Certas Coisas Nunca Mudam



Capítulo 4 – Certas Coisas Nunca Mudam


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“Sei que às vezes uso palavras repetidas,
Mas quais são as palavras que nunca são ditas?”

(Legião Urbana)



Três semanas haviam se passado, e nem Ashley nem Sirius tinham tocado no assunto do “passeio noturno”. Ash e Johnny, por outro lado, cada vez ficavam mais afastados.

Setembro já ia chegando ao fim, e o clima ameno reinava no salão comunal, onde um grupo de grifinórios conversava.

- Afinal, Tiago, os testes para o time de Quadribol serão amanhã ou não? – perguntou Ash, impaciente com a constante mudança de datas do amigo.

- Amanhã, com certeza! – exclamou o maroto, confiante como de costume.

- Como se eu já não tivesse ouvido isso umas cinco vezes, no mínimo! – ela reclamou, empurrando-o um pouco para sentar ao seu lado no sofá.

Melissa descia as escadas do dormitório feminino, passando distraidamente as mãos pelos cabelos molhados. Mas antes de se juntar aos amigos, foi dar uma olhada no quadro de avisos, que havia sido atualizado não fazia muito tempo.

- Pensei que você tivesse se afogado no banho, Mel! – zombou Lily, referindo-se a demora que a amiga levou para descer, no que todos riram.

- Não, ainda não. – disse Mel, sorrindo para a amiga. – Ei, vocês ficaram sabendo desta festa? – perguntou, colocando o dedo em um dos avisos do quadro e lendo-o com mais atenção.

- Qual, a de Halloween? – perguntou Remo, que já não agüentava mais as piadas dos amigos falando para ele ir “fantasiado” de lobisomem.

Ela assentiu, terminando de ler o anúncio da festa.

- Mel, você não leu o aviso na carta que a escola nos mandou esse ano? – Lily perguntou, sem esperar uma resposta da amiga. – Nos avisaram com antecedência, justamente para já prepararmos os trajes da festa.

- Oh, por Merlin! – exclamou Mel, horrorizada com aquela informação. – Vocês sabem o quanto sou desligada, nem reparei nisso! Do que irei vestida, agora?!

- Acalme-se, Mel. Nós improvisamos algo para você. – disse Ashley, com seu típico jeito de achar tudo simples.

- Será que a festa será boa? – perguntou Remo, afastando-se um pouco para dar lugar no sofá a Melissa.

E levados por esse assunto, aqueles sextanistas conversaram por um bom tempo.

Nenhum deles quis contar sobre a sua fantasia, combinaram que seria surpresa – o que só cresceu a expectativa para a festa, que faltava praticamente um mês para acontecer.

- Estou cansada... – comentou Ash, depois de um tempo, levando as mãos à boca para conter o bocejo.

- Eu também, acho que vou me deitar. – Mel disse, levantando-se calmamente.

Todos as acompanharam, mas quando as meninas já estavam quase na escada, Tiago segurou uma delas pelo braço.

- Evans, posso falar com você um minuto? – disse, parecendo muito sério.

Lílian revirou os olhos, impaciente. Detestava a companhia daquele garoto que ela julgava insuportável.

- É algo importante? – ela perguntou, ríspida.

- Para mim, é. – Tiago falou, encarando-a ainda sério. – Vocês podem nos deixar a sós um pouquinho? – pediu, passando o olhar pelos outros.

O grupo assentiu, mas apenas as meninas subiram para o dormitório.

Não que Remo e Pedro não quisessem subir também, mas Sirius, para variar, teve uma idéia brilhante – como ele mesmo gostava de ressaltar.

- Vamos subir logo, Almofadinhas! – Remo sussurrou, impaciente com a mania de planos do amigo.

- Aluado, você quer ou não saber o que os dois vão conversar? – Sirius indagou, gesticulando a mão para o amigo falar ainda mais baixo.

- Depois o Pontas nos conta tudo, tenho certeza. – garantiu Remo, mas foi ignorado.

Pedro já havia cedido, e juntou-se a Sirius, que estava agachado perto da escada.

- Quieto, Aluado! – ele exclamou, acenando para o amigo se aproximar com cuidado.

- Ela era minha prima. – eles ouviram Tiago afirmar.

- Ela quem? – disse Lily, sem entender muita coisa do que o maroto estava querendo dizer.

- A morena que me abraçou no jardim, depois da nossa primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. – o maroto explicou, agradecendo mentalmente por ela nem lembrar direito do ocorrido.

