto só de pensar na possibilidade. – Gina, você sabe o trabalho que dá coordenar essas coisas...

— Mas eu preciso da festa essa noite! – exclamou a ruiva, mimada.

— Eu teria que ser Merlin para conseguir isso! – replicou o rapaz, mesmo sabendo que já era bom ir pensando num plano, porque Gina não desistiria da idéia.

— Olha, tem que ser hoje à noite – insistiu ela.

— Mas estava programado para amanhã! – retrucou Ramon, mais concentrado que extrato de tomate, vasculhando a mente em busca de algo plausível para apresentar a Gina naquela noite.

— Acabei de desprogramar. – E, dando as costas, a ruiva se retirou, deixando para trás um rapaz muito mal-humorado.

Hermione estava relativamente incrédula. Sua atitude não mudou uma fração sequer, no entanto. Estava esperando. Esperando alguma coisa, e ela não tinha certeza do que era. Enquanto isso, economizaria as palavras e pensaria na vida. Faria o que fizera a vida toda e ainda não tivera tempo de fazer naquele ano. Sabia que compareceria à festa de Gina, e sozinha, pois Ray, se comparecesse – porque, se Hermione não se enganava, o segundo exame de admissão para aurores dele estava acontecendo naquele dia –, estaria acompanhado de Clarisse. E estava mais que na hora de as pessoas saberem que ela estava livre e disponível novamente. Cogitou até a possibilidade de dar uma chance a Brian, se ele quisesse.

— Alô, Mione – disse Harry, aparecendo pelo buraco do retrato. A garota respondeu-o com um aceno lento e desanimado da mão. – Como foi na redação?

Ela deu de ombros. Queria falar, mas isso compreenderia um esforço sobre-humano a que ela não estava muito disposta. O moreno pareceu ter percebido, e, dado o letárgico estado da garota, não era algo difícil de se deduzir. Não queria deixá-la sozinha, mesmo porque queria alguém com quem conversar, mas não adiantava muito se Hermione se preservaria muda daquele jeito. Assim sendo, quando Gina desceu as escadas que havia subido ao se retirar, o moreno agarrou-a pelo braço e saiu para andar com ela. Hermione mal percebeu. Estava doente.

Saudade. Saudade era o nome da doença. Sentia saudade de Rony, mesmo naqueles dias em que eles discutiam. Estava quase pensando como seria bom se eles discutissem e o episódio da negação e dos horcruxes acontecesse de novo, mas ela não queria desencadeá-los. Sabia que o ruivo se tornara um vício e que, como todos os vícios, era muito mais perigoso que prazeroso. No entanto, não podia evitar o rumo de seus pensamentos em sua mente, e por isso evitava que eles saíssem dela.

“Estou viciada em um garoto que não dá a mínima para mim, enquanto Brian se arrasta atrás de mim como um cachorrinho”, pensou, desolada.

Viciada a ponto de não conceber sua vida sem ele, disse aquela vozinha em sua cabeça em resposta. Olhe o que acontece com você quando você está longe dele. Olhe para você. Olhe para as suas atitudes. Você levou uma detenção, pelo amor de Merlin!

“E não estou arrependida. Não sinto nada, na realidade.” E era a mais pura verdade: não sentia.

Você vai acabar louca e largada. Rony não quer você e já demonstrou isso várias vezes. Quando você ama alguém, é muito capaz de ligar o “foda-se” para os amigos e viver para a pessoa amada. Ele mente. E você sabe disso.

“Adianta muito saber se eu não consigo esquecer. Vale mais a pena pensar que há esperança.”

E você realmente acha que há?

Hermione sacudiu a cabeça vigorosamente para calar aquela voz em sua cabeça. Não, ela precisava pensar que havia esperança. A esperança era tudo o que tinha. Tudo.

Seus pensamentos foram interrompidos pela chegada de Rony. Trazia o pergaminho da redação na mão e parecia exausto. Na realidade, escrevera à exaustão, e recebera, pela primeira vez na vida, uma nota máxima. Estava radiante, embora cansado. Atirou-se no sofá ao lado de Hermione e deixou que sua cabeça repousasse no ombro da amiga. Estava com sono.

— Se eu dormir, você não irá embora apenas porque eu estou dormindo, irá? – perguntou ele, de olhos fechados, aconchegando-se contra ela.

