Mudança de planos



A velha senhora colocou a cabeça para fora da janela e berrou a plenos pulmões – DANIEL! Venha cá!

Não foi preciso muito tempo até o menino aparecer de trás de um salgueiro, arrastando seu cobertor azul para dentro da casa torta. Aproximou-se da Sra. parada em frente a porta, enquanto a mesma dizia: – Vamos, vamos jantar.

- Pichi voltou? – o menino perguntou, seguindo a mulher até a cozinha. Molly o olhou de soslaio, penalizada. Havia dito a Daniel que mandara Pichi entregar uma carta à Harry e Hermione, e que logo responderiam. Suspirou, resignada. Eles não responderiam, nem mesmo ela tinha enviado a carta. Havia sido expressamente proibido qualquer tipo de interferência na missão, Molly tinha consciência de que no mínimo, seria imprudente se enviasse a carta a eles, tirando o fato de arranjar sérias complicações com o ministério.
Nervosa, ela afagou a cabeleira negra do garoto, fazendo-o se sentar na mesa da cozinha.

- Não, querido. – ela respondeu simplesmente. Daniel baixou os olhos para o cobertor, e ficou analisando o mesmo como se refletisse sobre as maravilhas do tecido moderno.

- Vovô está chegando?

Molly suspirou novamente, e negou com a cabeça – Mas Rony está a caminho – disse – Parece-me que finalmente resolveu fazer uma visita ao lar. Ora, aquele desnaturado, nunca seja assim com Hermione, está me entendendo Danny? – a mulher se virou para uma grande panela e postou-se a mexer seu conteúdo, uma fumaça inebriante saia de lá. – Tudo pelo que passei criando seis filhos. Seis ingratos filhos. Seis ingratos e rebeldes filhos. Seis ingratos, rebeldes e desnaturados filhos. E agora veja só Gina, deve estar tentando matar sua pobre mãe do coração por não enviar carta alguma naquela maldita missão junto com seus pais. Ah Danny, nós vamos acabar com eles!

-x-

- Você está falando sério?

- Estou sim – a mulher afirmou com lágrimas nos olhos. Sorriu timidamente para o marido, que a olhava espantado.

- Você está realmente falando sério? – Draco indagou novamente, segurando-se na quina do bidê ao ter a impressão de que suas pernas não o agüentariam por muito tempo. – Quero dizer, bem...Uau. – ele respirou fundo - Isso é...

Gina o inquiriu com o olhar, estimulando-o a continuar a frase. A ruiva ainda o olhava ansiosa quando ele a agarrou pela cintura e a abraçou, sorrindo.

- Você não se cansa de me fazer feliz?

-x-


Hermione dirigiu-se à escrivaninha do aposento. Sentou-se, resoluta a mandar uma mensagem a Sra Weasley, e coitado do individuo que ousasse a recriminar mais tarde.
Pegou um pedaço de papel e uma caneta que tinha guardada em sua bolsa, e escreveu:

“Molly.
Todos nós estamos com saudades.
Creio que em breve novidades serão notificadas a vocês, esteja preparada, Molly.
Espero que Daniel esteja bem, mande a ele milhares de beijos e abraços, e diga que estaremos de volta em questão de dias.
Espero voltar logo, cuidem-se e por favor, não respondam à essa carta.

Hermione Granger”

Terminou de escrever, e descansou a caneta na mesa. Não fazia idéia de como iria enviá-la, mas ela daria um jeito.
Sorriu aliviada, saindo do quarto.

-x-

Draco e Gina encontravam-se na base do Quartel General de Aurores em Windsor. Esperavam sentados em duas poltronas duras, à frente de uma lareira, quando a cabeça do chefe apareceu na lareira do lugar.
Enviaram uma correspondência confidencial até Remo Lupim, informando que talvez devessem mudar de planos. Gina estava aflita, e segurava-se para não roer suas unhas cuidadosamente pintadas de vermelho. Batia o pé no chão como se seu objetivo fosse abrir uma cratera no assoalho.
Ela suspirou. Não queria deixar a missão, estavam apenas começando e Deus sabe o quanto ela gostava de aventuras– ponderou – Por outro lado, teria que tomar cuidado dobrado. Aventura é sinônimo de perigo, e ela não poderia arriscar tanto assim. Iriam ter um bebê! Oh céus, um bebê! Seria muito egoísmo da parte dela se recusasse a dar mais segurança e estabilidade para a criança.

- Sem chances. – disse Lupim, resoluto, depois de dar parabéns á Draco e Gina.

- Ora essa! – exclamou a ruiva, revoltando-se. Não precisaria exatamente ficar no trabalho de campo, que ficasse no trabalho de base mas que não abandonasse a missão. – Não quero abandonar a missão!

- É preciso – disse o homem calmamente, através da lareira – Não podemos arriscar você e nem o bebê.

- Sabe o que mais? Ele está certo – Draco concordou, cruzando os braços.

- Não vou.

- Você vai.

- Eu não vou, Draco!

- Já disse que vai. – o homem retrucou.

- EU NÃO VOU SAIR DAQUI, EU NÃO ESTOU DOENTE!

- Sei disso, e é exatamente por esta razão que você vai fazer as malas e dar o fora daqui. – disse o homem, rispidamente.

- Não seja grosso!

- Estou sendo prático!

- Pelo menos quero ficar no trabalho de base. Posso trabalhar aqui mesmo, dando assistência!

- Já chega – ouviu-se a voz calma de Remo Lupim – Gina, o departamento não vê outra opção mais segura a você e ao bebê no momento. Não poderá continuar agindo no campo, mas poderá trabalhar na base se assim preferir, porém, longe da ação. Esta missão é perigosa demais, você está ciente disso.

A mulher suspirou, resignada, enquanto Lupim prosseguia – Draco, você voltará juntamente com Gina. Não seria prudente deixa-la sozinha agora, e não teríamos uma explicação suficientemente boa para o desaparecido da esposa e a permanência do marido no hotel, ou seja, precisaríamos trocar todos os disfarces e nós, certamente, não queremos isso.

Draco concordou com a cabeça – Quem irá nos substituir na missão? Potter e Granger já sabem?

- Eles sabem, e confesso que Harry não ficou muito feliz com a noticia. – disse Lupim.

- Mas eu poderei trabalhar aqui? – indagou Gina, impaciente.

- Em Londres, Gina. – informou Lupim, fazendo a ruiva torcer o nariz - E quem nos substituirá? Coloque alguém que faça o trabalho bem feito, por favor. –disse.

- Bem... – ele ponderou – Angelina Hess e Thomas Clark.

Gina olhou para a lareira, reprovadora – O que eu disse sobre alguém que faça um trabalho bem feito?!

- Temo que não temos outra opção viável no momento. – explicou-se Lupim. Ele estudou a expressão da ruiva por alguns segundos, antes dizer: - Eles irão fazer um bom trabalho.

- Talvez. Mas acho que Hermione estrangulará Angelina antes mesmo de ela dizer “Cheguei”.





N-A) Aqui está, eu disse que não demorava. :D
Espero que gostem, e continuem comentando. Eu to muuuuuuuuito feliz com os comentários de vocês, mesmo. Estou amando x)
Muito obrigada (:

Esse aqui - http://www.fanfiction.net/~maipille - é o meu profile no Fanficion.net

Mias uma vez obrigada, e até a próxima. Beijãão :*

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