Floresta Proibida



Capítulo 16: Floresta Proibida mais conhecida como Disneyland

 




N/a: É claro que eu passo horas e horas pensando no título do capítulo, e se vocês acham que eu coloco a primeira coisa que se passa na minha cabeça, estão redondamente enganados. Só que esse cap foi a exceção e eu coloquei qualquer coisa mesmo hehehe. 
CAPÍTULO QUE CONTÉM AGRESSÃO MERECIDA. 
Boa leitura, seus lindos









Hermione Granger e o Regresso dos Orgulhos


O assunto da vez: a aposta de Draco e Hermione.


A nomeada Assistência da Sonserina é quem está no comando. Nossos sonserinos favoritos estão reunidos no campo de Quadribol para os lances da aposta. Mas do que se trata essa aposta?, muitos estão se perguntando.


Eu explico.


Trata-se de um desafio lançado ao nosso Draquinho: namorar a Granger até o natal.


Sim, namorar a sabe-tudo da escola. Draco tem como desafio namorar a rata da biblioteca que vocês tanto conhecem por levantar a mão nas aulas. E até o natal.


Granger, ao que parece, apostou que o sonserino não conseguiria até lá, mas, ao que tudo indica, ela até que está se empenhando bastante nisso.


É isso mesmo! Hermione está quase entregando o prêmio de bandeja para o Malfoy. Pode isso? É claro que não. Mas tem muitas garotas que estão apostando na Granger só para não vê-la com o loiro. Pode isso? É claro que sim, ninguém citou regras.


Mas quem estaria envolvida ao lado da Granger? Lilá Brown, Parvati Patil e, hã surpresa!, Violet Mallette.


Pois é, a princesinha da Sonserina está ao lado da sabe-tudo da Grifinória. Mas não era ela que estava super animada ao ver o casal junto? Isso é estranho. Só vejo um lado bom disso: Paul está livre. E o ponto negativo é que a vítima da serpente é Zac. Pobre Zac. Até que o namoro está sendo levado a sério, né? Não era a Mallette que tinha como lema aquele "pego e não me apego"? Se revolve, garota-cobra.


E o que temos a dizer sobre Lilá Brown, além de que ela é uma desesperada por namoros? Bom, ela está com o nosso Sasa. Mas, espera, Samuel com Brown? Que irônico. Só eu que imagina que a loirinha se casaria com o Weasley e teriam minis ruivos? Sério, eles não formavam um casalzinho lindo? Mas aí chegou a Lovegood, e Brown resolveu pular fora. Então eu pergunto: quem será que arranjou Samuel para a amiga desamparada?


Isso mesmo! Hermione Granger.


Então agora Lilá ainda é uma desesperada só que com namorado. Dúvida que a loira deixou de ser escandalosa? Pois foi justamente ela quem subiu num banco para poder anunciar a aposta. Os grifinórios bem que poderiam maneirar nas doses de café que estão dando para essa criatura.


Bom, e a Patil? Sua irmã namora o sonserino Brian Lars e ela o grifinório (e não menos importante!) Simas Finnigan. Já que a Patil tnha seus interesses, a Granger resolveu que não se intrometeria, por isso nem se preocupou em manipular a amiga, que estava levando o namoro MUITO a sério, mas levando em compensação o histórico amoroso da garota, tem Harry Potter envolvido no meio, que, por uma incrível coincidência, é um dos melhores amigos da Granger, eu não desconfio que até Parvati tenha ido para o reino da perdição. Mas não vamos esquecer que Parvati Patil nunca precisou de Hermione Granger para isso, se é que me entendem.


Os melhores bafos de Hogwarts estão voltados para Hermione Granger, não há como negar. Não posso deixar de fora esses detalhes para meus fiéis leitores. Só que, ao meu ponto de vista, a Granger até que gosta da atenção que está levando. E se não gostasse, por que se envolveria com o cara mais gato e desejado da escola? Convenhamos, uma das melhores amigas dela subiu num banco para anunciar para Hogwarts o que estava rolando entre os dois.


É claro que eu já desconfiava que havia algo mais ali naquele meio que envolvia até a Weasley Fêmea – já essa ruiva pareceu bastante motivada ao defender a amiga Granger, vocês repararam?


Pois é, a Weasley está envolvida, ou estava. Eu só posso confirmar que essa garota está passando por uma fase muito, muito, muito difícil do seu relacionamento com o Potter. Ela sabe do que estou falando. Então, Weasley, Dino Thomas? Meu Merlin, o Potter não era suficiente? Você queira seu ex também? Qual a próxima vítima?


É claro que Ginevra Weasley iria de intrometer no caso da amiga com Draco, né? (Ou ela quer mesmo fisgar o príncipe da Sonserina?) E o que a ruivinha fez? Defendeu Hermione, claro, amigas são pra isso, certo?


Sim, sim, elas são. Vejamos, Hermione tem: Mallette; porta-voz da Sonserina, Brown; fiel namorada de um sonserino, Patil; a rainha do vale da perdição e Lovegood; aquela descontrolada que namora o Rei da Grifinória.


Não leve para o lado pessoal da coisa, mas Lovegood sempre foi a perdida no tiroteio da Corvinal. Namorar o Weasley deve ser mais um jeito de provar que ela não é uma vadiazinha que está na casa errada. Então, bem, se for isso, não está dando certo. Ela ainda é uma vadiazinha que está na casa errada.


