CARTA, FUGA E REVELAÇÃO



_Quem é você? - Lílian ao lado de Harry perguntou, os bruxos na sala torcando comentários rápidos, as chamas na lareira se intensificando.
_Minha amiga, Hermione Granger...
_A senhora quem é ? - Hermione na pressa indagou, suas mãos tremiam na expectativa de contar o que sbia.
Antes mesmo que Lílian pudesse responder Hermione trocou um olhar com Harry e nem precisou aguardar.
_É um prazer cohecê-la, nossa! Você se parece com ela Harry...
_Tem chegado aos meus ouvidos excelentes comentários sobre a sua pessoa...
Hermione sorriu, parecia ver nos verdes olhos de Lílian os verdes olhos de Harry.
_Querem ir para um lugar aonde possam conversar melhor? - Tiago espantando Hermione disse, a figura do bruxo chegando ao local dos cumprimentos.
A garota assim que o viu estendeu sua mão para cumprimentá-lo, Tiago sorrindo com a inesperada reação também estendeu a sua.
_Precisamos Hermione? - Harry perguntou em voz baixa, mais comentários varreram a sala.
_Ah...não, todos podem saber...é uma excelente notícia...
Cliodne sob um rodar de capas andou pela sala, o silêncio se fazendo sob sua velocidade, parando ao lado de Hermione disse, sua voz suave quase que em um murmúrio:
_Boas notícias sempre são bem vindas...
Harry trocou um olhar com Hermione, sua boca quase boquiaberta.
_Pelas barbas de merlim...a senhora é...
_Prazer Srta.Granger – Cliodne abruptamente disse enquanto estendia sua mão para cumprimentar.
Hermione após cumprimentá-la se virou para todos, um sorriso simples no rosto alegre, Harry não via a garota bem desde antes dela adentrar a Arena.

_Não desejar sentarr querridar – a voz de Madame Maxime indagou, mesmo a bruxa sentada a atura já chegava a de pé de todos os outros.
_Não não, obrigada...bom...primeiro tenho de entregar essa carta à Harry, depois posso confirmar o que tenho para dizer...
Harry apanhou a carta e a abrindo se deparou com a letra da Sra.Weasley, os olhos o fitando na expectativada excelente notícia.

Querido Harry
Há pedido de Rony lhe escrevi essa carta...

Harry parou. Desviou um olhar à Hermione e à Laverne de Wenlock que parecia extremamente curioso e receoso que a mãe de Rony lhe culpasse pela morte do filho prosseguiu, a esperança lhe invadindo o peito.

...para esclarecer o que realmente houve na Arena.
Antes, deixe lhe informar que Rony está neste momento no hospital St.Mungus aonde após esses três meses está quase recuperado. A Curandeira Smelfings disse que na flecha que entranhou seu corpo havia um componente mágico usado nas celas de Azkaban para garantir que qualquer um que a toque fique mortificado e preso.
Quem salvou Rony dessa terrível realidade foi um vampiro chamado Sir Herbert Varney . De acordo com que escutei assim que Rony foi atingido você e Hermione sairam correndo para a entrada da Arena aonde apanharam a chave do portal e partiram.
O Sr.Varney estava por perto quando isso ocorreu e ajudou Rony à chegar à chave do portal e se salvar apesar de quase morto.
Como a entrada da Arena se situava na cabana de Hagrid, logo que o viu, chamou Minerva e juntos o levaram ao St.Mungus.
Rony perdeu a memória por algumas semanas, felizmente sob os medicamentos a recuperou por completo.
Dessa forma pode nos contar o que houve após vocês deixarem a Arena, alguns Curandeiros achavam impossível salvá-lo, todos para ser sincera, com exceção de Smelfings que não desistiu e por essa persistência o salvou. Rony está mais vivo do que nunca!

_É verdade Hermione, é verdade que Rony está vivo, ele está vivo?
_É Harry, está vivo! VIVO!
Uma alegria imediata invadiu Harry, era tudo muito bom para um só dia.
_Nossa, a Sra.Weasley deve estar tão contente, estou tão aliviada que poderei vê-lo novamente, não consigo imaginar nós dois sem aquela cabelera ruiva...
Os olhos de Hermione pareciam brilhar sob a notícia. Várias palmas de felicidade vieram dos bruxos.

