Maldições Imperdoáveis



Capítulo 2 – Maldições Imperdoáveis


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“Que destino ou maldição,
Manda em nós, meu coração?”

(Amália Rodrigues)



Depois de quase arrastados de suas camas por Remo, os marotos desciam as escadas do dormitório masculino com o sono estampado claramente em seus rostos.

Ao chegarem no Salão Comunal, encontraram três belas garotas indo em direção ao buraco do retrato da Mulher Gorda e conversando animadas.

O olhar de Tiago iluminou-se rapidamente ao pousar os olhos em uma certa ruiva, que agora gesticulava freneticamente com as mãos, provocando risadas nas outras duas meninas que a acompanhavam. O maroto logo passou a mão pelos cabelos, abriu um belo sorriso e foi ao encontro delas.

- Bom dia, meninas!

- Bom dia! – exclamaram, sorridentes.

- Podemos acompanhá-las até a mesa da Grifinória? – falou Sirius, aproximando-se e abrindo seu costumeiro sorriso.

- Claro que podem, Sirius. – disse Ashley, quase rindo da situação. – É só você tirar a mão da minha cintura, porque acho que o meu namorado não vai gostar muito disso.

- Ele não se garante? – perguntou, sorrindo maliciosamente.

- Ah, você é sempre uma grande ameaça. – disse Ash com ironia, revirando os olhos e afastando Sirius levemente.

O maroto, rindo, observou-a atravessar a passagem que levava aos corredores do castelo.

- Vem, Almofadinhas! – chamou Remo, ao perceber que Sirius continuava achando graça da situação e não percebera que todos já haviam se afastado.

Pouco tempo depois, o grupo de sextanistas já chegava ao Salão Principal, e se encaminhava para os costumeiros lugares que ocupavam na mesa da Grifinória.

Não tardou muito e um número considerável de corujas adentrava o Salão. Uma delas passou perto da cabeça de Remo, largando um jornal em cima dele e sumindo novamente, após receber o dinheiro pelo Profeta Diário.

Ashley esperou-o passar o olho pelo jornal, para depois perguntar tentando fazer sua voz sair o mais displicente possível.

- Alguma notícia interessante?

- Não muitas. – respondeu Remo, um pouco desligado.

- Não fala nada mais sobre aquele Riddle? – perguntou Lílian, colocando levemente os cotovelos sobre a mesa e apoiando a cabeça em suas mãos.

Remo balançou a cabeça de um lado para o outro, indicando que não havia nenhuma nova informação.

- Nunca te falaram que é falta de educação apoiar os cotovelos sobre a mesa? – perguntou Tiago, apontando o lugar em que os braços de Lílian tocavam a mesa e fingindo certa indignação.

- Nunca te falaram o quanto você é inconveniente? – ela disse, revirando os olhos.

Todos comeram mais um pouco, até o horário da primeira aula do dia chegar.

Melissa pegou seus livros, enquanto levantava da mesa. Sem prestar muita atenção a sua volta, acabou por esbarrar em alguém, fazendo-o cambalear para o lado.

- Er, me desculpe... – disse, corando levemente e encarando o garoto em que ela esbarrara.

- Tudo bem. – falou Remo, sorrindo. – Quer que eu leve para você? – perguntou, apontando com a cabeça os livros nos braços da menina.

- Obrigada. – respondeu Mel, passando os livros para o maroto e sorrindo também.

Os dois engataram uma conversa animada até o local da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, a primeira aula do ano letivo.

- Essa é uma das aulas que eu mais gosto. – disse Tiago entrando na sala, que agora possuía um aspecto um pouco sombrio.


(Going Under, Evanescence)

As mesas já estavam devidamente arrumadas e formando um grande círculo.

À medida que os alunos entravam e viam a nova arrumação da sala, o clima de curiosidade aumentava.

- Sobre o que será que o novo professor falará hoje? – perguntou Ash para os amigos, puxando uma cadeira para se sentar.

- Sobre as Maldições Imperdoáveis. – disse o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, que ouvira o que a jovem falara.

Ashley rapidamente empalideceu.

Observando o olhar espantado da menina, o professor foi para o meio do círculo formado e, olhando diretamente para Ash, perguntou:

- Você já ouviu falar?

- Já. – respondeu ela, tentando ser o mais displicente e evasiva possível.

- Bom, antes de dar início a aula, gostaria de me apresentar: Professor Avery, Defesa Contar as Artes das Trevas, bom dia para vocês. – falou ele, sério e frio.

