Festas de Quinta-feira



12 de setembro, quinta-feira


Querido presente de Gina Weasley, é, eu sei, faz uns dias que não dou as caras. Isso porque passo todo meu horário livre na biblioteca e ocupada demais evitando Harry. Ele e Gina estão meio que juntos. Harry e Rony não estão se falando e eu não estou falando com Harry nem Gina. Os dois estão bem, eu acho, vi os dois juntos na minha monitoração de ontem a noite, receberam duas detenções, 15 pontos a menos para a Grifinória e outro show do meu colapso nervoso.

– Ei, como você está? – perguntou Violet se sentando ao meu lado na mesa da biblioteca. Não entendo porque passaram a me perguntar isso, é como se depois de ver os dois juntos eu fosse sofrer eternamente. Ok, eu estou triste, mas, tipo, por que me perguntam isso? É frustrante.

– Estou bem – também é frustrante ter que responder isso, mas se eu responder "acabei de ver o menino que eu amo desde o segundo ano beijando a menina que ele ama desde sempre, foi horrivel" não vão poder fazer nada além de dar conselhos idiotas sobre relacionamentos. Não que Violet seja assim, afinal nos conhecemos a... hummm, sete dias?

Violet Mallette é uma francesa da Sonserina e filha de comensais. Ela é bem legal, as vezes nem sei por que está na Sonserina, talvez seja pelos pais. Violet e Malfoy estão sempre juntos, juntos mesmo para a infelicidade do Fã Clube de Draco Malfoy. Violet não é esnobe nem metida e Rony tem uma queda por ela – mesmo que nunca admitiu.

E essa "união" que toda fã do Draco Malfoy tem inveja fez com que eu passasse a ter amizade com uma sonserina. Violet chegou na biblioteca depois da última aula na quarta-feira procurando Malfoy e, do nada, começamos a conversar como se... como se... Não sei, como se fossemos amigas e não nos víamos a um tempo. Entedeu? Eu desabafei com uma sonserina.

Ela veio aqui na quinta-feira também e ficamos conversando enquanto Malfoy estava atrasado. Acho que foi assim que começamos a conversar na quarta-feira, eu arrumando os livros e ela esperando o Sr. Atrasado.

– Tudo isso para evitar Harry? – perguntou ela quando viu a comida que estava na mesa.

Eu evito Harry por todo canto, só vou para o Salão Principal para a janta e nem sento na mesa da Grifinória. Nesses dias, Rony me trouxe um copo grande café – já que fico acordada para arrumar a biblioteca – e torradas a pedido de Luna, no almoço eu fico na biblioteca e nem saio para o Salão Principal.

Esses dias estão resumidos em: (a) evitar Harry e (b) passar todo o tempo na biblioteca.
– Talvez – falei perdida na minha salada.
– Deveria falar com ele.
– Não. – balancei a cabeça e peguei um pouco de suco de abóbora.
– Por que não?
– O que eu vou falar?
– Não sei, só fale com ele – ela balançou a cabeça como uma típica francesa.

– Estou muito bem, obrigada – tentei focar no meu almoço que seria a melhor das brigas entre meu estômago e o subconsciente gritando “vai falar com ele, criatura”. Eu estou fazendo drama, não estou? Harry não está nada decepcionado, parece muito bem. Aposto todas que ele passou as férias inteiras pensando na guerra. Para Harry, nada mais importa a não ser a guerra, ele não namora uma menina porque acha que isso pode ser perigoso, por esse simples motivo eu nunca contei para ele o que realmente sentia. Tipo… Ah o que estou falando? Eu tenho mesmo que falar com ele. Mas o quê? Chegar nele e falar “Oi, Harry, eu te amo desde o 2º ano e fugi aquele dia porque não aguentei ver você com a Gina. Aliás, seria muito legal da sua parte ficar, tipo, longe dela já que eu ainda te amo”?

– E eu não sou a única que precisava conversar com certa pessoa – mudar de assunto seria ótimo, né? Vamos falar sobre o clima…
– Não mude de assunto, Hermione. – o que as pessoas tem contra falar sobre o clima? Aposto que chove em Londres agora.
– Mas você precisa falar com ele – falei meio sem paciência e Violet desviou o olhar, fingindo que uma pilha de livros seria mais interessante.

Ele: John Blake. Incrivelmente lindo, John é a versão mais nova daquele ator trouxa Chad Murray que minha prima é apaixonada. Eu agradeço todos os dias por uma coisa chamada puberdade, já que John não era tudo isso no 3º ano. Inteligente, lindo, artilheiro da Corvinal, engraçado e o par perfeito para Violet. Os dois combinam, formariam, tipo, o casal perfeito.