Esse, senhoras e senhores, é a Elite da Granger. O Regressos dos Orgulhos. O Núcleo de Hogwarts. Sem elas, Hermione continuaria sendo a chatinha da biblioteca.


Mas eu ainda me pergunto o porquê necessariamente daquele escândalo no meio do corredor, e acabei chegando a incrível conclusão: Draco não merece a sabe-tudo.


Merece uma pessoa menos vulgar e que saiba como cuidar do próprio cabelo.


Será que Draco nunca chegou reparar que a Granger é melhor amiga de Harry Potter? Melhor amiga e fiel escudeira daquele que o Malfoy tem rixas desde o primeiro ano, caso não saiba.


Mas essa história ainda vai dar o que falar e espero que nosso sonserino favorito entenda o que já é mais que claro para todos nós. E logo.


Eu estarei no campo de Quadribol ainda hoje fazendo minhas apostas.


E vocês? Apostam em quem?


Um beijo dessa fiel autora,


Rosanna C. S.


O Profeta de Hogwarts que estava em minha mão praticamente voou para onde estava um grupinho de meninas que lia tudo em voz alta, só por provocação. Elas deram gritinhos quando foram atingidas, me chamando de louca, e eu até sorriria satisfeita se não estivesse contando até dez para me acalmar e não ir atrás de Rosanna.


E como estava difícil não fazer aquilo.


Eu caminhei até o campo de Quadribol com Ronald, Luna, Lilá e a plateia que clamava por um espetáculo, já sabendo o que viria.


Não precisei procurar muito para achar Rosanna no meio de toda aquele gente. O povo já abriu espaço para eu passar.


Rosanna olhou para trás a tempo de me ver avançando nela. Ela caiu para trás com o soco que eu dei naquela cara azeda. Uma amiga tentou ajuda-la, mas a garota recuou assim que viu como eu estava. Rosanna gritou assim que fui pra cima dela, dando tapas descontrolados. Cheguei errar a cara dela umas duas vezes por conta do meu nervoso, mas a criatura só sabia se debater e gritar a cada tapa.


Eu pegaria uma detenção. Eu pegaria uma detenção.


Eu estava arriscando meu futuro acadêmico. Eu estava.


– Tirem essa louca de cima de mim – ela gritou uma vez, já chorando.


– Louca? – eu forcei mais o ombro dela no chão – Louca estava você quando escreveu aquelas barbaridades no Profeta.


Rosanna Shaw estava embaixo de mim, tentando agarrar meus pulsos, só que em vão. Ela me arranhou no braço direito. Doeu, mas eu não me importei muito e dei um tapa na cara o mais forte que pude. A dor na minha mão ficou insuportável, mas já valeu quando Rosanna gritou ao estalo do tapa. E ela ainda tentava pegar meus pulsos.


– Ela teve o que mereceu! Biscate.


Foi quando nos separaram e ela gritou pra mim, me fazendo ir pra cima dela de novo, mas eu fui impedida.


Draco tinha me puxado pela cintura, mas eu tinha me debatido e batido nele para me livrar, então Gus segurou meu braço, me mantendo distante de Rosanna, só que de frente para ela. Eu sorri por dentro ao ver o estado dela.


Rosanna tinha os cabelos bagunçados e a marca dos meus cinco dedos em cada bochecha. Valeu a pena. Os lábios dela estavam sangrando e ela chorava. Realmente valeu a pena.


E tinha gente segurando eu, segurando Rosanna, gente segurando gente que queria se intrometer e gente assistindo.


– Viram? Viram o que essa louca fez? Ela foi por acima de mim! – e ela gritava e chorava.


Acontece é que naquela hora eu não estava triunfante. Minha mão doía, meu pulso ardia por conta do arranhão que levei e eu queria bater mais naquela idiota. Porque eu estava com raiva. Muita raiva.


– Cala a boca! – berrei – Nunca mais fale delas assim, sua vadia!


– Hermione – Draco se intrometeu. Legal, um sermão era o que eu mais precisava naquela hora.


– Já leu os jornais hoje, por acaso, Draco? – respondi, ainda me debatendo.


Ele balançou a cabeça sem entender e um menino do 2º ano da Grifinória entregou-lhe o jornal.


A cada linha que lia, Draco frangia o cenho. Augustus lia uma vez, olhava para Rosanna, e voltava a ler. A cada olhada, eu notei, ele estava mais nervoso, fazendo ela se encolher e diminuir nos braços de Paul, que a segurava.


– É, Hermione tem motivos – Gus me soltou – Pode continuar.


Mas Draco me fez voltar, me segurando pelo braço machucado. E segurava forte até demais. Rosanna começou protestar.


– McGonagall vai ficar sabendo disso, Granger! Dê adeus ao seu cargo de monitora-chefe.


– Ah, cale a boca – Gus reclamou jogando o jornal no chão. Rosanna parecida indignada. – McGonagall vai ficar sabendo disso.


Ela ainda parecia indignada.


– Draquinho...


– Se resolva com McGonagall, Rosanna – ele disse, sem preocupação alguma com ela – Acredito que se alguém for perder um cargo aqui, esse alguém seria você.


Ela estava mais indignada ainda.


Não tinha valido a pena, tinha valido a galinha inteira.


Rosanna foi levada para a Lufa-Lufa, sob escolta de Paul e Gus (eu também não entendi) com suas amigas. Ela deve ter se sentido realizada depois disso.


Voltei para as aulas sem algum pingo de arrependimento, e como se nada tivesse acontecido. Fui para a aula de Herbologia emburrada e encafifada.


