De Volta Pra Casa



I


Gina não estava passando por um momento bom. De fato, parecia um dos piores momentos de sua vida. Fazia uma semana desde que Richard lhe aparecera em casa no meio da noite e lhes interrompera a janta, que lhe jogara um jornal velho em cima da mesa e que continha uma foto sua. Mas, na verdade, não era uma foto dele, percebeu Gina depois, com um frio terrível no estômago, mas sim de Tom Riddle, abaixo de uma manchete gigantesca “AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO ESCAPA NOVAMENTE DAS GARRAS DO MINISTÉRIO”. Levou um tempo de silêncio para que absorvesse o impacto, antes que Richard lhe acusasse, aos gritos, histérico, que ela era a maior vagabunda do mundo, que se deitara com um dos maiores assassinos de todos os tempos por pura falta de caráter e que ela lhe enganara, que queria que ela morresse e saísse de casa batendo a porta, depois da maior discussão da sua vida. Duas horas depois ela chegava ao hospital trouxa mais próximo carregada pelo marido e, após alguns instantes, ficara sabendo que perdera a filha de sete meses.

Passado isso, ele imaginava que nada mais poderia acontecer, quando descobria que enganara-se. De manhã, ficava sabendo no hospital, por intermédio de Hermione, que Harry sofrera um acidente de vassoura. Apenas ela sabia como o marido quisera esse filho, mas então Christine estava morta. Ela sabia como isso deveria tê-lo atormentado. Talvez quisera respirar um pouco de ar fresco… Agora encontrava-se inconsciente num hospital.

Richard não fora ver nenhum dos dois.

Fora então, quando voltara para a casa, que soubera que uma rebelião ocorrera em Azkaban e que o velho grupo cinco estava livre novamente. É estranho como as coisas ruim vêm todas juntas. Ela sabia que eles viriam atrás dela… Sabiam que ela era a única que tinha o herdeiro, aquele com o poder para erguer novamente a Ordem das Trevas, para comandar o exército que iria expurgar a Terra de todos aqueles de sangue sujo…

E, incrivelmente, ela estava certa.

Preocupada ficara o dia todo. Não que não estivesse esperando, mas também não imaginava que teria que acontecer assim tão cedo.
Estava na cozinha, terminado de tomar seu café da manhã solitário, quando ouviu passos no cômodo ao lado. Havia gente em sua casa e ela tinha quase certeza de quem era. Pegou a varinha em cima da mesa e apertou-a na mão. Seguiu com cautela para o corredor, sem fazer barulho. Os ruídos haviam cessado; o corredor estava deserto.

Temendo perder a oportunidade perfeita de subir e pegar o pentagrama, deslocou-se em direção às escadas de madeira. Então ouviu um pequeno rangido na sala e virou-se, pisando em falso. Esperou, quieta e imóvel, tentando escutar mais, mas nenhum outro barulho chegou aos seus ouvidos. Sentindo o peito pular de horror, virou-se para continuar seu caminho, mas deu de cara com uma varinha apontada-lhe entre os olhos.

- Ora, ora, se não é a Sra. Potter… - disse-lhe suavemente a voz rouca de Bellatrix Lestrange. Embora seu rosto não era nem de longe o que já fora, o velho brilho faminto e cruel ainda ardia em seus olhos.

Gina virou a cabeça e olhou ao redor, de onde emergiam vários dos Comensais da Morte mais perigosos, todos apontando-lhe a varinha. Estava cercada.

Ainda que estivessem ruínas do que já foram, ainda queriam vê-la morta - enxergava isso através de seus olhos vorazes.

- Onde ele está, Gina? - perguntou Lúcio Malfoy, a voz rouca ainda contendo um pouco daquele tédio arrastado de sempre, à algum lugar à sua direita.

- Ele quem, Lúcio? - perguntou calma e displicentemente, embora soubesse perfeitamente a quem ele estava se referindo.

- O seu filho - respondeu Narcissa, ao lado do marido, a face, antes bonita, agora horrivelmente feia e destruída de seus dezesseis anos em Azkaban. - O seu querido e precioso filho, aquele que irá nos conduzir de volta ao poder, Gina; onde ele está?

