O IMPÉRIO CONTRA-ATACA



Houve uma rápida onda de sorrisos, porém na mesma velocidade que vieram se foram.
_O quê foi? - o mago indagou - Logo estarão de volta à Hogwarts.
_Esse é o problema - Lenna murmurou em meio ao silêncio.
_Problema? - o mago não escondendo sua surpresa disse - Vocês estão a três dias em uma floresta cheia de armadilhas e criaturas das trevas e quando podem voltar para casa acham isso um problema, sinceramente, os jovens de hoje são muito estranhos...
_Não sabemos como voltar! - Hermione foi direta.
Quem sorriu dessa vez foi o mago.
_Estão vendo aquilo? - ele perguntou mostrando com uma das mãos muito machucadas a bacia com pouco líquido prateado. Alguns disseram que sim enquanto outros somente acenaram positivamente com a cabeça.
_É uma chave do portal? - Hermione perguntou.
_Você realmente não me para de surpreender garota...
Hermione parecia encabulada, para si era algo normal adivinhar o que seria um objeto em meio a tão poucos.
_Prontos para voltar para casa?
Os sorrisos retornaram. Bastante agitados, toda a Equipe dos Sonhos se aproximou da bacia, cercando-a o mago iniciou a contagem.
_Quando disser três...Um...
Harry olhou para a Fênix e como em um momento rápido se lembrou da de Dumbledore.
_Dois...
A Fênix pequena lhe piscou, os olhos negros brilhantes.
_TRÊS!
Todos tocaram a bacia e com um solavanco que parecia puxar vagarosamente iniciaram a viagem de volta.
_Até mais! - o mago se despediu, provavelmente voltaria a civilização bruxa agora com sua fênix curada.

_AI ESTÃO! - uma masculina disse abruptamente, vinha de um dos quadros.
Harry ainda zonzo com a viagem pode ouvir alguns passos vindo em sua direção.
_Oh céus, chegaram Alvo, chegaram! - uma bruxa dessa vez anunciou ao mesmo tempo que a barba prateada de Dumbledore surgia diante dos olhos de todos.
Harry se pondo de pé ficou diante do gabinete do diretor, a figura alta do bruxo bem a sua frente.
_Penso que ocorreu tudo bem...
Harry sorriu.
_E aonde está? - Madame Cornélia indagou em grande curiosidade.
Harry levou sua mão a um dos bolsos e sob o olhar de todos apanhou a negra pedra em forma de losango com a serpente vermelha reluzente, a pedra da taça de Salazar Slytherin.
_Restam cinco - Tolkien chegando ao gabinete ao lado da Profa.McGonagall falou.
_Exatamente - Harry foi ligeiro.
_Infelizmente você sabe que terá de destrui-la não Sr.Potter, como fez com o diário, os Horcruxes devem ser destruidos...
_Havia me esquecido - Harry observando ofuscadamente o seu reflexo na pedra murmurou.
_É normal - a Profa.McGonagall se manifestou enquanto se aproximava para ver a pedra detalhadamente - Já fazem três anos que destruiu o primeiro Horcruxe.
_Penso - Dumbledore em voz baixa desviou toda a atenção para si - Que Tom sentirá um sinal de perda referente a mais uma parte de seu corpo perdida, devemos ser cautelosos ao destruir.
_Cautelosos? - Tolkien repetiu crédulo. - Em qualquer momento que destruirmos Voldemort sentira...
_Certamente que sim, dessa forma destruiremos essa noite mesmo, assim este Horcruxe está por definitivo eliminado.
Embora extremamente cansado e dolorido, Harry concordou, já que havia passado tudo aquilo para apanhar a pedra, que se destruisse na mesma noite e encerrasse de uma vez.
_Como a destruiremos Alvo? - Minerva indagou - É uma pedra de Salazar Slytherin, extremamente protegida por encantamentos quase inquebráveis...
_Sim Minerva, sim, fortes encantamentos, mas tenho a certeza de que se unirmos Prof.Flitwick com Prof.Tolkien obteremos a resposta.
_Como? - Tolkien disse.
_Por favor Flavour, chame o Prof.Flitwick ao meu gabinete, diga que o precisamos por poucos minutos.
_São poucos passos - o quadro falou gentilmente.
_Ou poucos quadros - Sra.Modley Gringotes murmurou em tom divertido.
_Teremos de usar algum feitiço? - Minerva perguntou, seus cabelos presos em um alto coque no alto do cocoruto da cabeça.