No final do dia, quando as aulas tinham terminado e já não tinha mais nada para eu fazer, fui chamada na sala de Dumbledore, onde tive uma rápida conversa com ele.


Dumbledore concluiu que Rosanna merecia ser tirada do cargo por conta das coisas que escrevia. Eu? Ah, eu recebi uma detenção por conta da agressão física e fui proibida de ir para Hogsmeade nesse fim de semana. McGonagall dissera tudo isso com uma voz tão fraca que eu até tive vergonha dos fios rebeldes do meu cabelo.


Para minha felicidade, a detenção não seria registrada no meu histórico e quem ficara encarregado de "cuidar" de mim era Draco Malfoy.


A única coisa que eu conseguia pensar ao sair da sala foi: "pqp eu não to expulsa". E quando cruzei o corredor e dei de cara com Augustus, foi: "pqp como ele é lindo". Para, só então, abraçá-lo.


– Eu não to expulsa!


– Aeeeee você não ta expulsa!


Eu dei um tapa em seu ombro.


– Mas eu acabei ganhando uma detenção – resmunguei.


Gus passou a mão onde eu bati, fazendo careta.


– Até porque vai ser um sacrifício passar esse tempo com Draco.


Eu ri e segui Gus pelo corredor, até no Salão Principal, onde todos TODOS TO-DOS T-O-D-O-S e eu digo todos!, todos olharam quando entramos, lado a lado. Eu devo ter virado um pimentão.


Dava para ouvir o barulho de um garfo bater no prato.


E vinha da mesa da Lufa-lufa.


Eu sorri por dentro.


– Eu vou... pra lá... – o Gus riu de mim. Balancei a cabeça quando ele se afastou – Tente não agredir ninguém.


– Vou tentar.


E a caminhada até a mesa da Grifinória, onde Ron e Harry estavam, nunca parecera tão longa quanto estava sendo. Desconfiei que cairia ali mesmo por conta dos olhares que acompanhavam, cada passo meu, até lá.


– E aí? – Lilá foi a primeira a perguntar, antes mesmo de eu me sentar ao lado de Ronald, que segurava o riso. Preferi ignorar Ronald e o resto dos alunos de Hogwarts que prestavam atenção na conversa.


– Detenção – respondi. Ela se virou rapidamente para Ronald, brava.


– Eu avisei, Ronald Weasley! Agora a Mione tá de detenção!


– Era o mínimo que podíamos fazer – Ron se virou pra mim rapidamente com aquele ar de desculpas dele.


– O que vocês fizeram?


– Ah... Nós fomos pedir para Dumbledore não te expulsar. E aí descobrimos que ele nem sabia do que tinha rolado – Lilá disse.


– E tivemos que contar. Mostramos os jornais para ele – Ron continuou.


– E então Rosanna ficou sem o cargo – Parvati sorriu de lado.


– Mas a Hermione pegou detenção – Lilá disse.


Eu sorri para eles.


Okay, eu ganhei uma detenção, mas a intenção deles era boa.


Eu disse que estava tudo bem e até agradeci pelo que fizeram.


E começaram falar de como o cabelo de Snape estava menos oleoso dessa vez. Simas chegou dizer que ele estava a fim de McGonagall.


– Ou do Dumbledore – Ronald murmurara fazendo todos ali rir quando o professor passou.


E então começou o ataque.


As vidraças foram atingidas por feitiços e no teto enfeitiçado começara uma série de raios e trovões. Poucos notaram aquilo – porque se tivessem notado, estariam em crise –, mas era possível ver a luz verde da Marca Negra tanto no teto encantado, quanto nas vidraças quebradas.


Os alunos da Corvinal foram os primeiros a se retirarem, gritando junto com McGonagall que apenas alegava que não fora nada demais (o que, nós ali da mesa da Grifinória, duvidávamos muito), mas o povo ali continuou gritando até que o professor Flitwick resolver se manifestar, mandando os calouros para a Sala Comunal.


– E nós vamos ficar aqui? – alguém gritou.


Antes que o professor pudesse responder, os lufanos também saíram correndo junto com metade da Sonserina e Grifinória.


Arrisquei procurar Harry, e o vi saindo junto com uma série de lufanos.


Olhei para Ronald e ele assentiu, me puxando. Parvati foi logo atrás, junto com Lilá, que não parava de gritar, mas então eu percebi que ela chamava por Gina que estava já saindo o castelo.


Ruiva dos infernos. Por que ela não para quieta num lugar?!


– Mas nós vamos para a Floresta? – Parvati perguntou tentando não ser esmagada.


Era fácil sair do castelo naquela situação; os professores estavam ocupados demais com os outros alunos.


– Procure Harry – Ron gritou da frente.


– Com certeza ele já está lá – Lilá resmungou atrás de mim.


Ronald parou no meio da fila de calouros da Corvinal, nos encarando: – Vocês querem ir?


Nós três nos entreolhamos e depois assentimos.


– Então vamos.


Um quintanista esbarrara em Parvati e eu parei para ajudá-la. Povo desesperado! Como se a escola nunca tivesse sido atacada.


Bem, até por que quando aconteceu o ataque, eles estavam todos em suas devidas salas comunais, em seus devidos dormitórios, tendo seus devidos sonos de beleza.


Não foi muito difícil chegar no corredor sem sermos vistos pelos professores. Evitamos fazer barulhos enquanto tentávamos sair do castelo, só que, para a tristeza da sociedade, Lilá avistou Samuel.


– Deixa eu adivinhar: Potter – Samuel resmungou.