Ela sorriu à guisa de resposta. Deitou-se no sofá, bem largo, e deixou que Rony deitasse a seu lado, afagando-lhe os cabelos ruivos com carinho. O Rony bom, o Rony ruim. Os dois, naquele momento. A sensação de arrependimento inevitável tomou conta de si, e ela não pôde evitar se aconchegar contra o corpo quente do rapaz. Ele a enlaçou, e ela sentiu um arrepio na espinha. Fazia muito tempo desde a última vez em que estivera junto a ele.

— Estou feliz – murmurou o rapaz. – Amanhã será um bom dia.

Hermione sabia o que ele estava querendo dizer. A detenção. Queria responder, mas não quebraria aquele momento. Estava tão bom como estava... Ela não se sentia propensa a interromper.

— Você sabe o que vai acontecer, não sabe? – tornou ele, encarando-a e mordendo-lhe levemente o lábio inferior.

Coisas demais aconteceriam. Se ele estivesse falando daquela noite... Engoliu em seco e desviou o rosto. Sentiu a respiração sair-lhe em suspiros sôfregos, e evitou os olhos do rapaz. Não de novo. Queria Rony para ela daquela maneira, quente e sensível, sensual e carinhoso. Queria o Rony que conhecia, não o novo. Odiava o novo ao mesmo tempo que sabia que o amava com todas as forças que tinha, porque fora o novo que a descobrira como objeto de desejo, ainda que de uma forma um bocado brutal.

Rony se ergueu. O calor que emanava do corpo dele e envolvia a garota se desvaneceu. Ela ameaçou uma lágrima, e ele se deitou de novo. Estava cansado e a queria. Queria para fazer tudo novo, queria porque precisava dela, porque Hermione era o seu centro e a pessoa mais importante de seu mundo. Amava-a e a odiava ao mesmo tempo.

Acabaram adormecendo um nos braços do outro, sem nenhuma outra investida da parte de Rony. Apenas amigos, naquele momento, porque Hermione queria que fosse assim. O medo, daquela vez, falara mais alto.
Acordaram com um grito estridente. Hermione se ergueu, sobressaltada, apoiando-se completamente em Rony. O ruivo a enlaçou com força para que ambos não despencassem no chão. Olharam para a frente.

— Meu Merlin, isso aqui virou um bordel?! – gritou Lilá, escandalizada.

— Por que a pergunta? – replicou o rapaz, sarcástico. – Quer entrar na festa?

— Seu animal! – Parvati acudiu a amiga. – Não se faz uma proposta dessa a uma garota decente!

— Obrigado pelo aviso – tornou o ruivo. – Quando eu encontrar uma, eu não proporei isso a ela.

— Hermione! – berrou Lilá. – Você não vai controlar o pervertido do seu namorado?

Ela sorriu maliciosamente, abriu a camisa do ruivo e passou o dedo pelo peito nu do rapaz, sentindo-o se arrepiar. Ele tocou-lhe as costas sob a camisa, tentando abrir a veste e puxando a garota para cima de si. Em reação, Hermione beijou o peito do rapaz, sentindo os lábios dele em seu pescoço assim que ela parou. Ouviu as exclamações horrorizadas das garotas, que culminaram num grito desesperado.

— O que foi? – perguntou Rony, com o peito já completamente nu. – Se não querem ver, podem se retirar.

Elas não hesitaram e subiram para o dormitório. Hermione fitou Rony e eles explodiram em gargalhadas. Tinha sido uma das coisas mais divertidas que tinham feito em semanas. O ruivo se ergueu, e tentou se vestir, mas foi impedido pela garota. Com a voz rouca pelo desuso, ela murmurou:

— Você podia ficar assim.

— Me dê um motivo – disse ele, com a mão no quadril da garota.

Ela colou seu corpo ao do rapaz, beijando-lhe o pescoço. Quando sentiu que ele começava a tentar retribuir a provocação, desvencilhou-se dele e sorriu, soprando-lhe um beijo e subindo rapidamente as escadas. Rony pegou a camisa de sobre o sofá e sorriu. Ela aprenderia. Na noite seguinte, ela aprenderia.

Hermione encontrou Gina a sua espera em sua cama. Olhou para a amiga.

— Você está atrasada – disse a ruiva, secamente. – Tem noção do horário? São nove horas da noite, e você sequer pensou em algo para usar.