_Extatamente, Prof.Flitwick nos dirá qual o melhor feitiço, Prof.Tolkien como desencantar a pedra e eu direi como destrui-la...
_Será aqui em Hogwarts mesmo Alvo? - Madame Cornélia indagou.
_Com certeza não - Dumbledore respondeu - Na melhor das hipóteses teremos de ir até o pico da tumba.
_Tumba? - Harry repetiu. - Tumba de quem?
_Infelizmente por enquanto não pode saber, no tempo certo...
Ao mesmo tempo da resposta de Dumbledore a porta se abriu e automaticamente todos olharam para baixo, o Prof.Flitwick chegava ao gabinete.
_Boa noite...
_Boa - Dumbledore querendo ser ligeiro cumprimentou. Pela primeira vez Harry percebera que enquanto em Crovotus Cadaverus era de tarde, ali, em Hogwarts a noite já chegara.
_Como pensei professor, precisaremos de um feitiço Compressivo.
_Muito pergoso! - Minerva exclamou se adiantando - Não podem usar!
_Não tão perigoso assim Minerva - Tolkien falou em tom sério, Harry pode perceber que Lenna, Susana e Cho o olhavam com extremo interesse, nem ao menos piscavam. - O que sugere Prof.Flitwick?
_Bom, no caso da pedra não poderemos utilizar algo menor que Quinatruz, é arriscado, mas é o único feitiço que pode destrui-la, penso que terão de...
_Ir a tumba não? - Tolkien completou.
_Sim professor, exatamente, a tumba ajudara.
_Me dê a pedra um instante Sr.Potter - Tolkien pediu e Lenna apanhando a pedra das mãos de Harry entregou-a ao professor.
_A serpente! - Hermione disse abruptamente.
_Equipe - Dumbledore em voz alta falou - Voltem aos seus dormitórios, Sr.Potter, Srta.Granger e Sr.Weasley peço que retornem dentro de uma hora, até lá, se alimentem e tomem um banho, assim que chegarem partiremos.
Todos concordaram de imediato. Harry, Hermione e Rony desviaram um olhar a pedra nas mãos de Tolkien e após se entreolharem deixaram o gabinete. Descendo a escada circular, enquanto a Equipe se dispersava para seus dormitórios, os três seguiram para o quadro da Mulher Gorda.
Adentrando o salão comunal, Rony jogou os casacos em uma das poltronas vermelhas e se virou para Hermione ao mesmo tempo que Harry.
_O que tem aquela serpente, você já a tinha visto antes, qual o problema?
_A tumba! - Hermione revidou - A serpente e a tumba, eu sei o que é e o porque teremos que ir até esse lugar.
_Então diga! - Harry disparou.
_Quando estávamos no segundo ano, exatamente quando a Câmara Secreta abriu, recebi um pergaminho, era velho, não sei se recebi na verdade, apareceu na minha cama, a janela estava aberta, a cortina também...
_Tudo bem, e o que dizia nesse pergaminho?
_Esperem, tenho de contar os detalhes...
Rony e Harry se sentaram, Hermione por sua vez se manteve de pé.
_No pergaminho não dizia nada...
Rony pareceu decepcionado.
_Mas tinha duas figuras...
Harry nem ao mesmo piscava.
_A serpente da pedra e logo ao lado uma tumba, bem em meio a essa tumba havia a mesma figura de serpente, igual, cor e tudo, deve ter alguma relação entre a pedra e a tumba que vamos visitar hoje.
_Mas que relação seria essa? - Rony indagou em tom indiferente.
Harry apanhando sua varinha se levantou.
_Está claro...Lacarnum Inflamari!
Um feixe de fogo explodiu na lareira acendendo-a.
_O que está claro Harry? - Hermione falou.
_Você sabe Hermione.
_Será que dá para pararem de você sabe ou não sabe!
_Não pode ser Harry - Hermione sussurrou.
_E porque não? - Harry retrucou - Ele viveu há mil anos...
_Alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui?! - Rony se pondo de pé disparou.
_A tumba é de Salazar Slytherin! - Harry respondeu em voz alta. - As serpentes são as mesmas, a tumba é dele.
_Mas porque a Hermione, bem a Hermione, recebeu um pergaminho desse, deve ter alguma coisa ai...
_Pode ser, mas a questão agora não é o porque do pergaminho ter aparecido e sim porque Dumbledore não quis contar que era a tumba de Salazar.
