Barreiras que as trevas temem

Barreiras que as trevas temem



Nota da autora:Eu não possuo Harry Potter,blábláblá,não me processem,blábláblá.

O nome do elfo doméstico da família Black,traduzido em português como “Monstro”,foi mantido como no original,ou seja,Kreacher.

Gostaria de agradecer à Renata pela sua resenha.A respeito do casal Harry/Ginny,você já deve ter lido no capítulo 3 os meus motivos.Diga-me o que acha!

Agora,vamos à história!





CAPÍTULO 4- BARREIRAS QUE AS TREVAS TEMEM


--Anna Lux Persephone Helena Dumbledore.Muito prazer,Harry.

Harry olhou para a moça parada à sua frente.Ele ouvira direito?

--Dum...Dumbledore?-Mas antes mesmo de Anna concordar com a cabeça,ele sabia que era isso mesmo.Na verdade,o rapaz se perguntava agora por que não percebera mais cedo.Tudo em Anna lembrava o diretor.Não era algo físico,mas a mesma sensação de segurança e poder.Os mesmos olhos cintilantes.Então era isso.A família de Dumbledore.E,ao pensar no velho bruxo,uma pontada de ressentimento aflorou.Onde viera parar?

--Exato,Harry.Lux é neta de Dumbledore,e voltou recentemente ao país para fortalecer a frente de batalha da Ordem.Vê agora por que ela o lembra alguém,não?-Remo sorria,embora exibisse um olhar preocupado para o garoto.

--Então...essa casa é de Dumbledore.-Harry olhou para Remo,tentando por tudo não parecer tão zangado quanto se sentia.A casa do diretor.”Presumo que agora eu deva ficar sob as asas de Dumbledore?Isto é,se ele se dignar a ficar no mesmo recinto que eu.”,pensou o garoto acidamente.Por que é que haviam-no trazido para cá?

--Hum,é,mais ou menos.Quer dizer,meu avô morava aqui,e depois meus pais.E agora é a sede da Ordem,já que Grimmauld place pode não ser mais tão seguro...-Anna falou suavemente,os olhos cinzentos perscrutando Harry.

--Por que ?-O rapaz perguntou rapidamente.não desejava de maneira alguma ter retornado à casa dos Black.Não sem Sirius por lá.Mas tampouco queria estar na casa de Dumbledore,não depois do último ano.Não importavam as razões do diretor,ainda doía.

--Kreacher.Não sabemos o que ele andou fazendo depois que Dumbledore o deixou na noite em que...-Remo parou,como se de repente tivesse perdido a voz.O rosto de Harry ficou rígido.

--Bom...-A voz de Tonks soava tensa--de qualquer maneira,tememos que Você-sabe-quem tenha dado um jeito de ter pistas da localização de Grimmauld place...Então,surgiu a possibilidade de White Fortress...

--Sei...-Harry fixou o olhar numa das rosas em que Tonks quase tropeçara.´´Meu avô gosta muito delas...”.desviou os olhos para o chão,determinado a não encarar Anna.Tinha certeza agora que a garota sabia usar legilimens.Afinal,era neta de Dumbledore...

--Er...estamos tocando em pontos sensíveis,vários deles...Acho que não é o momento mais adequado.Eu e você precisamos realmente conversar,Harry,é uma das razões de eu ter voltado para cá.Mas não aqui.Não agora.Você se incomoda,Harry?

O garoto olhou para Anna.Ela sorria tristemente.Parecia tão cansada...

--Tudo bem.-Harry respirou fundo,tentando arrancar da mente as imagens que subitamente haviam surgido.O véu...”-Ele se foi...”,a penseira... profecia...-Olhou para o céu,esperando que o azul límpido tranqüilizasse.

Harry deixou escapar uma exclamação,involuntariamente.Anna,Remo e Tonks olharam para o garoto assustados.

--Que...O que é isso?-Harry observava,fascinado,o que deveria ser o céu de um dia quente de verão.Em seu lugar,uma miscelânea de cores e fagulhas se movimentava em grande velocidade,cobrindo toda a extensão da propriedade.O espaço acima de suas cabeças parecia estar dividido em três camadas,todas de uma infinidade de cores,sombras,raios.Em alguns locais,as camadas se misturavam,formando pequenos turbilhões de luz.Era como mexer o arco-íris num enorme caldeirão.

