No lago



Cap-15
No lago

Harry chegou muito rápido ao salão comunal da Grifinória, e quando entrou pelo retrato da mulher gorda encontrou um Rony sonolento atirado no sofá esperando ansioso por ele. Harry contou tudo o que aconteceu, tirando a parte sobre os fundadores, pois a garota havia lhe pedido segredo. Rony desconfiou no começo mais depois cedeu e foi se deitar deixando Harry pensativo no sofá.

Era um pouco mais de meia noite quando Harry resolveu se deitar, ele não estava com sono algum, principalmente depois de tudo que ouviu a respeito de sua casa, sua família em hogwarts. Ele demorou a dormir e não sonhou nada. Ele acordou cedo, se arrumou e saiu do salão comunal para arejar um pouco as idéias, ainda não havia engolido a história da noite passada. Porém quando chegou na entrada do castelo encontrou o porta de entrada aberta, coisa que era rara às cinco horas da manhã.

Curioso ele saiu do castelo e seguiu em direção ao lago, quando chegou no meio do caminho ele notou que havia alguém. Alessandra estava de joelhos no local em que seu pai Alvo Dumbledore havia sido enterrado ainda no começo do ano, ele se aproximou e ela quase que imediatamente se virou em sua direção.

“Harry! Que susto você me deu!” disse a garota assustada, fechando o sobre tudo que vestia.

“O que você faz aqui tão cedo?”

“Eu vim aqui para deixar flores para ele.” Disse a garota apontando para o túmulo do antigo diretor.

“Mas você pode conversar sempre com ele, ele não está no quadro?”

“Está, mas o caso não é esse, hoje amanheci agoniada e só fazendo isso eu consigo diminuir minha angustia.”

“Vocês conversam muito?”

“Ah! O quadro e eu? Muito, principalmente quando estou com dúvidas em algo, quando estou triste ou ansiosa.” Disse ela se dirigindo para o lago.

“E isso acontece sempre?” disse ele a seguindo.

“Quase sempre! Mas e você ainda com aquelas idéias na cabeça?” ela conjurou um banco de praça e se sentou nele, ele fez o mesmo.

“Não é fácil esquecer tudo aquilo que você me disse ontem!”

“Você conseguiu dormir algo?” disse ela olhando no fundo dos olhos dele.

“Pouco, mas isso não vem ao caso!”

“Harry, se eu soubesse que você iria reagir dessa maneira eu não teria lhe contado.” Disse ela abaixando a cabeça.

“Não! Sem bronca! Eu supero, mas e você ainda está agoniada?”

“Um pouco! Sabe eu só senti isso quando meu pai morreu.” Disse ela um pouco assustada.

“Alessandra você está bem?”

“Passou-me um pensamento terrível agora.”

“O que foi? Posso ajudar?”

“Ajudar? Eu creio que nem eu possa fazer algo. Espero que nada tenha acontecido com minha querida Madeleire.”

“Quem é Madeleire?”

“É minha mãe! Quero dizer, minha mãe de criação como Dumbledore.”

“Então você acha que essa sua angustia pode ser porque algo aconteceu com a sua mãe?”

“È! Mas espero que esteja errada.” Dizendo isso ela caiu no choro e Harry sem pensar a abraçou.

“Não vai acontecer nada.” Disse ele consolando-a.

“Eu não quero perder a única pessoa da minha família. Já basta eu ter perdido meu pai, não quero perdê-la.” Disse ela chorando nos ombros de Harry.

“Calma, nada vai acontecer.” Disse harry agora passando a mão nos cabelos dela. Ele percebeu que seu cabelo tinha cheiro de flores e que ela tremia de frio, ele a abraçou mais forte, com pena e com vontade de estar com ela naquele momento. Ele estava tão preocupado em abraçá-la e em sentir seu cheiro que nem percebeu que as horas se passavam. Ele não sabia o que se passava ali, foi como da primeira vez que se viram ele não queria que aquilo acabasse, estava se sentindo bem consolando a garota, que pela primeira vez parecia indefesa e precisando de sua proteção.

Eles passaram um bom tempo abraçados, até que ela resolveu falar.

“Harry, eu realmente...” disse ela, mas foi interrompida pelo rapaz que fez um sinal para que ela se calasse.

“Não fale nada.” Disse ele se aproximando da garota. Seus lábios estavam muito próximos do dela, ele até podia sentir o calor de sua boca. De repente ela pára e coloca a mão na boca dele.

“Não Harry, ainda não!”

Ela não falou mais nada e ele não insistiu, simplesmente aceitou com carinho o beijo que ela deu em seu rosto. Eles se levantaram e ele a acompanhou até a entrada do castelo onde se despediram, ela foi na direção do seu gabinete e ele na direção do salão comunal da Grifinória.