_Tudo certo Alvo – Tolkien ficando de pé abruptamente disse, seus olhos pausados em um relógio acima da lareira. - Devemos partir...
Dumbledore puxou um relógio próprio de doze ponteiros de dentro de suas vestes e o olhando se virou para todos.
_Está na hora, vamos...
_Harry! - sua mãe o chamou. - Fique aqui, voltaremos em breve...
Harry assentiu com a cabeça, se sentiria incomodado de ter ficado sozinho, mas já que Hermione estava ali, não se importava.
No momento seguinte todos os bruxos deixaram a casa, um silêncio monótono dentre eles, não havia cochichos nem olhares,somente passos rápidos rumo a rua. O relógio acima da lareira registrava dez e meia da noite.

_O que vão fazer? - Hermione perguntou, sua expressão misturando contentamento e preocupação.
Harry e ela se sentaram em um dos sofás e ao longo de muitos minutos contou sobre a cilada, como a amiga já sabia sobre a Sociedade Armada fora fácil o restante.
_Mas é claro! - Hermione bradou. - Voldemort está no prédio ao fim da rua, se você olhou para lá e sua cicatriz doeu tanto, ele só pode estar lá...
Harry se virou, ainda não tivera tempo em meio há tantas revelações de pensar realmente naquilo.
_Ele pode muito bem ter visto todos sairem e vir para cá...
Hermione se pôs de pé, sua expressão agora somente em preocupação, andando para cá e para lá, as mãos levadas à boca, os olhos fitados no chão lustroso.
_Não podemos ficar aqui Harry, mas também não podemos ir...
_Podemos sim! - Harry apanhando sua varinha disse.
Hermione lhe segurou pelo braço.
_Vamos...temos que sair daqui...
Harry se levantou e ao lado da amiga sairam a correr pela porta da sala, trancando-a assim que passaram desviaram um olhar ao prédio e Harry sentiu uma nova pontada lhe percorrer a cicatriz, embora fraca, algo lhe dizia que Voldemort já deixara o prédio.
Correndo pelas largas calçadas aonde os passos pareciam se perder no silêncio rumaram para a rua próxima aonde viraram assim que chegaram prosseguindo para a direita, um local cheio de becos, bares imundos e muito vultos negros ao fundo passando velozmente sob seus olhares, as poças negras de água molhando seus sapatos, o cheiro de podridão lhes invadindo as narinas, no alto, os corvos voando céu acima.
Harry assim que chegou ao terceiro beco sentiu algo lhe puxar e ao adentrar a escuridão um choque lhe varreu o corpo, caido ao chão, em uma poça de água extremamente gelada, em plena escuridão a voz de Hermione o chamava do lado de fora, parecia que a amiga não podia adentrar o beco, como se uma proteção a impedisse.
_ESTOU AQUI! - Harry gritou, vários passos se adiantando rapidamente.
_Não adianta gritar Potter...
Harry olhou para frente e pode ver em meio a escuridão uma capa rastejante vindo pelo chão, dois olhos vermelhos com pupilas verticais viperinas em meio a um rosto ofídico pálido vindo em sua direção, a varinha ao alto empunhada.
_CRUCIO! - a voz de Voldemort bradou e Harry sentiu uma dor insuperável lhe dominar, milhares de agulhas penetrando em sua pele. - CRUCIO!
As agulhas se cravaram, estavam rasgando a carne.
_Muito tempo não Potter... - sussurrou a voz aguda e fria de Voldemort. - Me impediu de conseguir a chave da Arena, a pedra filosofal e de ao longo de treze anos continuar o meu reinado...tem me privado de muitos privilégios Potter, acho que terei de privá-los de alguns também...
Harry com a dor ainda em seu corpo se levantou e com a varinha ao alto a apontou para Voldemort, vários ratos correndo pelo chão de pedra ao mesmo tempo que faíscas vermelhas pelo céu.
_Pensa em me azarar Potter – Voldemort em um tom frio murmurou. - Não pense nem em um dos seus maiores sonhos que essa tal Sociedade Armada lhe algum dia garantira uma vitória sobre meus poderes, não ouse se imaginar acima de mim Potter, não como ousou ressuscitar seus pais, eles poderam voltar a vida, já você...AVEDA KEDAVRA!
Um jato verde coriscou pelo beco e Harry pronto a atacar abriu sua boca, no mesmo instante um jato prateado cortou o ar e dissipou a Maldição Imperdoável.
Voldemort brandiu sua varinha e um jorro de luzes douradas se fez.
Dumbledore adentrando a escuridão se colocou a frente de Harry, uma grande barreira prateada o protegendo.
_Dumbledore... - Voldemort sussurrou.
_Boa noite Tom...
Voldemort sorriu, uma risada fria e alta.
_Como sempre muito inconsequente não Alvo, vir até aqui me desafiar, muito ousado...
_Penso que se precipitou Tom, você pode atacar vilarejos, escolas, cidades, bruxos, faça tudo que lhe pensa ser direito, somente posso lhe avisar que ao mesmo tempo estaremos lutando de uma forma muito mais astuta aos seus maiores planos, não há nada que faça que não possamos impedir...
Voldemort sorriu novamente.
_Declaro que sua humildade está noite me surpreende...
_Portus! - Dumbledore apontando sua varinha para uma pequena caixa com vários detalhes dourados ao lado enunciou. - Você deve ir Harry, vá para Hogwarts, logo nos reuniremos...
_Penso que não saira daqui jovem Potter...
Harry antes que pudesse se demorar apanhou a caixa e ao toque dela um jato negro riscou o ar em sua direção. Sem poder ver o que acontecera depois seu corpo foi puxado e passando por várias imagens borradas caiu com uma pancada em um chão frio e lustroso.
Se levantando viu que estava no gabinete de Dumbledore, a caixa caida ao lado, embora escurecido várias velas azuis com chamas verdes flutuavam muito ao alto iluminando, suas chamas dançantes iam borrando enquanto se moviam vagarosamente.
Os quadros por toda a sala dormiam, alguns roncavam, outros as vezes diziam rápidas palavras mas logo sob um sono profundo adormeciam novamente.
Mesmo em meio a um dos lugares mais seguros de todo o mundo Harry se sentia incomodado, o silêncio parecia somente lhe preparar para uma cilada própria.
Realmente não podia esperar que fosse voltar à Hogwarts no mesmo dia em que saira, em meio ao incômodo silêncio se virou para o único ser vivo no gabinete, Fawkes, a fênix de Dumbledore que naquele momento dormia em seu dourado e belo poleiro.
Sem querer incomodá-la Harry se dirigiu até uma cadeira em frente a mesa do diretor e se sentou, o Chapéu Seletor sob uma das estantes o encarando, ao lado uma espada de prata realmente afiada com vários diamantes, as chamas verdes a iluminando.