_É simples garota - a voz de um homem disse às suas costas, vinha do maior dos quadros na parede, era um novo bruxo, jamais estivera ali. - Me desculpem, não me apresentei, me chamo Howard Ryan III, estou no salão de Grifinória agora...
_Porque então ele não quis dizer? - Hermione se aproximando do quadro indagou.
_Tem algo a mais nessa tumba além da serpente, dúvido que saberão está noite, realmente não posso contar, pois caso fizesse isso impossibilitaria de você, Sr.Potter, realizar o feitiço Compressivo, é muito perigoso. Somente posso revelar que ele virá ao mesmo tempo que o Horcruxe correspondente tiver seu momento...
_Então quer dizer que há um Horcruxe na tumba?
_Não estou dizendo nada Srta.Granger, a senhora deduziu isso, devo alertá-los, prestem muita atenção, não façam nada além do que o Prof.Dumbledore ordenar, a tumba possui magias negras extremamente poderosas e não há efeito, repito, não há efeito que possa reverter seus encantamentos, sendo assim, não ousem arriscar.
_Tudo bem - Rony disse indo rumo a escada circular que levava aos dormitórios. - Vou tomar um banho.
Hermione e Harry trocaram olhares sérios e logo em seguida partiram para se aprontar.
Ao passar dos minutos naquela noite fria e realmente misteriosa, Harry pode sentir vários calafrios correrem por seu corpo, somente se desvencilhou dos ininterruptos calafrios assim que bateu a porta de carvalho do gabinete do diretor.
_Entrem - a voz do mesmo pediu.
Harry abriu a porta ao mesmo tempo que uma luz vermelha quase cegante lhe cercou o corpo e iluminou o corredor às suas costas. Rony e Hermione se afastaram com a forte luz. Mesmo em meio a dificuldade para enxergar, Harry adentrou o gabinete e diante de uma cena extraordinária ficou diante das chamas dançantes do Cálice de Fogo, Dumbledore, Tolkien, Flitwick e Minerva mais ao lado.
_Temos de ser ligeiros, o Cálice nos permitira um tempo crucial, por favor, apanhe a pedra Harry, Srta.Granger, Sr.Ronald se aproximem, toquem nas chamas, iremos em seguida.
_Não irá os queimar - o Prof.Flitwick percebendo a cara de espanto de Rony alertou-o.
Harry sentindo que o momento realmente necessitava de ligeireza, apanhou a pedra das mãos de Tolkien e trocando um olhar rápido com o professor foi rumo a luz vermelha e assim penetrou suas mãos nas chamas, um calor rápido lhe invadiu ao mesmo tempo que as chamas lhe cobriram o corpo e vendo somente uma figura distorcida a sua frente Dumbledore com um gesto de sua varinha o fez sentir queimar por um segundo, fechando os olhos com a recente dor caiu em um local extremamente frio e com o choque se afastou do fogo, abrindo os olhos novamente pode ver uma estátua em forma de dragão cuspir fogo. Um novo corpo vinha por ele. Era o de Rony.
_Aonde estamos? - Hermione vindo em seguida indagou.
_Por aqui, teremos de chegar ao pico da montanha, lá encontraremos o local da tumba, não devemos nos demorar mais.
Dumbledore com um giro de sua capa seguiu por em meio ao ralo gramado e em uma neblina fria e espessa o caminho foi se tornando inclinar e silencioso. Harry, Hermione e Rony não falavam nada, somente com os olhos acompanhavam o diretor, Tolkien e Prof.Flitwick, enquanto que no céu o grande oceano negro parecia infinito, alguns borrões prateados.
_Estamos perto - Tolkien enunciou assim que diante dos olhos, uma grande concentração de montanhas com um elevado pico se fizeram.
_Feitiço Compressivo? - Rony perguntou em voz baixa a Hermione.
_Simultâneo Sr.Weasley - a vozinha perdida do Prof.Flitwick surgiu de algum lugar. - É um feitiço que liga um objeto a sua verdadeira localidade, é realmente muito raro o momento em que se pode utilizar um feitiço desse...
_E Quinatruz professor, o que é? - foi a vez de Hermione indagar.
_Quinatruz é o único feitiço Compressivo que em sua utilização funciona, existem mais dois feitiços, embora bastante poderosos, nunca obtiveram resultados.
_Finalmente! - a voz de Dumbledore sussurrou calmamente. - O pico.