- Tanto faz, Potter. – Lílian disse, revirando os olhos com a banalidade do assunto. – Quem te abraça ou deixa de abraçar, não é problema meu! – completou, como se aquilo fosse óbvio e só ele não conseguisse enxergar.

- Eu só queria esclarecer, Lília... – ele começou a explicar, mas foi interrompido.

- Evans. – a garota falou, seca.

O maroto revirou os olhos, murmurando um “que seja”.

- Só queria esclarecer. – continuou ele, abrindo seu típico sorriso brincalhão. – Porque, sabe como é, vai que você acha que estou te traindo...

Lílian bufou de impaciência e deu as costas para ele, andando em direção as escadas do dormitório feminino.

- Evans, posso saber porque você não aceita sair comigo logo? Francamente, todos já sabem o quanto você quer... – disse Tiago, tapando os ouvidos com as mãos, prevendo os costumeiros berros da parte da ruiva.

- Argh, de novo essa história? – ela reclamou, sem a menor paciência para aquele assunto. – Eu já disse que não, e acabou. Não tenho que te dar uma lista com as razões!

- Sabe o que é isso, na minha opinião? – ele disse, abrindo um largo sorriso. – Medo!

- Medo?! Ora, poupe-me, Potter. – falou Lily, sacudindo a cabeça de um lado para o outro, como se achasse um absurdo o comentário de Tiago.

- Você sabe que se aceitar sair comigo, não vai mais querer me largar! – ele exclamou, rindo e acompanhando a ruiva subindo as escadas com o olhar. – Tudo bem, Lílian, eu espero você perder esse medo!

Tiago ficou um tempo parado ali, pensando um pouco, tentando entender. Tentava parecer sério com ela, mas Lílian era grosseira; era brincalhão, Lílian o repreendia. O que fazer, então? O maroto sorriu. Isso era o que ele mais gostava em Lily: ela era a única que o deixava sem saber como agir.

Tiago virou-se em direção a escada do dormitório masculino e começou a subi-la calmamente, ouvindo barulho de passos apressados e porta batendo.

- E aí, como foi a conversa com a ruivinha? – perguntou Sirius, assim que Tiago chegou no quarto, passando os olhos por uma revista de Quadribol.

- Não preciso contar, vocês ouviram. – ele disse, sorrindo e largando-se em sua cama.


[...]


(Traffic in the Sky, Jack Johnson)

O dia seguinte amanheceu tranqüilo e as aulas transcorreram sem muitas novidades.

Os testes de Quadribol da Grifinória, como Tiago havia afirmado noite passada, realmente aconteceriam, e acabou sendo marcado para o fim da tarde.

Tiago, junto com Ashley e Sirius já estavam no campo de Quadribol aguardando o começo dos testes, enquanto os outros marcaram de se encontrar no salão comunal, para irem juntos até o campo.

Melissa conversava próxima à lareira com Remo e Pedro, enquanto aguardava Lílian descer.

- Porque ela está demorando? – perguntou Pedro, já sentindo-se incomodado por ficar na presença apenas de Remo e Melissa.

Remo deu de ombros, indicando que não fazia idéia da resposta, quando eles ouviram uma voz feminina aproximando-se.

- Oi, pessoal! – exclamou Lily, descendo apressada as escadas. – Desculpem-me pela demora, perdi a noção do tempo! Não poderei assistir aos treinos, tenho que revisar a matéria de Transfiguração. – ela explicou, mostrando a pilha de livros em seus braços.

- Ah, Lily! – disse Mel, revirando os olhos em desaprovação. – Vem conosco, outra hora você estuda!

- Sinto muito, Mel. Você sabe que não gosto de adiar nada. – desculpou-se Lílian, despedindo-se dos três com um leve aceno e rumando para a biblioteca.

Pedro os encarou por uns instantes, parecendo pensar que decisão tomar.

- Hum... Esqueci um negócio no quarto. – ele disse, inventando uma desculpa de última hora para não empacar os amigos. – Vou lá buscar, nos vemos depois!

Mel assentiu, sorrindo.

- Vamos?! – falou Remo, gentilmente.

- Claro! – ela disse, em um misto de timidez e doçura.

Remo observou-a começar a andar, um pouco mais a sua frente. Seus cabelos louros estavam presos em uma trança muito bem feita, apenas com duas mechas caindo e emoldurando aquele rosto que ele achava tão perfeito.

