Apocalípse



I


Parecia impossível que ela vivera todas aquelas coisas horríveis. Se ela soubesse que, depois de toda aquela tragédia viveria a melhor noite de sua vida, não se preocuparia em derramar lágrimas. Não conseguia se lembrar de ter passado momento melhor em tudo o que já presenciara. Só de lembrar que não precisaria viver nada daquilo de novo, que sua vida mudaria de rumo, ela abria um sorriso.

Só o que ela não sabia é que a felicidade e a paz duraria pouco.

Gina saía do salão de refeições depois do almoço quando foi abordada por um rapaz louro e pálido.

Ele parecia bem estranho. Olhava para os lados, parecendo inquieto.

- Draco? O que foi? - perguntou ela, olhando-o um pouco preocupada: ele parecia nervoso demais.

Ele olhou para os lados e tornou a olhá-la.

- Você ainda não está brava comigo, está? - perguntou ele numa voz nervosa.

Gina tentou se lembrar por que estaria brava com ele. Então compreendeu.

- Ah, por você ter dito par todo mundo que G.W. era eu? - perguntou animada. - Claro que não, Draco. Eu só fiquei um pouco irritada na hora, sabe, mas já passou.

Ele deu um sorriso nervoso.

- Posso falar com você em particular? - perguntou ele, com cautela.

Ela ergueu as sobrancelhas. Pensou se seria uma boa idéia, quando Tom lhe avisara para ficar longe de Draco. Não queria perder a confiança dele agora…

- Ham… Certo… Está bem, Draco, mas se for rápido. Eu realmente preciso estar na sala de planejamentos - explicou ela.

- Ótimo - disse o outro. - Será que tem uma sala vazia por aqui?

- Se quiser ir até minha sala… - sugeriu a garota, um pouco preocupada com o estado do rapaz.

- É, pode ser - concordou ele.

Subiram até o penúltimo andar e foram em direção à última sala do corredor. Gina destrancou com um toque de varinha e eles entraram.

Ela se encostou na mesa e fez sinal para ele se sentar no sofazinho, mas ele ficou em pé.

“É verdade?”, perguntou Draco, rapidamente.

- Como? - perguntou Gina, pega de surpresa.

- É verdade o que ele escreveu na carta? Ele vai desistir de tudo para ficar com você? - perguntou o outro, numa voz rápida.

Ela abriu a boca.

- Como é que você sabe da carta? - falou ela, lentamente, encarando-o.

- Eu vi em cima da mesa do Harry - respondeu Draco sem tomar fôlego. - Mas me diga que não é verdade, Gina…

- É verdade - apressou-se ela em dizer. - Por quê?

Ele deu um passo para a frente e beijou-a. Mas não durou três segundos. Gina colocou a mão no meio e o empurrou.

- Draco! - exclamou ela, horrorizada, desencostando-se da escrivaninha de um salto, na defensiva.

- Por isso - respondeu ele, arfante, mas parecendo um tanto satisfeito. - Eu gosto de você, será que não deu para perceber?!

Ela fitou-o, perplexa.

É claro que percebera… Sempre percebera, desde que reencontrara Draco Malfoy, já como Comensal da Morte, do jeito como ele passou a olhá-la… Um olhar que dizia com todas as letras “eu te quero”. Mas não havia como…

- Draco… Desculpe, mas não dá. Eu e você… Eu amo outra pessoa…

Ele olhou para ela quase desolado.

- Desista dele, Gina, antes que seja tarde demais…

- Eu não posso! - falou, começando a irritar-se. - Eu sou apaixonada por ele, vou ter um filho dele!

Draco arregalou os olhos. Ela não percebera o que falara. Já estava tão acostumada com a idéia que pensava que todos já sabiam.

- Então é verdade…? - começou o outro, mas bateram na porta.

Ambos olharam para o lado, mas então ele voltou os olhos para ela e disse:

- Desista dele e fuja comigo, Gina - disse numa voz rápida e baixa.