– Deixa eu adivinhar: Malfoy – Ronald respondeu se virando para olhar Samuel.


– Parem vocês dois – eu me intrometi antes que Samuel respondesse.


– Vai chover – Parvati sussurrou olhando para o céu.


– Emocionante, uma tempestade na Floresta Proibida era o que eu sempre quis desde o meu primeiro ano aqui – Ron reclamou.


– Olha só, sabemos que seu amiguinho ama um jogo de suicida e que sua irmã mais nova está em algum lugar dessa floresta atrás do amor da vida dela, mas dá para você deixar de ser irritante pelo menos uma vez? Isso faz mais do que poupar nossas vidas. Poupa nossos ouvidos – Samuel disse. Rony só parou de andar e encarou Samuel. Os dois ficaram um de frente do outro com os punhos cerrados. Eu apertei o lábio e tratei de me colocar numa posição que dava para poder impedir a briga se os dois resolvessem se pegar no soco ali.


Cheguei propor que os dois fossem resolver as diferenças na Floresta ou no castelo porque, tanto faz, já que eu daria detenção nos dois lugares e NOS DOIS LUGARES SERIAMOS PEGOS SE CONTINUÁSSEMOS ALI PERTO DA CADA DE HAGRID.


– E, a propósito, GRITAR TAMBÉM PODE NOS REVELAR, sabia, Granger?


Eu teria sorrido e soltado glitter pelo mundo se pudesse, mas quando vi aquela figura loira vindo da Floresta, eu só soube correr em direção a ele. E diferente da cena que todos ali esperavam, eu só sabia dar tapas em Draco.


Mas aí Samuel e Ron já estavam discutindo mais ainda. E Augustus entrou no meio junto com Lilá e Luna. Niall deu um tapa na cabeça de Samuel e ninguém resolveu mexer com Ronald e Brian ficou falando coisas como "ROUND 1 ROUND 2" enquanto Paul, Violet e Parvati discutiam sem motivos. E aí Hagrid apareceu para fora de sua cabana e alguém – não sabemos quem – passou correndo por nós para dentro da floresta.


Hagrid começou dar bronca em nós, mas acho que nem soube quem eram os alunos, estava escuro e a única fonte de luz ali – além da cabana de Hagrid – era a maldita Marca Negra estampada no céu. Nossa escapatória era entrar na floresta logo de uma vez – eu gritei um "DESCULPA, HAGRID" –, e acabamos nos separando ao correr. Eu bati numa árvore. Árvore estúpida.


[…]


Draco olhou para trás e viu Brian, Samuel e Augustus correndo com ele, os quatro amigos riram pelo ultimo episódio, se esquecendo de que estavam em mais um ataque de comensais a escola. Sem perceber, os sonserinos trombaram com Luna Lovegood, fazendo a garota cair.


– Desculpa aí, loirinha – Augustus ajudou a corvina a se levantar sem algum esforço. Luna choramingou; sua traseira doía.


– Machucou? – Brian perguntou se aproximando.


– Não, tudo bem – ela preferiu ignorar os novos arranhões na palma da mão.


– Dá para aguentar? Ou você prefere que te levamos no colo? – o Malfoy perguntou sorrindo, fazendo Luna questionar se aquilo era brincadeira ou não.


– Ah, nos perdemos deles – ela gemeu ao mexer a perna direita. Torcida.


Um barulho fez os cinco pararem e ficarem em silêncio. A risada cômica do comensal que se aproximava invadiu o local. Eles teriam sorte se não fosse Lestrange. E Draco tem questionado bastante sua sorte ultimamente.


O primeiro feitiço foi lançado pelo comensal que estava na frente. Foi atingido numa árvore e Brian sorriu de lado ao ver que seu adversário não era nem um pouco bom com coordenação motora. O sonserino lançou um feitiço pouco antes de gritar para os amigos correram, levando Lovegood nas costas.


– Você não deve ser tão pesada, né? É, então vamos – e saíra correndo segurando Luna pelos joelhos.


O grupo de comensais acabou por segui-los e Draco e Samuel ficara com a missão de despista-los enquanto Augustus tentava se localizar na floresta.


Ele só viu duas saídas, e não tão boas assim: ir para a Clareira, não muito longe dali, ou arriscar sair da Floresta, deixando Niall e Violet se virarem com Hermione e o resto dos suicidas amigos dela.


– Para onde você tá indo, Elgort? – Samuel gritou lá de trás, lançando um feitiço num comensal que caiu para trás.


– Na dúvida, segue reto – Augustus respondeu desviando de uma árvore.


Ele logo avistou a Clareira, o local que os comensais e seu Tio Lucius gostavam de realizar seus eventos informais. Augustus estava quase falando para os amigos pararem quando ele ouviu de Samuel que ele continuasse.


– Continua, continua, CONTINUA, POHA LUNA – ele gritou desesperado desviando um feitiço da Lovegood. Augustus se virou e acertou o comensal enquanto Luna pedia desculpas para Samuel e acertava um comensal.


Ao passar pela Clareira ele viu Lucius Malfoy assistir a cena que era Brian com uma garota loira nas costas que não era Violet, ele na frente guiando os amigos e Samuel e Draco atrás correndo de comensais. A testa que Draco herdou dos Malfoy se enrugava a cada vez que os sonserinos e Luna se aproximavam.


Augustus soltou um muxoxo e continuou correndo, mas não sem antes passar pela Clareira e acenar para o Malfoy-pai.