O maroto há muito tempo nutria um sentimento bem maior do que uma simples amizade por ela, mas não tinha coragem de tomar alguma iniciativa. Os amigos viviam insistindo e tentando incentivá-lo, mas não havia jeito, na última hora ele sempre hesitava.

- Remo, você não vem?! – disse Mel, acenando sorridente para ele da saída do salão comunal.

O maroto a encarou por mais uns instantes, parecendo avaliar a situação e tomar coragem para o que planejava fazer em seguida. Ele respirou fundo e andou até ela, com o rosto começando a rosar.

- Claro. – disse, segurando uma das mãos da menina, no que ela abriu um largo sorriso e entrelaçou seus dedos nos dele.

Os dois foram conversando durante todo o percurso, até chegarem aos extensos jardins de Hogwarts. Avistaram os amigos no campo de Quadribol, e foram ao seu encontro.

Ashley ralhava com um garotinho baixinho que corria pelo campo atrapalhando os testes, e Sirius, que estava sentado na grama, ria daquela cena, enquanto Tiago fazia várias anotações em um extenso pergaminho.

Remo e Melissa, percebendo que os amigos pareciam ocupados, apenas acenaram de longe para eles e foram se sentar embaixo de uma árvore próxima, para assistir os testes.

O fim de tarde chegava com a brisa fresca do outono passando pelos jardins, fazendo as folhas das árvores chacoalharem e produzirem um som agradável. O sol já estava se pondo, dando uma coloração avermelhada muito bonita ao céu.

Mel encostou a cabeça levemente no ombro do garoto ao seu lado, fazendo-o sentir aqueles cabelos macios tocarem-no. Ele sorriu e começou a passar timidamente a mão por eles, no que Melissa voltou a entrelaçar seus dedos nos dele.

Depois de um tempo naquela confortável situação, Mel afastou ligeiramente a cabeça do ombro do garoto e levantou o olhar para encará-lo.

- Remo – ela disse, carinhosamente. –, eu adoro a sua companhia.

- Eu também. – falou ele, sorrindo e colocando uma das mechas que caíam da trança de Mel para trás de sua orelha. – É muito bom estar com você.

Melissa sorriu e encarou o chão, sentindo o rosto rosar. A sensação de estar com ele era tão... especial. Remo definitivamente era um garoto encantador, ela passaria horas ali ao seu lado sem o menor problema. Mas, antes que pudesse dizer mais alguma coisa ou olhá-lo novamente, Ashley e Sirius já saltavam em sua direção.

- Hey, gente! – Ash exclamou, deitando na grama ao lado da amiga, parecendo ligeiramente aliviada. – Não via a hora de aquele treino acabar logo!

- Nem me fale... – disse Sirius, fazendo uma careta. – Nunca vi tanta gente ruim achar que joga alguma coisa!

Remo observou os amigos resmungando, e riu. Era incrível como Ash e Sirius se pareciam, e ao mesmo eram tão diferentes.

- Afinal, conseguiram escolher o novo artilheiro ou não? – perguntou Mel, soltando a mão de Remo e o olhando de soslaio, com uma imensa vergonha por os amigos terem chegado bem naquela hora e praticamente terem presenciado a cena dos dois.

O maroto, por sua vez, sorriu docemente para ela, indicando que entendeu o seu ato.

Mas esse sorriso não passou desapercebido.

- O que está havendo aqui?! – perguntou Ashley, abrindo um sorriso sacana e olhando de Remo para Mel.

- Você ainda pergunta, Ash?! – Sirius disse, levantando-se e estendendo uma das mãos a ela. – Vamos, acho que estamos atrapalhando os pombinhos. – completou, piscando marotamente para o amigo.

- O quê?! – exclamou Mel, ficando ainda mais envergonhada. – Não, não está acontecendo nada!

Os dois apenas riram e deram as costas para ela e Remo, começando a caminhar pelos jardins. Sirius aproximou-se ligeiramente de Ash, e passou o braço pelos ombros dela, como “quem não quer nada”.

- Sirius, por favor, já falei para evitarmos isso. – ela sussurrou, afastando o braço do maroto, enquanto sorria falsamente para um grupo de amigos do namorado que estava próximo.

Sirius emburrou-se e recomeçou a andar distraidamente, quando sentiu a mão de alguém tocar o seu ombro.

- Resolvemos vir com vocês. – falou Remo, alcançando-os e indo para o lado do amigo.

- Onde está o Tiago? – Mel perguntou, olhando para os lados para ver se o avistava.

- Acho que foi atrás da Lily. – disse Sirius, abrindo seu típico sorriso malicioso. – Certas coisas nunca mudam...