Vários minutos após aonde ninguém parecia o ter notado além do Chapéu as chamas na lareira se explodiram e Dumbledore surgiu no gabinete parecendo bastante agitado.
_Me desculpe pela demora...foi necessário, o anel de Arwen será destruido está noite, preciso ser rápido, toda a Sociedade chegara daqui a pouco...
Harry se sentou mais confortável na cadeira, por pouco não dormira enquanto esperava.
_Embora Voldemort tenha obtido realmente conhecimento da cilada, Arwen foi morto está noite, tudo ocorreu bem...
_E Voldemort, o que aconteceu com ele depois que fui embora?
_Também se foi, o único objetivo de Voldemort ao se incomodar a ir até o local da cilada era o de matar você, enquanto todos estariam preocupados com seu fiel comensal, ele estaria livre para agir, felizmente a Srta.Granger me chamou através de faíscas vermelhas, muita astuta, me surpreende...
_O anel - Harry disse. - Aonde está?
Dumbledore levou uma de suas mãos as suas vestes e apanhou um saquinho negro com várias manchas de sangue, virando-o de ponta cabeça um anel sujo, com cifras vermelhas bastante vivas caiu.
Harry sorriu, o diretor também.
_Preciso lhe falar Harry – ele disse, sua expressão agora muito séria. - Vou lhe explicar o que houve nesses três meses depois que a Arena se celou, explicarei o que são Horcruxes e o que Tolkien enquanto esteve sob efeito da Imperius fez em Hogwarts, receio que teremos o pior dos anos Harry, posso lhe alertar que dias difíceis virão, tenho consciência de que algo pior do que a Arena seria difícil mas penso que muitas dores terão de ser sentidas até que essa guerra acabe...
Fawkes em seu poleiro deu um pio triste e várias chamas nas velas muito ao alto se apagaram crepitando no momento seguinte em um vermelho ao invés de verde.

