Os Estragos de Voldemort



Capítulo 15 – Os Estragos de Voldemort


Image Hosted by ImageShack.us



“Tonight I’m not afraid to tell you

-- Hoje à noite não tenho medo de te dizer --
what I feel about you.
-- o que eu sinto por você --”
(Teddy Geiger)



A noite já recaía sobre o aconchegante e, até ali, seguro de castelo de Hogwarts. A lua brilhava timidamente naquela imensidão escura, ligeiramente escondida atrás de algumas nuvens negras, e o céu não deixava transparecer muitas estrelas, quando dois rapazes com a aparência exausta adentraram o seu quarto no dormitório masculino da Grifinória. Tinham acabado de voltar de mais uma detenção, dessa vez aplicada no dia anterior pelo professor de Feitiços, e não pareciam nem um pouco bem humorados.

- Como foi a detenção? – perguntou Pedro, assim que os amigos entraram no quarto.

Tiago e Sirius largaram-se no chão à frente da cama de Remo, onde o amigo lia distraidamente um livro. Com a aproximação dos dois, Remo parou de ler, para conversar um pouco, no que Pedro rapidamente desceu de sua cama e juntou-se aos outros três marotos, fechando a roda no chão.

- Foi um saco. – respondeu, finalmente, Sirius. – É realmente uma porcaria quando o Filch, algum professor ou monitor nos pega aprontando alguma.

- É verdade. – Tiago murmurou, pensativo. – Nós tínhamos que pensar em um jeito de não sermos mais flagrados de jeito nenhum.

- Mas como? – perguntou Pedro, sem levar o assunto muito a sério. – Isso é impossível de se conseguir.

- Nada é impossível para os marotos, meu caro Rabicho. – Sirius disse, abrindo um sorriso malicioso, como se acabasse de ter uma idéia. – Temos que dar um jeito, apenas, de saber quando as pessoas se aproximam.

Os quatro ficaram pensativos por uns instantes, até que Remo sorriu também, como se tivesse pensado em algo realmente bom.

- Que tal um mapa?! – ele sugeriu, ligeiramente empolgado. – Um mapa de toda a escola!

- E no que o mapa ajudaria, Aluado? – perguntou Tiago, levantando uma sobrancelha, sem entender muito bem a idéia do amigo.

- O mapa não mostraria apenas a localização dos lugares; poderia mostrar também a localização de todos que estivessem em Hogwarts... – Remo começou a explicar.

- Assim, quando alguém estiver se aproximando da gente, vamos sempre saber! – interferiu Sirius, completando a frase do amigo. – E poderia ter também todas as passagens secretas que já descobrimos aqui!

Todos imediatamente concordaram com a excelente idéia, e começaram a fazer grandes planos para o novo mapa, o qual foi nomeado “Mapa do Maroto”. Perceberam, então, que ainda tinham muitas pesquisas a fazer, tanto em livros, para fazerem um bom trabalho, quanto por Hogwarts, para mapearem com perfeição todos os locais e passagens secretas.

- Almofadinhas e eu podemos pesquisar nos livros, enquanto Pontas e Rabicho ficam encarregados de mapearem a escola. – Remo sugeriu, com seu costumeiro jeito organizador. – O que vocês acham?

- Por mim tudo bem. – Tiago concordou, no que os outros fizeram o mesmo. – Mas acho melhor fazermos isso à noite, para não levantar suspeitas.

- É verdade. – falou Pedro, analisando ainda mentalmente toda a idéia elaborada para o tal mapa. – Podemos ir revezando, cada noite vai um, assim tudo fica bem mais discreto.

- Isso! – exclamou Tiago, animado para os quatro começarem logo a criar a nova bugiganga.

- Só não vai resolver contar para a Lílian, como você fez duas vezes ontem, não é, Pontas?! – Sirius disse, olhando-o de soslaio.

- Pode deixar, prometo que não contarei nada a ninguém. – o maroto falou, no que os outros três adquiriram uma expressão ligeiramente desconfiada. – Juro solenemente.