- Perdem seu tempo - disse ela com pouco caso. - O único filho de Lord Voldemort cresceu odiando as artes das Trevas e os nomes sujos de vocês! Ele nem entrou para a Sonserina, como pensávamos que faria.

- Nada que um tratamento de choque não possa resolver, G.W. - disse Malfoy com desdém. - Está tudo dentro dele, agora fortalecido com o seu sangue puro… Ele será indestrutível. Agora nos diga onde ele está, e prometemos que não te machucamos muito antes de matá-la, Gina…

Ela encarou-o. Não ia desistir sem lutar.

- Eu não posso. Eu não sei onde ele está - murmurou.

- Não nos faça de idiotas - sibilou Rodolphus Lestrange. - Você é a culpada; acabe logo com isso.

- Eu não tenho culpa de nada - disse ela no mesmo tom de voz que o outro.

Bellatrix puxou-a pelos ombros e a virou para si.

- Veja no que nós nos tornamos! - rosnou a mulher, arreganhando os dentes. - Veja! Esses dezesseis anos foram longos, Gina… Ah, foram. E você não se deu ao trabalho de se importar. Você ficou aqui, livre, esse tempo todo! Misturou-se com essa escória - e cuspiu no chão -, não se lembrou à quem devia lealdade, sua filha da mãe traidora… Você o matou, sua infeliz nojenta! Você matou nosso mestre!

Gina encarou a outra perplexa. Então de repente, gritou:

- Cale-se, sua cretina imunda! Eu não o matei. Eu não matei ninguém!

Então, sem aviso, correu para o fim do corredor e virou na curva, ouvindo os feitiços passarem zunindo por seu ouvido. Não conseguiria subir a escada, então empurrou a porta de vidro que dava para a sala e entrou. Pelo arco do outro lado irrompiam três Comensais e empunhavam a varinha em sua direção.

- EXPELLIARMUS! - gritaram em uníssono. Gina mergulhou atrás do sofá para se esquivar dos raios e viu a porta se esfacelar em cacos. Ela ergueu-se e apontou para eles.

- ESTUPEFAÇA!

- NÃO SE ESCONDA, SUA MALDITA! - gritava a voz de Bellatrix, vinda do corredor por onde acabavam de entrar.

Gina correu para o outro lado, tentando sair pela porta da frente, mas alguém segurou-a pelo calcanhar e ela caiu. Pensando desesperada em como iria se desvencilhar, viu o Comensal que a segurava e mirou-lhe a varinha.

- AVADA KEDAVRA! - gritou.

Houve um flash de luz verde e ofuscante e então o outro soltou-a e caiu ao seu lado, os olhos entreabertos…

Gina levantou-se de um salto e tropeçou em direção à porta. Um raio verde acertou a parede ao seu lado e ela mudou de direção. Derrubou dois Comensais que barravam a passagem ao mergulhar entre eles, e no instante seguinte se via novamente no corredor do início.

Ergueu a varinha e apontou para as pessoas na sua frente, avançando. Lúcio Malfoy então brandiu a varinha e, com um estampido, Gina fora jogada de costas para trás.

Sentiu um filete quente de sangue descer pela testa. Estava cercada de novo.

- O que…? - perguntou uma voz espantada, vinda da sala. - Oh, céus… ESTUPEFAÇA!

Um Comensal à sua direita acabava de cair de joelhos e afundar no chão. Ela olhou entre a brecha. Hermione acabava de entrar na sua sala e tinha a varinha apontada para os homens à sua frente.

Luttianis acabara de sair da penumbra atrás de Hermione, e esta avançava sem ver.

- HERMIONE, ATRÁS DE VOCÊ! - gritou para a amiga. Ao mesmo tempo que esta virava-se e os Comensais se distraíam, ela esgueirou-se para a cozinha e fugiu pela copa.

À frente, via a escada; às costas, ouvia a exclamação aguda de um deles, ao perceber que ela escapara. Havia apenas uma chance e não queria que fosse desperdiçada.
Correu.



II


Demorou um pouco para perceber o que a acertara. Ficou ali caída nos degraus tempo suficiente para ser agarrada pelos braços. Estrelinhas piscavam diante de seus olhos e ela sabia que estava tudo perdido.