– Só estou esperando o momento certo.
– Vai morrer esperando – afinal, estávamos falando de John Blake, a versão bruxa do Chad Michael Murray que minha prima é apaixonada. Minha prima sairia com John. – Convida ele para sair esse fim de semana. Não vai pra Hogsmeade?
– Eu ia com os meninos, mas Draco vai ter que ficar para arrumar a biblioteca, então acho que vou ficar aqui mesmo.
– Vai pra Hogsmeade sem Malfoy.
– Gus está com uma corvina, Blás com uma sonserina, Paul com uma corvina, Brian com uma lufana, Niall com uma quintanista da Sonserina e Samuel com outra lufana. Eu não pretendo segurar vela. – nada de grifinórias, notou? Sonserinos como esse grupo se recusam a sair com uma grifinória. As vezes Brian Lars e Paul Rudolf se encontram com algumas quintanistas, mas não passa de um sábado
– É por isso que você tem que convidar o John pra sair.
– Estou muito bem, obrigada. – repetiu a minha frase e eu percebi o quanto aquilo era irritante.
– Não seja cabeça oca, Violet, convida ele – falei me servindo de mais suco.
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Malfoy chegou na biblioteca.
– Falando na serpente... – cantarolei para irrita-lo.
– Você me ama, né, garota – ele se abaixou e deu um beijo de leve no rosto de Violet.
– Você vai ficar aqui nesse sábado, né? – perguntou Violet desviando do que poderia ser o início de uma boa briga.
– Provavelmente sim, tenho uma biblioteca para arrumar – respondeu passando a mão no cabelo loiro. Ele deu seu melhor sorriso quando me viu revirar os olhos.
– Vou deixar você dois em paz, tenho que conversar com… – sorri. Por favor seja John. Por favor seja John – uma pessoa – E lá se foi a francesa com seu exemplar de As vantagens de ser invisível. O estilo Violet: bolsa em um ombro só, um livro trouxa e fones de ouvido. Sempre carregando os fones de ouvido.
– Deveria parar de ficar almoçando aqui na biblioteca – Malfoy disse tirando minha bandeja da mesa e se posicionando onde Violet estava.
– Deveria parar de se intrometer na minha vida.

Passamos o resto do dia, assim, brigando e discutindo um com o outro, Malfoy nunca se rebaixaria a ponto de ter uma conversa civilizada comigo. Nas aulas eu ficava com Ron ou com Neville, as vezes me juntava com Parvati ou Lilá – já essa loira esteárica acha que eu vou dar um de cupido e arranjar um encontro entre ela e o Samuel Willins do grupinho sonserino.

Nada de Harry.

Minha última aula seria de Poções junto com a Sonserina, que agora eu sentava bem no canto com Violet e o grupinho dela que incluía Algustus Taylor, Paul Rodolf, Brian Lars, Niall Parker e Samuel Willins, todos sonserinos e – me julguem – lindos. Sentia os olhos de todas aquelas garotas sonserinas e grifinórias em mim quando me sentei cercada pelos garotos. Eu não ia sair dessa sala viva. Uma pessoa que não poderia faltar nessa mais nova rebelião das garotas contra mim: Draco Malfoy resolve se sentar bem na mesa livre ao meu lado. Ele faz de proposito, só pode.

Eu dividia a mesa com Violet e Brian, atrás da gente estavam Niall e Samuel com Blasio, na mesa ao meu lado estavam Paul e Algustus junto com Malfoy. Eu estava, literalmente, cercada.

Rony estranhou quando entrei na sala acompanhada de sonserinos, ele me jogou aquele olhar de “tá confraternizando com o inimigo” assim como no 4º ano, eu apenas mexi os lábios em um “Violet” e ele sorriu. AQUELE RUIVO IDIOTA SORRIU. SORRIU! SORRIU! S.O.R.R.I..U. S-O-R-R-I-U. SORRIU. SORRIU. O DESGRAÇADO SORRIU E SE VIROU. NEM PARA ELE, SEI LÁ, CHEGAR NA MESA ONDE EU ESTAVA E ME TIRAR A FORÇA. MAS NÃO! RONALD WEASLEY É UM IMPRESTÁVEL E SÓ SERVE PARA DAR AQUELE SORRISO WEASLEY DELE.

