A volta de Malfoy



Cap-11
A volta de Malfoy

A noite foi perturbada e Harry demorou a dormir, mas não teve o mesmo pesadelo da torre, e sim um muito estranho. Ele estava parado de frente dos túmulos de seus pais e de repente ouvia-se um grito ensurdecedor e ele começava a correr sem saber para onde, ele acaba parando no largo Grimmauld de frente para a mui antiga casa dos Black, de onde ele acreditava vir os gritos. Quando ele entrou na casa, já não era a casa dos Black e sim um beco escuro e era uma mulher que gritava, mas quando ele chegou mais perto ele percebeu que a mulher era sua mãe e ao lado dela havia um vulto que ele reconheceu ser Belatriz. Ele gritava desesperadamente para a mulher deixar sua mãe, mas parecia que ela não ouvia mais adiante ele viu outras pessoas, dois homens, um deles era seu pai outro era o marido de Belatriz. Parecia que eles estavam torturando seus pais e por mais que tentasse fazer algo nada fazia efeito, logo atrás deles havia uma porta e essa porta o chamava, e quanto mais se aproximava mais ele caia, num poço profundo em que estava tudo escuro e ele não conseguia mais ver nada quando de repente ele vê passando em sua frente desacordado:
SÍRIUS, SÍRIUS, SÍRIUS.

“Harry você tá bem?” falou Rony preocupado, quando Harry abriu os olhos.

“O que houve?” perguntou Harry enquanto procurava seus óculos na cabeceira da cama.

“Você estava gritando por Sírius, você tá bem?” respondeu Rony

“to bem. Foi só que eu estava sonhando e me pareceu tão real.” Falou Harry meio que pensando em voz alta.

“Mas foi só um sonho.”

“Será? Foi tão real, eu o vi, na minha frente desacordado.”

“Mas sabemos que Sírius morreu.”

“Eu sei, mas meus sonhos já nos ajudaram muito, será que esse não pode ser outro?”

“Harry será que vale a pena pensar assim de novo? Sei lá, eu não estou te recriminando, mas...”

“Você tem passado muito tempo com a Mione, já está falando igual a ela.”

“Tô né? É eu sei, ela é incrível, mas vamos voltar a dormir, pois ainda faltam duas horas para acordarmos e eu ainda to cansadasso.” Nisso Rony se levantou e voltou para sua cama-“ e Harry não pensa mais no sonho, foi apenas um sonho.” Dizendo isso ele encostou a cabeça no travesseiro e minutos depois já estava roncando.

Harry tentou voltar a dormir, mas ele não conseguiu parar de pensar no sonho, em Sírius então ele se levantou e desceu para pensar um pouco. Ele se sentou em umas das poltronas de frente para a lareira quando ouviu um barulho vindo do buraco da entrada da sala comunal, ele se virou e viu Gina de uniforme entrando.

“Oi Gina.” Disse Harry à garota, que levou um susto e deixou cair um dos sapatos que estavam em suas mãos.

“Ah, Harry é você! Que susto!”

“Onde você estava?” perguntou Harry que não conseguiu conter sua curiosidade.

“Estava passeando, espairecendo as idéias, aí perdi o tempo. E o que você está fazendo aqui tão cedo? Perdeu o sono de novo?”

“Não, tive um sonho muito estranho.”

“Tipo o que?” perguntou ela sentando ao lado dele.

“Eu sonhei com o Sírius.”

“E por que isso te perturba? Quero dizer por que é estranho?”

“Por que foi tão real quanto aqueles.”

“Mas como isso poderia acontecer afinal ele está morto.”

“Eu sei, você não precisa lembrar isso para mim!”

“Calma. Quer saber de uma coisa, eu vou subir pra me arrumar para as aulas, bom dia Harry.”

“Peraí eu não queria...” tentou falar, mas antes de terminar Gina já tinha sumido dentre as escadas. Harry ficou mas um tempo parado e subiu para se arrumar, chegando lá ele encontrou Rony e Dino já acordados.

“Você não conseguiu dormir, não é?” perguntou Rony quando Harry entrou no dormitório.

Depois que todos se arrumaram, os meninos desceram acompanhados de Neville e Dino. Na sala comunal, eles se encontraram com Hermione e Gina, que conversavam muito alegremente, até Harry e os outros aparecerem e elas pararam instantaneamente de conversar. Eles cumprimentaram as garotas e foram todos juntos para o salão principal, no caminho Rony fez questão de contar a Hermione sobre o sonho de Harry, e ela como sempre se sentiu cautelosa.

“Harry, pode ser como nos outros, mas também pode não ser.” Falou Hermione enquanto partia um pão e colocava geléia nele.

“Mas Mione era tão real!” respondeu harry, entre uma colherada de mingau e outras com ovo mexido.

A conversa não demorou muito, pois como sempre Harry resolveu parar de tentar convencer os amigos e seguiram todos os três juntos para a aula de feitiços que seria a primeira aula.