Harry acelerou os passos chegando finalmente ao ponto mais alto, seus olhos estupefatos com a paisagem pousaram abaixo, as ondas de um majestoso mar lutava contra as rochas, as águas reluziam o negro céu. Mais ao lado, muito próximo do pico, uma passagem de rochas realmente fina, ela seguia para baixo, parecia ser uma passagem extremamente bem ocultada.
_Isso mesmo Harry - Dumbledore disse - Prosseguiremos por ai.
Indo a frente, Dumbledore desceu um degrau e seguiu pelo caminho, qualquer deslize cairiam no mar, nas violentas ondas.
_Cuidado - o Prof.Flitwick indo por último pediu. Como era o menor dentre todos foi o que menor obteve dificuldades pela passagem.
Descendo cada vez mais próximo das águas, Harry se virou ao mesmo tempo que Dumbledore despareceu a sua frente e seus pés escorregaram em uma poça de lodo, batendo com a cabeça na rocha, seu corpo escorregou de lado, sua mão agarrou uma pedra deformada, também escorregadia.
_HARRY! - Hermione berrou e Tolkien apanhando sua varinha lançou um feixe vermelho, com uma solavanco estrondoroso Harry sentiu seu corpo ser alavancado até que pudesse chegar a passagem.
_Tudo bem? - o professor perguntou agitado.
Harry acenou positivamente com a cabeça, estava dolorida devido a pancada.
_Aonde está o Prof.Dumbledore? - Hermione indagou olhando para os lados.
_Já adentrou o corredor Srta.Granger.
_Corredor?
_Sim Sr.Weasley, logo verão.
Harry um pouco zonzo e atento a cada passo se virou no final da passagem e uma rocha com a figura de um raio se abriu para que pudesse adentrar um frio e escuro corredor de rochas.
Mais ao fundo podia se avistar a barba prateada de Dumbledore, sua varinha se elevando a altura de uma figura de serpente.
_Não se aproximem muito - pediu se virando para a figura.
Assim que Flitwick passou pelo raio, as rochas se fecharam, inclusive o raio, em meio a escuridão um feixe verde disparou da varinha de Dumbledore e a serpente foi cercada pela luz, se movendo pela parede, no local aonde estava seu corpo, havia três figuras desconhecidas, ambas com um vermelho vivo, sangue.
Sob um silêncio incômodo Dumbledore tocou sua varinha primeiramente na figura central, postumamente na terceira e por último na primeira. A cobra ao lado se esfiapou em uma fumaça cinza, as rochas se rasgaram ao mesmo tempo que mais um corredor com várias tochas se revelou. Era cego.
_Estamos perto agora.
Dumbledore foi a frente, como sua varinha estava ao punho, Harry imaginou que algo realmente muito perigoso deveria haver depois daquela rocha. Seguindo vagarosamente, a cada passo em frente as tochas, uma labareda de fogo surgia, indo muito mais a frente, Dumbledore iniciava uma descida por uma sequência de escadas.
Assim que Harry também iniciou a descida, Tolkien e Flitwick apanharam suas varinhas.
_Tem algo perigoso aqui? - Harry indagou ao primeiro professor.
_Melhor não conversarmos Harry.
Harry de imediato entendeu que o silêncio deveria ser total. Atingindo o final da escada uma luz vermelha iluminou Dumbledore, vinha de uma abertura na parede. Harry correu a se adiantar até o diretor. Com um giro da varinha, a rocha se rasgou por completo e uma disparada de cobras surgiram.
_DESNERIUS! - um raio dourado atingiu as cobras. - CORRA HARRY, SIGA EM FRENTE!
Harry adentrou o local totalmente vermelho, passos o seguiam, não pode olhar para trás, deveria fugir das cobras, os raios também o poderiam atingir.
_EXPELLIARMUS! - a rocha a sua frente estorou. Não parando um segundo sequer chegou a uma sequência de rochas, aonde por elas caiu, rolando uma cobra lhe voou rumo ao pescoço.
_DESNERIUS! - a voz de Hermione enunciou e em um fiapo a cobra se dissipou.
Seguindo incansavelmente virou em um novo corredor e diante de uma gigantesca caveira de fogo, dois raios lhe dispararam ao lado dos ouvidos atingindo a criatura, sendo quase inúteis, recuou, Hermione e Rony ao seu lado. Erguendo sua varinha, os três berraram:
_DIFARNIUS! - três jatos negros explodiram em meio ao fogo e a caveira em um explosão abriu uma rocha, mais ao fundo, uma tumba velha, dourada e coberta por diamantes verdes. Em pé, a tumba alta e majestosa estava em meio a uma roda de fogo, bem ao meio uma figura de serpente que se movia, uma pedra que faltava, a pedra real de Salazar Slytherin.
