Água x Fogo



—Capitulo onze
Água x fogo.


Lauren e Seth chegaram em casa ao inicio da noite. Haviam recebido alta mais cedo. Ligaram a TV e depararam-se com a noticia do seqüestro. Lauren não soube porque, mas algo em sua cabeça ligava aquilo a Stephanie. Pegou o casaco que havia acabado de tirar e tirou a pegou a chave, indo em direção a porta.
—Aonde você vai?—Perguntou Seth, sentando-se vagarosamente em sua poltrona, ainda sentindo o ferimento.
—Tenho que ir a um canto...—Disse, brevemente, saindo sem dar nenhuma explicação para Seth, que ficou olhando para a porta, perdido.
Saiu andando pelas ruas vazia, terminando de vestir o casaco. Algo em sua cabeça dizia insistentemente que aquilo tudo tinha relação com sua irmã. Stephanie. Desde que a vira no dia anterior, não conseguia tirar da cabeça seu olhar frio. Suas palavras. Lauren ainda sentia cada uma magoar seu coração.
Balançou a cabeça negativamente. Teria que tirar aquilo da cabeça de uma vez, encontrar Stephanie e saber o que diabos estava acontecendo com ela. Era tudo o que pensava em fazer naquele instante.

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Pedro havia fechado os olhos com força. Esperava o seu “golpe final”. Porém, tudo que escutou foi um baque e o som da água movimentando-se ao redor. Abriu lentamente os olhos, a vista meio embaçada. A sua frente, uma figura negra, de costas. Stephanie estava caída no chão, sentada. Parecia furiosa e encharcada.
—O que esta fazendo, Krum?—Perguntou Stephanie, levantando lentamente.
—Não posso deixar que mate ele...—Respondeu a figura, friamente.
Pedro reconhecia aquela voz. Mas sua mente ainda girava muito rápido para que pudesse reconhecer. Ergueu-se, apoiando as mãos no que restou da caixa de água. Seus ombros doíam e cada movimento fazia parecer que as facas ainda estavam cravadas neles. A figura notou seu movimento e virou-se.
—Oras, que bom que ainda pode se levantar. Você nunca me decepciona.—Sorriu. O rosto moreno, de feições duras, olhar e sorrisos glaciais. Aquele rosto...

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O cansaço havia lhe cominado por completo. Sentia os graves ferimentos no corpo olho perfurado da luta contra Bellatrix começava a latejar e jorrar sangue novamente. Sentia os sulcos criados pelos Avada kedrava pegos de raspão, repuxarem e doerem a cada movimento e seu braço esquerdo, quebrado em, pelo menos, dois pontos diferentes não lhe dava descanso.
Lucius Krum estava a sua frente, cansado e irritado, porém menos ferido. Questionava-se onde aquele maldito piromago tirava tanta força. Tanta vontade de lutar. Já havia usado seus melhores golpes, toda sua força, mas aquele filho da mãe não dava sinais de desistência, por mais que seu corpo estivesse ferido. Parecia ter apenas um fio de vida, mas não o largava.
—Não pense...em como me derro...derrotar...—Dizia Pedro, sentindo a respiração mais difícil.—eu só vou morrer se...se você morre...morrer junto...
Krum arregalou os olhos. Ele pretendia lutar até que os dois morressem? Filho da mãe! Não iria perder! Não para ele! Ele era Lucius Krum! Não seria derrotado por um piromago Zé ninguém!
—Cale sua boca!—Gritou Krum, fazendo toda a umidade do ar juntar-se numa enorme bola de água.—Feche-a para sempre!
Lançou a bola de água que foi com toda a velocidade para cima do piromago. Pedro colocou o braço direito em frente ao rosto para proteger, sendo arrastando até a parede. Assim que toda a água espalhou-se pelo chão, deixou o corpo cair de joelhos, os cabelos sobre o rosto.
Krum olhou-o por um tempo e sorriu. Parecia que Pedro Ravenclaw finalmente tinha chegado a seu limite. Sentiu uma grande alegria dentro de seu peito e riu alto. Havia conseguido! Iria matar-lo!
Aproximou-se lentamente dele. Pedro apoiava agora as mãos tremulas no chão, para não deixar o corpo cair. Lucius parou de frente para ele e puxou a espada. Iria terminar o sofrimento dele. Ergueu-a e posicionou a ponta acima da nuca do piromago. Com um sorriso triunfante e diabólico, desceu a espada...