De trás, Draco revirara os olhos diante do ato infantil do amigo que quase lhe custara uma vida, já que algum comensal intrometido saira da Clareira para acertar um feitiço nele. O Malfoy parou e se encostou numa árvore, deixando os amigos continuarem fugindo do restante dos comensais que os seguiram. Ele lançou um feitiço num comensal que tentava atacar Luna nas costas de Brian, deixando somente dois para o amigo Samuel


Draco respirou fundo entendiado ao entrar na Clareira e ver seu severo pai assistindo, indignado, os amigos fugirem de comensais.


Só então ele entendeu por que Samuel pediu para Augustus continuar. Não era só o Malfoy que estava evitando o pai e o ritual de Voldemort.


[…]


Um desconhecido me ajudou a levantar. Ele era divinamente bonito, o que me fez questionar se eu morri.


Admito que só quando Ron fez uma piadinha diante do meu tombo eu reconheci que não tinha morrido, mas não sem antes questionar mais uma vez se eu tinha morrido e que Ron morreu junto e que o céu era semelhante a Floresta Proibida.


– Não, você não morreu. Ele que é lindo mesmo – Parvati disse pra mim, passando a mão na minha capa todo suja.


– Quem é ele? Um anjo que caiu do céu? – não é que eu seja atirada e tal, presente de Gina Weasley, é que, tipo, se você fosse humano e visse aquele ser que me ajudou a levantar, você entenderia. Eu sei que estava escuro, mas mesmo assim, eu constatei que aquele desconhecido poderia fazer propaganda de pasta de dente trouxa.


– Ele parece um deus grego – ela disse olhando para ele.


Eu cocei a cabeça: – Você tem namorado.


Ela balançou a mão, pedindo meu silêncio.


– Não está na moda? Livros que falam de mitologia grega? Aquele lance de semideus?


– Sei, sei. Você não pode paquerar a versão de Apolo numa outra hora?


– Aí, como você é chata! Aproveita a vista.


– Parv, estamos numa Floresta, que aliás é Proibida. O nome já diz tudo: Floresta Proibida. E há comensais nessa floresta. Comensais... Sabe o que é? Leu os livros de História? Prestou atenção na aula? Então. Comensais são perigosos. Muito perigosos.


– É, você está certa, vamos.


Uma parte de mim, aquela vozinha no fundo, chegou pensar que Parvati só me puxou para sair dali por que Ron e o cara lindão saíram, porque desconfio que essa garota teria ficado lá a noite toda admirando o desconhecido.


Então esbarramos com Gina.


Na verdade, ela esbarrou com Parvati e achamos que ela era uma comensal. E aí Parvati começou gritar com ela, conseguindo a atenção de muitos comensais ali.


– Droga, Parvati! – Ronald se colocou ao lado de Gina com a varinha armada. Uns três comensais cercavam Parvati e eu, outros três cercavam o garoto lindo e Ron.


– Desculpe – ela resmungou entre dentes – Foi maior que eu.


O primeiro a lançar o feitiço foi Ron. O comensal bateu na árvore e ficou desacordado. Pareceu fácil, então eu lancei um feitiço na comensal mais próxima de mim. Ela me viu como uma boa oponente.


– Ah! Se não é a namoradinha do Malfoy – a mulher disse entre dentes. Ela era bonita. – Draco não veio te salvar, menina?


– Não preciso disso – respondi me defendendo de um feitiço dela.


– Feminista – ela frangiu os lábios na ironia – A raça mais perigosa. Se apaixonou pelo sonserino errado, sangue-ruim.


– Experiência própria?


Não sei exatamente por que, mas desconfiei que sim, pela expressão de raiva que a mulher fez ao me lançar outro feitiço. Eu cai para trás, e levantei rapidamente. Aquela desconhecida já tinha a varinha apontada pra mim, me encurralando numa árvore, segurando eu pelo pescoço.


– Você vai sofrer, garota. Mais do que imagina.


Legal! Uma Comensal da Morte me dando conselhos de amor.


Já disse que iria fazer um grupo de apoio para as iludidas na vida de Harry? Então, resolvi naquela hora que faria um para as mulheres na vida dos Malfoy. Fiquei me perguntando se eu me encaixaria nessa categoria. Só que aquilo não era uma coisa para se decidir quando está quase morrendo nas mãos de uma comensal raivosa.


– Larga ela, Cassandra – o garoto lindo disse para a mulher – A garota não tem culpa do seu trágico histórico amoroso.


E ela me largou. Eu bati novamente nas grandes raízes da árvore e segurei o grito de dor.


– Hã, então é mesmo você – a mulher riu sarcástica.


– Feliz em me ver, titia?


– Nem um pouco – ela respondeu, fria – Achei que estava vendo o fantasma do Stefan.


– Que Merlin o tenha – o garoto lindo disse olha do pro céu, onde se via ainda a Marca Negra.


– Se Stefan estiver em algum lugar, tenho certeza que não é lá – a mulher disse dando as costas para o cara lindo, voltando-se para mim. – Nos vemos em breve, garota.


Ela saiu arrastando o vestido longo no chão. Se parecia com Narcisa Malfoy, mas essa tal de Cassandra tinha os cabelos cumpridos e morenos e parecia um pouco mais nova que a mãe de Draco.


Parvati pareceu ter um surto quando a mulher já não estava mais a vista.


– Que absurdo! Quem ela pensa que é?! Conhece ela? – ela se virou rapidamente para o cara lindo.