Quando ele chegou encontrou a sala ainda vazia, ele subiu as escadas e entrou no dormitório masculino. Olhou as horas e percebeu que ainda eram sete da manhã, se sentou na cama e começou a pensar em tudo que se passara na sua vida desde o dia anterior. Ele percebeu que não se importava mais com o que Godric tinha feito ou não, ele não estava mais preocupado com a Grifinória, estava pensativo em outras coisas.

“Por que ele se sentia tão feliz quando estava do lado dela? Por que estava sorrindo quando pensava nela? Por que simplesmente aceitou quando ela negou o beijo, se ele estava com tanta vontade de beijá-la?” Ele ficou pensando nisso até Rony tira-lo de seus pensamentos quando tentou acorda-lo.

“Cara, você está esquisito!” afirmou Rony quando eles desciam para se encontrar com os outros na sala comunal.

“Estou é?” perguntou Harry com um sorriso no rosto.

“Aconteceu algo entre você e a diretora ontem?”

“Como assim?”

“Ela te chama para ir à noite para o quarto dela, vocês jantam e nada acontece?”

“Nada acontece, Rony. Eu já lhe disse que ela me chamou para conversarmos sobre as aulas que ela vai me dar.”

“Só isso?”

“Claro que só! Você é muito malicioso Rony.” Disse Hermione que surpreendeu os dois por traz.

“Ah Hermione! A quanto tempo você está aí?” perguntou Rony dando um beijo na garota

“Tempo suficiente para perceber o quão machista é meu namorado!”

“E agora o que foi que eu fiz?”

“Coitada da Alessandra, ela chama o Harry para ajudá-lo e você fica aí pensando mal dela.”

“Eu pensando mal dela? Imagina!”

“Deve ser minha imaginação mesmo!” disse Hermione rindo e se virando para Harry.-“E aí como foi ontem?”

“Foi bom!”

“O que aconteceu?” perguntou Hermione.-“Eu não consegui agüentar te esperar, estava muito cansada, mas deixei o Rony. Mas conta aí o que ela falou?”

Harry contou a ela a mesma coisa que contou a Rony na noite passada.

“Tem certeza que você não está escondendo nada da gente?” perguntou Hermione quando Rony subiu para o dormitório para pegar um livro que havia esquecido.

“Eu não estou escondendo nada de vocês!”disse Harry nada convincente.

“Harry, eu te conheço. Tem alguma coisa que você não quer dizer.”

“Você não desiste, mesmo!”

“Se não quer contar é só dizer, mas mentir para mim você não consegue.”

“Esta bem! Ela me disse mais coisas sim, mas eu não posso contar, ela me pediu isso.”

“Está bem, eu compreendo. Mas aconselho não tocar mais nesse assunto na frente do Rony ele está um pouco desconfiado e se você disser isso ele não vai compreender.” Disse a garota com pressa, pois viu que o namorado estava voltando.

Harry sabia que se dissesse ao amigo o que dissera a Hermione, Rony ia pensar que o amigo não confiava mais nele. E isso Harry não queria. Ele até pensou em contar o que Alessandra contou para os amigos, mas ele imaginou como Rony ia ficar arrasado depois que descobrisse toda a verdade. Se ele que era mais maduro que Rony ficou, imagina como o outro ficaria.

O dia passou rápido e Harry não soube mais notícias de Alessandra. Ele estava preocupado com ela depois que a viu tão angustiada. Ficou pensativo quase o dia todo, Rony estava estranhando o modo dele agir. No almoço se sentou do lado dele e começou a interrogá-lo.

“Harry, você não está bem! Eu sei que tem algo te preocupando. Conta aí cara, talvez eu possa ajudá-lo.”

“Não há nada que possamos fazer.”

“Ah rah! Então há algo?”disse Rony, fazendo Harry rir.

“Há sim. É Alessandra! Eu me encontrei com ela de manhã no túmulo de Dumbledore.”

“E...”

“E ela estava mal! Preocupada.”

“E o que você tem a ver com isso?”

“Pára de ser insensível, Rony!” disse Hermione mais uma vez surpreendendo os garotos.

“Hermione pára de ouvir as nossas conversas!”

“Não dá Rony! Por que vocês têm segredos que eu não possa saber?”

“Coisas de homem.”

“Coisas de homem, resolveram mudar o nome para esse, foi? Eu conheço isso como insensibilidade.” Disse Hermione fazendo Rony se calar e começar a fazer caretas calado. -“Harry, por que você não vai perguntar a ela se ela está bem?”

“Como eu vou fazer isso? Eu não tenho a senha da diretoria!”

“Você não tem, mas eu tenho! Esqueceu que eu sou a monitora chefe da Grifinória?” disse a garota feliz, o que fez Rony parar de fazer caretas e aplaudi-la.

“Não sei como você consegue me surpreender sempre” disse Rony sorrindo para Hermione.

“Você tem muito o que aprender comigo Ronald Weasley! O que você ainda faz aqui Harry? Vá embora acabar com essa angustia!” disse ela pegando um pedaço de pergaminho e escrevendo algo nele e dando ao rapaz, que agradeceu e saiu correndo em direção ao gabinete da diretora.

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