A turma respondeu o cumprimento do professor, enquanto uma leva de cochichos e murmúrios espalhava-se pela sala.

- Agora, vejamos...Quem pode me dizer quais são as três Maldições Imperdoáveis?

Lílian ergueu timidamente uma das mãos, mas o professor preferiu ignorá-la e retomou sua atenção para Ashley.

- A senhorita poderia me responder? – perguntou, encarando a menina.

Ashley olhou-o surpresa e nervosa. Todos os alunos voltaram sua atenção para ela, cuja mão estava suada e a respiração acelerada.

- Imperius, Cruciatus e... Avada Kedavra. – respondeu ela, tímida e receosa.

- Muito bem, 10 pontos para a Grifinória. – percorrendo o olhar por todos os alunos, o professor começou sua explicação. – As Maldições têm variados graus de força e forma, e muitas vezes causam danos irreversíveis, como levar a pessoa a loucura ou a morte. Elas devem ser estudadas com muito cuidado e atenção e a pessoa que for pega praticando qualquer uma delas em um semelhante humano, é mandada diretamente para Askaban, recebendo a pena de prisão perpétua como brinde.

Um murmúrio geral espalhou-se rapidamente pela turma, todos comentando sobre as palavras do professor e “essas tais de Maldições”.

- Silêncio! – exigiu Avery. – Comecemos pela Maldição Imperius. Algum voluntário?

Tiago e Sirius rapidamente ergueram as mãos, excitados, assim como mais um ou dois alunos pela sala.

- O Senhor. – disse o professor, apontando para Tiago. – Qual é o seu nome?

- Tiago Potter.

- Pode vir para o meio do círculo, então. Ensinarei a vocês do melhor jeito: na prática.

Tiago sentiu o estômago remexer-se inteiro, mas respirou fundo e se levantou.

Lílian mordeu os lábios nervosamente, prendendo a respiração. Já tinha lido sobre as Maldições antes, e sabia que elas não eram nada simples e inofensivas. Onde o novo professor estava com a cabeça para demonstrá-las em um aluno?

- Professor, as Maldições não são... ilegais? – ela perguntou, olhando preocupada para Tiago.

O maroto respondeu seu olhar com um belo sorriso. Adorou a preocupação de Lílian, diga-se de passagem. Por mais que a menina negasse, Tiago ainda acreditava na idéia de que ela não o odiava tanto assim e apenas não gostava de admitir.

- São. – respondeu Avery, a frieza em sua voz já começando a tornar-se típica. – Mas fui liberado para ensinar-lhes sobre elas hoje. Dumbledore, aliás, que me fez esse pedido.

Lílian olhou para Melissa, receosa, no que a amiga lançou-lhe um sorriso carinhoso e murmurou algo como “Fique calma, está tudo bem.

- Preparado, Senhor Potter? – perguntou Avery, no que Tiago assentiu. – Império.

Foi uma sensação maravilhosamente diferente. Tiago sentiu qualquer tipo de preocupação sumir de sua mente, como se flutuasse livre de todos os seus pensamentos. Sentiu-se relaxado, deixando apenas uma felicidade inexplicável apoderar-se dele, enquanto estava vagamente consciente de que todos o observavam.

Então, ouviu a voz de Avery ecoar em uma célula distante do seu cérebro vazio: dê uma cambalhota... dê uma cambalhota, Potter...

O maroto ajoelhou-se, obediente.

Dê uma cambalhota agora, agora Potter...

Tiago apoiou as mãos no chão frio, pronto para realizar a ordem, quando uma outra voz despertou no fundo de sua mente.

Mas por quê? Que coisa mais boba para alguém fazer, francamente!

Dê a cambalhota, Potter!!!

Não, acho que não, obrigado. – disse a segunda voz, com mais firmeza. – Não quero.

Dê a cambalhota! AGORA!

Uma dor imensa e inexplicável invadiu-o, praticamente o impedindo até de pensar. Suas pernas, doloridas e pressionando-o, estavam prestes a pegar impulso, mas ele não queria. Não queria obedecer.

- Eu não posso acreditar... – Tiago ouviu o professor falar.

De repente, percebeu que as vozes e ecos desapareceram de sua mente, enquanto ele estava jogado no centro da sala.

Todos observavam Tiago atentamente, inclusive o professor, que o encarava abismado.