***

—Lucius...—Disse Pedro, apoiando-se melhor na parede para ficar de pé.—você...
—Sim, meu caro...sou eu...—Disse Lucius, os braços cruzados sobre o peito, olhando para Ravenclaw, com um sorriso frio no rosto.—surpreso.
—Muito...—O piromago colocou a mão esquerda no ombro direito. Lucius observou o movimento.—não pensei que tornaria a aliar-se com Voldemort.
—Pois é...—Respondeu Lucius, observando que Pedro repetia o processo, dessa vez com a mão direita no ombro esquerdo.—e vejo também que ainda pode curar ferimentos com a piromancia.
—Sim...—Tirou a mão o ombro e girou eles, estalando fortemente as juntas.—Mas não entendo...por que? Você nunca pareceu apoiar Voldemort...mas sempre está do lado dele quando ele ressurge.
—Isso não te interessa...—Disse Lucius, sério agora.
—Krum...saia daqui...essa luta é minha!—Exclamou Stephanie, levantando-se furiosa.
—Vá para casa, neném...—Disse Lucius, desdenhoso, sem olhar para ela.—cuidar de sua mamãezinha antes que o lord descubra que está escondendo-a.
—Ah! Co...—Stephanie arregalou os olhos, estarrecida.—como você...
—sabe?—Completou Lucius, olhando para ela por cima do ombro.—Não te interessa. Agora vá!—Virou-se novamente para Pedro, o sorriso voltando ao seu rosto.—Essa luta é minha.

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Amanda saltou rapidamente para trás, quando a espada negra de Henkor criou vida e pôs-se entre ele e a espada vermelha da garota, tentando atacar-la logo depois. Parou entre alguns cabides de roupas, enquanto Henkor levantava-se, calmo.
—Entendeu agora por que não pode me derrotar?—Perguntou Henkor, tirando a espada da cintura e fazendo-a reduzir ao tamanho normal.
—Hum...—Amanda posicionou a espada em frente ao corpo.—acha que isso é tudo?
Encararam-se por alguns segundos antes de partirem um contra o outro. As espadas se encontravam, espalhando um tilintar metálico pelo ambiente. Giros, saltos, defesas, ataques. Saírem por entre os cabides, derrubando e destruindo roupas. Henkor conseguiu encurralar Amanda numa parede e desferiu um golpe com a ponta da espada, em seu pescoço.
—Ahá!—Amanda inclinou um pouco o pescoço, desviando do golpe que cravou-se na parede.. Aproveitou a guarda baixa de Henkor e preparou o ataque.—Idiota!
Assim que deu um passo para frente, sentiu algo perfura-lhe pelas costas, pela lateral do corpo. A ponta da espada de Henkor sai pela parede, logo abaixo de onde ele havia atacado. Parecia ter se dobrado por dentro da parede e saído logo abaixo, atacando Amanda.
—Como...como pode?—Perguntou Amanda, andando mais para o lado, tirando a espada de seu corpo. O sangue rapidamente espalhou-se, manchando sua roupa.
—Vocês são uns idiotas...bem que Lord Voldemort nunca nos enviou para destruir vocês antes..—Riu Henkor, recolhendo a espada ao tamanho normal.—não era um trabalho digno para nós. Vocês são muito fracos.
Amanda olhou-o, furiosa, com a mão sobre o ferimento. Henkor ignorou o olhar e continuou.
—Não prestaram a tenção a nosso nome? Quinteto da sombra. Não é esse porque achamos bonitinho. Somos bruxos especiais, com a habilidade de controlar as sombras.—Guardou a espada na bainha e olhou para Amanda, os braços cruzados sobre o peito.
—Interes...sante...—Disse Amanda, apoiando-se na parede para ficar em pé.—controlar a sombra, ahm?
—Exatamente...
—E se não houvesse sombra?—Amanda sorriu, encostando a palma da mão na parede.
—O que esta falando?—Henkor franziu a testa, olhando sério para Amanda.—Sempre vai haver sombra.
—Engano...só existe sombra...—Amanda sorriu mais ainda, ignorando a dor no lado do corpo.—se existir luz!
Espalmou com força a parede. Uma grossa crosta de gelo surgiu dela e começou a formar paredes ao lado deles, indo até o teto. Não era um gelo fino que deixasse a luz entrar. Era um gelo opaco que deixava tudo escuro por dentro. Assim que as paredes de gelo fecharam completamente, a espada de Henkor sumiu, misturando-se as trevas.
—Gostou, garotão?—A voz de Amanda soou de algum lugar do escuro.—Agora vou te mostrar quem é fraco.