E, após isso, os quatro continuaram a conversar sobre o mapa, adentrando a noite com os vários planejamentos para ele.


[...]


O dia seguinte amanheceu chuvoso, com o céu tingido por um tom acinzentado, como que refletindo a enorme tensão que começava a se espalhar por todo o mundo bruxo.

Os marotos acordaram um pouco cansados, mas não demoraram muito a se aprontar, e logo desciam as escadas do salão comunal. Andaram calmamente pelo castelo, cumprimento várias pessoas que passavam, até que enfim adentraram o Salão Principal. Foram até os lugares que sempre ocupavam na grande mesa da Grifinória, deram bom dia às meninas, e se sentaram para tomar café.

Os sete, então, começaram a conversar sobre diversos assuntos, e não demorou muito para várias corujas adentrarem voando o grande Salão, enviando cartas para, desta vez, um número demasiadamente grande de alunos. Remo, por sua vez, que assinava o Profeta Diário, arregalou os olhos assim que leu a notícia da primeira página. Uma onda de murmúrios espalhou-se pelo Salão Principal, no que o maroto começou a ler o jornal em voz alta, para os amigos ouvirem também:

- “Poderoso bruxo que vêm espalhando cada vez mais o terror pelo nosso mundo agora passou a intitular-se Lorde Voldemort.” – Remo começou, no que todos prestaram muita atenção. – Após mais um ataque a uma família considerada de sangue impuro pelo terrível bruxo, este deixou um recado escrito em letras vermelhas na parede da casa da humilde família, afirmando que “Lorde Voldemort e os Comensais da Morte subirão ao poder, e todos os sangues-ruins e qualquer um que queira se opor serão facilmente exterminados.

Antes que Remo conseguisse ler o resto da assombrosa notícia, o diretor Dumbledore já se levantava, como se soubesse disso tudo muito antes daqueles jovens, e pigarreou, fazendo todo o Salão mergulhar em um profundo e imediato silêncio.

- Sei que todos vocês devem estar muito confusos e assustados neste momento, mas peço que fiquem calmos e me ouçam com atenção. – começou o diretor, com a expressão e voz muito firmes. – Já entramos em contato com todos os seus responsáveis, e medidas ainda maiores de segurança foram instaladas por todo o terreno e arredores de Hogwarts...

Antes que Dumbledore terminasse o seu aviso, porém, Ashley levantou-se repentinamente e correu para os portões do castelo. Todos olharam-na curiosos, mas a menina simplesmente levou as mãos ao rosto e saiu para os jardins. O zelador Filch fez menção de segui-la, provavelmente para lhe dar uma represália, mas Dumbledore gesticulou para ele permanecer onde estava, e logo depois continuou a dar os necessários avisos.

Assim que o diretor terminou, Lílian e Melissa levantaram-se, fazendo menção de ir atrás da amiga, mas Sirius segurou-as pelo braço, impedindo-as de ir.

- Deixem que falo com a Ashley. – ele disse, muito decidido, no que as duas garotas acabaram por assentir.

Sirius, então, rumou para os jardins, ignorando até um grupo de quintanistas que sorria abertamente para ele. Mas, quando pisou no extenso gramado de Hogwarts, não encontrou imediatamente sua amiga. Teve que percorrer os olhos por vários cantos e andar por alguns minutos, até que finalmente encontrou Ashley parada do outro lado do lago, de costas para ele.

- Ash?! – Sirius a chamou, se aproximando lentamente.

- Vai embora. – falou a garota, com a voz muito embargada.

O maroto, por sua vez, não pretendia atender ao seu pedido. Aproximou-se mais um pouco, e colocou a mão sobre o ombro de Ashley, como uma demonstração de carinho. Ela, então, segurou a mão de Sirius, e pareceu não desejar mais que ele a deixasse ali. Virou-se para ele, no que o maroto pôde ver o seu rosto molhado por várias lágrimas que caíam ferozmente daqueles olhos claros e estonteantes.