A outra suspirou e foi até o pseudo-guarda-roupa, com cuidado para que Lilá e Parvati, que conversavam a um canto, não percebessem. Gina entrou com ela. Hermione observou as roupas novas, ainda nas capas de veludo, por um longo tempo. Suspirou, trocou o peso de perna, suspirou novamente. Depois, com um ar cansado e desesperado, ela voltou-se para a amiga.

— Gi, eu não tenho roupa – disse, fingida, como se fosse chorar, brincando.

A ruiva olhou-a e depois voltou-se para as roupas de Hermione. Demorou menos que a amiga na análise, e não levou a fala da outra como brincadeira.

— É, tem razão – disse ela, incrivelmente séria. – Você está nua. Vem comigo.

Pouco depois, nem Hermione sabia como, estavam em Londres, à noite, andando pelo bairro mais requintado da cidade. Gina parou à frente de uma mansão gigantesca, com paredes branquíssimas que cintilavam à luz da lua, grandes janelas e um imenso jardim coberto com a neve mais branca que Hermione já vira na vida entre o portão e a casa. Havia um caminho calçado de pedras negras, com pequenos pedaços de opala no meio, completamente limpo, apesar de estar nevando novamente. Parecia um castelo de contos de fadas. A ruiva empurrou o portão com leveza e ele se abriu. Andaram apressadamente até a porta da casa, e Gina empurrou-a da mesma maneira como empurrara o portão. Antes que Hermione pudesse se ambientar ao hall imenso e deslumbrante, Gina já puxara-a para subir as escadas e parara-a na frente de uma porta bem alta com batedores de platina. A ruiva não se deixou abalar: entrou, escancarando a porta. Hava um pequeno hall e uma alcova imensa.

— Don! – exclamou Gina, despindo o sobretudo, o uniforme e até as meias, ficando apenas de sutiã e calcinha. – Don, apareça!

Hermione boquiabriu-se. O que cargas d’água Gina estava fazendo quase nua num quarto cuja porta ela adentrara sem nem ao menos bater?

Recebeu a resposta pouco depois. Vestindo apenas um robe de chambre verde, Donnatello apareceu, saído da alcova, e olhou para a garota seminua defronte ele.

— Ginaaa!! – exclamou ele, com voz de falsete, sorrindo e enlaçando-a. – Menina, há quanto tempo!

— Mais do que o necessário – replicou ela, sorrindo também. – Vim porque eu e Hermione... – Ela virou para a amiga e boquiabriu-se. – O que você pensa estar fazendo desse jeito?!

— Desse jeito, como? – perguntou Hermione, sem entender.

— Vestida! – tornou a ruiva. – Vamos, ande logo!

— Don, querido, quem está aqui...? – perguntou uma voz masculina vinda da alcova. Um homem saiu, esfregando os olhos, quase completamente nu. Ele parou ao ver as garotas. Hermione sentiu o queixo despencar. Era Henri. – Por Lancelot! – Henri correu para junto de Donnie, e ele aconchegou-o dentro de seu robe. – Hermione, Gina, o que estão fazendo aqui?

— Ahm... Não sabia que você estaria ocupado, Donnie – disse a ruiva, sem sinal de constrangimento, apesar da hesitação. – Se quiser, voltamos depois.

— Ah, não, já interromperam, mesmo... – Donnatello sorriu e voltou-se para Henri. – Hen, essas são as minhas meninas. Pode ficar com o robe se quiser, querido.

Henri agradeceu e tirou o robe de sobre os ombros do outro. Donnie tinha uma toalha a envolver-lhe a cintura. Hermione reviveu aquele eterno comentário de Gina: era mesmo uma grande perda.

— Digam para Dom Donnie o que as minhas meninas querem – disse o moreno, sorridente.

— Um Prada classe três e um Versace classe dois e meio – disse Gina, direta e enfática. – Pode ser também dois, ou um e meio se você tiver.

— Um e meio? – repetiu Henri, andando um pouco e fazendo Gina girar, observando-a com olhos críticos. – É, Don, ela pode. As duas podem.

— Vamos pegar, então – ordenou o moreno.

