O misterioso



CAPÍTULO VINTE E UM

- Imbecil! – ela gritou, irritada. – Eles foram o procurar, mil vezes imbecil!

- Tenha mais cuidado com suas palavras, Bellatrix. Um dia poderei me irritar.

Ela se sentou no chão de pedra com os longos cabelos pretos para frente. Apoiou as mãos na cabeça e sussurrou: - Por que não o matou?

- Porque iremos precisar dele, querida. Você acha que o que temos é o suficiente? – ele indagou – Não, está longe disso. Precisamos de muito mais.

- Você tem o cérebro do tamanho de uma minhoca! – ela exclamou, com seus olhos castanhos faiscando. – Eles-irão-descobrir-TUDO!

- Podem descobrir o que for, isso não os livrará.
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Vinte horas, em ponto.
Haviam contatado Cheusitor Kysheel, e este não viu problemas em encontrar com Angelina e Thomas em um respeitável restaurante próximo à uma pequena praça.
Hermione e Harry estavam disfarçados, sentados à uma mesa de distância de Angelina e Thomas para os darem cobertura e, na pior das hipóteses, os defenderem.
O plano era simples e sem falhas. Não exigiria muitos disfarces e macetes. Angelina e Thomas deveriam apenas extrair qualquer informação sobre as exóticas comidas e temperos de Cheusitor, ao tempo que Hermione e Harry os vigiariam. Sem falhas.

Angelina e Thomas já estavam sentados na mesa quando o homem apareceu.
Tinha os cabelos grisalhos e um bigode espetado. Usava suspensório e era dono de uma barriga extremamente avantajada. Ele transmitia um ar tranqüilo.
Sentou-se diante a eles ainda sorrindo, e Hermione e Harry o observaram de longe.
Conversaram por algum tempo quando Hermione voltou seu olhar apavorado para Harry.
Cheusitor Kysheel os encarava com um sorriso, enquanto Hermione poderia distinguir tais palavras saindo de sua boca: - Eu já os vi. Agora, contem-me a verdade.

Hermione fingiu não ouvir nada. Virou-se para Harry com seu rosto mais pálido do que o normal, ao tempo que dizia: - Oh meu Deus, estou ficando enferrujada na arte de espionar?

- Vamos embora.

- O que?

- Vamos embora agora, com naturalidade. Venha.

- Harry, não podemos deixá-los. O homem descobriu tudo, o que pretende?

- Tentar salvar o nosso plano. Rápido, Hermione.

Hermione se levantou e seguiu Harry. Passaram ao lado da mesa de Cheusitor Kysheel, Angelina e Thomas no instante em que Hermione sentiu uma mão pegar em seu pulso e se virar, para encarar Cheusitor Kysheel.

- Olá, Hermione Jane Granger.

Hermione olhou diretamente para Angelina e Thomas, que deram de ombros com naturalidade.
Ela olhou para Cheusitor Kysheel, ao tempo que Harry a puxava para trás de si.

- Sentem-se ai, pessoal. Ganhamos a noite.

Hermione e Harry sentiram uma súbita vontade de acabar com a vida de Thomas e Angelina naquele instante.
E o plano aparentemente sem falhas, havia falhado. Eles não gostariam nem de imaginar o destino daquilo.
Harry e Hermione se sentaram na outra ponta da mesa, e ambos pareciam impressionantemente irritados.

- Não foi culpa nossa, esse cara é meio estranho. – murmurou Thomas para Hermione, recebendo um olhar perigoso em resposta.

- Podem nos explicar? – indagou Harry, com falsa paciência.

- Oh, eu explico. – prontificou-se Angelina. - Cheusitor Kysheel sabe de tudo, e tem o mesmo objetivo que nós.

- Capturar os Lestrange.

- Você... – começou Harry, incerto se poderiam realmente depositar confiança no homem. Mas este apenas sorriu e lhe disse: - Vou lhes contar tudo.

[flash back_]

A noite estava mais escura que o habitual, e quase não havia estrelas no céu quando ele subiu até o sótão de sua casa.
Já se tornara um hábito verificar se tudo corria bem. Ele abriu o alçapão e passou por ele, dando de cara com uma pequena mesa, na qual havia alguns vidros em cima.
Em cada vidro, continha uma quantia razoável de um liquido transparente. Parecia água, mas era algo potencialmente perigoso comparado a ela.
Ao lado dos vidros, havia um pedaço de pergaminho com algumas instruções de preparo. Ele deveria garantir o resultado de seus estudos, afinal.
Ele mal teve tempo de raciocinar quando uma voz fria fora ouvida a suas costas: - Me dê.

[fim do flash back]

- Aquilo era algo que não poderia cair em mãos erradas em hipótese alguma. Uma criação por puro capricho, eu não pretendia utiliza-la de maneira alguma e ela não deveria jamais sair daquele sótão. Causaria devastação demais. - Cheusitor baixou os olhos para o prato. – Mas não foi isso o que aconteceu. Eu fui obrigado a entregar-lhe os vidros de poções e o pedaço de pergaminho, que continhas as instruções de como fazê-la. Eu... não tive escolha.

- O que havia nos vidros que os Lestrange queriam? Que tipo de poção era? – indagou Hermione, mais do que rápido.

Cheusitor pareceu hesitar por alguns momentos, antes de dizer: - Para matar.

- Matar?

- Aqueles vidros continham poções poderosas demais. Algumas gotas dela pingadas na comida são o suficiente para matar.

Hermione parecia horrorizada, bem como os outros. – Por Deus!

- Contudo... – recomeçou Cheusitor Kysheel – Ela só mata um tipo especifico de pessoas... uma raça apenas.

- O que quer dizer com isso? – indagou Harry, ferozmente.

- Quero dizer que os vidros de poções que os Lestrange pegaram matam trouxas. – ele disse muito rapidamente. Os quatro tiveram que ler seus lábios para poder entender o que dizia.

- Isso explica a morte dos trouxas misteriosamente. – disse Hermione, parecendo não se abalar pelo que Cheusitor Kysheel dissera. – A morte de Angelina Cage, por exemplo. Ninguém consegue diagnosticar qual foi a verdadeira causa.

- E como sabia que estávamos vigiando?

O homem sorriu diante a pergunta. – Porque o reconheci, Harry Potter.


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N/A) Me desculpem pelo capítulo horrível. Eu odiei mais do que tudo, odiei! Me desulpem, eu sei que ficou feio. Prometo fazer um pouco melhor no próximo, e obrigada pelos comentários! Por favor, não se desapontem :T

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