Blassendiuns



- Jonathan Cage. – repetiou Angelina Hess – É a única fonte viável no momento...

- Foi isso que acabamos de dizer. – rebateu Hermione, irritada. – Iríamos arquitetar um plano com Draco e Gina antes dela descobrir que estava grávida. – ela informou.

Angelina sorriu maldosamente. Um sorriso quase imperceptível, porém, não deixou de escapar aos olhos de Hermione – Bem, deve ser complicado essa coisa de gravidez. Não posso afirmar nada, aliás, ninguém aqui poderia... – ela concluiu, fitando Hermione de soslaio.

E então, de repente, os olhos de Hermione pareceram marejar. Ela os fechou rapidamente. Maldita seja, maldita seja!
Seus lábios se contraíram, e a mulher teve ganas de esganar Angelina.
Ninguém nunca havia comentado sobre a decisão de Hermione de cuidar de Daniel, exercendo o papel de mãe de garoto. Ninguém nunca havia questionado essa decisão, afinal, era perfeitamente normal e previsível sendo que a morena faria tudo, tudo, tudo por Harry.
Uma atitude nobre. Era assim que sempre definiram, mas Hermione sempre soube que não. Foi um atitude de amor, puro amor para com o menino e para com o amigo.
Céus, sentia-se extremamente feliz ao lado deles e nem sequer lembrava-se de que Daniel não era, propriamente dito, seu filho de sangue. Ela era mãe. Ela era a mãe dele, sempre seria e pobre daquele que se ousasse questionar.
Angelina. Maldita Angelina, parecia não se cansar nunca de soltar comentários levianos sobre esse assunto. No começo Hermione fingia não ligar, afinal, Angelina era a melhor amiga de Cho, e seria compreensível que a mulher se sentisse estranha por outra tomar o marido e o filho da amiga. Chegava a até sentir por Angelina, mas o tempo nunca a fez mudar de opinião, nem mesmo quando as evidências de que a presença de Hermione fora a melhor coisa que acontecera ao pequeno Daniel.
Hermione fungou e cruzou os braços, decidida a não se abalar com comentário algum vindo da loira. Estava ciente que, a partir dali, eles seriam muito mais freqüentes.
Ela abriu os olhos e deparou-se com Harry fitando Angelina perigosamente, enquanto a mulher fingia ler algumas anotações em um pedaço de pergaminho. Tinha o rosto anormalmente vermelho e os olhos estreitos, seus lábios estavam tão contraídos que formavam uma linha reta, típico de quando Harry estressava-se ou tinha ganas de estrangular alguém. Hermione suspirou grata, ao ver o amigo levantar os olhos para ela e sua expressão suavizar completamente.

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A viagem não havia sido muito longa, tampouco muito cansativa, mas Gina parecia prestes a dormir em pé quando o casal abriu a porta de seu apartamento em Londres.
Draco colocou as chaves em cima da mesinha de centro da sala e levou as malas até o quarto, onde com um aceno de varinha, fez com que todas elas voltassem para seus devidos lugares no armário.
A esposa entrou logo em seguida, tirando os sapatos e deitando-se na cama do casal.

- Precisamos contar a todo mundo – ela informou, enquanto colocava a mão na testa e fechava os olhos – Eles não sabem ainda.

- Teremos nove meses para fazer isso – disse Draco, sorrindo.

Gina riu levemente, dizendo – Gostaria de fazer isso agora.

- De jeito algum – disse Draco, sentando-se no pé da cama – Acabamos de chegar, vamos aproveitar querida.

- O que quer dizer com isso, Malfoy? – indagou a mulher, recuperando-se subitamente e abrindo os olhos, de modo a fitar o marido.

- Você já já irá descobrir, Sra. Malfoy.


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- Você tem certeza de que não quer mais um pouquinho de molho de chifres de Blassendiuns, querido? – indagou a mulher loira, levantando uma panela contendo um liquido verde perolado dentro.

Daniel fez uma careta e pretendia responder, quando Rony interveio a seu favor – Acho que não querida. Daniel é como Harry, odeia todos os tipos de molhos.

O garotinho sorriu aliviado quando Luna deu de ombros e largou a panela, voltando a comer seus cogumelos do Deserto de Gobi. Rony havia insistido com Molly para que deixasse que levasse Daniel passar o dia em sua casa. Molly não concordou, alegando que a responsabilidade de cuidar do menino foi confiada a ela, porém, Rony o levou mesmo assim.

- Vocês acabaram de jantar crianças? – indagou Rony para os filhos, que chutavam um a canela do outro por debaixo da mesa. Os dois meninos ruivos confirmaram e o homem prosseguiu – Então podem ir enquanto eu ajudo a mãe de vocês com essa barriga enorme. Daniel, não deixe que chutem suas canelas também. – ele recomendou, levantando-se da cadeira e vendo os três garotos correrem em direção ao quarto.

- Eles não seriam malucos de tentar! – respondeu Daniel, fechando a porta.

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A noite já havia chegado, juntamente com uma lua brilhante e um céu estrelado. Eles não iriam jantar esta noite, não havia tempo, o plano precisava ser executado o mais rápido possível.
O quarteto informou a Lupim sobre o que pensaram nesta tarde, e não tardou até a equipe de base do quartel general de aurores ter aprovado a idéia.
Agora, os quatro dirigiam-se até a casa de Jonathan Cage, carregando apenas uma varinha, um casaco e um frasco de Veritasserum.




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N/A - Aqui está o capitulo 15 ;D
Ah gente, vamos comentar um pouquinho mais né? :~
Obrigada a todos que comentaram no capítulo anterior, mesmo (:
Só gostaria de lembrar que, estou com os capítulos 16 e 17 prontos, e dependendo dos comentários eu os posto mais rápido :~
Bem, espero que gostem, a capa nova vem junto com o capítulo 17.
Um beijo a todos, e obrigada novamente :*

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