Eu vou matar a Violet.

Não que a culpa seja dela, ou do Brian, ou por os meninos estarem ali, mas, nossa, eu vou levar uma Avada dessas garotas. Acho que Parkinson vai criar uma rebelião do tipo "Unidas contra Hermione Granger", porque aquela garota só faltou pular em cima de mim quando Malfoy se sentou ao meu lado.
Só um par de olhos me incomodava bastante, esses pertenciam a Harry. Ele não parava de me encarar e quando eu sentia os olhos verdes dele em mim me virava para uma conversa animada entre Brian, Violet e Algustus.


Aquela aula parecia durar a eternidade e ainda tive que aguentar as provocações do Snape + ameaças de morte.

Me sentei com Luna no Salão Principal, tinha amizade com meia Corvinal então eles não se preocuparam de me ter lá de novo com eles.

– Alguma novidade? – perguntou enquanto eu remexia aquela ervilha no meu prato.
– Rony foi falar com você? – desviei o assunto, pois eu sabia que ela queria saber sobre Harry.
– Não – ela franziu o cenho. Não respondi – Andando com serpentes agora, Hermione?
– Ah – olhei para a mesa da Sonserina onde o grupinho que eu estava há alguns minutos atrás conversavam entre si, rindo e brincando um com o outro. – Eles não são tão ruins quanto parece.
– E Malfoy?
– Ele não tem exceção. – balancei a cabeça lembrando de hoje na biblioteca.
– Vocês até que fariam um casal bonitinho. – ela sorriu, o sorriso Luna no mundo da lua.
– Eu não sairia com uma serpente – falei tirando a atenção de Malfoy que conversava com Paul e com Brian.
– E Harry? Falou com ele?
– Nem pretendo – vi ela revirando os olhos.
– Então pretende trancar esse coraçãozinho a sete chaves?
– Não seria má idéia...
– Hermione!
– E quem seria o louco?
– Ah Hermione, por favor, larga de drama.
– Você diz isso porque tem o Rony.
– Não, eu digo isso porque é estressante te ver assim.
– Assim como? Eu tô ótima – sublinhe o ótima. Luna ficou me olhando como se dissesse "sério mesmo?".
– Vai monitorar hoje a noite? – perguntou ela do nada.
– Vou, por quê?
– Nada.
– Certo... – me levantei – estou indo. Nos vemos depois.

Mal sai do Salão Principal e já dei de cara com Malfoy. Poxa, Merlin, você já foi mais criativo, não poderia ser, sei lá, Ed Sheeran aqui? Ou o Príncipe Willim? Taylor Lautner? Malfoy tem que aparecer nas horas menos convenientes?!
– Você é muito desorganizada, Granger. Tá atrasada! – resmungou ele olhando para o relógio no pulso.
– Nós nunca combinamos horário. – falei na defensiva.
– Por isso você é desorganizada.
– Tudo isso por que tem que entregar a biblioteca na terça-feira? – perguntei acompanhando ele pelo corredor.
– Preciso voltar aos treinos de quadribol.
– E eu vou ficar sem biblioteca – sussurrei, não queria que ele ouvisse. – Para onde estamos indo? – perguntei quando vi que seguíamos para um corredor sem rumo.

– Shhh vem – ele continuou andando e me puxou para eu ir mais rápido. Eu já não sabia onde estava indo. Malfoy parou de frente com uma parede e ficou encarando ela, só então percebi que ele esperava pela Sala Precisa. Logo apareceu uma porta grande de madeira ao meu lado, Malfoy sorriu satisfeito e me empurrou para eu entrar (N/a: não pensem besteira, fanfic inocente, ok?).

Eu não sei com qual parte eu tinha que me preocupar: (a) sonserinos pelos cantos aos beijos, (b) um bando de sonserinos bebendo o que não parecia cerveja amanteigada ou suco de abóbora, (c) os sonserinos darem uma festa na Sala Precisa, Draco saber disso e me impedir de fazer algo e (d) todas as anteriores.