_Conseguimos! - Rony exclamou com os olhos brilhando. Alegre saiu a correr rumo ao buraco, assim que o atravessou uma das labaredas de fogo em volta da tumba lhe atingiu o peito, jogando-o longe.
_RONY! - Hermione e Harry berraram juntos.
_Vai Harry - Hermione disse - Eu volto com o Rony, vai, VAI!
Harry se levantou e com a pedra em mãos adentrou o buraco rumo a tumba, um raio de fogo disparou em sua direção.
_PROTEGO! - a voz de Dumbledore urrou projetando um escudo prateado.
Harry diante da proteção somente viu os raios se dissiparem. Chegando até a roda de fogo, a barreira se desformou e observando um livro sob uma pequena pedra observou um buraco, o formato perfeito da pedra. Levando o objeto ao buraco, apanhou sua varinha e apontando-a para o objeto enunciou, com a maior força que poderia.
_QUINATRUZ! - como se algo tivesse lhe arrancando a vida, um vulto disparou de sua varinha e deixando de ser cinza para se tornar prateado, a figura mergulhou na pedra e o livro se queimou, uma explosão de chamas o destruiu restando somente a pedra em fogo que flutuando nas mãos do vulto pousou sob o buraco na tumba, a serpente ao centro brilhou intensamente, Harry pensou que fosse ficar cego.
_SAI DAI! - a voz de Tolkien gritou.
_COLOPORTUS! - a de Dumbledore puxou Harry e com uma explosão de chamas, a tumba se irrompeu em fogo, a pedra ao centro se cravou definitivamente na estátua e se dissipando, a figura vermelha se apagou, estava destruida, mais um horcruxe havia sido destruido. - Está feito, está feito.

Durante o caminho de volta Dumbledore deixou bem claro que Harry, Rony e Hermione deveriam descansar, a cada dia a situação se tornaria mais dificil e com um ataque tão grandioso à Beauxbatons resultando na morte de mais de mil alunos, todo cuidado seria pouco.
_Aos poucos chegaremos Harry - ele disse assim que chegaram ao gabinete.
_Acho que sim - Harry exausto murmurou.
_Podem ir, penso que precisarão repousar muito.
Harry poucas vezes apreciou tanto a sua cama e o conforto do dormitório quanto aquela noite. Estava tão cansado que ao se deitar pensou que nem se dormisse por uma vida toda poderia se recuperar.

No dia seguinte Dumbledore autorizou à Rony, Harry e Hermione que faltassem das aulas. Embora a idéia parecesse conveniente e de certa forma necessária, Hermione se recusou e voltando as aulas em um ritmo invejável, Harry e Rony não poderam ficar por menos.
Na altura do jantar, os comentários sobre os alunos que haviam sobrevivido à Crovotus Cadaverus se intensificavam e pela quinquagésima vez Harry contou tudo que ocorrera aos colegas de Grifinória, como Cho e Terêncio entretiam a mesa de Corvinal e os de Lufa-Lufa e Sonserina os seus, o silêncio parecia surpreendente.
PÁ! PÁ!
Em meio a quietação as duas portas de carvalho se escancaram e Sibila adentrou o salão correndo, rumava a mesa dos professores, os olhos de todos pousaram sob a figura da bruxa, inclusive o de Dumbledore e de todos os professores. Ofegante, a professora parou diante da mesa e murmurou algo inaudível aos alunos, Dumbledore ao lado de todos os professores se levantaram e sob uma cena jamais vista, sairam a correr dentre as mesas.
Ao mesmo tempo que o silêncio permanecia, os cochichos rasgaram as mesas.
_O que será que houve? - Hermione comentou, o agito de todos somente se elevando. - Deve ser sério, para chegar a isso.
_Pelas barbas de Merlim! - a voz de Simas exclamou ao lado de Harry, seus olhos pousados na mesa dos professores - Cliodne...
Quando Harry se virou pode ver a misteriosa bruxa parada no mesmo lugar em que Dumbledore estava à milésimos.
_Não pode ser! - Hermione murmurou para si mesma, estava em estado de estupefação.
_Dizem que ela tem as mesmas habilidades do Dumbledore - Dino Thomas disparou sendo direto.