O professor Flitwick, assim como a McGonagall, falou durante a aula toda sobre os niems e sobre a maneira de estudo que eles deviam adotar, agora que são do sétimo e com uma prova à frente. Mas o que deixou Harry e Rony intrigados naquela aula não foi o que o professor estava falando e sim uma presença que se sentava muito próxima do professor e prestando muita atenção no que o professor estava falando. Malfoy sentava-se no meio das cadeiras da Sonserina e Grifinória, estava próxima à Neville que mostrava uma cara toda desconfiada daquele novo Draco que prestava atenção na aula e ainda não agredira o pobre rapaz.

Harry ficou a aula toda olhando para Draco, mas parecia que ele não percebia que alguém estava olhando para ele. ‘Será que ele mudou? Não é possível, Harry uma pessoa não muda do dia pra noite! Não pode ser!’ disse Harry em seus pensamentos, e esses o acompanharam ele durante toda a aula de feitiços. E quando a aula acabou e Harry se dirigia a saída, ele foi abordado por ninguém menos que ‘Draco!’.

“O que você quer?” disse Harry estendendo a varinha para o rapaz.

“Calma aí, eu vim em missão de paz.” Respondeu o rapaz que estava mais corado que da ultima vez que Harry o tinha visto.

“Você em missão de paz! Nunca! Pensa que eu não sei quem você é? Eu não vou cair na sua Malfoy!” respondeu Harry com voracidade.

“Eu já esperava que você não acreditasse em mim. Eu não preciso que você acredite em mim, mas mesmo assim eu resolvi tentar falar com você, por insistência de... você sabe quem.” respondeu Draco com a mesma rispidez com que foi tratado.

“Ah então é por isso que você veio, por obrigação. Então eu repetirei o que eu disse à Alessandra, não adianta nada você tentar me convencer porque eu sei o que você quer, eu já me liguei no seu joguinho, já não basta ter enganado professor Dumbledore, agora você quer enganar a filha dele. Pois saiba que eu não vou acreditar em nada do que você disser, porque para mim você não passa de um assassino e traidor.” Depois de dizer isso Harry esperou calado a resposta, mas não houve, pelo contrário, Draco saiu de sua frente e começou a ir em direção contrária a que os da Grifinória iam, nesse momento ouviu-se um ‘Eu tentei” vindo de Draco.

Eles recomeçaram a andar em direção à próxima aula que seriam duas aulas seguidas de História da magia, com o professor Binns. Harry aproveitou que era a aula mais chata que ele já vira e que estava aborrecido e começou a falar com Rony sobre o comportamento estranho de Malfoy.

“Você não achou estranho ele simplesmente ter saído, e não revidado, depois de tudo o que você disse, depois de todas as acusações?” perguntou Rony à Harry, enquanto Hermione prestava atenção à aula.

“Eu achei muito estranho, não só por isso. Quando Alessandra veio falar comigo ela me disse que ele viria atrás de mim, o fato é que ele realmente veio.”respondeu Harry

“Claro que ele viria, ele quer que seu disfarce fique perfeito, e se ele não viesse ia parecer meio desconfiável.” Retrucou Rony

“Não é esse o caso. Pensa comigo, se você odiasse uma pessoa e essa pessoa também lhe odiasse, mas você precisasse se redimir na frente dessa pessoa...”

“Seria tipo uma humilhação.”

“Exato! E se fosse, no caso é! Ele seria capaz de se redimir pra mim em público por causa de uma missão?”

“Não só foi como fez!”

“Mas Rony, é muita humilhação, eu nunca faria isso se realmente não tivesse arrependido.”

“Harry você esqueceu que foi ele o culpado pela morte de Dumbledore?”

“Não, nunca! Mas Alessandra me disse que ele viria até mim, e tentaria conversar comigo e até me pediu para ter compreensão com ele porque já era humilhante ter de dizer que errou, imagina dizer isso para um inimigo.”

“Harry você não pode duvidar. Você tem que ter convicção sobre ele ser ruim, pois à mim ele não engana, eu sei, afinal ele é um Malfoy, e Malfoys são ruins por natureza.”

“Rony, os Blacks também eram e Sírius não!” disse inesperadamente Hermione que ouvia discretamente a conversa dos meninos.

“Mas Sírius já nasceu diferente da família. Não é a toa que era da Grifinória.” Respondeu Rony todo orgulhoso da sua resposta.

“Mas eu acho que ele merece um pouco de sua dúvida. Porque como você mesmo disse ele veio ate você.” Disse Hermione, sem dar atenção as caretas que Rony fazia.

“O Harry não tem que dar o direito de dúvida ao culpado pela morte de Dumbledore.”

“Mas foi o Snape quem matou Dumbledore. E ainda tem o fato que Alessandra lhe contou, ele estava sendo chantagiado. O que você faria Rony se sua mãe estivesse sendo ameaçada de morte?”disse Hermione

“Mas não é verdade isso que ele está falando.”disse Rony meio ríspido

“Como você sabe, você pode ver a mente dele? Então ele é tão culpado como é inocente.” Disse Hermione com uma voz um pouco alterada, que até fez o professor parar a aula para perguntar se ela estava passando bem.

Depois disso, Hermione não voltou a falar com os garotos até que a aula terminasse, porque depois de ter chamado a atenção da menina o professor ficou de olho na garota, e tanto ela quanto os dois rapazes não puderam mais conversar. Então Harry e Rony ficaram jogando jogo da velha durante o resto da aula.

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