De volta às Horcruxes



Cap-18
De volta às Horcruxes

Passaram-se dias desde que Harry falara com Tonks e ele não obteve nenhuma notícia. Ele já estava começando a ficar realmente agoniado com a falta de informações, mas como todas as vezes que falava com Tonks sobre o assunto ela dizia para ele ter paciência e continuava sem responder as perguntas do garoto.

Ele também não vira Alessandra desde o dia da sua febre. Ela não ia mais fazer suas refeições no salão principal e quando as quartas iam chegando ele recebia um recado desmarcando a aula por motivos que ele iria saber futuramente. Ele já estava ficando preocupado com a situação; será que elas resolveram fazer um complô para deixá-lo maluco de tanta ansiedade por respostas?

Numa manhã de segunda-feira, ele recebeu um recado da diretora quando se sentou à mesa da Grifinória para tomar seu café da manhã.

“Harry eu descobri uma coisa muito importante para você, venha me encontrar hoje na meu gabinete na hora do almoço. Obrigada, Alessandra!”

Ele ficou surpreso, mas não disse aos amigos que ela o chamara, então quando deu a hora do almoço ele disse que ia resolver umas coisas e os via mais tarde e saiu correndo para o gabinete da diretora.

Chegando lá ele falou a senha e subiu as escadas escondidas através da gárgula de pedra que guardava a diretoria. Bateu na porta e quando teve a autorização entrou na sala, encontrou-a esperando por ele junto ao vampiro Hank e mais dois outros.

“Estávamos esperando por você Harry. Sente-se, para podermos conversar.” Disse ela docemente para o garoto que entrava na sala.-“Acho que primeiro lhe devo desculpas por não ter me comunicado com você e muito mais pelas minhas faltas nas aulas que prometi. Então acho que para fazer isso eu tenho que lhe dizer que eu estive muito ocupada nas ultimas semanas, perseguindo umas pistas.” Ela se levantou e foi até a mesa lá ela pegou um frasquinho com uma fumaça prata no seu interior.-“Eu encontrei isso numa das minhas pesquisas no ministério e resolvi investigar sobre. Aqui Harry está o provável local onde está escondida a próxima horcruxe de Voldemort.”

Harry havia quase esquecido das horcruxes, e agora veio a sua mente tudo que Dumbledore lhe falou no ano passado e a sua aventura na caverna que acabou dando em nada, pois o medalhão era falso.

“Mas qual das horcruxes você achou?” perguntou Harry curioso.

“Se eu não me engano é a taça de Helga Hufflepuff.”

“E onde ela está?”

“Se continuo sem me enganar, ela deve estar em algum lugar de Hogwarts.”

“E como foi que você conseguiu descobrir isso?”

“Isso quem deve dizer é o Hank, foi ele quem conseguiu essa memória.” Disse a garota apontando para o vampiro que estava elegantemente encostado num canto da parede.

“Numa das visitas do ministro ao colégio, eu pude perceber que um de seus assistentes, um tal de Ferdinando Grunch, tinha algo a esconder. Então pedi permissão para Alessandra para vasculhar a memória dele e quando ela me deu eu percebi que o que ele escondia era que no passado ele era um dos comensais da morte e ele sabia onde estava a taça, só não sabia o que ela significava. Ou seja foi pura sorte ser exatamente ele quem viu algo assim.”

“Mas como um comensal pode ser um assistente do ministro?” perguntou Harry olhando para Alessandra.

“O ministro não fazia idéia disso, na hora que soube ele despediu o cara, sem nem saber se ele estava arrependido.” Disse Alessandra com uma expressão de pena no rosto.

“Ei quer dizer que vocês podem entrar na mente de qualquer pessoa sem pedir a permissão dela?” perguntou Harry a Hank.

“Hei, Harry. Não é assim, primeiro para segurança dos alunos tivemos que pedir para que Hank me fizesse esse grande favor e depois para evitar qualquer desentendimento aqui dentro tenho que deixar as pessoas de má fé do lado de fora.” Respondeu Alessandra defendendo Hank.

“Então quer dizer que todos que entram e saem do castelo tem que ter suas memórias invadidas?”

“Não é assim Sr°. Potter. Nós não vasculhamos a mente de todos, somente dos que tem má intenção e escondem algo.” Respondeu o vampiro de cabelos vermelhos que acompanhavam Hank.

“Então vocês não invadiram minha memória quando entrei no castelo?” perguntou Harry meio desconfiado.

“Não, só olhamos sua alma!” respondeu Hank seriamente.

“Como assim?” perguntou o garoto sem jeito.

“Eles podem sentir a áurea das pessoas. Podem sentir se ela está com medo, feliz, triste ou outros sentimentos.” Respondeu Alessandra olhando para Harry que ficou em silêncio por um momento.

“E em que lugar no castelo está a taça?” perguntou Harry tentando mudar de assunto.

“Isso é você quem vai dizer.” Disse Alessandra.

“Como?” perguntou Harry.

“Harry você está aqui nesse castelo há muito mais tempo que eu e alem do mais você tem um mapa completo e detalhado.” Disse ela olhando nos olhos do garoto. ‘Mas como ela sabe do mapa do maroto?’

“Como o mapa do maroto pode nos ajudar?”

“Harry presta atenção! Existe algum lugar do castelo que se possa esconder algo sem que ninguém saiba e descubra?” perguntou a garota.