Os dois se encaram por uns instantes, até que Ashley o abraçou com força, e Sirius a envolveu com carinho em seus braços fortes e ao mesmo tempo aconchegantes.

- Você pode confiar em mim para desabafar, Ash. – disse o maroto, afagando os cabelos macios dela.

- Eu tenho a sensação de que está acontecendo tudo de novo! – ela exclamou, com a voz ainda embargada, enquanto tentava secar suas lágrimas. Separou-se um pouco do amigo, a fim de poder encará-lo, e tentou acalmar-se um pouco, para falar com clareza. – Há 16 anos atrás, Voldemort invadiu a casa dos meus pais. Eu era recém-nascida na época, e meu pai tinha ido encontrar uns amigos que eram aurores para me apresentar. Meu pai, depois de passar a tarde com eles, convidou-os para irem lá em casa e, quando nós chegamos, Voldemort estava lá, assassinando a minha mãe. – explicou Ashley, com muita seriedade, mas sem impedir que seus olhos marejassem um pouco. Fez uma breve pausa, seguida de um suspiro triste, e continuou. – Os aurores e o meu pai tentaram detê-lo, mas Voldemort era muito forte, e eles acabaram duelando, no que eu quase fui atingida várias vezes por feitiços. Acabou que, como Voldemort estava em minoria, resolveu fugir. E agora que esse monstro está mais forte do que nunca, Sirius, coisas muito piores podem acontecer!

- Acalme-se, Ash. – falou o maroto, passando a mão pelo rosto da menina, a fim de secá-lo das lágrimas que ainda persistiam em cair. – Eu vou estar sempre aqui com você, ok?!

Ashley assentiu, segurando com força a mão do amigo. Como era a boa a sensação de estar ali com ele para consolá-la; parecia que ela se sentia mais forte, mais segura.

- Você nunca contou isso para mais ninguém? – Sirius perguntou, no que ela negou, gesticulando apenas com a cabeça. – E por que não?

- Por que... não. – disse Ashley, simplesmente. Desviou o olhar do maroto, e passou inexplicavelmente a encarar o chão.

Sirius não soube exatamente explicar o porquê, mas uma sensação de que a garota não havia contado exatamente tudo lhe ocorreu. Os olhos de Ashley, na hora de responder, talvez não tenham conseguido mentir tão bem quanto as palavras. O maroto, porém, achou que já estivesse sendo difícil e doloroso o suficiente para ela contar aquilo tudo, e não quis forçar mais nada; seria melhor, talvez, esperar a poeira baixar um pouco, para depois voltar ao assunto.

- Mas eu acho que... – Ash começou a dizer, voltando a olhar nos olhos de Sirius. – Que eu quero dividir isso com todos os meus verdadeiros amigos. – ela completou, sorrindo fracamente.

Como a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas estava prestes a começar, os dois tiveram que correr para não chegar atrasados. Assim que a hora do almoço chegou, porém, Sirius e Ashley chamaram os outros 5 amigos, e a menina, enfim, contou tudo a eles.


[...]


As aulas do dia já haviam acabado, e a noite começava a recair sobre os terrenos de Hogwarts. O horário do treino de Quadribol da Grifinória marcado por Tiago já tinha chegado, e Lílian, que havia acabo de sair do banho, se arrumava em seu quarto. Olhou o seu reflexo no espelho por uns instantes, enquanto penteava alguns fios rebeldes do seu cabelo. Ao terminar de se arrumar, despediu-se de Melissa, que estava indo tomar um banho, e saiu do quarto junto com Ashley. As duas foram descendo as longas escadas do castelo, até chegaram aos portões, e saíram na direção do jardim. Lílian, um pouco distraída com seus próprios pensamentos, sentiu um repentino frio na barriga, que lembrava mais uma sensação de ansiedade. Estava, de um certo modo, feliz com o convite de Tiago, e sorriu pela idéia de encontrá-lo em alguns minutos.