_Devo começar com algo mais recente...
Harry concordou com a cabeça.
_Durantes esses três meses após que a Arena se celou, Tolkien passou informações realmete importantes à Voldemort, Thomas há poucos dias se infiltrou como comensal, ao lado do Prof.Snape trazem informações a nós...
Tolkien levou à Voldemort informações que dizem respeito a vários encantamentos que protegem Hogwarts, entradas e saidas, locais de mais fácil acesso para um possível ataque e localizações de importantes objetos no castelo. Quando lhe disse naquela noite que Voldemort havia adentrado Hogwarts por uma das chaves do portal e que somente um professor poderia ter a liberado, Tolkien afirmou ter sido esse professor.
Em vários momentos Tolkien conseguiu se libertar da Maldição mas logo era tomado por ela com uma força muito maior, atualmente um ataque bem planejado à Hogwarts seria de um sucesso indiscutível.
Mesmo assim, diante das circunstâncias trabalharei juntamente com a Sociedade e os professores em uma proteção que possa ser usada em todas as escolas mágicas...

Um ronco extremamente alto surgiu de um dos quadros e Harry o olhando viu que se tratava de um velho bruxo de cabelos grisalhos ralos e olhos fundos.
_Um dos primeiros diretores... - Dumbledore disse. - Bom...
Harry se senotu um pouco mais ereto, sua atenção voltada ao diretor.
_Horcruxes...
Harry se sentou ainda mais reto, seu interesse sobre esses tais Horcruxes muito maior do que qualquer outro.
_Posso lhe dizer Harry que Voldemort quando decidiu se tornar um bruxo das trevas ficou diante de escolhas que definiriam sua vida por toda a eternidade, optando por ser o que acabou sendo, sua vida estaria à todo mundo correndo riscos, como era mortal, precisava torná-la imortal ou pelo menos protegida...
Realmente ao longo do sétimo ano de Voldemort em Hogwarts o observei estudando muitas magias negras de poderes desconhecidos ao lado de muitos outros bruxos, seu interesse se tornou tão grande que em todas as horas livres passava na biblioteca lendo sobre magias de diferentes pontos do mundo. Em um desses livros, enquanto buscava incansávelmente uma solução para ter sua alma protegida ou sua vida imortal achou algo definido como ´´Divisão de almas``. Não citando o nome Horcruxe, o parágrafo realmente curto dizia que a alma poderia ser dividida em até sete partes e que dessa forma seria de todo protegida.
Depois que se formou, Voldemort que já vinha se empenhando em tornar um bruxo diferente de todos, durante os quatro anos seguintes dividiu sua alma em sete partes e as cuidadosamente guardou em locais encantados aonde estariam protegidas de qualquer um.
Após dividir sua alma nessas sete partes, sete partes em objetos de extremo valor, não se sentiu protegido o bastante e decidiu optar pela maior trilogia mágica já feita em toda história bruxa, realmente muito perigosa e cheia de rituais negros, Voldemort se dedicou à trilogia dos espelhos. Como Lupin lhe falou na casa de Sirius durante aquela conversa antes do ínicio do ano letivo, em um resumo, essa trilogia se enfoca à três espelhos guardados em nosso mundo, Ojesed que se refere à desejo, Oderges que se refere à segredo e Ohnos que se refere à sonhos.
Juntos, o bruxo que ler a frase em cada espelho e os olhá-los terá um encantamento posto em sua alma, um encantamento que o torna imortal, porém somente o torna imortal se não for um bruxo das trevas, condição que não beneficiou Voldemort.
Mesmo sem esse beneficio, a outra parte da trilogia dava ao bruxo poderes muito antigos e fortes, fato que beneficiou Voldemort. Mesmo a imortalidade não o afetando, sua alma já protegida pelos Horcruxes receberia também uma proteção da trilogia.
Esse poder concedido por esses três espelhos apesar de quase insuperável foi não muito tempo depois superados por uma lenda. Uma lenda feita por uma família muita antiga e respeitada que alegava que a trilogia era voltada às trevas, temendo que os poderes pudessem ser usados extritamente para magia negra, essa família estudou ao longo de várias décadas um poder que pudesse superar os dados pela trilogia. Realmente houve um ritual final que garantiu esse tão aguardado poder...

Harry se lembrando da conversa que tivera com Tolkien olhou profundamente nos olhos de Dumbledore e sob mais um pio triste por parte de Fawkes continuou atentamente ouvindo.

