Silêncio e reflexão



Nota da autora:Eu já estou ficando cansada dessa lenga-lenga...Mas,enfim,como eu não quero ser processada,aqui vai:Eu não possuo Harry Potter au qualquer personagem que vocês reconheçam nesta fic.Esta história é apenas para a diversão de fãs desesperados pelo 6° volume da série,como eu.,

Estou particularmente orgulhosa de mim mesma:Consegui atualizar nessa semana!Acreditem,não foi fácil.Provavelmente na próxima semana não terei a mesma sorte,pois terei prova,plantão e seminário...Mas,enfim,vou tentar.

Valeu Anna Luiza,seus comentários sempre me deixam animada.Obrigada também a Bárbara Evans,que bom que você gosta da minha história!Obrigada pelos elogios,fico lisonjeada.Ah,e para quem está lendo isso e ainda não resenhou a fic,por favor,diga a sua opinião!Ou eu vou comprar alguma coisa na loja de logros de Fred e George para vocês...

Vamos à história!






CAPÍTULO 12- SILÊNCIO E REFLEXÃO



Harry piscou,desviando o olhar das figuras que se mexiam no quadro do outro lado da parede.Virou de barriga para cima,cobrindo o rosto com o travesseioro em mais uma tentativa de pegar no sono.Podia ouvir sons de pássaros em sua janela,o que o fez deduzir que já estava amanhecendo.Com um suspiro de frustração,o rapaz levantou-se e colocou os óculos.Uma das bruxas que dançavam ao redor da fogueira na pintura parou subitamente para observar Harry,movendo-se para perto da moldura da tela.O garoto simplesmente a ignorou e encaminhou-se para uma das janelas do quarto,abrindo as cortinas.Um céu que ficava lentamente vermelho o cumprimentou,o sol aparecendo aos poucos ao longe.Harry puxou uma poltrona,admirando confortavelmente o dia despontar.Mais uma vez,deixou o pensamento vagar...

Pensar era praticamente a única coisa que vinha fazendo nos dois últimos dias.depois da conversa com Anna,Harry voltara ao seu quarto,passando silenciosa e rapidamente por Remo e Dumbledore,os dois parecendo preocupados.Pelo canto dos olhos,pôde vê-los interpelando Anna,mas não se preocupou em escutar.Sua cabeça já estava cheia demais.Passara aquela noite em claro,sua mente remoendo e absorvendo cada palvra da neta de Dumbledore.Estava sendo difícil para Harry explicar o que estava acontecendo com ele,coisa que Hermione andava perguntando nestas 48 horas.

Na manhã seguinte à sua primeira noite em White Fortress,Harry recolheu-se num silêncio ainda maior do que já vinha apresentando desde os acontecimentos no Ministério da Magia.Podia ver claramente que essa atitude estava deixando todos extremamente preocupados,mas simplesmente não consegui reunir forças ou mesmo vontade para participar do movimento na casa.A verdade era que Harry não confiava no que poderia dizer ou fazer se resolvesse falar com alguém.Sentia que não conseguiria sustentar por muito mais tempo a fachada que lapidara cuidadosamente nas últimas semanas para enfrentar as perguntas e preocupações daqueles que o cercavam.A cada momento,sentia como se algo muito grande e inquieto estivesse criando vida em seu peito e se esforçasse cada vez mais para sair.E o silêncio do garoto nada mais era que uma tentativa desesperada de manter sua dor oculta e imóvel.Harry passara os dois dia seguintes esquivando-se o máximo possível de todos,fazendo longas caminhadas pelos jardins da casa ou mantendo-se em seu quarto,só encarando os amigos durante as refeições.Muitas coisas passavam pela sua cabeça.

Em 1° lugar,as imagens de Sirius caindo através do véu haviam voltado com toda a força,após a euforia inicial de sair da casa dos Dursley e reencontrar os amigos.Com toda a agitação de sua chegada em White Fortress,seguidas das inúmeras conversar e descobertas,fora fácil manter as lembranças afastadas.mas após a 1° noita,a sensação esmagadora de solidão retornara ainda maior,bem como o sentimento de culpa.Harry observava a atmosfera alegre e os aposentos iluminados de White Fortress,e imaginava se algum dia ele conseguiria de novo sorrir da maneira que ele via Ron,Mione e Ginny fazerem.Mas também,considerava ele,seus amigos não tinham nas mãos o destino de cometer um assassinato ou serem assassinados.Não havia nenhuma profecia para eles.Eles eram livres.O único que não parecia muito feliz era Remo.Harry percebia uma sombra nos olhos do velho amigo dos seus pais,escondida atrás da expressão calma e agradável que o bruxo sempre demonstrava.Mas mesmo com tal sombra em seu rosto,Remo ainda parecia capaz de se divertir,como Harry percebia ao vê-lo escutar as novidades inventadas pelos gêmeos em sua loja de logros com um sorriso malicioso no rosto(e Harry desconfiava que o maroto dentro de Remo se remexia com entusiasmo)ou implicar com os exageros de Anna apenas para irritá-la.Anna...A neta de Dumbledore mostrava-se um mistério para Harry.Ele não entendia como alguém com tantas responsabilidades e cargas,como lhe fora revelado na longa conversa que tiveram,conseguia agir do modo como a moça agia.Anna estava sempre sorrindo e nunca reclamava de nada.Em apenas dois dias naquela casa,Harry aprendeu que Anna não parava.O rapaz vira a neta de Dumbledore entrar e sair das lareirasmais do que qualquer membro da Ordem(Exceto,talvez,o próprio Dumbledore),correndo de um lado para o outro como se estivesse possuída por alguma coisa.Harry achava que ouvira vagamente Hermione falar que a garota estava em treinamento como Auror,ou fora Rony quem falara que ela estudava no St.Mungus para ser curandeira?Bom,o que quer que fosse,Harry sabia que ser um auror ou um curandeiro exigia mais do que qualquer outra profissão.Então,qualquer que fosse a opção de Anna,era uma carreira sacrificada.E ainda havia os negócios da Ordem,pois conforme Fred dissera,ela era responsável pela ala jovem do grupo.E ela era uma sacerdotisa em constante treinamento.Harry só via Anna parada em duas alternativas:Discutindo com Remo se iria ou não descansar um pouco("Você não manda em mim,Remo John Lupin!Larga do meu pé!")ou sentada na sala de estar lendo algum livro,com um olhar de profunda concentração no rosto.Ainda assim,Harry via Ana dar grandes gargalhadas ema cada refeição,dando sugestões animadas a Fred e George na decoração da sua loja ou conversando em voz baixa com Ginny,Hermione e Tonks.Harry tinha até mesmo a impressão de que chegara a ouvir a garota combinando com Tonksde SAIR PARA DANÇAR num fim de semana de folga...Como alguém com tanto peso sobre os ombros conseguia pensar em dançar em algum lugar?