– Conheço – ele assentiu me ajudando levantar de novo. – Vocês por um acaso tem algum vínculo com Samuel Willins?


– Gostaria muito de não ter – Ron disse continuando a andar.


– Isso é um sim?


– Ele é namorado da nossa amiga – respondi seguindo Ron.


– Legal... Sabem onde ele está?


– Não sabemos nem de Lilá, que dirá de Samuel – Parvati disse.


– Quem é Lilá?


– Nossa amiga – Parvati respondeu lentamente para o garoto, como se ele tivesse uma espécie de doença mental por não saber quem é Lilá. – Qual seu nome?


Ele olhou para trás, para Parvati, e sorriu de lado. Eu pensei: ferrou. Danou-se. FODEO. Acabou. É o fim. Porque eu conhecia aquele sorriso.


Durante todo o trajeto até aqui, eu estava distraída suficiente para não perceber que Draco estava em algum lugar daquela floresta, mas foi apenas quando comecei comparar as semelhanças – cabelo, olhos, jeito de andar, etc – senti falta de Draco. Onde raios esse loiro aguado estaria??


Desejei que Parvati não tivesse perguntado, e que o cara-lindo-desconhecido continuaria sendo o cara-lindo-desconhecido. Mas infelizmente, por uma obra do destino, Parvati perguntou e ele respondeu.


– Chad – disse – Chad Malfoy.


[…]


Violet parou, segurando o braço de Lilá.


– Chad tá aí – ela disse baixinho – Ele voltou!


– Quem? – Paul perguntou se aproximando da francesa.


– Chad – ela respondeu finalmente o olhando. Um sorriso maroto brincou no rosto da garota quando ela levou as mãos para cobrir a boca. – Chad! Chad voltou! Chad pode nos ajudar! Ele está aqui.


– Mas aqui? Aqui onde, Violet? – Niall perguntou.


– Com Hermione. Parvati e Rony estão com ela. Eles encontraram a Weasley. Chad os encontrou. Meu Merlin, Cassandra... Ela viu Hermione. Ela sabe – Violet dissera tudo em um francês rápido, para a infelicidade de Lilá que só entendeu algumas coisas.


– Cassandra não pode... – mas Paul parou olhando para Lilá.


– O que foi? – ela perguntou sem entender. – Quem é essa?


Os quatro pararam de discutir quando viram Draco e Lucius Malfoy indo de um lado para o outro naquela parte da Floresta. Então Niall soube, estavam na Clareira, o ponto de encontro favorito dos comensais. Assim como ele, Paul também ficou com receio de encontrar seus pais ali e só resolveram sair daquele lado da floresta porque viram uma versão nervosa de Cassandra.


O sonserino puxou Lilá pelo pulso, como um pedido para que ela continuasse a andar. Niall e Violet foram conversando atrás em francês murmurando o nome da mulher e do tal do Chad todo momento.


– Quem é essa gente? Cassandra? – Lilá perguntou novamente.


– Ah, você vai adorar conhecê-la – Niall riu – Um amor de pessoa.


– Isso aí é ironia? – Lilá se virou para Paul – Ele está ironizando?


Violet riu e fez sinal para Draco na Clareira, antes de se virar para seguir o caminho contrário junto dos amigos.


[…]


– Ocupado demais para responder seu pai, Draco? – Lucius perguntou para a figura ao lado dele enquanto observava os filho de seus companheiros correrem de comensais. O Malfoy mais velho se virou para o filho esperando uma resposta.


– Arabella estava fazendo alguns serviços pra mim – Draco sabia que Lucius não questionaria e perguntaria quais tipos de serviços a coruja da família estava fazendo.


– Hogwarts anda tão pobre que não fornece mais corujas do Ministério? – mas isso Lucius questionaria, Draco também sabia.


– Uma coruja do Ministério indo fazer uma entrega Mansão Malfoy? – Draco disse sarcástico. Lucius deu de ombros, como se encerasse o assunto das corujas – Eu recebi suas cartas, pai, e a resposta continua sendo sim. Estou indo para receber a marca.


– Você não vai receber a marca – Lucius disse enquanto passava ordens para um comensal – Você vai receber o dom da legilimencia, assim como o Lorde. Sabe da história da profecia, Draco, não me faça explicar.


– Violet é Legilimens – o sonserino interrompeu o pai.


– Mallette receberá outro dom. A legilimencia do Lorde é sua, Draco.


– Então é verdade? A Mansão Malfoy vai virar um resort para Comensais? Isso é arriscado, pai.


Lucius riu: – Aurores podem parecer caretas, mas nem tanto. Eles também comemoram o Feriado. E mesmo se descobrissem esse nosso evento, eles não teriam permissão alguma de invadir nossa casa. Agora me diga por que seus amigos estão fugindo de comensais.


– Os grifinórios estão aí. Não queremos deixar as coisas óbvias – Draco já tinha combinado a mentira com Violet, então não foi muito difícil pensar em algo rapidamente. E, mesmo se o pai notasse que Draco estava um pouco incomodado, Lucius estava mais ocupado com alguns comensais do que com Draco, que acompanhava cada passo do pai.


– Sei, sei. Já recebi informações que o Potter foi o primeiro a sair do castelo. Que novidade... Esse garoto realmente gosta de um suicídio – ele disse de costas para Draco, verificando alguns papéis que uma mulher entregara. – E seus fiéis seguidores estão juntos. Weasley e Granger. Não cause o homicidio na sangue-ruim até o Natal, filho. Cuide dela para sua tia


O sonserino sentiu um nó na garganta, ficando incapacitado de ironizar a situação. Ele suspirou olhando envolta, procurando algum rosto conhecido, e só viu os professores desacordados. Em compensação, sua tia Bellatrix não estava lá. E ele ficou sem saber se aquilo era bom ou ruim.