Harry ficou pensativo por um momento procurando em sua mente os lugares do castelo, até que seu olhar pousa num quadro que seu dono está dormindo numa poltrona.

“A A.D. era na sala precisa.” Respondeu ele com convicção do que dizia.

“O que é essa sala precisa.” Perguntou ela com um brilho no olhar.

“É uma sala que fica no sétimo andar próxima a tapeçaria de Barnabás o amalucado.”

“Como?”

“Ela aparece do jeito que a pessoa precisa, por exemplo, no ano retrasado nós precisávamos de um lugar para reuniões secretas para aulas de DCAT e foi nesse lugar que encontramos tudo que precisávamos.”

“Então acho que não temos dúvidas por onde começarmos. Ítalo já sabe o que fazer.” Disse ela olhando para o Hank.

“Espera!” interrompeu Harry-“Essa sala não funciona assim, para ela aparecer você tem que pensar fixamente no que você precisa e depois passar três vezes na frente da tapeçaria.”

“Então Ítalo vá primeiro, e fale o que você pensa em voz alta para que os outros possam ouvir. E comece com os pensamentos mais óbvios, depois eu e Harry nos unimos a vocês.”

Os três vampiros desapareceram e deixaram Harry e Alessandra à sós. O silêncio prevaleceu por um momento até que Harry resolveu quebra-lo.

“Você está melhor?”

“Mais ou menos!” Ela ficou em silêncio por um tempo.- “Harry! Você foi muito bom comigo naquele dia, sabe, eu estava sozinha e você apareceu e me deu a segurança que eu precisava.”

“Não foi nada!” disse o garoto tentando não corar.

“Claro que foi! Você foi um anjo para mim. E eu sei que nunca vou poder agradecer, mas...”

“Você não precisa, eu fiz o que eu achei que devia.”

“Não, não. Você me ajudou muito mais do que imaginava! Eu ia entrar em crise de depressão e você fez com que isso não acontecesse. Se hoje estou conseguindo continuar minha vida é por sua causa.” Ela se aproximou dele e pegou uma de suas mãos e a beijou.

“Alessandra para com isso! Se você não parar eu juro que nunca mais vou lhe ajudar nos dias de febre.” Disse Harry brincando.

“Com uma ameaça dessa eu vou parar. Mas antes eu queria me desculpar com você por não ter me comunicado.”

“Eu entendo, você estava procurando a horcruxe.”

“Não foi só por causa disso, foi por outra coisa também.” Disse ela se dirigindo para um dos armários e pegando alguns pergaminhos antigos.

“A Tonks falou com você?”

“Falou e por causa disso eu estou sem tempo pra nada. Já fazem cinco semanas que eu estou pesquisando sobre o véu negro e numa maneira de tirar o Sírius de lá.”

Uma alegria invadiu a mente de Harry, ela estava sorrindo enquanto dizia isso para ele, o que passou uma completa confiança para o garoto.

“Isso significa que você achou uma maneira de tirar o Sírius de lá?” perguntou Harry muito feliz.

“Achei!”disse ela sorrindo e pulando para abraça-lo.-“eu sei o quanto Sírius é importante para você e por isso me esforcei tanto para achar uma maneira de te ver muito feliz.” Disse ela no ouvido dele.

“E você conseguiu!” disse Harry ainda mais feliz e abraçando a garota com vontade que nem percebeu que uma lagrima caiu de seus olhos.-“ e quando vamos fazer isso?”

“No dia das bruxas, é o único dia do ano que a energia dos dois mundos estão mais propensos a falta.” Disse ela se separando dele e enxugando as lagrimas que havia nos olhos de Harry.- “Devemos subir para ver se encontramos algo.”

“Claro!” disse Harry estendendo-lhe o braço. Ela aceitou e eles subiram ate o sétimo andar conversando sobre as reuniões da A.D. Quando chegaram lá encontraram apenas dois dos vampiros encostados na parede.

“Cadê o Ítalo?” perguntou Alessandra quando não viu o amigo em canto algum.

“Ele está em algum lugar daqui. Nós já tentamos entrar, mas não conseguimos.” Respondeu o vampiro loiro.

“Mas como foi que isso aconteceu, Dan?” perguntou Alessandra ao vampiro loiro que havia respondido.

“Nós chegamos e estudamos o local, o Ítalo fez o que o sr°. Potter disse para fazer e a porta apareceu, ele entrou e antes que pudéssemos ir juntos a porta fechou na nossa frente e sumiu.” Disse o Dan apontando para a parede.

“Vocês já tentaram entrar como sombras?” perguntou Alessandra cada vez mais apertando a mão de Harry.

“Já, mas não adianta se não há porta!” respondeu o vampiro ruivo.

“Pelo menos vocês sabem o que o Hank estava pensando quando a porta apareceu?” perguntou Harry se metendo na conversa.

“Claro! Ele disse: ‘eu preciso de um lugar onde eu possa esconder uma parte da minha vida sem que ela corra perigo’” disse o Dan.

“Então já podemos ver se fazemos alguma coisa.” Disse Harry se posicionando na frente da tapeçaria e pensando fixamente no que o vampiro dissera, ele passou três vezes na frente da tapeçaria e quando abriu os olhos uma porta havia surgido.

Harry se apressou e ouviu passos atrás dele, ele passou a mão pela maçaneta da porta que dava acesso a sala precisa e quando a abriu um homem muito pálido caiu por cima dele. Ele teve um susto e quando conseguiu ver quem era percebeu que era o Hank desacordado que estava em seus braços.

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