_Essa lenda...essa tão poderosa lenda ficou conhecida com o a Lenda de Midna, levando o nome da família.
Ao longo dessa guerra Harry precisaremos não somente destruir esses sete Horcruxes como os três espelhos, após conseguirmos tornaremos Voldemort mortal e então a verdadeira batalha começara.
Mesmo parecendo fácil, devo alertar que somente um bruxo tem a capacidade de receber esses poderes, essa Lenda de Midna. Somente esse bruxo podera destruir os três espelhos sem atrair a Maldição, uma maldição que em suas consequências nunca foram levadas à tona, receio que seja algo no mínimo pior que a própria morte.
Esse bruxo Harry além de possuir os maiores poderes de todo o mundo poderá quebrar os espelhos e lutar ao nosso lado...
_O senhor acha que eu sou esse bruxo?
Dumbledore respirou fundo, as velas ao alto borrando a imagem dos quadros.
_Dúvido Harry, acho que dessa vez você será privado...
Harry do nada se sentiu invadido por uma agitação momentânea.
_Mas pelo que me parece somente quem tiver o poder dessa lenda podera matar Voldemort...
_Correto! - Dumbledore se pondo de pé exclamou. - Correto! - repetiu. - Porém precisaremos ao longos dos tempos descobrir quem será o bruxo que poderá possuir essa lenda e destruir esses espelhos, por enquanto o que podemos fazer é irmos atrás desses sete Horcruxes e destrui-los...
_Lupin me disse que um desses Horcruxes era o diário de Tom Riddle...
_Sim sim Harry, o único Horcruxe que está destruido, precisaremos achar os seis restantes, os anéis nos levaram ao segundo, temos várias suspeitas...
_A espada, a taça...
_Perfeitamente! Desde que soube que Tom havia dividido sua alma em sete partes e que a trilogia o havia beneficiado, algo que um dentre um milhão de bruxos poderia ter conseguido, resolvi pesquisar ao longo de todos esses anos o que poderiam ser esses sete Horcruxes, até agora somente dois são certeza...
O diário e os anéis..., depois teremos de confirmar a espada...
Dumbledore apontou uma de suas mãos para a lustrosa espada de Godric Gryffindor ao fundo do gabinete realmente agitado, as chamas agora avermelhadas pareciam formar um rosto acizentado.

_A taça de Helga Hufflepuff, o medalhão de Salazar Slytherin, o corpo de Berta Jorkins e a cobra Nagini...
_O sétimo... - Harry prosseguiu – Voldemort...
Dumbledore diante daquelas palavras parecia ter recebido uma notícia violenta, seu rosto havia se mortificado enquanto muito sério olhava para Harry.
_Receio que o sétimo Horcruxe una duas pessoas a um só pedaço da alma...
Harry ergueu suas sombrancelhas.
_Voldemort e mais um bruxo formam o sétimo Horcruxe...
Harry se sentiu como se acabasse de ter levado uma pancada na cabeça.
_Claro que são suspeitas, apesar de muito fortes, somente suspeitas...
_Mas professor... - com a voz fraca falou.
_Sim Harry, receio que sim...
Harry olhou para uma das chamas que crepitavam na lareira e como se seu corpo queimasse como elas desviou seu olhar à Dumbledore, o diretor parecia ainda muito agitado.
_Em poucos minutos com a chegada da Sociedade partiremos para destruir o anel...
_Eu também?
_Sim Harry, você também, já está em idade sulficiente para suportar certas consequências...
Harry balançou a cabeça positivamente.
_Antes de tudo...devo infelizmente lhe dar a notícia de que deverá ficar em Hogwarts, seus pais juntamente com a Sociedade farão viajens dispersas e precisaremos manter você aqui...
_Mas meus pais, eu nem vi eles direito...
_Concordo que mesmo depois de catorze anos os ver em tão poucos minutos não é o sulficiente, mas lhe prometo que logo poderão ficar juntos, logo esse sacríficio chegara ao fim e vocês poderão se ver com mais tempo, mais dedicação...
Harry assentiu com a cabeça, não tinha saída.
Assim que Fawkes em seu poleiro estendeu suas longas e belas asas as chamas na lareira se tornaram verdes e vários bruxos foram adentrando o gabinete, a figura de Lílian e Tiago mais ao fim.
Harry os olhando como se despedissem novamente se voltou para eles e todos seguindo Dumbledore deixaram a sala.
O saquinho preto em mãos balançando sob o olhar ansioso de quase todos.
_Dumbledore já lhe disse que precisaremos viajar? - Lílian indagou em uma voz suave.
_Já, nem ficamos juntos...
_Tudo dara certo Harry – seu pai lhe respondeu. - Sua mãe e eu em setembro voltaremos, conseguimos cargos de ótimo nível no Ministério e começaremos em setembro juntamente com seu ano letivo, até lá teremos de ficar afastados, tudo ficara bem depois...
Harry sorriu.
_Você já é um mocinho hein – Lílian em tom dócil brincou.
Harry se sentiu corar.
_Fiquei sabendo que você é um excelente apanhador, Almofadinhas me disse que você ganha todos os jogos...
Tiago orgulhoso fitou o filho. As semelhanças entre pai e filho eram gritantes, havia somente uma exceção dentre tantas semelhanças, uma exceção aos olhos vivos e verdes, uma semelhança que o ligava a sua mãe.
_Falando dos marotos... - Harry ainda vermelho mudou de assunto. - Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas...
_Nunca gostei dessa fase – Lilían de imediato disse.
_Sinto saudades – Tiago em tom sonhador falou.
Três dos quatro marotos estavam naquele corredor, somente Pedro Pettigrew, Rabicho, se via ausente, ausente e em serviço às trevas.