- Não - sibilou ela. - Eu não quero!

Ele olhou para ela por algum tempo, mas agora havia raiva em seus olhos.

- Eu vou transformar sua vida num inferno - disse o outro entre os dentes. - Escreva o que eu estou lhe dizendo. Vocês vão pagar…

E dizendo isso, foi até a porta e abriu-a com força, saindo rápido e desaparecendo. Bellatrix apareceu na porta.

- O que Draco estava fazendo na sua sala? - perguntou a mulher, parecendo intrigada.

- Nada que ameace sua vida - respondeu Gina secamente.

Ainda pensava no que Draco Malfoy dissera. Se fosse verdade… Não, não havia como ele afetá-la, ela sabia disso. E tinha Tom do seu lado. Não havia como ele ameaçá-la…


II


Por um tempo, nada de novo aconteceu. Ele quisera esperar até depois do Ano Novo para dar a notícia particularmente espinhosa aos seguidores. Agora, com uma pontadinha intuitiva dentro de sua cabeça que dizia que aquilo ia dar zebra, encarava à absolutamente todos os Comensais da Morte, no fim do Salão. Até o dia anterior perguntara à Tom o que o fazia pensar que os seguidores aceitariam aquela notícia na boa, quando ele respondeu que não pensava que fossem realmente… aceitar. Com essa notícia animadora, ela esperava agora que ele contasse as “boas novas” aos Comensais.

Do fundo ela ainda conseguia vê-lo. Quando este saltou para cima da bancada de pedra do canto da parede principal e fez-se silêncio, ela encarou-o fixamente.

- Bom, Comensais, vocês devem estar se perguntando o porque de vocês terem sido chamados aqui - começou ele, com um pouco de cautela. - É muito simples, porém um pouco difícil de… entender. - Ele parou um pouco, talvez pensando em como informar aquilo. Então pareceu decidir-se, um pouco relutante. - Na festa de fim de ano eu… Bem, vocês sabem o que aconteceu. O verdadeiro motivo de vocês estarem aqui é porque eu quero anunciar o fim do meu trabalho com a Ordem das Trevas.

Houve instantaneamente vários murmúrios espantados. Gina viu os dois Malfoy, Lúcio e Narcissa, se entreolharem. Os Lestrange também. E do outro lado, Miller olhava para ela, com as sobrancelhas erguidas. Este apontou para o Lord das Trevas e depois para ela, como se perguntando. Gina confirmou com a cabeça e ele continuou mirando-a até depois de ela desviar os olhos para Rockwood, à frente. Ele olhou criticamente para Lúcio, e os dois pareceram entender alguma coisa em silêncio. Romulus Challanger e Luttianis Koller olharam um para o outro, ambos com as sobrancelhas erguidas, e então, simultaneamente olharam para Gina, como se pedissem explicação. Ela negou com a cabeça.

Mas então Lord Voldemort começou a falar de novo e todos retornam a atenção para ele.

- Eu sei que agora muita gente está encrencada com o Ministério da Magia, e vocês devem estar se perguntando porque o palhaço aqui na frente começou com tudo isso se ia desistir. Eu devo dizer que não era minha idéia inicial. - Ele parou um pouquinho. Parecia estar imaginando o que seria capaz de fazer se todos decidissem atacá-lo ao mesmo tempo. Então engoliu em seco e disse: - Tudo bem se quiserem fugir, ou se quiserem dizer que eu os enfeiticei; eu não vou culpar ninguém por isso. Agora, Basilisk Hall tem cerca de quatrocentos quartos com capacidade para duas pessoas, e quem quiser também pode vir morar aqui, sem problemas. O que eu não quero é dar toda a responsabilidade de liderá-los nas mãos de outra pessoa qualquer. As coisas podem sair barbaramente erradas se eu fizer isso.

Houve um silêncio meio que horrorizado à essas palavras. Então algumas pessoas se entreolharam e uma mulher perguntou, do meio da multidão, a voz meio trêmula:

- Isso significa o fim da Ordem das Trevas?

