Oh não!



Andava apressadamente pelos corredores do ministério. Estava ficando cansada, porém o desespero de que algo novamente acontecesse a fez esquecer todo o cansaço que sentia. Era observada por pessoas que circulavam no ministério da Magia com indagação, afinal não era todo o dia que se via Hermione Granger, a melhor aurora do departamento, correndo afobada com um simples papel na mão.
Finalmente chegou ao seu destino, nem bateu na porta, apenas a empurrou com estrondo fazendo o homem que mexia em alguns papéis atentamente, levantasse os olhos para ela e abrisse um sorriso.

-Mione! Pensei que ia me esperar em casa – falou o homem indo ao encontro de Hermione e observando a palidez presente em seu rosto e sua respiração parecia totalmente descompassada - Aconteceu alguma cosa? – A morena apenas esticou o papel bruscamente em direção ao amigo e se sentou em uma das poltronas que se encontravam na sala do Auror ainda atônita com a noticia. Olhava para o moreno de forma piedosa, compreensiva e temerosa enquanto seus olhos cresciam à medida que lia a carta. Sim, ela estava com muito medo que a noticia fosse verdadeira. Olhou nos olhos de Harry, e pode ver a aflição ali estampada. Ele havia terminado de ler a carta que o departamento de aurores acabara de receber de Azkabam. Os Lestrange estavam à solta novamente. Harry apenas se deixou cair na poltrona ao lado de Hermione pensativo, era extraordinariamente difícil acreditar que depois de anos trabalhando para colocar aqueles comensais em seu devido lugar, eles tenham escapado e agora estejam de novo a solta.
-Quando recebeu isso? – perguntou indiferente observando a carta que ainda tinha em mãos.

-Agora... – respondeu a morena fitando o amigo preocupada. Aproximou-se de sua poltrona e se ajoelhou diante dele, apenas o observando compreensivamente.

-Você acha que é verdadeira? Aqueles malditos, foragidos? - ele perguntou agora a observando

-Eu não tenho idéia – ela se levantou com uma mão na testa, caminhando em volta da sala do amigo. – Lupim ao me entregar a carta, disse que iria averiguar. Ele deve estar conversando com o diretor de Azkabam agora. – ela deu ainda mais uns passos pela sala antes de parar e olhar para Harry novamente que continuava em silêncio, absorto em pensamentos que Hermione sabia muito bem quais seriam, pelo fato de ela conseguir decifrar a mente do moreno sem nenhum esforço, e pelo fato de dividirem a mesma preocupação, uma linda preocupação de seis anos. Os dois ouviram uma batida na porta e por ela passou Lupim igualmente preocupado. Ambos se sobressaltaram e olharam para o chefe esperando alguma novidade.

-Eles... – Hesitou – Estão soltos agora. – falou o chefe do departamento dos aurores sombriamente. Observou Harry com preocupação. Não era justo com o homem, depois de tanto sofrimento. Lupim sabia que Harry havia adquirido uma raiva monstruosamente grande dos Lestrange, mais precisamente de Bellatrix devido ao fato de ela ser responsável pela morte de sua esposa, há seis anos atrás. Harry e Hermione se olharam, já esperavam por isso, mas ainda alimentavam uma pontinha de esperança de que tudo fosse mentira, e que poderiam continuar levando suas vidas e lutando contra criminosos sem a sombra iminente dos maiores seguidores de Voldmort. – Harry, Hermione, espero vocês na sala de reuniões amanhã as 10:00 – disse Lupim ainda observando Harry preocupado – Vocês estão liberados por hoje, peço que pensem em estratégias eficazes até amanhã.
Hermione concordou com a cabeça e Lupim saiu fechando a porta atrás de si delicadamente.

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Harry e Hermione seguiam em silêncio para fora do ministério da magia. Os dois preocupados demais para estabelecer um diálogo.

-Está tudo bem – Disse Harry ao notar o olhar de Hermione voltado a si constantemente enquanto eles entravam em um estacionamento trouxa próximo a cabine telefônica que dava entrada ao ministério para pegar o carro.

Hermione ergueu uma sobrancelha em um gesto descrente – Sabe muito bem que não é possível esconder nada de mim Harry – disse a mulher parando em frente do carro – Isso não mudara nada querido, só aumentará as nossas árduas horas de trabalho, além de precisarmos arranjar alguém com quem deixar Daniel. Poderíamos ver com Molly, o que me diz? Bem, na verdade eu não pretendia que um de nós se ausentasse ao mesmo tempo, mas diante das atuais circunstâncias, não vejo outra alternativa a ser seguida... – Disse Hermione. Sabia que não seria fácil assim como tentava aparentar a Harry. Conhecia o amigo bem demais para saber que não estava tudo bem, e que ainda alimentava uma raiva extremamente grande de Bellatrix Lestrange. Não queria que Harry revivesse todo aquele passado doloroso, não queria ver o sofrimento em seus olhos, como viu naquela torturante noite que o mundo bruxo jamais esqueceu.


-Conversamos sobre isso depois, se importa? – pediu implorante a Hermione, já entrando no carro trouxa. –Vamos? - perguntou observando a amiga de dentro do carro.

-Não, eu..tenho algumas coisas a fazer antes, se importa? – perguntou ao moreno, que já saia do carro.

-Que coisas? – perguntou desconfiado se aproximando de Hermione

-Oh, nada...nada – ela fez um gesto vago com as mãos e estalou um beijo nos lábios do amigo rapidamente – Eu só queria andar por aí, você se importa?

-Ah me importo sim – ele disse a abraçando pela cintura – Sabe que não gosto de dividir você com ninguém?

Hermione riu baixinho – Você não vai me dividir com ninguém! Eu vou dar uma volta apenas – exclamou segurando as mãos do amigo.

-Por isso mesmo, odeio dividi-la até com as calçadas – os dois sorriram – É sério, tome cuidado Mione. Se você não estiver em casa daqui a... – ele consultou o relógio rapidamente – 10 minutos eu sairei com todo o quartel general atrás da senhorita.

Hermione gargalhou – Não se preocupe, antes das sete estou em casa. – Ela falou ignorando parcialmente a verdadeira ameaça de Harry. – Não esqueça de mandar Daniel para o banho assim que chegar da escola trouxa Harry.

-Está insinuando que não sei cuidar do meu próprio filho Granger? – Murmurou perto do ouvido da Morena, que sentiu um leve arrepio. E isso não passou imperceptível a Harry que sorriu marotamente.

-Oh não, eu estou afirmando! – Ele fechou a cara e ela gargalhou – Não sei o que seria de vocês dois se não tivessem a mim morando com vocês! – Ela gargalhou ainda mais e sussurrou em seguida – Se você não me soltar agora não conseguirei me separar de você nunca mais!

-Ok Ok, só porque seria realmente muito desagradável ter uma Hermione Granger turrona em mandona colada em mim mais do que já é! – Ele disse sorrindo e entrando no carro.


(N/A - Eu sei, tá um pouco confuso, mas vocês já vao entender tudo no segunndo capitulo

beeijos :*)

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