- Está tudo bem, Lily? – Ashley perguntou, rindo da amiga sorrindo sozinha e despertando-a de seus devaneios.

- Ahn?! Ah, claro, claro. – disse a ruiva, um pouco embaraçada. Para a sua sorte, acabou avistando Remo sentado sozinho embaixo de uma árvore, e resolveu ir ao seu encontro. – Vou falar com o Remo rapidinho, vai indo na frente, para não se atrasar, que eu já encontro vocês no campo de Quadribol!

Ashley assentiu, e seguiu sozinha pelos jardins, enquanto Lílian rapidamente aproximou-se do amigo, que parecia um tanto distraído e ao mesmo tempo confuso. O maroto estava recostado no tronco da árvore, com a cabeça recostada no mesmo, enquanto segurava um pedaço de pergaminho um pouco amassado à sua frente, lendo-o, e mantinha seus cotovelos apoiados nos joelhos, com as pernas agora dobradas.

- Ei, Remo! – Lílian exclamou, sentando-se ao lado do maroto. – O que houve?

Remo assustou-se ligeiramente com a repentina chegada da menina, mas rapidamente amassou o pergaminho em uma de suas mãos, parando de lê-lo.

- Nada. – ele respondeu, forçando um fraco sorriso, enquanto olhava para a grama.

Lílian ergueu uma sobrancelha, mostrando que não acreditara muito na resposta.

- Pode confiar em mim. – ela disse, erguendo delicadamente o rosto do amigo, forçando-o a encará-la. – Eu sou sua amiga, lembra?!

Remo suspirou, e recostou-se novamente na árvore logo atrás de si, contemplando suas folhas. Parecia confuso, ansioso, indeciso.

- O que você tem aí nas mãos? – Lily perguntou, identificando um papel amassado na mão do garoto. – Posso ler?

Remo ficou um tanto envergonhado, mas mesmo assim entregou o papel à amiga.

- “Tenho-a toda em mim, e o sentimento que sinto por você absorve tudo. Tenho-a toda em mim, e sem você é como se nada mais existisse para mim.” – ela fez uma pausa, e olhou para o amigo. – É lindo, Remo. Foi você que escreveu?

- Não, quem dera! – disse ele, rindo, agora com sinceridade. – É de um livro que eu li.

- E você pretendia entregá-lo a alguém? – Lílian perguntou, começando a entender o que estava acontecendo.

Remo fez uma breve pausa, parecendo pensar bastante antes de dizer algo.

- Lily... – começou, meio sem jeito. – O que você faria se gostasse de uma pessoa, mas não tivesse plena certeza de que ficar com ela é a coisa mais certa a ser feita?

- Eu lembraria das palavras de um amigo que temos em comum, conhecido como Tiago Potter: “O único risco que não podemos correr na vida é o de nunca arriscar.” – ela disse, sorrindo para encorajar o amigo e, ao mesmo tempo, por ter lembrado de Tiago. – Remo, nós dois sabemos o quanto você gosta da Mel, e eu posso te assegurar que ela também gosta muito de você.

- Você... então... – falou o maroto, um pouco atrapalhado, mas no fundo feliz. – Acha que eu deveria falar com ela?

- Acho que já deveria ter falado. – Lily respondeu, levantando-se. – Tenho que ir agora, prometi ao Tiago que veria o treino de Quadribol da Grifinória hoje. Ah, e se por acaso você esquecer esse trecho na hora – ela disse, apontando para o pedaço de pergaminho onde Remo copiara o parágrafo do livro. –, lembre-se de falar o que sente, o que seu coração sente.

- Obrigado, Lils. – falou Remo, assentindo com um sorriso ansioso.

- E, a propósito: ela já deve estar descendo para o salão comunal. – completou a ruiva, piscando de um jeito travesso para ele, enquanto se afastava.