Ele não respondeu de imediato, procurando ver quem falara, mas então disse:

- Sim, isso significa o fim da Ordem da Trevas.

Alguns olharam-no perplexos.

- O senhor não pode… Arriscamos nossas vidas… por nada?! - disse uma voz de um rapaz, assustado, no meio da multidão. As pessoas começaram a falar em voz alta.

Então um deles cutucou a pessoa ao lado e disse, sobrepondo-se à balbúrdia.

- Então Draco Malfoy estava dizendo a verdade? Ele vai mesmo se livrar da gente para ficar com a garota?

Várias pessoas apoiaram, virando os olhos furiosos para Tom. Ele parecia estar começando à se preocupar com a reação.

- Calma, pessoal - começou alguém mascarado, lá na frente. Era um homem e parecia realmente estar considerando a proposta de Tom. - Não me parece tão ruim assim…

Mas mal terminara de falar, sete ou oito já sacavam a varinha e o atacavam. Ela mal se surpreendera ainda, o homem já estava no chão. Viu Tom levantar as mãos lentamente.

Então Gina levantou-se de um salto. Um bruxo na sua frente começava a puxar a varinha. Ela olhou para Tom e, passado um pequeno tempo, ele também olhou para ela. Então uma vozinha impertinente entrou em sua cabeça, tão clara como se ele estivesse sussurrando em seu ouvido, ao contato visual.

“Seu quarto”.

Ele rompeu o contato visual. Olhou para os lados e fez um sinal para Bella. Então desaparatou.

Gina saiu de fininho do salão no meio da balbúrdia ensurdecedora que sucedera. Uma escadaria acima e já chegava em frente à porta do seu quarto.

Entrou e ficou esperando.

Começou a pensar na verdadeira droga que estava acontecendo. Uma rebelião de verdade. Todos contra dois. Era um tanto demais para a capacidade dela. Gina não conseguia acreditar como era possível uma tragédia dessas acontecer quando parecia que finalmente estava livre e pronta para viver a vida que sempre sonhara, com o homem que amava e com um filho que saberia a verdade e não se importaria nem um pouco.

- Parece que estamos encrencados, não?

A garota desencostou-se da madeira da porta e virou-se, com um sobressalto. Estivera tão compenetrada em seus próprios pensamentos e nos ruídos lá fora que se assustara. Tom acabara de aparecer às suas costas.

- Não perca tempo. Pegue algumas roupas. Você não pode ficar aqui mais nem um minuto - disse, com pressa.

Gina não discutiu. Correu para o guarda-roupa e escancarou a porta.

- Céus, Tom…

- Eu os ensinei a se rebelarem - disse Tom, com uma careta. - Isso é que é ironia do destino.

- O que vamos fazer? - perguntou Gina, já enfiando algumas roupas em uma mochila.

- O que eu vou fazer - corrigiu ele. - Você vai sair do caminho, se não quiser estragar tudo.

Ela encarou-o, meio aborrecida, meio chocada.

- Você vai para a casa dos seus pais - continuou Tom, apressado, fingindo não ver a expressão no rosto dela. - Vai me esperar lá, está me entendendo?

- Tom…

- Está entendendo? - disse mais ferozmente, com mais urgência, agarrando os ombros dela. - Não importa se demorar três dias ou três meses, você está ouvindo? Eu vou te buscar.

Ela concordou com a cabeça.

- Ótimo. Eu vou resolver isso, eu já estava esperando - falou ele.

Gina continuava olhando-o calada. Então abraçou-o com força.

- Ah, Tom… Que enrascada…

- Não se preocupe, querida. Preocupe-se apenas em manter você e nosso filho à salvos, por favor…

Eles se beijaram. Por um momento, os lábios deles ficaram completamente colados, e então um barulho alto no corredor fê-los sobressaltarem-se.
- Vá agora.
Tom desaparatou, deixando-a à sós. Minutos depois saía de seu quarto com um mínimo, no caso dos outros Weasley terem se desfeito de suas coisas. Escondida e mascarada, desceu as escadas para chegar ao hall. Viu muitos bruxos, ainda furiosos, andando pelo corredor.
Imaginando onde Tom estaria, parou no hall e desaparatou.
Enquanto viajava, rapidamente pela distância, como se fosse um feixe de luz, ela pensava se a família a aceitaria de volta.