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Alana e Marina corriam para o centro da loja, quando o grande paredão de gelo surgiu repentinamente mais ao sul. Desviaram a trajetória e começaram a se enfiar entre roupas e caixas, derrubando muitas no chão e espalhando seus conteúdos.
—Você também é uma deles?—Perguntou Marina, correndo ao lado de Alana.
—Uma elemental?—Alana não olhava para os lados.—Sim e não...sou um tipo diferente de mago, muito semelhante aos elementais...sou uma portadora da magia mental...sou uma psicomaga...
—Magia mental? Psicomaga?—Marina levou a mão à têmpora e coçou-a, confusa.—Deus! Quanto tipo de gente assim existe?
—No total, juntando magos elementais, mentais e espirituais, treze tipos diferentes....—Alana olhou para Marina que parecia espantada e sorriu.—fora às outras variações que ainda não conhecemos direito.
Marina olhou por mais um tempo para Alana e balançou a cabeça negativamente. Já chegavam ao paredão de gelo. Pararam a poucos centímetros dele e tentaram olhar o que tinha dentro. Porém, o gelo era grosso e opaco, impedindo a visão de qualquer coisa do lado de dentro.
—Você pode quebrar?—Perguntou Marina, tocando com a ponta dos dedos no gelo.
—Não...mas se a Aline estivesse aqui...
—Não seja por isso..—Alana olhou para trás e viu sua irmã, acompanhada de Lilá e Ashley.—saiam da frente. Preciso fazer um buraco nessa parede.
Afastaram-se da parede, dando espaço para Aline. A piromaga das trevas ergueu as mãos, concentrando a energia entre elas. O calor começou a emanar dela, de modo a causar ondulações ao seu redor. Marina olhou para o chão e notou que havia água ao redor da parede de gelo. Abriu a boca impressionada, enquanto Lilá e Ashley riam.
—Tá assim só por isso?—Riu Lilá, os braços cruzados sobre o peito.—Isso não é nem metade do que somos capazes.
Marina olhou impressionada, quando Aline gritou. Sentiu o calor emanar mais fortemente, atingindo a ela. Protegeu o rosto com os braços, quando a enorme esfera de fogo partiu na direção da parede. Perfurou-a com alguma dificuldade, mas logo a parede de gelo possuía uma grande abertura circular no meio, pingando água. A esfera diminuiu de tamanho, mas continuou em linha reta, subindo e destruindo parte do teto.
—Vamos ver o que tem lá dentro.—Disse Aline, ofegante, indo na direção da abertura.
Concordaram e seguiram. Entraram e viram Amanda apoiada na parede de gelo, segurando o ferimento, pálida e parecendo estar com muito frio.
—Por que demoraram tanto?—Perguntou Amanda, antes de desmaiar.