Eles venceram, pensou, não tenho mais forças para lutar.

Os Comensais a arrastaram para algum lugar e a atiraram de gatas do chão. O que ela sentiu sob os joelhos parecia ser pedaços de vidro. Quando conseguiu pôr as coisas em foco, viu que estava novamente na sala; Hermione estava do outro lado do cômodo, sendo fortemente segurada por dois dos Comensais da Morte, e também parecia um pouco atordoada.

Todos ficaram em silêncio por um instante, tomando fôlego, e então Bellatrix falou em voz baixa, aparecendo no seu campo de visão.

- Não vai sair impune dessa, Gina. Sua rebeldia vai lhe render um pouco mais de dor, você sabe, não é? - disse-lhe a mulher, agarrando-lhe os cabelos ruivos e forçando seu rosto para cima.

Então fechou os olhos com força; sabia o que estava por vir…

- Crucio - disse a voz impiedosa.

Ela gritou de dor. Tentando raciocinar direito, mal podendo parar de berrar, ouvia Hermione gritando o nome dela. Um baque e um repentino silêncio dos outros.

Foi então que a dor cessou.

Havia um barulho vindo do andar de cima. Então, claramente o som de passos descendo as escadas e então - todos pareciam nem respirar, uns apontando a varinha para o buraco da porta, atrás dela - alguém entrou e parou de chofre na sala.

Mas não atacaram. Bellatrix soltou uma exclamação triunfante.

- Rick! - gritou Hermione.

Gina virou a cabeça. Era realmente o filho que via atrás dela, os cabelos negros caindo por cima dos olhos cor de grafite, ávidos e surpresos.

- Rick, ataque-os! - gritou Hermione, tentando desvencilhar as mãos presas nas costas.

Por uma fração de segundo ele estacou, olhando para Hermione, mas então, rápido e imprevisível, apontou a varinha para um dos Comensais que arrastara Gina, os olhos semicerrados e frios; este caíra para trás no mesmo instante com um baque, e uma nuvem de poeira se ergueu do chão.

Todos os outros atiraram contra ele, mas este já havia desaparecido com um movimento da capa, e, no instante seguinte aparecia atrás de Hermione e dos dois Comensais, e os deixavam inconscientes, ao mesmo tempo que a estante em que acertaram desabava. Bellatrix gritava que não o machucassem. Os Comensais viraram-se, mas Richard já apontava a varinha para eles e vários em linha reta eram atirados para os lados. Alguém gritou às suas costas. Rick desaparecera novamente.

Gina levantou-se e esquivou bem em tempo de evitar um raio Estuporante. Voltou os olhos para Hermione. Gelou.

- MIONE, CUIDADO! - gritou.

Mas não deu tempo da amiga se virar; o Comensal já arrancara o atiçador de fogo da beira da lareira e acertava com força na cabeça da outra. Só o que Gina viu antes de fechar os olhos foi Hermione caindo no chão e então sangue… muito sangue…

- Não… - murmurou Gina sem ar, com esforço, quando erguia os olhos e a varinha para quem atacara. - …a Mione não…

Mas quando ia atirar, alguém fez isso antes. Um raio verde atravessou a sala e mirou o homem. Este, porém, se esquivou, e quem desabou no chão foi uma mulher com longos cachos de cabelos louros.

“Narcissa…!” Lúcio arregalou os olhos e cerrou os pulsos, então virou-se para Richard e avançou, a varinha erguida.

- Você matou minha Narcissa, seu… fedelho estúpido…! - Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, Gina pegara uma tesoura no armário ao lado e enterrara no braço direito do homem.

Ele largou a varinha e gritou de dor. Bellatrix passou por ele e berrou alguma coisa. As imagens dançavam em frente aos olhos dela. Ela viu um dos Comensais se levantar, seriamente machucado, e desaparatar. No momento que se seguiu, ouvira um farfalhar de muitas capas, vários estalos, e então todos eles desaparataram.

Gina olhou ao redor. Richard fixava horrorizado a figura imóvel e rodeada de sangue da madrinha, arfando. Gina olhou também; queria ter esperanças…

- Ela está morta - disse Richard, uma longa lágrima escorrendo pelo seu rosto. Apertou os olhos e desviou o rosto.