[...]


Tiago, após tomar um bom banho e vestir uma roupa limpa, conversou brevemente com Pedro e descobriu que Lílian estava na biblioteca.
Resolveu então dar uma espiada no que a ruiva estava fazendo, além de aproveitar para ficar com ela sem os amigos por perto.

Andou rapidamente pelos corredores, para evitar pegá-la de saída, mas parando brevemente para cumprimentar uns conhecidos pelo caminho.

Quando finalmente alcançou a biblioteca, passou a mão pelos cabelos castanhos, despenteando-os levemente, antes de adentrar o local.
Passou os olhos rapidamente, retribuindo os acenos que alguma garotas lançavam a ele, torcendo para nenhuma delas inventar de aproximar-se justo agora, até que avistou Lílian.

A garota estava sentada em uma mesa no fundo da biblioteca, parecendo muito concentrada no pergaminho em que escrevia.
Tiago abriu um leve sorriso e andou em direção a ela, mas Lílian não pareceu perceber a aproximação do maroto. Então, ele puxou uma cadeira na mesa em que ela estava e pigarreou, para chamar a sua atenção.
Lily deu um pulo na cadeira, assustando-se. Levantou olhar do pergaminho, cruzando-o em seguida com o do Tiago, que a observava atentamente.

- O que você veio fazer aqui? – ela perguntou, aborrecida com a presença indesejável do maroto.

- O que você tanto escreve, Evans? – Tiago disse, preferindo ignorar a pergunta grosseira da garota.

- Estou fazendo um resumo da matéria de Transfiguração que aprendemos até agora. – respondeu Lily, abaixando novamente o olhar para o extenso pergaminho.

- Mas não temos de entregar nenhum resumo para a McGonagall, temos?! – ele disse, sem entender o motivo de tanta dedicação naquilo.

- Não, não temos. – respondeu ela, enrolando o pergaminho e começando a fechar os livros que estavam espalhados pela mesa. – Mas eu prefiro estudar por resumos, acho mais fácil.

- Eu te ajudo! – Tiago exclamou, levantando-se rapidamente e colocando alguns livros em seu braço. – Isto aqui é muito pesado para você, Lílian.

- Evans, por favor. – ela pediu, já cansada de sempre ter de exigir essa formalidade entre os dois, e o garoto quase nunca respeitá-la. – E não está pesado, obrigada. – completou, arrancando os livros do braço de Tiago, no que o maroto a encarou incrédulo.

Ele ficou observando Lílian guardar alguns livros na estante e depois andar em direção a porta da biblioteca, mas quando decidiu ir atrás dela, uma lufa-lufa apareceu em sua frente, impedindo-o.

- Hey, Tiago! – ela exclamou, radiante. – Você anda sumido, sabia?!

- Er... que isso, Jenny! – disse o maroto, tentando achar Lily por cima do ombro da garota.

Enquanto a lufa-lufa alugava Tiago em uma conversa extremamente chata e sem graça, Lílian caminhava pelos corredores, com a barriga roncando de fome.
Não havia comido nada desde o almoço, e mal esperava para saborear o ótimo jantar daquele castelo, que estava quase na hora de começar.

Enquanto caminhava, porém, ouviu uns murmúrios vindos de um corredor próximo, e sua enorme curiosidade fez com que apurasse os ouvidos para escutar do que se tratava.

- Não, sua imbecil! – ela ouviu uma voz masculina exclamar, parecendo impaciente. – Temos de nos aliar a alguém da Grifinória, que é a Casa dela!

- Mas é complicado, Lúcio! – uma garota tentou explicar, com a voz um pouco trêmula. – Somos da Sonserina, ninguém daquela Casa nojenta gosta muito de nós, você sabe disso!

Lílian aproximou-se um pouco mais, a fim de ouvir melhor aquela conversa estranha. Apoiou-se em uma pequena estátua que se posicionava quase na virada do corredor em que ela estava para o dos sonserinos.

- Não interessa, Blair! – ele disse, aumentando o tom de voz. – Você tem de dar um jeito, não importa qual!

Nessa hora, alguns livros que Lílian tinha resolvido trazer com ela da biblioteca e a pouco tinha apoiado na estátua, escorregaram lentamente e bateram no chão, provocando eco pelos corredores praticamente vazios.

Malfoy rapidamente tampou a boca da garota que estava com ele, impedindo-a de continuar a falar, enquanto ia para o corredor em que Lílian agora estava abaixada, catando rapidamente os livros caídos.