– Como? Por que? Desde quando? Quem consegui as bebidas? De quem foi a idéia? – a música estava tão alta que eu tinha que gritar com Malfoy para ele me ouvir. – E me solta, por favor. – falei irritada, mas ele não me soltou.
– Festa dos sonserinos. – ele mostrou o polegar – Porque sim – levantou o indicador – Desde sempre – mostrou o dedo médio – Isso fica entre sonserinos – levantou o dedo anelar – Alunos do 6º ano e... – levantou o mindinho por fim mostrando a palma da mão – Não até eu explicar tudo.
– Explicar o que? – perguntei tentando livrar meu braço que ele apertava.
– Todas as casas fazem esse tipo de festa, os monitores sabem disso, foi idéia de um ai. – disse ele ainda segurando meu braço. Todas as casas. Como assim? – Tem toda quinta, cada um num canto, essa semana a Sala Precisa é da Sonserina. A Grifinória está fazendo num lugar perto da cozinha, a Lufa-Lufa num salão das masmorras que encontramos por acaso e a Corvinal está perto da Torre de Astronomia. – a Grifinória o quê? – Como é nossa monitoração, vamos ter que ir pra cada festa ver como está as coisas.
– Tipo bebidas alcoólicas? – perguntei apontando para uma rodinha que os meninos bebiam.
– É para isso que serve o Obliviate, certo? – disse com aquele sorriso cínico.
– Não ousaria – tentei no tom mais ameaçador que pude, mas isso só fez com que o sorriso dele ficasse mais cínico ainda.
– Eu já fiz isso uma vez com você, por que não faria de novo?
– Você o quê...?!
Mas Paul apareceu se aproximando da gente, o que seria para Malfoy a oportunidade perfeita para fugir do assunto.
– Draco! – disse abrindo os braços. É, ele tava bêbado. – Ae Hermione, achei que você teria um ataque cardíoco quando descobrisse. – To quase lá.
– Isso tem a quanto tempo? – perguntei para Malfoy. 
– 5 anos. Foi idéia dos monitores daquele ano, o monitor-chefe que escolheu os lugares para as festas. – respondeu Malfoy. Balancei a cabeça e Malfoy me puxou para onde o grupinho dele estava.
– Por que eu to aqui? – sussurrei pra ele.
– Porque todo monitor tem que monitorar também essas festas, mesmo que não faça parte dos planos de McGonagall.
– Não pode fazer isso sozinho, não?
– E qual seria a graça de não ter irritar? – ele pegou um copo na mesa com um líquido azul. É, aquilo não era suco de abóbora.
– Pode me soltar agora?! – forcei a voz e, dessa vez, ele soltou. – Obrigada.
– Ei, Hermione, vai uma bebida? – Niall, também bêbado, me entregou um copo com um líquido vermelho que Malfoy tirou da minha mão no mesmo instante.
– Nada de bebidas – ele colocou o copo de volta na mesa.
– Você tá bebendo – falei apontando para o copo na mão dele. Malfoy suspirou.
– Vamos pra Lufa-Lufa – resmungou ele me puxando de volta para o corredor.

A festa da Lufa-Lufa era quase igual a da Sonserina, os lufanos espalhados pelo salão aos beijos com outras lufanas, alguns no canto onde ficava um balcão que eu reconheci ser as bebidas. A música alta também não era ruim, mas não tão agitada quanto a da Sonserina.

– Draco Malfoy! – um garoto alto e moreno se aproximou da gente, ele também segurava um copo. E eu achava os lufanos responsáveis. – Olá, Hermione. – ele olhou pra mim e estendeu a mão livre – Jake Bauer.
– Oi.
– Vamos – sussurou Malfoy e me puxou para onde Jake estava.
– Bebidas? – perguntou Jake apontando para o balcão que tinha algumas garrafas. Malfoy se serviu da garrafa com o líquido vermelho e eu peguei uma cerveja amanteigada.
Ficamos mais tempo na Lufa-Lufa e eu ficaria mais já que o papo com os lufanos estava bom, rolava um beijo entre uns casais no meio da conversa, mas não era algo que eu me importava muito. Malfoy tinha sumido com uma garota e – ainda não acredito que fiz isso – quando vi o casalzinho quase se beijando entre dois pilares, cutuquei Malfoy, que me olhou ameaçadoramente quando se virou.
– Vamos pra Corvinal – falei e ele saiu de lá resmungando.

A festa na Corvinal estava boa, tinha as mesmas coisas que da Lufa-Lufa e Sonserina: casais no canto se beijando, uma bancada com bebidas, música alta e alguns na pista de dança.