_Como vejo - a bruxa disse e o silêncio reinou - Todos me desconhecem...o Prof.Dumbledore juntamente com os outros professores foram diretamente para a Delegação búlgara Durmstrang, neste exato momento está havendo um ataque e diante da situação o diretor me pediu que assumisse as atividades em imediato. Primeiramente, me chamo Cliodne...
O salão com uma velocidade estupenda se rompeu em cochichos altos e desenfreados.
_Silêncio! - Cliodne severa impôs - Como felizmente em minhas habilidades constam as de Adivinhanista, temo que Durmstrang na realidade não tenha sido atacada e que isso somente seja uma emboscada para que Vocês-Sabem-Quem nos ataque, certamente que para isso ele necessitará passar pelos portãos de Hogwarts e por isso jamais me deixo por menos. Sr.Flich! Rúbeo, fechem, com gentileza, todas as passagens de entrada...
_Imediatamente! - Filch disse disposto, com Hagrid ao seu lado, deixaram o salão.
_Sr.Frei, Nicholas e Barão, Srta.Norberta, vigiem as entradas e me avisem se avistarem algo diferente.
Os fantasmas residentes das casas deixaram o salão ligeiramente.
Ao mesmo tempo que as ordens de Cliodne eram acatadas de imediato, as portas do salão se escancararam novamente e vários vagões passaram rente as janelas gigantescas, alguém estava chegando.
_SEJAM BEM VINDOS! - Cliodne séria disse aos recém chegados, Harry de pé pode ver mais de mil alunos de Agatston adentrando o salão. - HOGWARTS! Agatston estará ao nosso lado em nossa batalha, como o próprio Prof.Dumbledore disse, reuniremos o maior Império e com ele derrotaremos.
Enquanto os alunos chegavam e se acomodavam Cliodne em velocidade seguiu com as ordens.
_Os outros fantasmas avisem aos trasgos, os elfos, os centauros, os Arqueveiros e os gigantes, peça para que se ocultem na Floresta Proibida.
Os fantasmas restantes também deixaram o salão.
_Vocês deverão jantar, depois apanharem suas varinhas, os que possuem capa de invisibilidade, as apanhar, ao que possui o Mapa do Maroto peço que me empreste, quero saber a localização exata de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, em poucos minutos deverão chegar à Hogwarts, armados com flechas, deveram estar em um número extraordinário, com dementadores e os gigantes restantes que não vieram para nosso lado, peço que se alimentem, receio que lutaremos muito e não há certeza de volta.
Harry e Hermione se entreolharam assustados, as mesas se fartaram em comida, a maioria jantava e conversava ao mesmo tempo, estavam estagnados com as palavras de Cliodne.
Sob uma situação mortificante, todos conversavam com o coração já disparado.
_Chegaram! - Cliodne se pondo de pé na mesa dos professores anunciou - Devem pensar que não há ninguém para detê-los...
Diante do anuncio de Cliodne todos pararam de comer, o coração de Harry acelerou, todos ao redor se entreolharam, houve um grito de dor do lado de fora, os castiçais por todo o salão se apagaram, a lareira em sequência, as pequenas portas no teto se fecharam, o silêncio prevaleceu em absoluto por todo o lotado salão, a maioria respirava acelerado. Houve um novo grito do lado de fora, um raio rasgou o então céu escurecido, novos trovões dominaram a tempestade, houve urros de dor, o salão se escureceu de forma ainda mais pavorosa, o silêncio prevalecia.Um novo grito e uma porta longe do salão se escancarou, era a do saguão de entrada, haviam entrado, somente uma porta para o salão, como os raios vorazes no céu, Harry tremeu, seu coração saltava dentro de seu corpo, quando em meio ao silêncio pode-se escutar vários passos indo em direção a porta de entrada do salão, os alunos silenciosamente tiraram suas pernas debaixo da mesa e se viraram para a porta, todos olhavam-a com repreensão, medo e receio. As varinhas estavam apontadas, a qualquer momento invadiriam, foram os piores segundos que Harry passou, pensou que sairia correndo se pudesse, para um lugar aonde não teria que lutar tão diretamente, mas já era tarde, com ligeireza a porta com um estrondoso feitiço se escancarou e a cena mais chocante que Harry já vira se revelou, Voldemort à frente era seguido por milhares de Comensais da Morte, estavam por todos os lados.
A cena de seus poucos passos de entrada no salão foram lentos e vistos como se o tempo estivesse parando. Assim que Voldemort somente elevou seu braço vários raios cruzaram o salão e a armadilha chegava ao seu fim. Restava somente saber se quem iria perder era a caça ou o predador.

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