Remo, então, respirou fundo e se levantou. Já tinha praticamente decidido que atitude tomar na noite anterior, só precisava de um empurrãozinho exatamente igual a esse de Lílian para ir de uma vez falar o que sentia para Melissa. Atravessou rapidamente os jardins de Hogwarts, como que para não perder a coragem, e logo já adentrava o salão comunal. Seu coração batia em uma velocidade que ele nem sabia poder suportar, e suas mãos, enfiadas no bolso, suavam excessivamente, como em todas às vezes que o rosto de Mel surgia em sua mente. Remo tentou repassar mais uma vez o verso de seu livro favorito, só para ter certeza de que o havia decorado, mas seus pensamentos pareceram gentilmente abandoná-lo assim que os seus olhos cor-de-mel recaíram sobre a silhueta de Melissa descendo calma e distraidamente a escada.


(Velha Infância, Tribalistas)

Ela estava passando uma das mãos delicadamente pelos seus fios louros, e agora molhados, quando seu olhar cruzou com o do maroto. Eles se encaram por alguns instantes, até que Melissa sorriu. Aquele sorriso doce e tímido que sempre o fazia perder todo e qualquer sentido. Ah, e qual era mesmo o verso daquele livro? Tarde demais. Assim como Lílian havia previsto, Remo se esquecera completamente de tudo o que tinha preparado para falar. Resolveu, então, seguir os conselhos da ruiva, e deixar o seu coração, pela primeira vez, falar mais alto.

Ele foi se aproximando da garota, e parecia que a cada passo dado, sua respiração acelerava ainda mais.

- Boa noite, Mel. – cumprimentou Remo, sorrindo de um jeito nervoso, o que não passou desapercebido por ela.

- Boa noite. – disse Melissa, franzindo as sobrancelhas ao perceber como o maroto estava estranho. – Está tudo bem, Remo?

- Não... Quer dizer, está... – ele começou, já se embolando com as próprias palavras. – Na verdade, eu queria conversar com você. Queria te dizer que eu... eu... – Remo disse, gaguejando novamente.

Sentiu-se um idiota por não conseguir dizer tudo o que queria, ou pelo menos um pouco, e suspirou. Decidiu, então, que não teria motivos para recear mais nada: se ela não correspondesse aos seus sentimentos, pelo menos ele teria tentado. Num misto de coragem repentina e um movimento involuntário que ele nem sabia dizer como aconteceu, Remo tirou a mão do bolso e pegou a macia e delicada mão de Melissa, enquanto a menina olhava-o atentamente, como que começando a entender aonde ele queria chegar.

- Quantas estrelas brilham no céu? – Remo perguntou, finalmente, passando a encará-la nos olhos. Melissa olhou de soslaio em direção a uma das janelas do salão comunal, observou por uns instantes uma pequena parte do céu, mas nada respondeu. – Quantas gotas existem no oceano? Por que às vezes nossa cabeça chega a doer de tanto pensar em alguém? – ele perguntou novamente, e Melissa permaneceu em silêncio. – São perguntas sem resposta, Mel. E é assim que eu fico quando me pergunto o que sinto por você: sem resposta. Só sei que é algo forte, verdadeiro, que me faz ver o seu rosto toda vez que fecho os olhos, e faz o meu coração disparar toda vez que você se aproxima.

Melissa adquiriu uma expressão surpresa, enquanto piscava várias vezes, como que para ter ser certeza de que aquilo não era um sonho. Remo, porém, entendeu que ela não sentia o mesmo. Fechou os olhos e virou-se de costas para a menina, começando a andar para longe, quando ela segurou delicadamente o seu braço, fazendo-o virar-se novamente para encará-la.

- Eu também gosto muito de você, Remo. – falou Mel, calmamente, enquanto abria um largo e bonito sorriso.

Lentamente, eles foram se aproximando, até suas bocas ficarem a poucos centímetros uma da outra. Uma fina mecha dourada caiu pelo rosto de Melissa, no que Remo carinhosamente colocou-a novamente para trás, enquanto a outra mão ia para a cintura da menina, aproximando-a ainda mais dele. Mel, então, passou delicadamente a mão pelo rosto do maroto, até que eles finalmente se beijaram. Um beijo cheio de sentimentos, um beijo muito esperado, um beijo apaixonado.