- Foi a primeira vez que vi alguém resistindo a Maldição na primeira vez que lhe foi lançada. – continuou Avery. – Hum... 20 pontos para a Grifinória, pode ir se sentar.

Tiago abriu um largo sorriso e, ainda um pouco sobre o efeito da Maldição, cambaleou até a sua carteira.

- Hey, Pontas! – exclamou Sirius, rindo e apertando a mão do amigo. – Mandou muito bem! Tinha que ter visto a expressão da Lily!

- Eu vi, meu caro, eu vi... – respondeu o outro maroto, virando-se na direção da ruiva e mandando-lhe um beijo no ar.

Lílian bufou e preferiu ignorá-lo, voltando sua atenção para o professor. Quando seus olhares se cruzaram, percebeu que Avery a encarava de um modo diferente, como se a analisasse.

- Você. – disse, apontando para ela. – Pode vir até aqui?

Lílian olhou para as amigas, assustada. O que ela teria de fazer? Não queria passar pelo mesmo que Tiago, não queria sofrer efeito de Maldição nenhuma.

- Se você estiver com medo, – continuou Avery, sorrindo irônico. – tudo bem, chamo outro aluno.

A ruiva percorreu a sala com os olhos. Todos tinham o olhar nela, aguardando o que ela diria, ou faria. Não ia deixar todos pensando que ela sentia medo, que não era corajosa.

Lílian respirou fundo, se levantou e pôs-se ao lado do professor, no meio do círculo formado pelas carteiras.

- Muito bem, Senhorita...

- Evans. – apressou-se em responder, fria.

- Vejamos até quando você agüenta. – continuou o professor, os olhos brilhando. – Crucio.

O bruxo ergueu a varinha antes mesmo que Lílian pudesse fazer alguma coisa para se defender, antes que pudesse sequer se mexer, e ela foi atingida pela Maldição Cruciatus. Apesar de a dor ser totalmente suportável, facas em brasa pareciam perfurar cada centímetro de sua pele. Até aquele momento ela estava conseguindo resistir, já que a dor não estava tão forte assim. Mas o professor pareceu perceber isso, e aumentou ligeiramente a intensidade da Maldição. Lílian sentiu sua cabeça dar uma pontada, e não pôde evitar soltar um grito. Sua fina voz ecoou pela sala, quando alguém berrou em sua defesa:

- Pare! Já basta, professor! Não está vendo que ela está sentindo muita dor? – Tiago disse, levantando e indo em direção a Lily, que estava caída no chão.

A garota sentiu os efeitos do feitiço se esvaírem e aquela dor sumir. Quando voltou a si, percebeu que não só Tiago, mas o restante da sala também a observava atentamente.

- Está tudo bem, Senhorita Evans? – perguntou o professor, não muito gentilmente, diga-se de passagem.

Lílian o encarou por alguns segundos. No começo, era verdade que o feitiço não estava muito forte, visto que ele era um professor e não poderia fazer um aluno sentir dor. Porém, os últimos segundos que ela esteve sob o efeito da Maldição foram quase insuportáveis. Mas ela não admitiria isso para Avery. Ah, não admitiria mesmo. Lílian não havia ido nem um pouco com a cara daquele sujeito, e quando aquela ruiva cismava com alguma coisa, ninguém era capaz de mudar sua cabeça.

- Sim. – ela respondeu, simplesmente.

- Está vendo, Senhor Potter?! Não há motivo para tanto estardalhaço, tomei o cuidado de não machucá-la durante o feitiço.

A ficha de Lily então caiu: ela estava ali, segurando a mão de Tiago, enquanto ele a olhava, acariciando seus longos cabelos ruivos.
Ela não pôde deixar de achar doce e gentil a atitude do maroto, que até a surpreendeu.

Tiago olhou desconfiado para o professor, ajudou Lílian a se levantar e voltou a sua carteira.

- Esse cara... – sussurrou para o garoto ao dele. – Ele é estranho.

- Devo confessar que foi realmente esquisito ele lançar essas tais Maldições em alunos, mas deve ser besteira sua, Pontas. – Sirius disse, displicente.

- Vamos revisar o que aprendemos até agora. – falou Avery, percorrendo a sala. – A Maldição Imperius serve para controlar a pessoa em que o feitiço é lançado, já a Cruciatus é usada para torturar e causar dor. Mas, ainda falta uma. A terceira e pior Maldição: Avada Kedavra.

- O Senhor vai experimentá-la em mais algum aluno, professor? – perguntou Lílian, desafiadora.