_Meu amigo Tiago! - Sirius se juntando à Harry, sua mãe e seu pai disse em um tom alegre. - Gostava tanto de azarar Ranhoso...
_Sempre imprudente! - Lupin também se aproximando falou.
_Snape sempre foi um caso à parte, nunca gostei dele...
Harry poderia dizer o mesmo que Sirius.
_Acho que ele pega no meu pé só por causa de vocês...
_Não – Lupin negou rapidamente. - Severo sempre foi assim com todos, não vejo inveja, talvez uma dor, sua familía sofreu muito...
Sirius, Harry, Tiago e Lílian no momento seguinte olharam para Lupin surpresos.
_Vocês nunca souberam das tragédias na família de Snape?
Todos acenaram negativamente.
_Bom...já que entramos no assunto... Snape quando entrou para Hogwarts aos onze anos na mesma semana teve seu pai torturado, perdendo as forças a cada dia, todos apostavam que havia sido usado a Azaração Definus, todos os dias seu pai berrava e berrava diante da dor...
Nessa semana, Snape voltou para casa sob a notícia de seu pai, nessa época já era um bruxo difícil de lidar.
Nessa mesma semana sua casa foi invadida e viu sua mãe ser morta por um Comensal que nunca soube, torturado até quase chegar à morte, voltou à Hogwarts um mês depois de sua retirada e muito pior do que no começo se fechou à todos os amigos e grupos estudantis, sempre foi um bom aluno, rancoroso, porém bom aluno.
Diante das perdas, em muitos anos Dumbledore o chamou para passar o natal consigo e sua família, Snape recusou nos dois primeiros anos ficando sozinho em Hogwarts.
Sentindo que deveria aceitar os convites anuais de Dumbledore no natal de seu décimo sétimo ano, aonde atingia a maioridade, durante a festa entregou à Dumbledore o único ser que tinha no mundo, Fawkes, muito pequena ainda, disse com todas as palavras que Dumbledore era sua família.
Vendo que Snape dominava com perfeição as matérias de Poções e Defesa Contras as Artes das Trevas, Dumbledore assumiu Snape como mestre de Poções enquanto Quirell se mantinha como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Snape não é uma pessoa que quer se vingar por um passado difícil, mas sente a dor de perder seus pais e tudo o que tinha, passou festas de Natal sozinho, não tinha com quem conversar, com quem desabafar, se tornou um bruxo reprimido, apesar de tudo, hoje é um dos bruxos mais eficientes não somente para a Sociedade Armada como para o corpo docente de Hogwarts.
Snape somente é o retrato do que sofreu no seu passado...

Harry não poderia ter deixado de sentir mais pena de Snape, saber o que o professor passara seria admirá-lo hoje.
Mesmo diante dessa realidade tão triste, algo ainda muito triste deveria vir ao longo dos dias, se Snape tivera um passado aonde vira seus pais morrerem, Harry tivera um passado aonde seus pais haviam morrido por si e mesmo jamais esperando naquele exato momento estava ao lado deles, provando somente que nem sempre tudo que parece eterno na realidade se vai para todo o sempre.

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