– Bellatrix ainda não desistiu da Granger? – ele sorriu sarcástico.


– E nem vai – Lucius respondeu.


Draco teria dito alguma coisa, mas um garoto de uns 20 anos ou mais entrou na Clareira chamando um Malfoy. Draco arqueou a sobrancelha em forma de ironia.


– Malfoy! Malfoy! Malfoy! – o garoto chamava procurando Lucius.


– É Sr. Malfoy, Paterson – Lucius dissera.


– Desculpe, senhor – o garoto disse parando de frente aos dois Malfoy.


– O que é?


– Potter.


O pronunciamento do sobrenome fez com que todos ali parassem o que estivessem fazendo para prestar atenção na conversa, com sorrisos triunfantes. Draco revirou os olhos xingando mentalmente o testa-rachada: é claro que esperavam por Harry Potter ali naquela noite.


– Deixe-o vir – Lucius respondeu com naturalidade.


– Mas, senhor...


– Deixe-o – ele interrompera com a mesma naturalidade. – Dispensado, Paterson.


– Sim, senhor – o garoto se curvou antes de sair, fazendo Draco segurar o riso.


– Aprendiz – Lucius suspirou largando os papéis. Draco já estava rindo – Pode ir você também, Draco – ele gesticulou para o filho – Tire o resto da Sonserina daqui e salve a pátria.


– Sim, senhor – o sonserino respondeu imitando o futuro comensal, já indo em direção a saída da Clareira. – E não precisa fazer mais um ataque a escola quando quiser falar comigo, pai.


– Se você não responder mais minhas cartas, eu invado a escola – Lucius ameaçou no mesmo tom de Draco. Embora aquilo fosse apenas uma brincadeira do Malfoy, Draco desconfiou que tinha uma certa verdade escondida atrás daquilo.


O sonserino saiu da Clareira bagunçado seus cabelos loiros. Irritado, ele foi andando pela Floresta, esperando encontrar alguns de seus amigos ou até mesmo os perdidos dos grifinórios e Luna.


[…]


Achei que Rony iria desmaiar e que Gina estava com algum tipo de cólica quando o cara divino disse seu sobrenome. Parvati riu pelo nariz, sarcástica, mas aí eu descobri que aquele era o jeito dela expressar seu nervoso. Não o culpo-os pela reação; eu quase tive um ataque cardíaco.


Antes que alguém dissesse alguma coisa, um grupo de comensais chegou atacando, lançando feitiços por todo lado. As pessoas que não estavam dentro da Floresta e que assistiam aquilo por acaso devem estar desconfiados de que rolava uma baladinha aqui.


E pela terceira vez naquela noite, nós nos separamos. Cada um foi para um lado e eu tive o desprazer de ir do mesmo lado que Chad Malfoy.


Merlin me proteja.


– Tá tudo bem...? – ele sussurrou. Eu balancei a cabeça, alarmada. Não, não estava bem. Existia um clone de Draco perdido no mundo para me perturbar mais ainda. Para me fazer lembrar que eu NUNCA VOU ME LIVRAR DOS MALFOY.


– Qual o seu parentesco com Draco? – perguntei por fim.


– Nossos pais são primos.


Ah sim, isso explica muito. Pelo menos eles não compartilham o mesmo pai, apesar do tamanho da testa ser o mesmo.


– Como veio parar aqui?


O Malfoy II suspirou e sorriu.


– Preciso falar com meu amado primo. Pessoalmente – ele adicionou quando eu abri a boca para dizer que existia correio no Mundo Bruxo – Então vim pra Hogwarts. E acho que vim numa noite errada. Ou essa escola recebe ataques diários mesmo?


– Noite errada – eu assenti rapidamente.


– Demorei um tempo para achar o salão que todos estavam e quando achei, tinha um bando de alunos gritando e correndo. Aí na multidão eu encontrei Violet correndo e fui atrás dela. Acontece que ela estava indo para a floresta e eu não sabia que essa era a famosa Floresta Proibida, como você deliciosamente observou. E aqui estou eu. Numa Floresta Proibida com gente desconhecida.


Ok, o cara poderia ser igualzinho Draco fisicamente, mas nem chegava perto do Malfoy que eu convivi por sete anos desse jeito. Apesar de que esse Malfoy tem aquele ar superior e sorriso canalha. E o andar tão canalha quanto o sorriso. Cheguei me perguntar se ele era o trocado na maternidade, o adotado, a ovelha negra da família, o Sirius dos Malfoy ou até mesmo criado pelos elfos.


O Malfoy II não disse nada. Ele ficou me fitando. Ele ficou me encarando. Ele ficou me avaliando. Eu corei e agradeci a Merlin e todos os santos por estar escuro, porque teria sido muito constrangedor. E o Malfoy II se aproximava de mim de uma forma que estava me deixando aflita. Fiquei com medo de virar um tomate florescente ali se ele se aproximasse mais.


Pensei: "puts, to ferrada" quando senti a árvore atrás de mim.


– Namoradinha do Draco? – ele perguntou.


– Depende do ponto de vista – respondi.


– Que seria...?


– Classe social.


– Não ligo isso.


– Respondendo sua pergunta: estamos trabalhando nisso.