- Não, essa eu não posso, a não ser que eu queria que algum de vocês morra. – disse Avery, encarando a ruiva severamente. – Terei de usar um animal para vocês perceberem os efeitos desta Maldição.

Avery abriu a gaveta e tirou um frasco, colocando-o sobre a escrivaninha. O professor enfiou a mão dentro dele, puxando uma aranha e a colocando na superfície de madeira.

- Avada Kedavra! – berrou ele, com a varinha apontada para o inseto.

Houve um relâmpago de ofuscante luz verde e um rumorejo, como se algo vasto e invisível voasse pelo ar – instantaneamente a aranha virou de dorso, sem uma única marca, mas inconfundivelmente morta.

Avery empurrou a aranha para fora da mesa.

- Nada bonito. – disse calmamente. – Nada agradável. E não existe contramaldição. Não há como bloqueá-la.

Avery poderia passar horas a fio falando sobre aquele assunto, já que o conhecia tão bem, mas a sineta tocou indicando o fim da aula.

- Muito bem, já chega por hoje, estão liberados. – disse, sentando-se em sua cadeira.

Todos levantaram-se rapidamente. O murmúrio foi geral, os alunos comentavam excitados sobre a aula que haviam acabado de ter.

Quando os marotos, junto com as meninas, iam se direcionando para a porta da sala, o professor chamou:

- Senhorita Carter!

Ashley assustou-se, mas virou para olhá-lo.

- Você pode vir aqui um minutinho? – continuou ele. Vendo que seus amigos permaneceram parados e observando a cena, em vez de saírem da sala, Avery ordenou. – Será que os senhores poderiam me deixar a sós com ela?

O resto do grupo assentiu e saiu da sala, deixando Ashley ali, visivelmente nervosa.

- Sente-se. – disse o professor, apontando uma cadeira na sua frente. Vendo que a menina obedeceu, prosseguiu. – Percebi que você ficou um pouco tensa com a menção das Maldições Imperdoáveis. Há algum problema?

- Não, nenhum. – mentiu Ashley.

- Como você sabia sobre elas? Leu em algum livro? – insistiu Avery, na tentativa de extrair alguma informação da garota.

- Não. O meu pai é auror, ele me falou sobre elas.

- Auror?! Qual é o nome dele?

- Olívio Carter. – Ash respondeu, sentindo-se ligeiramente incomodada.

- Ah, eu o conheço. Excelente auror, seu pai. – disse Avery, fitando o chão com olhar vago, como se estivesse perdido momentaneamente em lembranças.

- Obrigada.

- Muito bem, se não há nenhum problema, está liberada. Precisando de alguma coisa, pode me procurar.

Ashley assentiu com a cabeça, esboçou um fraco sorriso e se retirou.

Ao chegar no corredor, encontrou seus amigos e seu namorado esperando-a.

- Ash! – exclamou Lílian, aproximando-se da amiga. – O que ele queria? Alguma coisa importante?

- Não, Lily. Nada demais. – ela respondeu, desviando o olhar.

- Tem certeza? Você está bem? – disse Johnny, abraçando a namorada. – Vem beber um pouco de água.

- Johnny, menos, por favor. Estou bem, não precisa exagerar.

Johnny era do tipo que vivia em função da namorada. Ele era apaixonado por Ashley, fazia qualquer coisa que a garota pedisse. Mas isso a cansava às vezes. Johnny era daqueles namorados um pouco grudentos, e esse não era exatamente o tipo de Ashley. Mas a menina gostava dele, então tentava passar por cima disso. Só que, de uns tempos para cá, ela começou a duvidar deste sentimento. Ainda não queria comentar nada com ninguém, pois nem ela sabia direito o que se passava realmente em seu coração.

- Hum... Ash, vamos para a aula de Herbologia. – disse Lílian para quebrar o clima.

Ashley assentiu e as duas foram para a estufa, enquanto os marotos, junto com Melissa, foram para outra aula.

- Ash... – começou a ruiva.

- Shhh! Depois, Lily, depois. – disse a garota, na tentativa de adiar o assunto que Lílian fazia de questão de não deixar passar.

A aula transcorreu tranqüilamente, com as meninas praticamente em silêncio. Quando a sineta tocou, elas recolheram seus materiais e foram em direção aos jardins.

- Ainda bem que temos esse tempo vago hoje. – Ash disse, sentando-se embaixo da sombra de uma árvore e sendo acompanhada por Lily.