III


Gina apareceu na porta, as vestes negras e longas, uma mochila de pano pendurada no ombro. Ela viu todos os Weasley reunidos à mesa da cozinha, todos quietos e cabisbaixos, muito pensativos. Considerou por um momento dar meia volta e fingir que nunca estivera ali, fugir enquanto não haviam reparado-a. Porém, Tom a fizera prometer. Respirou fundo, concentrou-se na sua recém adquirida frieza e conseguiu-se manter séria e odiosamente indiferente.

- Será que ainda existe alguma remota misericórdia por mim nessa casa?

Um à um, os Weasley foram levantando os rostos e virando-os para o batente. Um à um iam fixando-a sem reação, como se passassem por um momento extremamente delirante. Então, um à um, foram boquiabrindo-se. Ela tirou a máscara e guardou-a no bolso.

- Você! - disse uma voz alta e furiosa. Molly Weasley levantou-se de um salto. - Tire as botas imundas do chão dessa casa, sua… sua perversazinha sádica!…

Gina lamentou que isto estivesse acontecendo. Meneou com a cabeça com um sorriso perplexo. Mirou-os, então, fixamente, com mais seriedade.

- Olhem, eu não venho aqui para enganar ou desdenhar vocês. Acontece que realmente está havendo uma rebelião na Ordem das Trevas e eu realmente não tenho aonde ir - informou a garota, calmamente.

- E o que nós temos à ver com isso? - retrucou Arthur, sem emoção. Ele ainda observava a mesa e não virou-se para olhá-la. - Ponha-se daqui para fora.

Houve um silêncio constrangedor antes de ela tentar recomeçar a falar.

- Pai…

Arthur então voltou os olhos para ela, mirando-a com curiosidade.

- Por que pensa que pode me chamar de “pai”? - disse ele, com frieza. - Você não é mais minha filha. Não tenho filha.

Ela encarou-o durante muito tempo, à todo instante lutando para impedir os olhos de marejarem. Havia tanta mágoa na voz dele… Chegava a ser muito doloroso ouvir seu pai falar assim…

- Eu… eu sei que o que fiz com vocês não foi certo… Eu só estou pedindo um lugar para ficar por um tempo, até que… eu possa voltar para perto… do… - mas sentiu que eles não suportariam ouvir aquele nome. - Por favor - pediu ela, olhando-os, tentando não parecer constrangida. - Por favor, pelo meu filho que está aqui dentro - disse ela, tocando o ventre com as mãos. - Ele não tem culpa de nenhum dos erros dos pais dele. Por favor… Tenham um pouco de piedade - pediu ela, suplicante.

Todos olhavam-na, mas aos poucos foram voltando os olhos para a mesa. Então seu pai disse, a voz trêmula:

- Então acha que vamos simplesmente aceitá-la de volta porque assim pede, mesmo depois do que… do que vocês fizeram com Carlinhos?

Ela piscou.

- Carlinhos?

Todos olharam-na, meio cabisbaixos, os olhos vermelhos. Alguns arreganharam os dentes, mas pareciam mais tristes do que bravos.

- CARLINHOS, SUA MALDITA! - urrou sua mãe de repente. - VOCÊS MATARAM CARLINHOS! - Ela então tornou a sentar-se e baixou o rosto nas mãos, parecendo muito constrangida.

Então ela lembrou-se.

Um par de grandes olhos castanhos se arregalaram, em choque. Com um aperto terrível no peito, lembrou-se que Carlinhos morrera. Sentiu uma lágrima quente escorrer pelo rosto, sabendo que tivera uma segunda chance para arrumar sua vida e…

- …Me esqueci de Carlinhos.