– Mentira, eu ligo pra isso! Como Draco pode namorar uma nascida-trouxa?


– Argh – resmunguei.


– Não sabia que a namorada do Draco era Hermione Granger.


– Não sabia que o primo do Draco era tão atrevido – rebati.


– Quer dizer, a amiga do Potter – ele continuou falando enquanto eu ainda era encurralada na árvore. E ele não falava necessariamente comigo – Po, uma grifinória.


– Quer dizer, o tipo de cara que te encurrala numa árvore...


Aí eu entendi por que fui encurralada. Umas três pessoas passaram correndo sendo perseguida por mais duas. Os três da frente poderiam se dar bem e acertar os comensais atrás, mas uma das pessoas carregava outra nas costas.


Eu sorri ao ver que essas pessoas eram Samuel, Gus e Brian carregando Luna.


O Malfoy II se afastou de mim e atacou o comensal por trás. Eu fiz o mesmo. Samuel, que estava atrás, mas não tão perto de nós, continuou correndo comemorando.


– Livreeeee! Livreeeeee! Valeu, desconhecido!


– Reflexão – Malfoy II corrigiu – Não atrevimento. E desculpe se te machuquei.


– Ah, isso não chega nem perto das vezes em que vim para essa floresta.


– Deveria ficar esperta agora. Cassandra quer seu pescoço.


– Vai ter que entrar na fila.


– QUERIA SER LEGILIMENS – o Malfoy II gritou ao meu lado. Eu dei um tapa no ombro, já imaginando a centena de comensais que nos localizariam só por causa disso. O que eles estão pensando? Que isso aqui é a Disneyland?


– MAS LEGILIMENS NÃO POSSO SER – gritaram lá da frente e logo se via Samuel, Gus e Brian com Luna nas costas correndo em nossa direção. Os três abraçaram o Malfoy II, dando tapas em suas costas e cumprimentando-o com aqueles soquinhos deles. Já ouvi de Augustus essa lance de legilimens, acho que deve ser algum tipo de piada entre eles.


– Lovegood, Malfoy. Malfoy, Lovegood – Brian disse puxando os dois para um rápido cumprimento – Agora vamos porque eu não aguento mais ver essas árvores!


Enquanto corríamos para salvar nossas vidas, vimos Lilá, Violet, Niall e Paul correndo. Samuel e Augutus, nosso guia, pararam, nos fazendo parar também, mas Niall gritou para que continuássemos e seguimos eles.


Esbarramos com Draco e Harry discutindo, mas acho que eles estavam meio perdidos na floresta. Fiquei aliviada em ver Harry, mas logo lembrei que estava puta da vida com meu amigo por arriscar sua vida de novo. E em vão. Os dois sorriram ao nos ver, crente de que iríamos parar, mas eu puxei Draco pelo pulso para correr também. Um monte de comensais nos seguiam, e uma das mulheres era Cassandra.


Quase saindo da Floresta, vimos Ron, Gina e Parvati, perdidos também, duelando com um comensal. Parvati chutou as partes genitais do cara quando nos viu e venceu o duelo.


– Tá todo mundo vivo? – Luna perguntou com a respiração ofegante.


– Por que... Você... Está assim? Quem... Estava... Correndo... Era eu – Brian dissera para ela, com a respiração pior do que a de Luna. E de todos ali, acho.


– Tá todo mundo... Okay – Draco levantou o polegar.


– Vamos, vamos – Parvati disse tentando abrir a porta de madeira. – VAMOS! – ela gritou quando ninguém se mexeu.


– Eu quero uma camiseta – Gus foi na frente – escrito "EU SOBREVIVI A NOITE NA FLORESTA PROIBIDA". Tudo em maiúsculo.


– Beleza – Lilá foi atrás – E eu só quero um copo de água.


– Eu quero a minha cama – Niall disse atrás de mim.


– Você acabou de sobreviver a noite na floresta! Você é um preguiçoso ou um herói?


– Minha cama basta – ele disse sonolento.


– Eu mereço uma cerimônia para entrega de troféus e medalhas – Brian disse – Carreguei a Lovegood a noite toda.


– Quase morri a noite toda – Luna protestou.


Eu vou resumir essa parte porque foi quando Filch e sua gata nos pegaram. Pensei em correr, só que minhas pernas não aguentavam.


Eles nos obrigou ir para a Ala-Hospitalar e disse que "DEPOIS A PROFESSORA MINERVA CUIDA DE VOCÊS, BANDO DE IRRESPONSÁVEIS. PRAGAS!"


Bom, a pior de nós foi Luna, que conseguiu deslocar alguma coisa ou parte da perna. O resto de nós só estavam com alguns ralados e machucados, nada de mais, mas mesmo assim, estamos sendo obrigados a ficar na ala-hospitalar até McGonagall chegar.


– Eu ainda quero aquela camiseta – Augustus disse quando Madame Pomfrey já tinha saído.


– Pelo amor de Merlin, Potter, desiste da ideia de encontrar Voldemort na Floresta – Brian resmungou, meio sonolento. Os remédios estavam começando fazer efeito nele.


Procurei Harry nas macas, e ele estava virado, dormindo feito bebê. Gina não parava de olhá-lo.


– Ei, ruiva, limpa aqui – Niall mostrou o local abaixo da boca – você tá babando.


– Cala boca, Parker – Gina respondeu fazendo careta.


– Me obriga.


Então ela se virou e dormiu.


E é o que acho que vou fazer.


Se manter viva numa floresta cansa.


Escrevo quando puder, diário.


 

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