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Chapolim conseguiu desvencilhar-se dos braços sombrios e afastar-se de Lamar. Não teve muito tempo para analisar. Vários braços e pernas vieram do chão e parede, atacando-lhe. Chapolim defendia-se como podia, sempre próximo à luz.
Um estrondo veio de um lugar mais à direita. Lamar e Chapolim olharam para a grande formação de gelo que surgiu. Lamar franziu a testa, esboçando a primeira reação desde o inicio da luta.
—Aquilo te preocupa?—Perguntou Chapolim, aproveitando a chance para analisar o inimigo.
Lamar voltou a olhar Chapolim. Não respondeu. Fez alguns movimentos com as mãos e os braços e pernas sombrias voltaram a atacar. Conjurou o escudo dourado e protegeu-se atrás dele, caminhando para debaixo de uma lâmpada.
—O que são vocês, realmente? Mutantes? X-mens? Tartarugas ninjas? Jedis? Cavaleiros do Zodíaco?—Perguntou Chapolim, partindo um braço sombrio ao meio com um golpe do tridente.
Lamar mais uma vez não respondeu. Fez novos gestos com a mão e os golpes se intensificaram. Chapolim tentava defender-se, mas, vez ou outra era, obrigado a saltar ou correr para não ser atingido.
—Cara...eu realmente to de saco cheio disso...—Disse Chapolim, largando o tridente e o escudo de lado, fazendo-os sumir no ar, como poeira dourada. Juntou as mãos e fechou os olhos, reunindo energia.—Thermal explosion!
Ondas de calor dispararam de seu corpo, dizimando as sombras, roupas e caixas que haviam no raio de sete metros. Lamar fez gestos com a mão e um casulo de sombras formou-se ao seu redor, protegendo-o da explosão.
—Que diabos!—Resmungou Chapolim, conjurando a espada dourada, cansado.
—Não vai me derrotar assim, tão facilmente, piromago...—Lamar abriu o casulo de sombras e saiu, andando no seu mesmo passo lento.—para falar a verdade, nem vai me...
Antes que pudesse completar, escutaram outro estrondo. Viraram-se a tempo de ver uma bola de fogo negro partir o teto e desaparecer. Viram uma chuva de cascalho cair do local, antes de voltarem à atenção um ao outro.