III


Eram duas da manhã e ninguém ainda fora se deitar. Gina acabara de narrar para eles tudo o que acontecera desde que brigara com Harry e saíra de casa, inclusive a vida paralela que tivera casada com o ex-noivo e o estranho efeito do pentagrama enquanto chorava em frente ao espelho. Ninguém dizia uma palavra, agora que a história toda fora contada.

Gui ergueu a cabeça para ela.

- E você disse que… ele não sabe? - perguntou, impassível.

- É. - Gina deu um suspiro. - Ele não acreditaria.

Fez-se mais um pouco de silêncio.

- E está havendo uma rebelião entre os Comensais da Morte? - disse Rony, enfim, erguendo uma sobrancelha.

- Está - falou, com pesar.

- Por que ele ia parar com tudo para ficar com você? - continuou o irmão mais novo.

- É.

- Você já percebeu que isso não faz sentido?

Gina deu um sorriso fraco.

- Rony, por pior que isso possa parecer, fazer com que vocês acreditem na minha história é o de menos - disse com simplicidade. - Nessa mesma hora um homem extremamente arrependido está em algum lugar sendo caçado por setecentos e trinta e cinco homens que julgávamos ser amigos, mais por algumas centenas de bruxos do Ministério, tirando os vingadores de plantão. Então - completou ela, ainda sorrindo tristemente - não me importo de me passar por louca nesse momento, contanto que eu consiga mudar meu futuro. Isto está claro, não está?

Todos levantaram a cabeça para ela, Percy e Molly concordando fracamente com a cabeça, enquanto os gêmeos se entreolhavam significativamente.

- Você disse que está esperando um filho? - perguntou Fred.

- Disse, sim.

- E o pai desse filho é…? - mas Jorge parecia incapaz de falar.

- Voldemort? É - respondeu calmamente.

- E Draco Malfoy…

- Parece que quer vê-lo morto.

- E sempre esteve na Ordem das Trevas?

- Sim.

- Droga!

Os gêmeos pareciam perturbadíssimos com aquilo tudo, mas a mãe começou a fazer suas perguntas agora e as atenções foram voltadas para ela.

- Mas Carlinhos, Gina…

- Tom deu ordens a todos os Comensais da Morte que não matasse nem machucasse nenhum dos Weasley.

Houve um pequeno silêncio.

“A morte de Carlinhos não passou de um acidente.”

Eles olharam para o chão, constrangidos, inclusive ela.

- Eu sei que… estou ligada com isso, mesmo que indiretamente, e talvez vocês não me perdoem nunca, por isso eu não vou nem tentar pedir a desculpa de vocês. Eu não tenho motivos para ser perdoada por ninguém, pelo tanto de gente que eu matei - ela respirou fundo - com o nome de G.W..

Todos olharam para ela muito magoados.

- Gina.

- Que foi, Rony?

- Harry me disse que você nunca… Me disse que você é boa e que ele te odeia por isso.

Gina baixou os olhos.

- Talvez odeie - falou numa voz baixa. - Harry saberia, não é? Talvez ele odeie gostar de mim… Porque gostando de mim ele começa a odiar ele mesmo, e odiando ele mesmo ele fica confuso… E porque eu me recuso a ser cruel e gosto dele como ele é. É, realmente, eu acho que ele não gosta disso…

Todos estavam encarando-a, então mirou-os, com um sorriso desanimado e deu ombros.

- Mas eu não me importo.

- Gina, eu realmente não sei onde foi que eu errei - disse sua mãe, estupefata.

- Sinceramente, eu também não - falou seu pai, sentencioso.

Ela sorriu.

- Se coubesse à mim ter nascido cinqüenta anos antes, eu não permitiria que isso acontecesse à ele. Vocês realmente não sabem o que ele passou, ou o que nós passamos. - Os Weasley olhavam fixamente para a caçula, sem saberem o que dizer. Ela reforçou o sorriso, triste.

“Vão me deixar ficar?”

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