Harry pegara-se várias vezes imaginando como deveria ser para Anna ter toda aquela carga de treinamento e aulas extras com seus professores.Ele acreditava sinceramente que não sairia vivo depois de um fim de semana de aulas extras de poções com Snape.O professor provavelmente tentaria envenená-lo alegando que era uma aula prática...No entanto,mesmo enquanto pensava no quanto detestaria ter que estudar em suas horas livres e ser submetido a treinamentos e aulas de reforço,começava a compreender que teria que passar por isso se quisesse sobreviver a Voldemort.Sabia perfeitamente que não venceria o Lord das Trevas com o que aprendera até agora.Precisava de muito mais,e o tempo era curto.Harry não tinha dúvidas de que a conversa com Anna havia sido um alerta para essa necessidade.Também não parava de pensar nas últimas palavras da moça."Pare de se esconder.","Mostre quem você é".Quando ouviu aquele discurso,Harry achou inicialmente que Anna era meio maluca.Ele NÃO tinha o potencial,a capacidade,o dom que ela falara.Não fizera nada do que fizera por ser especial ou poderoso.Mas,enquanto tentava se convencer disso,a voz de Anna se fazia ouvir na sua mente: "Pense nos detalhes,lembre de coisas...".E na sua cabeça vieram subitamenet imagens de muito tempo,coisas que ele descartara como irrelevantes.Tinha 10 anos,e descobrira-se de repente no teto da escola,encarando do alto o ponto onde estivera no chão sob os olhares boquiabertos de Duda e seus colegas que o perseguiam.Harry nunca parara pra pensar nisso,mas só sabia de um meio através do qual um bruxo condeguia se deslocar de um lugar para outro daquela maneira: APARATAÇÃO.Ele aparatara aos 10 anos de idade...Lembrou-se das palavras do chapéu seletor:"há talento,meu Deus,muito talento...Você podia ser grande..." .Tinha 13 anos e cem dementadores deslizavam para trás ante o seu patrono...Recordava-se de Remo ter dito que muitos bruxos adultos não conseguiam produzir tal feitiço.Tinha 14 anos,e estava num cemitério,face a face com seu pior inimigo.Sua varinha tremia em sua mão,enquanto fios brilhantes ligavam-na à de Voldemort...Pequenas contas se deslocavam de um lado para outro,indecisas sobre a direção certa.E ele se concentrara,cada centrímetro da sua mente forçando aquelas contas para o lado de Voldemort,entrando em sua varinha e fazendo seus crimes se revelarem...Dumbledore dissera que quando duas varinhas se encontravam,um dos lados a faria regurgitar seus últimos feitiços...e fora ELE que o fizera,não Voldemort.Tinha agora 15 anos,e tio Válter o agarrava pelo pescoço,e de repente soltava-o,como se algo o tivesse eletrocutado...Ainda no mesmo dia,quando tudo ficara escuro com a chegada dos dementadores e ele procurara sua varinha freneticamente pelo chão..."Lumos!",e ao som da sua voz,sua varinha se acendera sem que ele nem mesmo a tocasse...Os olhos espantados de Anna o encarando,ao se dar conta de que ele havia escutado seus pensamentos...Harry deixara seu pensamento caminhar nessa direção,e admitiu pela 1° vez que estivera realmente se escondendo.Nunca começara coisa alguma em Hogwarts achando desde o início que faria certo,que se sairia bem.Sempre ficava surpreso se conseguia realizar algum feitiço na primeira tentativa.Percebeu que sua insegurança o impedira de ir mais longe desde o começo.Nunca se esforçara ao máximo,porque sempre acreditara que não daria certo antes mesmo de começar...não conseguiria melhor do que aquilo mesmo,então já estava bom...E nesses 2 dias,pela primeira vez em quase 16 anos,Harry assumiu que podia fazer mais,muito mais.Anna estava certa.Ele se escondera todo esse tempo.E agora,estava na hora de isso mudar.

Uma batida suave na porta fez Harry despertar do seu devaneio.Surpreso,o rapaz olhou pela janela novamente,e percebeu que o sol terminara de nascer há tempos,e o céu acima das barreiras brilhava num azul celeste.Uma cascata de cabelos vermelhos apareceu por uma brecha na porta,e Ginny sorriu.

--Harry...mamãe está chamando para o café da manhã.Todos já estão lá.

Como se tornara um hábito nos últimos dias,Harry simplesmente balançou a cabeça e levantou-se,caminhando ao lado da caçula dos Weasley em silêncio.

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