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Mesmo depois da partida de Stephanie, permaneceram olhando um para o outro, por um bom tempo. O silencio reinava entre os dois. Vez ou outra o vento passava, arrastando pedaços pequenos dos destroços da caixa de água. Pareciam esperar um sinal. Um tiro, um grito. Algo. Apenas algo que pudesse marcar o inicio da luta.
E o sinal foi à bola de fogo negro que surgiu com um estrondo, da direção do shopping. Sem olhar para o acontecido, partiram um na direção do outro, velozmente.
A poucos metros, Krum sacou a espada e Pedro convocou a sua. Giraram as laminas no ar, fazendo-as colidirem em diagonal. O impacto causou um deslocamento de ar entre as espadas, atirando os dois para trás. Pararam derrapando, iniciando um novo ataque.
Como rápidos borrões, saíram atacando um ao outro, com força. Ao contrario da luta contra Stephanie, o encontro das laminas causavam um grande estrondo. Estavam colocando mais do que força nos ataques. Estavam colocando suas energias elementais.
Encontraram-se no ar e foram atirados para trás.
—Círculos de fogo do inferno!—Bradou Pedro, ainda no ar, disparando circulo e fogo, com temperaturas fora do comum.
—Bomba de água!—Gritou o aquamago, também no ar, lançando uma bola de água, com grande tensão superficial, sobre o circulo.
Pousaram no exato instante em que os ataques colidiram no ar, erguendo uma grande nuvem de vapor. Mal tocaram os pés no chão e já partiram para reiniciar a luta de espadas.
—Dessa vez o resultado vai ser diferente!—Fincou o pé esquerdo no chão e girou, mirando o calcanhar em Pedro.
—Sim! Dessa vez você vai morrer!—Pedro abaixou-se para esquivar do golpe e aplicou uma rasteira em Lucius.
O aquamago saltou para desviar e juntou os pés para golpear Ravenclaw. O piromago colocou o braço na frente e deteve o golpe, usando toda a força que tinha para atirar Lucius longe.
Ele caiu de pé, olhando para Pedro, sorrindo. Ravenclaw também sorria. Estavam satisfeitos. Aquela satisfação de uma luta sem previsão de fim, onde apenas um ou nenhum poderia sobreviver. Voltaram a posicionar as espadas, antes de saírem em mais uma investida.
Um metro antes de se encontrarem, Lucius saltou e deu uma pirueta no ar, ficando de cabeça para baixo, sobre Pedro. Desceu com a lamina da espada sobre o piromago que reagiu a tempo de trocar a posição da espada e subir-la contra Lucius. A colisão resultou num circulo de energia que se expandiu por um quilometro de diâmetro, distorcendo as antenas dos prédios e quebrando as janelas.
—O maldito continua rápido...—Disse Lucius, assim que pousou.—Acho que é hora de parar a brincadeira.
Pedro virou-se para Lucius, a espada apoiada no chão. Olharam-se por um tempo. Lucius correu na direção dele. Ravenclaw posicionou a espada defensivamente. Lucius ergueu a espada, fazendo-a encontrar-se com a lamina azul da espada de Pedro.
—Ho! É agora!—Rapidamente pôs a mão na barriga de Pedro, disparando um jato de água contra ele.
O piromago foi atirado para longe. Conseguiu desviar antes que caísse para fora do prédio. O golpe, porém, tirou-lhe todo o ar do corpo, o que obrigou-o a parar para respirar.
—A vantagem que eu queria...—Sorriu Lucius, partindo para cima dele.
Preparou mais um golpe na mão direita. Parecia ser uma estaca de água, com diversas pontas. Saltou, metros antes de Pedro. Porém, algo fez Lucius dissolver o golpe e puxar a espada.
—Dragão escarlate!!—Pedro virou-se rapidamente, o vácuo já formado em seu pulso.
A espada que Lucius puxou foi atingida pelo golpe e despedaçada. Ainda aproveitando a guarda baixa de Lucius, Pedro girou no próprio eixo, acertando-lhe a lateral do corpo, jogando-o contra o que restava da caixa de água. O corpo de Lucius destruiu o que restava e foi escorregando até a ponta do prédio.
—Maldito...—Lucius apoiou as mãos no chão para levantar, mas sentiu uma forte pressão no peito.
—Nem pense nisso...—Disse Pedro, pisando no peito de Lucius.—eu disse que essa luta ia terminar do mesmo jeito que a outra...mudando o fato de que você vai morrer...
—Eu não teria tanta certeza disso se fosse você, Ravenclaw.—Disse Lucius, sorrindo, movendo os dedos discretamente, fazendo algumas gotas de água movimentarem-se no chão do prédio.
—Quero só ver você escapar dessa...—Com o pé, Pedro foi empurrando Lucius mais para a beirada do prédio, deixando metade de seu corpo suspenso para o lado de fora.
Antes que pudesse terminar de empurrar Lucius para fora, uma imensa mão de água golpeou Pedro, atirando-o para longe. A mesma mão de água segurou Lucius e colocou-o sobre o prédio novamente.
—Hum...distraído como sempre...nunca esqueça de olhar para os lados, Ravenclaw...—Disse Lucius, limpando a sujeira da capa.
—Arg...—Resmungou Pedro, levantando meio zonzo.—droga...esqueci que ainda tinha água nessa bodega.
—Nunca esqueça-se que com um aquamago, tudo toda a água ao redor pode virar arma...—Lucius ajeitou a capa e olhou novamente para o piromago.
Encararam-se mais uma vez. Procuravam por, milésimos de segundos, uma brecha nos ataques um do outro, em que pudessem pegar com a guarda baixa. Então, Pedro afastou as pernas e posicionou a mão direita acima da cabeça, com os dedos apontados para baixo e a mão esquerda na base da cintura, com os dedos posicionados para cima. Lucius sorriu E juntou as mãos em cocha, colocando-a em cima da cabeça. Ficaram nessa mesma posição por alguns instantes, se encarando. Entre eles, as energias colidiam e formavam ondas de raios.
Então, numa grande explosão de energia, gritaram.
—QUE O FULGOR DOS DRAGÕES GÊMEOS ME AJUDE! SOU-RYU-SEN!!—Gritou Pedro.
—ZERO ABSOLUTO!!—Bradou Lucius.
Pedro desceu as mãos separadas, uma contra a outra. A colisão resultou em dois enormes dragões de fogo, um enroscado ao outro. Lucius desceu a mão em concha rapidamente, disparando uma onda de cristais de gelo.
A colisão das energias e o choque térmico entre os dois golpes de intensidades iguais e temperaturas diferentes, resultou numa imensa explosão que expandiu-se por dez metros, destruindo varias janelas, paredes, antenas e até revirando alguns carros que estavam no chão.
Uma enorme nuvem de poeira ergueu-se no lugar, cobrindo todo o prédio.
—Eximmius...

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