– Hermione e Draco! – um garoto loiro esticou a mão para Malfoy que não recusou e apertou-a, ele também tinha um copo na mão. – Por aqui, monitores – disse ele indo onde estava a bancada com bebidas e um grupinho conversando – Fiquem a vontade – e foi de encontro com uma garota que não consegui reconhecer.
Novamente, Malfoy se serviu do líquido azul e eu de cerveja amanteigada.
– Quem é? – perguntei.
– Kevin Dean – respondeu e tomou um gole da sua bebida.
Encontrei Luna perdida na pista de dança e a traidora nem foi falar comigo, só acenou e voltou a conversar com as garotas na pista.
Não me misturei com rodinha que só tinha casais, nem Malfoy deu atenção para as garotas que davam em cima dele, então ficamos encostados na bancada esperando um de nós dar a idéia mais óbvia de todas: ir para a festa da Grifinória. E acho que essa idéia não viria de Malfoy e se eu falasse isso para ele, receberia outro olhar ameaçador em resposta.
A música agitada foi substituída por uma lenta que fez vários casais levantarem para irem para a pista de dança. Quando notei, Malfoy já me puxava para a pista.
– Nããão! – protestei indo na direção contrária.
– Ah Granger, é só uma dança. – disse ele me puxando de volta.
– Eu não danço!
– Comigo dança – como assim comigo dança? Tá achando o que?



I paid all my dues and she wanted to know
That I'd never leave her now I'm ready to go
As strange as it seems, she's endless to me
She's just like paperwork but harder to read



– Por que tudo isso? – ele passou meus braços pelo pescoço dele e os seus pela minha cintura. Não estávamos valsando ou coisa do tipo, íamos de um lado para o outro sem sair do lugar.

– O que foi dessa vez, Granger? – perguntou no mesmo tom que eu.



Patience's my enemy, loving's my friend
It's harder to leave with my heart on my sleeve
Than to stay and just pretend



– Draco Malfoy exigindo uma dança com uma sangue-ruim? – vi ele revirando os olhos e dar aquele sorriso.

– Por que não deixou eu ficar com aquela lufana? – perguntou sorrindo. Não consegui desviar o olhar... Nem responder... Nem respirar... Meu Merlin, como ele fica lindo quando sorri.



Oh, she knows me so well
Oh, she knows me like I know myself



– Acha que vou facilitar esses dias para você? Ha-ha. – ironizei quando me lembrei de como respirava.

– Ciúmes, Granger? – ele sorriu de novo. Ele tá fazendo de propósito, só pode! – E não sei do que está reclamando, estava numa conversa boa com os lufanos...
– Ciúmes, Malfoy? – repeti a frase dele.
– Sendo realista.



I made all my plans and as she has made hers
She kept me in mind but I wasn't sure
I searched every room for a way to escape
But every time I try to leave she keeps holding on to me for deligh
And blocking my way



– Ok – virei o rosto tentando evitar outro sorriso dele.

– Ok. – arfei, esse "ok" dele me matava – Granger? – olhei pra ele – Tava com ciúmes, né?
– Por que eu teria ciúmes de uma serpente como você?
Porque você me ama.
– Não, não amo.



Patience's my enemy, loving's my friend
It's harder to leave with my heart on my sleeve
Than to stay and just pretend



– Você gosta de mim, garota, só não admite.

– Acho que você não é um bom exemplo com experiências amorosas, né.
– Não preciso ser um expert no assunto para te dizer que não vale a pena chorar pelo Potter.
– Pra você ninguém vale a pena – resmunguei. Por que ele tinha que falar do Harry?
– Você se ilude demais com o amor, Granger. Isso não existe.
– Existe. Você que nunca sentiu – meu tom na defensiva consegue ser tão patético quando a minha defensiva.



Oh, she knows me so well
Oh, she knows me like I know myself



– Granger, o amor é coisa que colocam em nossas cabeças para podermos nos reproduzir. – sem sorrisos dessa vez. Ótimo, posso respitar em paz. – E não negue.

– Você nunca se apaixonou, né, Malfoy?
– Nem vou, Granger. Malfoy's não amam.
– Deveria – engoli em seco pela resposta. Malfoy's não amam.
– É um sentimento estúpido que te faz sofrer quando não é correspondido.
– Isso prova que você realmente não entende nada sobre amor. Você não ama uma pessoa para ser amado em troca, você ama... Ama por amar, oras. 
– Sabe, Granger, é engraçado ver você dizer essas coisas quando já te vi chorando pelos cantos. – sabia que ele ia jogar isso na minha cara um dia! Doninha maldita.
– Melhor eu ir embora.



And like the back of her hand she already understands everything
"Won't you stay?", she says
And she already knows how it goes
And where she stands I'll stay, anyway



– Não, não. Volta aqui – ele me puxou pelo braço e os colocou de volta em seu pescoço.