Quando, depois de um tempo, os dois se separam, se olharam por uns instantes, e Remo sorriu. Passou uma das mãos pela nuca, como se não soubesse exatamente que palavras usar a seguir.

- Mel, eu queria saber se... se você... – ele começou a tentar falar, mas a menina o interrompeu, colocando o dedo sobre os lábios do maroto.

- Sim, eu quero namorar você, Remo. – Melissa disse, sorrindo de um jeito travesso, no que ele a puxou para um novo beijo; lembraria daquele momento como o melhor de toda a sua vida.


[...]


O treino de Quadribol havia acabado, e a pedido de Tiago, Lílian esperou-o guardar as coisas que o time usou para treinar, e os dois acabaram sendo os últimos a deixar o campo de Quadribol. Foram andando calmamente pelos jardins, conversando sobre diversas coisas e rindo muito.

- E aí, viu o quanto eu sou um ótimo capitão? – Tiago perguntou, com seu costumeiro jeito convencido.

- Eu vi é o quanto você gosta de se exibir! – respondeu Lílian, divertida, implicando com o maroto.

- Só quando alguém que eu gosto está olhando. – ele disse, piscando para a ruiva com o seu ar de galanteador.

E ele realmente conseguia ser, quando queria. Aquele mesmo frio na barriga de horas antes passou por Lílian, no que ela acabou sorrindo um pouco timidamente para Tiago.

- Você disse nada de segundas intenções, Senhor Potter! – ela exclamou, na tentativa de levar na brincadeira a insinuação do maroto.

- Ah, Lily, não é possível que você não goste nem um pouquinho de mim também! – Tiago falou, com um olhar de cachorro abandonado, fazendo a menina rir.

- Quem sabe... – disse Lílian, sorrindo para ele de um jeito maroto e misterioso ao mesmo tempo, no que ela pôde jurar ver um brilho passando pelos olhos castanho-esverdeados do garoto.

- Ah, então dá um abracinho no seu amor aqui, vai! – Tiago exclamou, abrindo os braços e indo na direção da ruiva.

Ele estava muito suado por causa do exaustivo treino de Quadribol, e sabia disso. Lílian, por sua vez, soltou um grito agudo, seguido de muitas gargalhadas, e começou a correr pelos jardins de Hogwarts, com Tiago em seu encalço.





N/A: Ah, vocês têm que admitir que as atualizações estão vindo bem rápido, vai! Bom, eu particularmente até que gostei desse capítulo, e espero que vocês tenham gostado também. Sobre o Mapa do Maroto, achei interessante falar sobre a criação dele, além de que isso vai servir para o capítulo 17! O primeiro casal da fic foi formado, finalmente, e para o capítulo 16, já adianto que acontecerá algo entre o Tiago e a Lílian, além de mais um vídeo deles dois. O próximo capítulo deve vir dia 10, dia do meu aniversário *-* ! Ah, e gostaria muitíssimo de agradecer a quem comentou [inclusive quem começou a comentar só agora, hehe], isso é realmente muito importante para mim, valeu! (Y)

Algumas pessoas me perguntaram se eu vejo os vídeos colocados na fic e depois escrevo a cena, ou vice-versa. Gente, eu primeiro escrevo, é claro, e depois vejo se algum vídeo bate com a cena; o máximo que acontece é eu dar uma adaptada na parte escrita, ok?! Ah, falando nisso, estou fazendo um novo vídeo-trailer para a fic que está ficando bem legal, e muito em breve postarei um novo trailer!

Beijos a todos (especial para a Lilita *-*), e não esqueçam de comentar ;) !

OBS: Propaganda, haha! Passem nas minhas duas novas fics!

~ Antes do Pôr-do-Sol
http://www.floreioseborroes.net/editarfic.php?id=17107

~ Amor de Verão
http://www.floreioseborroes.net/editarfic.php?id=17108

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.