Gina sentiu as pernas fracas de repente e seus joelhos cederam. A sala destruída entrava e saía de foco, as lágrimas cegando-a.

- É tudo minha culpa - murmurou ela, soluçando. - O que foi que eu fiz? Eu… eu os matei…

Então ouviu um farfalhar de penas e, quando ergueu os olhos, viu Richard segurando uma carta e uma coruja fugindo pela janela estilhaçada. Ele abriu-a sem pressa, derrubando o envelope no chão. Tinha o emblema do Ministério nele.

Richard leu metade da carta e seu rosto se contorceu de raiva, provavelmente dele mesmo. Amassou o pergaminho na mão e focou os olhos na mãe. Sua mão abaixou ao lado do corpo e a carta amassada caiu no chão.

- Eu sou um assassino - disse ele em voz baixa. - É isso… eu não passo de um assassino…

Gina se odiou em silêncio pela amargura na voz dele, e não conseguiu suportar seu olhar. Abaixou os olhos.

Richard olhou ao redor.

- Tudo isso por minha causa… - A voz dele ia se tornando cada vez mais embargada, quando Gina ouviu um soluço e apertou mais os olhos. - Maldito seja Voldemort e o desgraçado do seu filho! Maldito seja eu, que acreditei que merecia viver com as… pessoas normais…!

Ele limpou os olhos na manga da blusa e tirou um par de luvas negras do bolso. Ele colocou-as, talvez sem saber que parecia-se mais com seu pai quando fazia isso. Acabado de fazer o que estava fazendo, sem nem lançar um olhar para trás, deus três passadas, alcançou a porta e saiu.

Então Gina abriu os olhos. Lembrar-se disso não era exatamente o que ela tinha em mente.

Sua imagem no espelho a encarava. Gina piscou.

Seu reflexo mostrava-a, mas não havia mais um filete de sangue descendo pelo rosto, não estava com o cabelo bagunçado; também não haviam mais as pequenas rugas do tempo ao redor dos olhos, nem lágrimas manchando-os. Gina recuou um passo.

No reflexo às suas costas, via uma parede de pedras e uma tapeçaria vermelha escura pendurada. Ela sabia que não era possível. Sacudiu a cabeça, incrédula. Então virou-se.

Não era o espelho. À sua frente, a parede de pedras de seu quarto em Basilisk Hall refletia em seus olhos castanhos. Ela boquiabriu-se.

Olhou ao redor. A lareira estava acesa, a cama arrumada. Estava usando uma camisola curta e um robe entreaberto de cetim negro.

Como podia ser verdade? Ela não sabia se acreditava que fora tudo um sonho ruim, se estava ficando louca ou se realmente - pensou com uma pontadinha de feliz incredulidade crescendo - voltara no tempo.

Ela não sabia, mas precisava descobrir.

Saiu correndo pelo corredor, descalça, e animou-se ao ver que não era ilusão, que o quarto não se dissolveu e que ela não se via novamente em sua casa em Godric’s Hollow. Via alguém vindo pelo corredor, e correu até a pessoa.

- Você está bem, Weasley? - perguntou Lúcio Malfoy, olhando com desconfiança, quando ela parou na sua frente. Ela não se espantou.

- Lúcio, que dia é hoje? - perguntou ela sem fôlego.

Ele franziu a testa.

- Dezessete de dezembro - respondeu ele, perplexo.

Se ele estava intrigado quando ela o perguntou, então ficara ainda mais quando Gina abriu um grande sorriso.

- Onde ele está, Lúcio? - perguntou, mal podendo se agüentar de excitação.

- Na sala do planejamentos, da última vez que o vi, mas por que…? - mas ela já saíra em disparada para o começo do corredor e já descia as escadas.

Era inacreditável.



III


Estava na sala de planejamentos. Uma única vela ardia na sala, na ponta da mesa grande, em meio à escuridão. Já era tarde da noite.

Quem me dera terminar isso logo, pensou, reprimindo um bocejo. Olhou no relógio - meia-noite.

Esfregou os olhos. Tornou a olhar para o pedaço de carta inacabada. No pálido do pergaminho, letras negras e borradas tremeluziam à chama da vela.