- Ora, ora... O que temos aqui! – ele disse, sua voz soando mais irônica que o normal. – Quer uma ajudinha para se levantar, Sangue-Ruim?

- Afaste-se de mim, Malfoy. – disse Lílian, ríspida, empurrando a mão estendida do sonserino.

- O que você ouviu, garota? – ele perguntou, tirando o sorriso do rosto e tornando a sua expressão séria. – Fale a verdade, ou será pior para você.

- O que eu ouvi ou não, não te interessa. – falou Lílian, encarando-o e enfiando a mão no bolso, catando sua varinha, que parecia ter sumido.

Droga, esqueci no quarto!” – pensou a ruiva, lembrando-se com amargura de tê-la deixado em cima de sua cabeceira.

- Ah, interessa sim, e muito! – Malfoy disse, erguendo a própria varinha na direção de Lílian, no que a sonserina ao seu lado fez o mesmo. – Você vai aprender a não ouvir conversas que não lhe dizem o respeito.

- O que está havendo aqui? – indagou uma familiar voz masculina, que se aproximava rapidamente. – Estão te incomodando, Evans?

- Para trás, Potter! – ordenou Malfoy, empunhando sua varinha na direção do garoto, que postava-se ao lado de Lílian. – Isso não é hora de você querer dar uma de herói!

- Ah, não? – Tiago perguntou, sorrindo com ironia. – Engraçado, eu acho que é sim... – disse, tirando habilmente sua varinha do bolso e apontando-a para o sonserino. – Impedimenta!

Malfoy não esperava um feitiço naquele momento, nem se quer percebeu o maroto pegar a varinha. Por mais que ainda tenha inutilmente tentado pronunciar um contra-feitiço, foi totalmente em vão, pois acabou tombando no chão gélido do corredor.

A sonserina que o acompanhava tratou de apontar sua varinha para Tiago, que tinha agora sua atenção voltada para Malfoy e nem reparou nela.

- Estupefaça! – a garota exclamou, mas Lílian atirou-lhe dois dos pesados livros que carregava, atingindo-a em cheio e desviando o feitiço para a parede, no que a sonserina imediatamente tombou.

Lílian correu até ela, largando os livros que ainda carregava, e puxou a varinha de sua mão, atirando-a para longe.

- Bom trabalho em equipe, não?! – ela ouviu Tiago comentar atrás dela, parecendo empolgado.

Quando virou-se para encará-lo, ele sorria radiante, com os livros que ela largara no chão em seus braços.

- Obrigada. – ela disse, sem graça com aquilo tudo.

Tiago gesticulou, demonstrando que não fazia questão de que ela agradecesse, e disse:

- Vamos jantar? Estou com fome!

Lílian assentiu, com uma pontada de arrependimento por tê-lo tratado mal na biblioteca, e os dois seguiram juntos para o Salão Principal.





N/A: Realmente peço desculpas pela demora, mas meu computador quebrou (estou na casa de uma amiga) e só vai ficar pronto essa semana, então perdoem os erros do capítulo porque mal foi revisado!

Eu sei que este capítulo não teve nenhuma cena muito marcante, mas tentem entender, eu tenho que introduzir primeiro a história dos personagens e dos casais, não posso simplesmente fazê-los se casar no quarto capítulo da fic!

Quanto a essa conversa que a Lílian ouviu entre os sonserinos, só posso aconselhar que guardem bem na memória, porque ela só irá ser explicada bem mais à frente.

Bom, no sexto capítulo desta fic, será aniversário de um dos personagens, e haverá uma festa de comemoração na Sala Precisa. Como eu ainda não decidi qual personagem será o aniversariante, gostaria que vocês votassem pelos comentários em quem vocês preferem, (entre os quatro marotos e as meninas), ok?! Como fiquei sem internet por um tempo, ganhei tempo livre e acabei digitando já uma boa parte do capítulo 5, então peço que vocês digam logo os votos pelos comentários, porque as cenas que faltam do próximo capítulo são apenas eles planejando a festa – ou seja, colaborem que a atualização virá bem rápida!

Explicando o trecho da música que coloquei no começo do capítulo: é como se fosse o Tiago falando, pois as “palavras repetidas” são os constantes convites para sair que ele faz a Lily, e “palavras que nunca são ditas”, é devido ao fato dele achar que a Lílian esconde que no fundo quer sair com ele sim! =]

Bom, é isso pessoal, já falei demais aqui! Obrigada por tudo, e não esqueçam de comentar!

Milhões de beijos,

Fê Black

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