- É mesmo... – falou a ruiva, procurando as palavras para voltar àquele assunto. – Ash, por que você foi grossa com o Johnny?

- Eu não fui grossa, é só que... Às vezes ele se preocupa demais e, pode parecer besteira, mas isso me incomoda um pouco. – disse, colocando sua cabeça no colo amiga, no que Lílian começou a passar as mãos delicadamente pelo cabelo de Ash.

- Você precisa ter mais paciência... Por que não vai agora falar com ele? Aposto que o Johnny adoraria. – disse Lily, sorrindo docemente.

- É verdade... Vou procurá-lo. – falou Ash, levantando-se. – Nos vemos mais tarde, Lily!

Lílian observou a amiga se afastar e recostou-se no tronco de uma árvore, deixando a cabeça pender para trás, enquanto observava o céu azul.

- Hey, Evans! – ela ouviu uma conhecida voz exclamar atrás dela, aproximando-se.

Lily virou-se para trás, deparando-se com Tiago olhando para ela e exibindo o seu melhor sorriso.

- Posso me sentar? – perguntou, já sentando ao lado dela.

Lílian apenas deu de ombros, e voltou a observar o céu.

- Você está legal? Quer dizer, com aquela história da Cruciatus e tudo o mais... – Tiago perguntou, tentando ser gentil.

- Hum... estou. – Lily disse, hesitante. – E você?

Ela mal acreditava no que estava acontecendo. Quer dizer, perguntou se o Potter também estava legal? Se bem que, por um lado, até que ele tinha sido gentil com ela na aula, ajudando-a a levantar. E ainda nem havia chamado Lílian para sair hoje, ela pôde constatar agora.

- Também. – respondeu Tiago, ainda sorrindo. – Achei a aula interessante, apesar daquele professor me parecer... estranho.

Lily parou de observar o céu e encarou o garoto ao seu lado.

O professor até poderia ser estranho, mas definitivamente Lílian e Tiago conversando amigavelmente e tendo as mesmas opiniões era mais estranho ainda.

- É verdade. – ela respondeu, ainda processando a idéia de estar concordando com o Potter. – Achei um absurdo ele lançar as Maldições nos alunos, alguém poderia ter se machucado.

O maroto sorriu. Lily tinha se preocupado com ele, Tiago podia sentir.

Ele ia se aproximando da ruiva, na intenção de passar os braços por aqueles ombros delicados, mas ouviu uma voz feminina aproximando-se.

- Aí está você, Tiago! – exclamou uma bela morena, abraçando-o por trás. – Estava com saudades.

Lílian revirou os olhos, dando uma risada irônica. Tiago não mudara em nada, ela apenas se enganou por alguns instantes. Continuava o mesmo galinha egocêntrico de sempre.

Lily se levantou e, sem falar nada, caminhou para o outro lado do jardim, deixando o “casal” a sós.

- Algum problema, primo? – a morena perguntou, sentando-se ao lado do maroto e apoiando docemente a cabeça em seu ombro.

- Ela deve ter achado que nós temos um caso. – ele disse, rindo fracamente daquele absurdo.





N/A: Nada com uma cena T/L para fechar o capítulo, não é?! Algumas cenas da aula sobre as Maldições Imperdoáveis foram tiradas de Harry Potter e o Cálice de Fogo.

Como vocês devem ter reparado, essa fic não é mais um clicherol marotano ;)
Estou tentando seguir direitinho a história verdadeira, e espero que dê certo.

Sobre o Tiago chamar a Lílian de Evans, não se espantem. Reli a cena da Penseira no 5º livro pouco antes de começar para valer essa fic, e vi que o Tiago a chamava de Evans, não de Lily ou afins... Apesar de que já já essa formalidade toda vai por água a baixo!

Para quem percebeu, sim, o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas é um Comensal da Morte, mas obviamente nenhum deles sabe disso ainda. Mas fiquem tranqüilos, ele não vai começar a “agir” por agora.

Estou preparando o capítulo três dessa fic e gostaria de saber qual casal vocês querem mais destaque nele: Tiago/Lily, Remo/Mel, Sirius/Ash ou Johnny/Ash (bom, eles são um casal por enquanto, não são?!).
Por favor, respondam isso nos comentários ou mandem um e-mail para [email protected] com o voto de vocês o mais rápido que puderem, para eu escrever o próximo capítulo, ok?!

Muito obrigada a todos os comentários, e as críticas construtivas também, me ajudaram muito!

Milhões de beijos,

Fê Black

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