Com resignação, molhou a pena na tinta e pousou no papel, retornando a desenhar letras forçadas. Foi quando ouviu um barulho.

Parou abruptamente o que estava fazendo, escutando. Então, procurando a fonte do ruído, viu recortado contra uma das vidraças e soube o que era. Instantes depois, uma coruja branca pousava na mesa defronte de si.

- Como foi que você me achou? - perguntou instintivamente, levando mão até a carta que ela trazia amarrada na perna.

Abriu a correspondência e estendeu na mesa para ler à luz. Achou que seus olhos não estavam vendo direito. Talvez seja o sono, pensou. Piscou e leu novamente.

Sentiu qualquer remoto início de sono abandonar-lhe na hora. Leu e releu a carta novamente. O que vinha escrito não era uma coisa comum, era…

A porta da sala se abriu lentamente com um ruído abafado. Viu recortado contra a luz dos archotes do corredor a silhueta de alguém jovem com longos cabelos lisos. Este mirou-o por um momento e então bateu a porta às suas costas e correu em sua direção.

- Nem pense nisso - disse Gina rapidamente, arrancando-lhe a carta da mão. - Minha vida é um inferno sem você. - E rasgou a carta em vários pedaços.

Ele não conseguia entender. Era como se soubesse o que estava escrito nela, mas não poderia…

- Gina, o que…? - começou, mas faltou-lhe palavras para terminar a frase.

Olhava-o com os olhos grandes e castanhos cheios de felicidade, como se ele tivesse ficado fora por muito tempo. Então ela aproximou-se, inclinou o rosto e beijou-o de modo tão carente que ele imaginou o que estaria acontecendo.

Ela sentou-se no seu colo e continuou beijando-o, com sede, como se quisesse senti-lo, como se tivesse esquecido como era, como se ela de repente o amasse mais do que ele sabia que ela amava, como se tivesse se afastado…

Ela então encolheu-se junto dele e parou de beijá-lo. Ele abriu os olhos e percebeu, com uma pontada de surpresa, que ela começava a chorar.

- O que foi? - perguntou, mais espantado do que nunca.

Ela deitou-se no seu peito e falou, numa voz embargada.

- Não me deixe de novo, Tom… Por favor, eu suplico, não me deixe sozinha nunca… nunca mais.

Ele não sabia porque ela estava agindo assim, mas não conseguia deixar de pensar sobre isso. O modo como ela estava desesperada pela resposta dele, como se um peso imenso estivesse sobre seus ombros e que aliviaria se ele dissesse que não ia responder sim. Se iria lhe fazer sofrer, preferia não fazê-lo. Antes tinha dúvidas, mas agora tinha certeza. Por cima dos cabelos cor de fogo dela, viu a coruja branca olhando-os com indignação.

- Não. Eu não vou deixá-la, minha querida - disse gentilmente para Gina. Ela levantou o rosto e sorriu, limpando as lágrimas com as costas das mãos.

Ela levantou-se, como se de repente tivesse consciência do papelão que estava fazendo e ele pegou um pedaço de pergaminho, inclinando para frente. Molhou a pena no tinteiro e escreveu, sob o olhar observador da garota:


Desculpe desapontá-lo, Potter, mas não posso aceitar sua proposta. Acabo de me aposentar do mundo do crime para me dedicar à minha família de verdade.

Tudo de bom para você.

Atenciosamente,

Tom Riddle


Ele terminou e mostrou para Gina, que leu e abriu um sorriso imenso. Então ele dobrou o pergaminho e prendeu à garra da coruja, que levantou vôo imediatamente.

Então levantou-se e olhou-a. Ela sorria radiante e admirava-o com um olhar completamente apaixonado. Ele pensou porque demorara tanto tempo para perceber que não precisava de mais nada enquanto a tivesse ali, enquanto ela o amasse? Nada mais era tão importante quanto ficarem juntos.

Então ergueu-a no colo e disse:

- Aceita ser minha mulher, não?

Gina não precisou responder. Ele apagou a vela e carregou-a para o quarto.


Nota: Eu terminei a fanfic, contanto, estarei postando assim que terminar de passar o código em cada capítulo.

Atenciosamente,

Arkanusa ^_^

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