– Me deixa em paz! O que você quer comigo, Malfoy?
– Não sofra pelo Potter, Granger.
– Não se intrometa na minha vida, você não tem nada a ver com isso!
– É claro que tenho! – disse um pouco mais alto – Eu vi você indo chorar no banheiro todas as noites, eu vi você engolindo o choro todas as vezes na biblioteca, eu vi você almoçar na biblioteca para evitar o Potter. Acredite sim, eu tenho todo direito de me intrometer.
– E por que se preocupa tanto? – perguntei contendo as lágrimas. Pior que era verdade.



'Cause she knows me so well
Oh, she knows me like I know myself
Oh, she knows me so well
Oh, she knows me like I know myself
I know myself



– Porque eu estava com você todos aqueles dias. – engoli em seco, ele fingiu não notar minha reação – Deveria se dar mais valor, Granger.

Não respondi e ele não insistiu de volta, só havia o som da música entre a gente, que agora comecei a prestar atenção e era romântica demais para o momento. Meu subconsciente gritava "largue ele! Volte para seu quarto na Grifinória!", mas eu não conseguia. Só conseguia fitar aquele olhos cinzas em mim esperando qualquer que fosse a resposta.



Oh, she knows me like I know myself
I know myself, I know myself
I know myself



Ele me soltou quando a música parou e, tipo, ficamos um bom tempo nos encarando sem saber o que fazer, até que começou tocar uma música mais agitada e eu sai da pista de dança.

– 23:40 – disse Malfoy atrás de mim – Quer ir para a festa da Grifinória?
– Não – eu não queria ir para a Grifinória e ter que ver todo mundo lá, animado, dançando, se beijando, bebendo... nem sendo a primeira festa deles nesse ano – Vou para meu quarto.
– Tudo bem – ele me acompanhou até a porta, depois foi para um canto e eu fui para outro. – Ei, Granger! – me virei – Pensa no que eu disse e... – ele me olhou – Você fica bem de verde – olhei pra baixo e notei que estava com um jeans claro e uma blusa de alcinha verde com uma blusa azul de xíper por cima.
– Vai dormirrrrrrrrr! Você já bebeu de mais!!! – só ouvi a risada sarcástica dele dentre o corredor e segui meu caminho para a Grifinória. 

Fiquei pensando nas coisas que Malfoy me disse, mesmo não querendo. O pior era que ele não estava errado e eu não podia nem descordar. Maldita doninha! Deveria ter deixado ele ficar aos beijos com aquela lufana!
Quando cheguei na Grifinória, pude notar que só tinha a turma do 1º ao 4º ano e que estavam acordados.
Sexta-feira 13 amanhã. Mereço.
Todos pregando pegadinhas de susto pelo castelo. Não há uma aula que não tenha uma pegadinha de um aluno do 6º ano.

Será que que vou ter que incluir Malfoy na minha lista de pessoas que preciso evitar? Amanhã, ainda sim, não será meu último dia com Malfoy na biblioteca. Quando é que as coisas vão começar a ficar boas, hein? Sabe, Merlin, você me deve isso.

Clonclusões da semana: estou andando com um grupinho sonserino agora, Rony ainda não conversou com Luna, Malfoy estava certo quanto ao que disse hoje na festa da Corvinal, as casas fazem festas nas quintas-feiras e eu não sabia disso, ainda não falei com Harry e nem com Gina e... realmente fico bem de verde. 

Escrevo quando puder, presente de Gina Weasley.

***
Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom
 n/a: estou tentando postar rapido, mas está meio difícil, fui obrigada a citar Chad Murray e colocar Ed Sheeran na trilha sonora da fic, então se acharem ruim culpem minha adorada prima... brincadeirinha. A música desse capitulo é "She" do Ed Sheeran, espero que tenham gostado desse capitulo (que está uma droga, desculpas, mas eu tinha que colocar Violet em cena) e prometo falar da primeira atividade no próximo. Novamente peço desculpas dessa vez pelos erros, mas já era 1 da manhã e eu estava quase dormindo em cima do teclado.
Malfeito feito

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Comentários (1)

  • Julia Siqueira

    é você realmente foi obrigada, então leitores se não gostarem reclamem comigo (coisa que certamente não vai acontecer, ja que todos amam o Ed e o Chad)Merlin! Eu ainda não tinha visto esse capítulo! Ele tá demais.Hermione e Draco tinham que ter se beijado ao som de She, mas que absurdo! 

    2013-11-25
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