Pouco depois, eles voltavam com duas grandes caixas. As meninas se sentaram e Donnie desembrulhou o primeiro vestido. Era o de Gina. Azul-escuro, bem justo na parte de cima, com uma saia curtíssima feita de um pano pesado e cintilante. O Versace. A ruiva experimentou-o assim que pôde, sorrindo largo ao perceber que ele lhe assentava com perfeição. Depois, foi com Henri procurar sapatos. O Prada ficara para Hermione. Um tomara-que-caia oscilando entre o magenta e o vermelho, de um tecido pesado e saia fina e translúcida presa no quadril. Quando ela girava, a saia subia, e lhe permitia total movimento das pernas. Pela primeira vez, quando ela experimentou o vestido, não teve nem uma sombra de vergonha por ele ser tão revelador. Gostou.

— São as peças da coleção de inverno – disse Donnatello, oferecendo a Hermione uma sandália dourada Manolo de cetim e brilhantes Swarowski, daquelas de amarrar com fita até em cima. – Ainda não começaram a vender.

— Como todas as peças que você me arranja, não é, Donnie? – replicou Gina, sorrindo. Completara o traje com um sapato que parecia para tango, de veludo e camurça, preto, e um conjunto de jóias da Vivara.

— Vocês são as minhas meninas – tornou ele, decidido. – Pronto, garotas. Hermione, a caixa dois no armário é sua.

Ela a pegou. Era um conjunto de jóias em ouro, que Henri ajudou-a a colocar com presteza.

— Você vem conosco, Donnie? – perguntou Gina, à porta.

— Ah, não. – Ele sorriu e olhou de esguelha para Henri. – Tenho uma coisinha mais interessante a fazer.

As meninas riram. Ele beijou as duas na boca e voltou para a alcova junto a Henri. As duas desceram as escadas, deixando espalhados no quarto de Donnie os uniformes, sapatos e qualquer constrangimento. Estavam prontas para fazer o que quisessem. E com certeza fariam.

Chegaram a Hogwarts a tempo de enrolar um pouquinho antes da festa. Assim que Draco chegou para pegá-las, Hermione viu Gina pegar um frasco, mas antes que ela pudesse entregá-lo ao rapaz para que ele guardasse, a ruiva sentiu uma mão segurar seu pulso.

— Hoje, não – disse Hermione, resoluta, suplicante.

— Tem certeza? – respondeu Gina, preocupada. – Você nunca passou sem isso.

— Só por hoje, Gina – implorou ela. – Só por hoje, me deixa esquecer que eu tenho um lugar para o qual voltar.

Hesitante, a ruiva pousou o frasco sobre a mesa. Hermione sorriu, aliviada, enquanto Draco a pegava pelo braço, junto a Gina. Apenas ela e o que viesse, naquela noite. Ao menos naquela noite.

*♥ ~* ♥ * Ron/Hermione 4 Ever * ♥ *~ ♥ *

Ahm? Hein? Hum? Como? Siiiim, eu criei vergonha na cara e postei! Não, mas, sério, eu tive problemas - again. Me mudei, e, bom, em resumo, estou sem internet. Foi um pau conseguir arrumar o capítulo e postar, mas ele chegou!

Desculpem a ausência de capa para esse, mas eu ando desinspirada e todas as minhas imagens legais se foram com a última formatação do PC, então eu estou traumatizada e sem paciência para ira atrás de mais. Sorry, peoples.

T H A N K I N G

Naty: Porque você me encontrou no CEFETo anteontem e me ameçou de morte e me comprou com brigadeiro com biscoito. E porque você é a minha beta e eu amo você.

Aninha Weasley: Sim, o Ray é um shooshoo! Ele é a coisa mais fofa da vida. Pena que a Mione não ama ele tanto quanto o Rony; ela seria facilmente feliz com o Ray.

Camylla Martiniano: Bem, a Naty já explicou no comentário que não é a autora da fic, e tudo o mais, mas ela tem cinqüenta por cento desse negócio. xD Pois então, o coração da Mione é meio prostituído, tadinho... Não tanto quanto o da Gina, mas é. Acho que ela vai amar o Ray pra sempre, não importa o que aconteça. Só não sei se isso é bom ou rum. Já o Rony... é um caso perdido. u_u

Suellen: Concordo desesperadamente com você. O Rony é um cavalo insensível. u_u Violência gratuita com a pobre menina.

Taiane Araujo: Aê, eu postei! Não fique roendo unhas, porque faz mal pros dentes. xD Espero que tenha gostado desse chaps também. ^^

Girls, ver todas vocês aqui me deixa mais feliz que o chocolate da mãe da Naty (que, fato aleatório, é muito bom, mesmo)! Amo vocês! See y'all soon!

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