--Você...você está vendo?-Tonks parecia ao mesmo tempo chocada e impressionada.Remo e Anna,porém,trocaram um olhar de entendimento.

--Tinha certeza de que você enxergaria,Harry.-A moça agora sorria,nem um pouco surpresa.—O que você está vendo são as barreiras desta casa contra as artes das trevas. Mas não são barreiras comuns,como aquela que se faz através do feitiço escudo.

--Que tipo de barreira é essa?-O garoto percebia agora que cada uma das camadas possuía diferenças em relação às outras.A primeira,logo acima,parecia mais sólida,como se mais de uma pessoa a tivesse lapidado.Soltava fagulhas vermelhas,como de quisesse mostrar que queimaria quem ousasse ultrapassá-la.A segunda barreira movia-se mais lentamente,como um lago de águas calmas,mas que a qualquer momento podia entrar em tempestade.Um brilho dourado emergia,por vezes entrecruzando-se com as fagulhas da camada inferior,ao mesmo tempo em que partia para encontrar a terceira e última barreira,que movia-se tão rápido quanto um tornado.Parecia fumaça de todas as cores,misturando-se com força.Ao seu redor,havia uma luz branca de cegar os olhos.

--Bom,você vê que são três no total.Na verdade,essas barreiras são um feitiço de proteção muito parecido com o que o meu avô colocou sobre a casa de seus parentes.O cerne da magia é o mesmo:A proteção do sangue.A barreira mais inferior foi feita pelos meus pais,logo que eu nasci.A do meio foi feita pelo meu avô,na mesma ocasião que a dos meus pais.E a última fui eu quem fiz,logo depois que trouxemos a Ordem da Fênix para cá.Você vê,Harry...Voldemort despreza essa magia,como meu avô já deve ter falado.Mas também a teme,apesar de não admitir.Voldemort não entende como seu pai e sua mãe puderam dar a vida por você,sem hesitar.Nem como meus pais,meu avô e eu derramamos nosso sangue nesse feitiço,afirmando com isso que morreríamos,se fosse necessário,por aqueles que queremos proteger.Voldemort não entende o amor.Por isso,não ousa chegar perto dessa casa.

Vagamente registrando que encontrara mais uma pessoa que não temia falar o nome do Lord das trevas, “Grande surpresa-uma vozinha na sua cabeça dizia-como se a neta de Alvo Dumbledore fosse agir diferente...”,Harry perguntou,surpreso:

--Mas então...Voldemort poderia chegar aqui?

--Ele certamente sabe a localização de White Fortress.Mas não é estúpido para vir até aqui.Primeiro,porque essas barreiras são quase impossíveis de quebrar,mesmo para ele,acredite.Mas,sendo Voldemort,ele pode ser capaz de passar.Entretanto,isso não ocorreria em um segundo.Ultrapassar essa proteção levaria tempo,o suficiente para que todos saíssem em segurança.Segundo,passar por essas barreiras o enfraqueceria,porque elas são feitas dos sentimentos e poderes que Voldemort não tem.E terceiro,vir aqui seria um combate certo com meu avô.E Voldemort não é idiota de provocar um confronto direto com o único bruxo que já temeu,principalmente estando enfraquecido pelas barreiras.Portanto,estamos perfeitamente seguros aqui.-Anna sorriu,os olhos cintilando.—No final,temos muita coisa em comum,Harry...

O rapaz não sabia o que dizer.Nunca parara pra pensar,desde que Dumbledore contara,no motivo para Voldemort não atacá-lo na casa dos tios.Mas,antes que pudesse abrir a boca,foi engolfado por um abraço de quebrar costelas,enquanto seu rosto era sufocado por uma onde de cabelos.Finalmente Hermione o largou,deixando o espaço livre para Rony apertar a mão do amigo.A garota não parava de falar.

--Ah,Harry,já estávamos preocupados,mas então vimos Edwiges,ela entrou voando na sala,e então corremos para fora,viemos procurá-los,vocês demoraram...

--Mione,deixe Harry falar.Como você está,cara?-O rosto sardento de Rony sorria,e atrás dele Fred,George e Ginny chegavam correndo,os sorrisos de satisfação idênticos.

--Bem-vindo de volta ao nosso mundo,Harry.-A voz de Anna se fez ouvir suavemente.

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